Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

quarta-feira, agosto 27, 2008

Verão com tacto
A vaidade de César Augusto beneficiou Portugal. O imperador romano ensombrava ao lado de Júlio César, possuidor de um mês, Julho, com 31 dias certos, então, por decreto, mudou o nome do sexto mês no calendário romano, Sextilis, de 29 dias, para Agosto, em honra do seu nome, e surripiou dois dias a Fevereiro, para não ficar atrás do conquistador da Gália. Se o mês de Agosto tivesse apenas 29 dias bye-bye Verão. Não valia a pena investir no biquini. Não teria havido, na década de 60, animada passagem de modelos na Eslováquia, musicada pelo seu representativo grupo The Beatmen. Nem Nel Monteiro o mandaria tirar...

Ao abanar as asas, no século VIII a.C., Augusto desencadeou um efeito borboleta ainda mais catita. Criou “Aquele Querido Mês de Agosto” (filme de Miguel Gomes), mês das procissões, do bailarico, do fogo de artifício, do emigrante e do turista. O mês em que Portugal é o “Destiny”...

[[[dos Zero 7, duo inglês de downtempo, composto por Henry Binns e Sam Hardaker, que utiliza vários vocalistas. “Home”, com Tina Dico, gravado no programa de Jimmy Kimmel (ex-namorado de Sarah Silverman. Quando eram um feliz casal trocaram célebres bilhetes vídeo. Sarah enviou-lhe “I'm Fucking Matt Damon” em directo. E, mais tarde, Kimmel respondeu-lhe com “I'm Fucking Ben Affleck”). Tina Dico tem uma carreira a solo: “On the Run” ZZ “Room with a View” ZZ “Let's Get Lost” ZZ “In the Red” ZZ “Hallelujah” (de Leonard Cohen) ZZ “Working Class Hero” (de John Lennon). Como não existem heróis proletários muitos o cantaram: Marianne Faithfull ZZ Cyndi Lauper ZZ Noir Désir ZZ Manic Street Preachers ZZ Marilyn Manson ZZ Ozzy Osbourne. Outra vocalista dos Zero 7 foi Sia Furler: “If I Can't Have You”. Sia também tem uma carreira a solo: “The Girl You Lost To Cocaine” ZZ “Day Too Soon”. Outro vocalista foi José González: “Futures”. Com uma conhecida carreira a solo: “Heartbeats” (dos The Knife) ZZ “Teardrop” (dos Massive Attack) ZZ “Love Will Tear Us Apart” (dos Joy Division). E os Zero 7, ao vivo, em 2001, numa versão de “Destiny” com Sophie Barker e Sia Furler]]].

Agosto é sinónimo de Portugal. Não só pela lazeira de nada fazer, na beach ou na night, mas porque acontecem coisas maravilhosas, coisas solares. Todos buscam um lugar ao sol, inclusive as trabalhadoras sexuais portuguesas, que colocam o seu endereço no sol mais brilhante de todos – a Internet. A claridade emprenha o país de optimismo. E os grandes feitos brotam como autocaravanas da terra. Nos jogos olímpicos as vitórias lusas foram retumbantes.

Sobretudo, porque Michael Phelps tem uma ligação com Portugal. Ainda não foi descoberta, mas os jornalistas escarafuncham para a encontrar. Saber-se-á que, tem um antepassado nas ilhas; ou, dias antes de embarcar para Pequim, cumprimentou um português, um Lopes da Silva, na rua; ou comeu um energético pastelinho de nata; ou usou, durante as provas, uma medalha de Nossa Senhora de Fátima, nos genitais, por causa do atrito na água, que o protegeu da derrota. O bispo de Leiria-Fátima confirmou que, uma insígnia da Virgem nas partes pudibundas, desde que benzidas por um padre, dilata a braçada. Entretanto, os jornais já anunciaram que Phelps “gastou 800 euros numa noite em Vilamoura” e “explicou a Pinho como se tornou campeão”. Se não brilhar noutro lado, pelo menos, “The Sun Always Shines on TV”...

[[[pelos Atrocity, uma versão de uma canção dos a-ha. “Taste of Sin” ZZ “Cold Black Days” ZZ “Shout” (dos Tears For Fears) com Liv Kristine. Kristine foi vocalista dos Theatre of Tragedy: “Venus” ZZ “Image”. Com músicos dos Atrocity formou os Leaves’ Eyes: “Into Your Light” ZZ “Elegy". E tem uma carreira a solo: “Deus Ex Machina]]].

A evolução de Portugal tem sido invejada pelos outros povos que estacaram no subdesenvolvimento. No glorioso ano de 88, Rosa Mota mostrou os pêlos do sovaco, celebrando a vitória na maratona, e a pilosidade da mulher portuguesa conquistou fama no mundo inteiro. Portugal tornou-se fashion. Nasceram homenagens ao país. A maratonista ganhou, em 1992, uma banda homónima: os Rosa Mota (“Asbestos Frenz”). No Alasca formou-se um grupo chamado Portugal. The Man (“The Wolf” ZZ “And I” ZZ “Stables and Chairs” ZZ “The Devil”). A apetência pela Portugal Trade Mark centuplicará com os actuais atletas olímpicos. Saídos da Gillette Venus ou da Veet, depilados como um gato sphynx, quando se levantam pela manhã, levarão a caravela ainda mais longe. Sem ter ido às olimpíadas, o epopeico Cristiano Ronaldo já foi eleito ídolo dos gays.

Não faltaram vitórias para entusiasmar os patriotas da bandeira comprada no chinês nestes Jogos Olímpicos… na China. Apenas falhou o marketing desportivo. O povo não é o suficientemente inteligente para compreender a realidade da vida moderna, necessita de especialistas, que o conduzam para a apreciação correcta. No Euro 2004, a situação de marketing foi acautelada, que culminou com distribuição de medalhas aos organizadores, por serviços prestados à nação, pelo presidente Sampaio. Hoje, novos e velhos julgam, terem sido os portugueses, que descobriram o caminho líquido para a planificação de Campeonatos de Futebol europeus e o ensinam aos outros povos. Outro exemplo de bom marketing sucedeu com a Selecção Nacional de Rugby no mundial de França. “Os Lobos” não ganharam um jogo, fartaram-se de levar na pá, no entanto, foram recebidos como heróis. Sem marketing a vida é uma “Bodom Beach Terror”...

[[[dos Children of Bodom, nome retirado de um caso traumático ocorrido na Finlândia, em 1960. Quatro estudantes do liceu, que acampavam nas margens do lago Bodom, foram atacados à facada, três morreram e um ficou ferido. Nunca descobriram o/os autor/es do ataque. “In Your Face” ZZ “Everytime I Die”.

Num país optimista, o Verão é mais na onda "no stress" do Kid Rock, no lago Michigan, em “All Summer Long”, com um cheiro de “Sweet Home Alabama” dos Lynyrd Skynyrd. Uma das melhores bandas ao vivo, descoberta por Al Kooper, (elemento dos Blood Sweat and Tears, até 1968). Em 1977, num acidente de aviação morreu o vocalista Ronnie Van Zant, o guitarrista Steve Gaines e Cassie Gaines que fazia coros. “Free Bird” Parte1 ZZ Parte2 ZZ “Call Me the Breeze” ZZ “T for Texas” ZZ “Whiskey Rock-A-Roller” ZZ “Travellin’ Man” ZZ “Gimme Three Steps]]].

Os jornais de referência andaram aos papéis nestes Jogos Olímpicos. O Diário de Notícias escrevia: “14 milhões gastos em projecto olímpico falhado”. O 24 Horas corrigia a quantia: “gastámos 15 milhões com os atletas olímpicos”. Os jornalistas também não podem ser deixados ao deus dará. Os Meios de Comunicação Social são fundamentais na formação da opinião pública mas a opinião do jornalista tem de ser injectada. O caso Watergate constitui um exemplo paradigmático do papel do gazetista. No início da década de 70, dois escrevinhadores do Washington Post foram manipulados com objectivos políticos: retirar do poder, um doente mental grave, o presidente Richard Nixon. As empresas de marketing têm a função de fornecer a informação relevante, para que os jornalistas escrevam e falem, se não solta-se o disparate. E não se participa em acontecimentos de honra nacional sem a contratação de uma boa empresa. Ou, depois, os maus resultados, dizem ser “A Cause des Garçons”...

[[[da Yelle. Os franceses, arredados da cena internacional pelos ingleses, coçavam a baguette, então criaram o Tecktonik. Uma dança executada ao som de música electro. Alguma da música e intervenientes são: John Dahlbäck – “Blink”, a dançarina no vídeo é LecKtra, uma das principais figuras desta dança. LecKtra em entrevista ZZ Dança1 ZZ Dança2. Zatox vs Miss Hiroko. Mondotek – “Alive”. Neste grupo dança Lili Azian. Lorie – “Je Vais Vite”. A indústria discográfica, nunca perde uma oportunidade de ganhar mais um milhão, e meteu os putos ao barulho com os Kidtonik – “Aller Plus Loin”.

Em África, enquanto não chega o camião da fartura, prometido por Bono e Blair, dança-se o Zouglou. Magic System – “Zouglou Dance”. Outro representante desta dança é os Sur-Choc – “Gnakpa”.

Em Cabo Verde dança-se com os Neg’ Marrons – “Petites îles”.

Mas, só em Portugal, se canta o Verão em fina poesia. M3 – “O Verão Já Chegou

Para os lados de Cuba dança-se, mas baixinho, como os crocodilos. Gorki Águila Carrasco, vocalista da banda punk cubana Porno Para Ricardo, foi preso na sua casa, dia 26 de Agosto de 2008, pelas 10:30. O site do grupo divulgou a notícia e depois ficou “HTTP 403 proibido”, assim resta uma entrevista de Gorki aos anarquistas de Miami, e a entrada na Wikipédia já actualizada. “El Cake” ZZ “Mi Balsa” ZZ “Estado Tan Loco” ZZ “Muchas Putas]]].

O Verão defina, o dinheiro das férias acabou, o pessoal percebeu que o crédito directo é aldrabice, e optou pelo levantamento directo. É o livro do desassossego das carrinhas de transporte de valores, estações de correios, Bancos, gasolineiras, ourives etc. etc.

No fim do Verão, os rabos murcham, mas não caem como as folhas dos plátanos, escondem-se em algodão e lãs, até ao próximo esquentar do sol. O maior elogiador desta arredondada parte anatómica é Sir Mix-A-Lot – “Baby Got Back (I Like Big Butts)”.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Verão com ouvidos

O sol no zénite, Zaratustra chegou junto da contorcida árvore, apalpada por todos os lados pela luxúria das manápulas da videira; e os doirados cachos entumecidos ofereciam-se ao lacustre “turista de qualidade”. O impulso de estender a mão, para matar a “leve sede”, era incentivado pela “indústria da oferta de camas” e, com a recente mania da personificação, como da taxa Euribor, que adquire características antropomórficas, e pelas suas próprias pernas “sobe”, ouvem-se os cachos apregoar: “com beijinhos é mais caro”. Num país do meio-dia, Zaratustra perde a vontade de se estender à sombra da árvore e o seu coração diz: “banzé! Batam panelas! Não é certo que o país acaba de alcançar a sua perfeição?”. O culpado é o sol. “Always The Sun”!

[[[dos The Stranglers, fundados no mês de Setembro de 1974, em Guildford, na Inglaterra. Estabeleceram uma sólida reputação durante o movimento punk, no final da década de 70, apesar de fugirem ao esquema básico de viola, baixo, bateria, da maioria da punkalhada. Utilizavam o órgão, um instrumento banido pelos punks, por cheirar demasiado a Genesis ou Yes, em cuja música vomitavam, por ser excessivamente elaborada, infindável nos solos, cara de produzir e a milhas do espírito original do rock ‘n’ roll, das canções de três minutos, sobre preocupações juvenis.

Os elementos dos Stranglers tinham uma formação musical heteróclita. Hugh Cornwell fora músico de blues. Jean-Jacques Burnel era guitarrista clássico. Jet Black um baterista de jazz. Na fase inicial, fez parte da banda Hans Wärmling, que Cornwell conhecera, quando frequentava uma pós-graduação em Bioquímica, na Universidade de Lund, na Suécia, logo substituído por Dave Greenfield, que tocava nas bases militares na Alemanha. A atitude provocatória marcou os seus primeiros anos. Um concerto no Roundhouse foi cancelado por Cornwell vestir uma t-shirt obscena. As suas actuações originaram manifestações de protesto das feministas, com palavras de ordem, contra o sexismo das letras das canções. E a imprensa também não escapou. Jean-Jacques Burnel, cinturão negro de karaté, foi às fuças de Jon Savage, jornalista do Sounds, por causa de uma critica desagradável.

Em 1990, Cornwell abandona o grupo. É trocado por John Ellis, guitarrista dos The Vibrators, que já o substituíra em 1980, quando Cornwell foi albergado oito semanas, na prisão de Pentonville, por posse de droga, e Paul Roberts é contratado como vocalista. Em 2000 Ellis sai e entra Baz Warne. Em 2006 Roberts vai à vida. Actualmente Burnel e Warne partilham a vocalização.

No Battersea Park, em 1978, cometeram a ousadia de encher o palco com strippers, para tocar “Nice ‘n’ Sleazy” %% “Peaches” foi banida da BBC Radio por referências misóginas %% “Hanging Around” %% “Get a Grip on Yourself” %% “Death & Night & Blood” %% “London Lady”, inspirada numa relação insatisfatória com a bissexual Caroline Coon, jornalista do Melody Maker %% “5 Minutes” %% “Down in the Sewer” %% “Princess of the Streets” %% “European Female” %% “Ugly”. Em 1997 tocaram “Down in the Sewer” acompanhados pela Electra Orchestra. “Bitching” versão de 2007]]].

A perfeição mostra-se na segurança, o bem mais querido das sociedades de prateleiras de hipermercado cheias. E o assunto é levado a sério de Belém a Campolide. Cavaco Silva ordenou o encerramento do espaço aéreo, em Albufeira, onde passava férias, não fosse levar com algo mais do que um presente de gaivota na tola. Os agentes de segurança portugueses, ministro da tutela incluído, dão mais do que cartas, eles dão peças de dama, na cena internacional.

Taumatawhakatangihangakoauauotamateaturipukakapikimaungahoronukupo
kaiwenuakitanatahu, uma montanha na Nova Zelândia, é o maior nome existente, pois um GNR pronuncia-o sem pestanejar. Tal como o nome do meio do Pato Donald é Fauntleroy, o de um PJ é “resolvo todos os casos”. A cultura enciclopédica de um PSP de pronto responderá que, o nome completo de Los Angeles, é: “El Pueblo de Nuestra Señora la Reina de los Angeles de Porciuncula”. Qualquer bófia português encontra uma casa de banho em Nova Iorque num ápice ou tem a base de dados de todos os criminosos na cachimónia. Eles são perfeitos como a Lavinia Milosovici. Com eles estamos sempre “In The Summertime”.

[[[por Shaggy com Rayvon, uma versão dos Mungo Jerry. Groove Armada – “My Friend” %% “Song 4 Mutya”, cantada por Mutya Buena, ex-Sugababes. Geri Halliwell – “Mi Chico Latino”, um dos corpos das Spice Girls. Madison Avenue – “Don't Call Me Baby” %% “Who The Hell Are You”. Tim Deluxe com Sam Obernik – “It Just Won’t Do” %% “Less Talk More Action”. Will Smith também cantou o “Summertime” %% “Miami”, com uma parte tirada de “Conga” dos Miami Sound Machine, e a explosiva cubana Eva Mendes, no vídeo]]].

Material bruto tão bom só pode medrar. Fazer medra. Como foi revelado ao mundo no assalto ao BES de Campolide. A confiança da Polícia, permitido filmagens do incidente, de que as vítimas inocentes sairiam ilesas, não caiu do céu, é produto de muito estudo para entrar na profissão. Longe vão as fardas cinzentas, do tempo de Salazar, que não distinguiam um pacote de sais de fruto de um panfleto de cocaína. Eles agora, de fatiotas style, caras mascaradas, armas de precisão, desenvolvem competências no Instituto Superior de Polícia Judiciaria e Ciências Criminais, (escusado será dizer, um dos melhores do mundo), que lhes permitiu uma avaliação do perfil psicológico e comportamental dos assaltantes e das condições de boa visibilidade do terreno para executar tiros certeiros.

Rui Pereira, ministro da Administração Interna, este ano sem férias de Verão, já fala como um americano, elucida o povo de que aquilo foi um “acontecimento táctico-policial de grande intensidade”, cometido por “agentes do crime” e distribuiu “vivas felicitações à PSP pela competência, pela dedicação, pelo heroísmo” na “resolução da situação”. Um político século XXI tem de governar com palmadinhas nas costas, enquanto não lhe sucede como à formiga, que o elefante ajudou a atravessar o rio que, após agradecer a atenção do paquiderme, ouviu: “obrigadinho? baixa mas é as calcinhas”. E, os porta-vozes da Polícia mostraram muita educação nos salamaleques: “o comandante gestor de incidente, o excelentíssimo comandante do Comando Metropolitano de Lisboa”. Um superintendente-chefe, nem mais nem menos, despachou o “acontecimento táctico-policial de grande intensidade” de forma irrepreensível. Presentemente os nossos polícias são uns “Dude (Looks Like a Lady)”.

[[[dos Aerosmith – “Girls of Summer” %% “Crazy” com Liv Tyler, filha do vocalista, e Alicia Silverstone no vídeo %% “Crying”. OMC – “How Bizarre”. Mr. President –“Coco Jambo”. Loona – “Latino Lover”. Basshunter – “Now You're Gone” %% “All I Ever Wanted”. O Verão sem disco sound é Inverno: Ottawan – “D.I.S.C.O”. Earth Wind and Fire – “Boogie Wonderland”. Chic – “Le Freak”, canção de desagravo, composta por Nile Rodgers e Bernard Edwards, quando lhes foi barrada a entrada no Club 51. Na primeira versão escreveram “Aaa, fuck off”, depois mudado, por razões comerciais, para “Aaa, freak out”]]].

Aconteceu… em Abrançalha de Baixo, concelho de Abrantes, outro acontecimento táctico-policial. Um grupo de moinas envolveu-se numa cena de porrada com uns bófias, no Entroncamento, roubaram-lhes uma shotgun, e fugiram para o último lugar que os Srs. Guardas iriam procurar: para o nº 6 da Rua Principal de Abrançalha, onde moravam. O povo da zona tem-nos em má conta. Chama-lhes os talibãs e responsabiliza-os pelos males da povoação. O dono do café Tatá relata a insegurança: “abriram os fechos das portas das traseiras e levaram a máquina do tabaco, a máquina das bolas de chocolate e de brindes. Estiveram sentados numa mesa a beber sumos e a comer Bollycaos. E deixaram uma nota escrita dirigida a uma empregada que aqui trabalhava, insultando-a com palavrões”. E “vivem do rendimento mínimo”.

O Grupo de Operações Especiais cercou a casa de refúgio dos meliantes. Botas levantaram pó, corpos furtivos escondiam-se nas sacadas, cavalos relincharam, cães ladraram, silvaram balas, um polícia acabou ferido com gravidade. Os asilados na casa estavam desarmados. E foi para a Sombra que Zaratustra falou: “o teu dia foi mau, tem cuidado não seja a noite pior”. Mas em Portugal, esta noite – dançar-se-á “Hot Summer Night (Oh lalala)”.

[[[por David Tavaré. No país do sol levantado nada corre mal como numa “Dreadlock Holiday” dos 10 cc. Os heróis da TV, como David Guetta, na sua série de espectáculos DJ Set, pedem “Fuck me I’m Famous” %% “Baby When The Light”, a rapariga no vídeo é a modelo texana Kelly Thiebaud, não canta, só aparece porque são os olhos que compram %% “Delirious” com Tara McDonald %% “Love Is Gone” %% “Tomorrow Can Wait”]]].

quarta-feira, agosto 13, 2008

Verão com olhos

O calor tem-se revelado muito útil para a Humanidade. O calor do fogo amoleceu a carne, poupando as mandíbulas do Homo Erectus, possibilitando o crescimento da caixa craniana, e do seu in-fólio hóspede, o cérebro. Nos milénios seguintes, esse cérebro foi usado para criar as maravilhas do Mundo. Porém, uma temperatura tem um significado especial. 451º Fahrenheit, no romance de Ray Bradbury, é o ponto de combustão do papel. Ora, uma estudante texana, Diana Verm, e o seu extremoso papá, Alton Verm, encetaram uma campanha para banir o livro do liceu, por atentar contra a Bíblia. Não é ironia que se queira proibir um livro, cujo tema é precisamente a proibição de livros, é um sinal de que o calor dilata a inteligência Uma caloraça destas convida a uma banhoca na única praia que interessa. “Do You, Do you, Do You Saint-Tropez”.

[[[cantada por Geneviève Grad no filme “Le Gendarme de Saint-Tropez” (1964). No Canadá, por uma aproximação fonética, a canção recebeu o titulo de “Douliou Douliou (Douliou) Saint-Tropez”, interpretada pela cantora do Quebeque, Jenny Rock.

No início da década de 60, a juventude sacudia o corpo ao som do Twist. Uma dança inspirada na canção “The Twist”, escrita por Hank Ballard, em 1959. Mas que só atingiu o primeiro lugar na lista de vendas de singles, nos Estados Unidos, no ano seguinte, devido ao empenho de Dick Clark, apresentador do programa de TV, American Bandstrand, na versão de Chubby Checker »»» “The Twist” »»» “Let's Twist Again”. Dançava-se, esfregando os pés no chão, num gesto semelhante ao de apagar beatas, e simultaneamente abanado as ancas. Em 1961, a discoteca de Nova Iorque, Peppermint Lounge, propriedade do chefe da máfia genovesa, Matthew Ianniello, através do grupo residente, Joey Dee & The Starliters, transforma-se no centro mundial do Twist »»» “Peppermint Twist”. Nela desfilaram as celebridades da época, desde Jacqueline Kennedy a Truman Capote, na demanda do sagrado abanão. E teve direito ao filme, “Hey, Let's Twist!” (1961), com a musa desta dança, Jo-Ann Campbell »»» “Let Me Do My Twist”.

A França importou o produto através de, por exemplo, Johnny Hallyday »»» “Let's Twist Again”. Les Chats Sauvages »»» “Est-ce Que Tu Le Sais” (versão de “What'd I Say” de Ray Charles). Les Chaussettes Noires »»» “Le Twist”. Edgar Morin, num artigo no Le Monde, baptizou esta geração de “yéyés”. Por osmose cultural, em Portugal, os nossos jovens tiveram a mesma etiqueta: o Conjunto Académico João Paulo »»» Os Conchas »»» Os Ekos »»» Luís Jardim e os Demónios Negros »»» Vítor Gomes e os Gatos Negros »»» Fernando Conde »»» Os Sheiks »»» Natércia Barreto.

Chez Les Yé-Yé” cantou Serge Gainsbourg, embora ele, com 32 anos, não estivesse à vontade nesta moda e os jovens troçassem das suas orelhas de abano e penca afilada. Noutra moda, o disco sound, Gainsbourg compreendeu a essência da praia »»» “Sea Sex and Sun”. Mas também percebia a natureza das mulheres »»» “Je T’aime... Moi Non Plus” (editada em 1968, num dueto com Jane Birkin. A primeira versão foi gravada em 1967, com sua namorada do momento, Brigitte Bardot, que findo o namoro lhe pediu para não publicar a canção). Ele morreu, a filha, Charlotte Gainsbourg, cresceu »»» “5:55”.

Afinal, no começo na década de 60, todos os corpos mexiam, inclusive Raquel Welsh »»» “I'm Ready to Groove” (1965). Que também fez a sua Space-Girl Dance e mediu o físico com Cher »»» “Woman”]]].

Nos nossos dias, o calor mais famoso é o “aquecimento global”. E, finalmente, os peritos compreenderam que o problema é uma questão de roupa. Uma simples fórmula matemática resolve-o: mais (+) calor (-) menos roupa / menos (-) calor mais (+) roupa (+c-r/-c+r).

Este Verão, a ONU lançou, na sua sede de Nova Iorque, o programa “Cool UN” (ONU fresquinha), incluído num idealizado plano de poupança energético. Nele solicita-se, a funcionários e corpo diplomático, que substituam os fatos e gravatas, por roupas mais arejadas, permitindo subir o termóstato do ar condicionado e economizar electricidade. Michael Adlerstein, responsável pelo projecto de modernização da sede da ONU, explicou numa conferência de imprensa: “não nos vamos meter a polícias da moda mas o que procuramos é que as pessoas possam vestir roupas mais frescas”. E, assim, conseguir um ambiente refrescante como uma cascata de letras japonesa. Adlerstein, um arquitecto nova-iorquino, partidário do tradicional fato escuro e gravata, deu o exemplo, aparecendo na conferência de camisa branca e calças caqui.

Esta flexibilização do código de vestuário possibilitará usar “jodhpurs”, capacete colonial inglês e dizer “bwana”, no Verão. E, no Inverno, vestir U.S. navy peacoats, máscara de ski e verbalizar, com a boca na diagonal “first blood”, ficando bem na fotografia internacionalista. “Say Cheese! Smile Please”.

[[[pelos Fast Food Rockers »»» “Fast Food Song”. No Verão descuida-se a paparoca, substituída por outras prioridades, como festa dia e noite, na praia, na discoteca, rodeado de gajas boas, como D. Fernando e a música aligeirada. Passion Fruit »»» “The Rigga Ding Dong Song” »»» “Bongo Man”. Dulce Tentación »» “Dulce Tentación”. Chipz »»» “Waikiki Beach”. Hot Chip »»» “The Beach Party”. Não há festa estival sem Felix Da Housecat »»» “Like Something 4 Porno” »»» “What Does It Feel Like?” »»» “Radio”. 4 Strings com a bomba holandesa Vanessa van Hemert »»» “Summer Sun” »»» “Diving” »»» “Take me Away”. Estrella »»» “La Playa Del Sol” »»» “La Fiesta Loca”]]].

O calor afecta as pessoas de forma diferente. A Cavaco Silva dá-lhe para abrir a boca e falar Zlango (uma linguagem icónica inventada por Yoav Lorch). O Presidente da República é um MQT (“mais que tudo”). Fofinho como um anúncio da United Airlines. Uma bolsa de Doraemon nacional donde brotam soluções para os achaques do país. Cavaco é um reformista como todos os políticos de hoje. Colecciona reformas: 4.152.00 € do Banco de Portugal; 2.328.00 € da Universidade Nova de Lisboa; e 2.876.00 € do cargo de Primeiro-Ministro.

Há dias maquilharam-no, pentearam-no, vestiram-lhe o fatinho de ir à missa e engalaram-no com uma gravata vermelha para abrir os telejornais. No dia 31 de Julho, os portugueses sustiveram a respiração, intrigados com as razões, que levariam um cidadão, com massa no Banco, a interromper as férias. E Cavaco não decepcionou, cumprindo o seu dever constitucional de aumentar as audiências televisivas, e entreter os comentadores quanto baste. Ele falou tão claro como o Zlango. Disse, não me arranjem mais trabalho, se para dissolver a Assembleia Legislativa dos Açores, tenho de ouvir os deputados, nunca mais vou a casa ver o final da telenovela “Fascínios”. Alberto João Jardim deu-lhe o toque quando, rejeitou a sessão solene de boas-vindas, no Parlamento madeirense. Fazê-lo gramar um “bando de loucos”, com lamúrias e críticas, contrariava a celeridade democrática. (O calor psicológico assa frango como “Seasons in the Sun”).

[[[por Terry Jacks (os Nirvana tocaram uma versão). Os japoneses Luna Sea »»» “Into the Sun". Mad’ House »»» “Holiday” (da Madonna). Boogie Pimps »»» “Somebody to Love” (dos Jefferson Airplane). Não há curtes no Verão sem Sophie Ellis Bextor »»» “Today The Sun’s On Us” »»» “Catch You” »»» “Murder on the Dance Floor” »»» “I Won’t Change You” »»» “Music Gets the Best of Me” »»» “Take Me Home]]].

domingo, agosto 03, 2008

Boletim Económico de Verão do Banco de Portugal
Mais uma estação, ideal para renovar as fotos no hi5, aporta no calendário. Época de praia, mar, sol, rebolar na areia para fazer de croquete. Enviar, aos amigos, MMS de boazudas, escassas de roupa, espojadas nas esplanadas. E, no afortunado país das formigas trabalhadeiras, vacances para recordar. Prevê-se um “Verão Azul”, o melhor Verão das nossas vidas. No país do fácil crédito vão todos de férias, ninguém fica dentro de portas, a fumar “Cigarette In Your Bed”.

[[[dos My Bloody Valentine. A Humanidade devotou muito, e ajuizado, esforço na preparação da época balnear. Por exemplo, transformaram Benidorm, uma enseada composta de areia, calhaus, arbustos, prejudiciais para o ozono, o azoto, o árgon e outros gases atmosféricos, num local “amigo do ambiente”, povoado de seres que separam o lixo, conduzem carros com zero emissões de CO2, poupam água e electricidade, e não urinam resíduos de álcool nos canteiros de flores.

Ir a banhos foi a grande conquista da Sociedade Industrial, que criou o conceito de tempos livres, primeiro, para os donos das fábricas, depois, com as lutas dos sindicatos, para os trabalhadores. Pegar uma praia converteu-se num folguedo popular. Local de festas de arromba. Philip Glass por lá deitou Einstein. Tom e Jerry não lhe resistiram o apelo. O pato Donald, banhista extraordinário, pedagogo da ideologia da Liberdade U.S. of A., na América Latina, até esteve na praia das praias – Copacabana]]].

Em Maio, José Sócrates anunciava ser dever do Governo “cerrar os dentes e melhorar as coisas”. E completou: “o Governo não alinhará em facilidades, em demagogia, em medidas de oportunismo, para satisfazer os lobbies”. Quem os tinha, isto é, lobbies, lixou-se, mas os outros safaram-se. Volvidos uns meses chovem boas notícias. Manuel Pinho, satisfeitíssimo pela empresa brasileira Embraer, ter escolhido Évora, para fabricar componentes de aviões, classificava: “o Governo é uma direcção comercial de luxo”. Nas ruas, também se exultou, mas em retrospectiva. O relatório do Instituto Nacional de Estatística revelou que os ordenados subiram 2,4% em… 2006. Com a falta de memória nacional, ninguém se lembra de tal melhoria salarial. Quem sabe? Talvez na estatística esteja a verdadeira felicidade. E, em 2010, concluam a mesma coisa em relação a 2008. Por enquanto, é tempo de vestir um “Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polka Dot Bikini”.

[[[por Brian Hyland. O biquini moderno foi inventado pelo engenheiro de automóveis francês Louis Réard, no ano de 1946, quando tomou conta do negócio de lingerie da mãe. Nesse mesmo ano, os americanos explodiam a primeira bomba nuclear, em tempo de paz, no atol de Bikini, nas ilhas Marshall. O estilista Jacques Heim fabricara um fato de banho de duas peças chamado Átomo. Por associação de ideias, “o mais pequeno fato de banho do mundo” assumia o nome da mais pequena partícula da matéria. Todavia, Réard desenhou um ainda mais pequeno, deixando ver o umbigo. Na época, considerado apenas um deselegante buraco, armazém de cotão e sebo. Contudo, o início da sua comercialização não foi pêra doce. A primeira dificuldade surgiu em encontrar uma modelo suficientemente ousada para o vestir. Por fim, Micheline Bernardini, uma dançarina nua do Casino de Paris, aceitou. E a apresentação pública fez-se no dia 5 de Julho de 1946, na piscina Molitor, em Paris.

O Vaticano etiquetou logo a roupa como imoral e foi proibida em vários país, inclusive no nosso querido Portugal. As vendas foram um desastre. Só arrancaram quando as vedetas do cinema como Marilyn Monroe, Rita Hayworth ou Brigitte Bardot, vestiram o trapinho. Graças a este pioneirismo de exposição carnal, hoje Maria Sharapova pode mostrar os seus dotes sem a raquete na mão.

O desafio futuro foi reduzir no pano, para delícia dos olhos masculinos, aparecendo o microkini. E, levantou outro problema, cantado pelos TullycraftHow to Stuff a Wild Bikini”. O corpo tem obedecer a vários requisitos como demonstra a talentosamente dotada vedeta da Internet Alison Angel. E, assim, assistimos no Verão a uma “Bikini Parade” – por Christa Hughes ex-vocalista dos Machine Gun Fellatio. Um grupo australiano também inspirado cantador do “Summer”. E outras mensagens importantes como “Let me be Your Dirty Fucking Whore” Q “Girl of my Dreams” Q “Mutha Fukka on a Motorcycle]]].

Kant concebeu, com muito carinho, a seguinte máxima para as mulheres: “a sabedoria das mulheres não é raciocinar, é sentir”. Não é possível provar, a intuição apriorística do filósofo de Königsberg, sobre o lado feminino dos portugueses, mas les mots assentam como uma luva Les Copains, nas choses. A sensibilidade nota-se na cara. Vítor Constâncio é sem sombra de dúvida um MQT (“mais que tudo”) nacional. Ele ganha bem para falar de alto. Sem pressões do fim do mês, independente da corrupção, isento do compadrio. As suas sentenças são traves mestras de elado futuro. No seu último post it, colado no frigorífico da nação, avisou que a coisa está preto azul e deu solução: “se aumentarmos os rendimentos o que se consegue é aumentar ainda mais a inflação. A situação fica ainda pior. Há que evitar uma espiral de preços e rendimentos”. E, antes de fechar a boca para férias, mandou umas papaias sobre o nuclear. A elevada formação académica do governador do Banco de Portugal, pago como se fosse o sultão do Burnei, confere-lhe aptidões nas matérias económicas e no milagre da produção de energia barata. De volta a “Echo Beach”.

[[[dos Martha & the Muffins. Na praia pinta-se a manta… se não ficar no Dubai. A empresária inglesa Michelle Palmer, 30 anos, tomou uns drinks num champagne brunch, e engatou um turista conterrâneo. Foram passear para a praia. Os calores, do ar e do álcool, puxaram-lhes para o sexo. Um polícia advertiu-os que não estavam no Palácio de Buckingham. Decorrido algum tempo, o mesmo polícia encontra-os, insistindo na pouca vergonha. Deu-lhes ordem de detenção. Palmer foi despedida da ITP Publishing, sedeada no Dubai, e arrisca entre três meses / seis anos de cadeia, por brincar na areia.

No Ocidente cristão, a praia inspira Günther and The Sunshine Girls. Um ex-modelo sueco tornado músico – “Tweeny Weeny String Bikini” Q “Sun Trip”. Também cantou “Touch Me” com Samantha Fox. Uma prendada moça, que começou a sua carreira, como modelo topless na página três do Sun, mas com a idade, ajuizou e canta “Hurt Me Hurt Me But the Pants Stay On”.

Os Bloodhound Gang tiveram a mesma ideia que Michelle Palmer – “Screwing You on the Beach at Night”. E os Modest Mouse, com o nome retirado do conto “The Mark on the Wall”, de Virginia Woolf, navegaram por mares muito mais altos – “Beach Side Property” Q “Dashboard” Q “Missed the Boat]]].

Na assistência, José Sócrates, outro MQT, aplaudiu Constâncio: “esse erro não cometemos. Seria prejudicar os mais pobres”. Antes realizar outro Campeonato Europeu de Futebol, para mantê-los pobretes mas alegretes, que acordar a apavorante “espiral inflacionista”, um monstro que come as partes baixas da sociedade. Não obstante, as complexas fórmulas matemáticas nos portáteis dos economistas, não lhes resta muitas propostas para desemburrar a economia. Por falta de génio, aplicar os mesmos modelos, sobre problemas novos, ainda lhes sucede como ao de um dono restaurante chinês, que desejoso de agradar os turistas olímpicos, correu o nome original da sua casa num tradutor on-line. Resultado: comprou uma placa com Translate Server Error.

Jean-Claude Trichet, um sábio, tão sábio, cuja sapiência não cabe num garrafão de cinco litros, causou uns tremeliques em 1998. Jacques Chirac fez uma birra de “ sou menina rica não engulo” por sua causa. Queria-o como primeiro presidente do Banco Central Europeu em vez do holandês Wim Duisenberg. Pois, esta cabeça, incluída no Grupo dos 30, não tem outra melhor ideia, que a oscilação da Taxa de Juro, para controlar a inflação. Aos Estados, incluídos na UE, resta-lhes apenas a redução dos salários, para conseguir idêntico efeito. E é o que tem sido feito, esvaecida a euforia, de melhor vida para todos, trazida pelo golpe militar de 1974. Constâncio não descobriu o pão cortado às fatias. Repete o aranzel dos técnicos de contas, promovidos a economistas, louvados pelo FMI, que se farta de anunciar que os portugueses vivem como lordes, e é imperativo baixar-lhes o nível de vida. Se o Verão aquecer muito veremos “Bikini Girls with Machine Guns”.

[[[dos The Cramps. Grupo formado em 1976, por Lux Interior e Poison Ivy, que colocou as questões certas, fintadas pelos filósofos, cobardes, ao longo dos séculos – “Can Your Pussy Do The Dog?” Q “What's Inside A Girl?”.

Mas se a inflação subir para temperaturas insuportáveis então Bikini Kill. Grupo incluído no movimento punk feminista Riot Grrrl – “Double Dare Ya!!” com a sua introdução “we are Bikini Kill, and we want revolution! girl style now!” Q “Rebel Girl” “I Like Fucking” Q “Lil Red” Q “Carnival” Q “WDC” (1992).

No mesmo movimento: Heavens to Betsy – “White Girl” Q “Stay Away”. Huggy Bear – “Her Jazz” Q “Single Bullets”. Bratmobile – “Eating Toothpaste” Q “Brat Girl”. Team Dresch – “Don't Try Suicide” Q “Screwing Yer Courage]]].