Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

sábado, fevereiro 28, 2009

Perdidos na História

O Big Bang jorrou as
constelações nos céus compondo-os de harmonia e perfeição. As sociedades humanas contemplavam esta bela latada sobre as suas cabeças e fantasiavam, nas favelas globais, sonhos bilionários de Óscares em Hollywood. No século XXI, finalmente, alguém bate à porta. Truz-truz. “Quem é?”. “É o Big Bank”. Fez-se História, como agora as elites dirigentes gostam. O Big Bank marcará o início da ordem nos comércios humanos e golfejará o homem rico na Terra. Os séculos perdidos no caos finaram-se. Daqui pra frente dobram os sinos… tlim tlão.
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Uma banda sonora também esteve perdida.
Kenneth Anger, realizador de cinema undergound americano – “Eau d’artifice” (1953) ou “Kustom Kar Kommandos” (1965) – conheceu Jimmy Page, em 1973, num leilão de memorabilia de Aleister Crowley, a estranha figura que se apresentava como a Grande Besta 666 do Livro do Apocalipse e que Fernando Pessoa ajudou a encenar o falso suicídio na Boca do Inferno, Cascais. Anger partilhava com Page o interesse comum pelo oculto e convidou-o para compor a banda sonora do seu filme “Lucifer Rising”. O guitarrista aceitou encantado. O cineasta mudou-se para uma propriedade de Page, a Tower House – uma casa vitoriana do arquitecto William Burgess, situada em Kensington, Londres – com o propósito de aproveitar o material do estúdio de montagem de filmes, construído na cave, para editar o filme-concerto dos Led Zeppelin, “The Song Remains The Same”.
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Grateful Dead – formados em 1965, pelos residentes de Ashbury Heights em S. Francisco, Jerry Garcia na guitarra e banjo, Bob Weir na guitarra, Ron “Pigpen” McKernan no órgao, Phil Lesh no baixo e Bill Kreutzmann na bateria. Conquistaram uma legião de abnegados fãs, alto risco para as companhias de seguros, conhecidos como os Deadheads, que saltaricavam de concerto em concerto. Alguns deles, do primevo casulo de “cabeças mortas”, desabrocharam em cabeças pensadoras, como Tony Blair, loooool líder europeu; Bill Clinton, geómetra inovador que assestou bicos numa sala oval; Al e Tipper Gore, respectivamente, ecopateta e dona de casa desesperada por censurar palavrões na música; Nancy Pelosi, madame americana e Keith Haring, pintor “Tuttomondo – "Dylan & Dead".
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Segundo a biografia de Garcia, “
Capitan Trips”, escolheram o nome ao acaso num dicionário durante uma psicadélica fumarada de DMT. Falecido o capitão trips em 1995, a pedra de Sísisfo continuou rolando com outros nomes: The Other Ones – “One More Saturday Night” – que trocaram para The DeadGolden Road to Unlimited Devotion” 7 “New Minglewood Blues”. & Ratdog – “Sugar Magnolia” 7 “Tomorrow Never Knows”. & Phil Lesh and Friends – “Help on the Way” 7 “Brick House” com a vocalista Joan Osborne. & Donna Jean & The Tricksters – “He Said, She Said” 7 “Til the Morning Comes].
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O projecto sonoro de “Lucifer Rising” arrefeceu. Certo dia Anger bateu com os cornos na porta. Page consumia heroína e vivia uma relação tumultuosa com
Charlotte Martin e, numa discussão doméstica, ela fechou Anger na rua, que partiu para outra, recorrendo ao seu amigo Bobby Beausoleil para compor a música do filme. Beausoleil, membro do gang de Charles Manson, cumpria pena de prisão perpétua desde Agosto de 69 pelo assassinato de Gary Hinman, um sócio de negócios ilegais que lhe fornecera mescalina marada, e que ele vendeu aos Straight Satans, um gang de motards sem sentido de humor. Quando Beausoleil exigiu a devolução do dinheiro, Hinman recusou e foi esfaqueado.
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Na pildra, na Califórnia, Beausoleil reuniu um grupo de companheiros e, sob o nome
The Freedom Orchestra da Tracy Prison, gravou a banda sonora oficial de “Lucifer Rising”. Na Inglaterra, circulavam rumores de que a atracção de Jimmy Page pelo ocultismo era responsável pela sucessão de azares que atingiu os Led Zeppelin no final da década de 70. O seu vício na heroína, que lhe criou problemas de saúde, a morte do filho de Robert Plant, num acidente de viação e o colapso dos órgãos, encharcados de álcool, de John Bonham, em 1980, noutra casa de Page em Clewer, Windson, concorreram para o cheiro de bruxaria acossando o dirigível do rock. No entanto, Page compôs 23 minutos de música para o filme, que Anger rejeitou por considerar demasiado mórbido e por ser curto para os 28 minutos de “Lucifer Rising”, mas publicou 1 000 cópias em vinil azul claro na sua editora, Boleskin House Records.
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The Doors – brotaram de um encontro fortuito no Verão de 65 entre Jim Morrison e Ray Manzarek, colegas na escola de cinema da UCLA, na Venice Beach, Califórnia. Morrison, moço universitário careta, aluno exemplar num anúncio publicitário da Florida State University, revelou a Manzarek, que “estava a tomar notas de um fantástico concerto de rock ‘n’ roll que acontecia na minha (dele) cabeça” e escrevera algumas canções. Ray cantava junto dos seus irmãos, Rick e Jim Manczarek, (o “c” no apelido caiu na aurora dos Doors) nos Rick and the Ravens, após ouvir “Moonlight Drive”, convidou Morrison para formar uma banda – "Back Door Man".
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Retiraram o nome do livro “
Doors of Perception”, escrito sob influência da mescalina, por Aldous Huxley, que retirara este título de um poema de William Blake: “If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is: infinite”. No ano de 66, os Doors contratados pelo clube Whisky A Go Go, tocavam as primeiras partes doutros já conceituados como os Them de Van Morrison, Captain Beefheart & His Magic Band, The Chambers Brothers ou Buffalo Springfield do Neil Young de modernaças patilhas. Conquistaram um contrato com a Elektra Records e foram despedidos do clube, sob acusação de obscenidade, quando Morrison numa trip de LSD abusou do complexo de Édipo, gritando que matava o pai e fornicava a mãe.
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Em 1967, no
Ed Sullivan Show, os produtores do programa sugeriram-lhes que trocassem “higher” por “better”, no verso “Girl, we coudn’t get much higher” de “Light My Fire” porque, por causa da conotação com estados de consciência alterados pelas drogas, estava interdito dizer “high” nas estações de TV oficiais do Estado. Eles responderam “sure, no problem” mas Morrison, que cantava de olhos fechados, enfronhado nas canções, esqueceu-se de fazer a alteração, o tio Ed enfureceu-se e cancelou as restantes seis vindas ao programa. No mar turbulento da sua carreira, no dia 1 de Março de 69, no Dinner Key Auditorium, em Miami, aconteceu o célebre espectáculo com Morrison desinteressado em cantar, desafiando o público, fazendo comentários sobre a situação política e mostrando o pénis, que motivou o fim repentino de uma hora de concerto e a sua detenção.
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Jim Morrison pertence ao
clube 27, a agremiação dos músicos que morreram com 27 anos, jogando Anarchism the Game no Tártaro, com outros membros como Mia Zapata, vocalista da banda punk The Gits, violada e assassinada; Pete de Freitas, baterista dos Echo and the Bunnyman, acidente de mota; Richey James Edwards, guitarrista dos Manic Street Preachers, desaparecido; D. Boon, guitarrista da banda punk Minutemen, acidente de viação; Alan “Blind Owl” Wilson, vocalista dos Canned Heat, possível suicídio por excesso de barbitúricos; Ron "Pigpen" McKernan, teclista dos Grateful Dead, hemorragia gastrointestinal causada por excesso de álcool; Robert Johnson, bluesman, provavelmente envenenado com estricnina; Dave Alexander, baixista dos Stooges, edema pulmonar; e também Pamela Courson, namorada de Morrison, Janis Joplin, Brian Jones, Jimi Hendrix e Kurt Cobain.
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A morte de Morrison em Paris permanece envolta no lucrativo mistério do marketing da indústria discográfica. Depois de verem o filme
Pursued, (1947) de Raoul Walsh, no cinema Action Lafayette, Jim e a namorada Pamela, dirigiram-se para o seu clube nocturno favorito, o Rock ‘n’ Roll Circus. Pamela encomendara heroína ao dealer dos paraísos artificiais da elite in Paris, Jean de Breteuil. Morrison amochou logo devido à excelência do produto, Bernett, o dono do clube, vendo-o em mau estado e com receio das previstas maçadas “bofianas”, levou-o para o restaurante Alcalzar. Algumas testemunhas afirmam que ele morreu na casa de banho do restaurante. Noutra versão a saga continua, ele foi carregado para o apartamento no 17 Rue Beautreillis, meteram-no na banheira na tentativa de reanimá-lo da overdose, mas ele não acordou mais. De Breteuil namorava com Marianne Faithfull, ela, nas suas próprias palavras, detestava-o mas acomodava-se ao arranjinho pelo “sexo e drogas”. Ele temendo perseguição policial mandou-a embalar a trouxa e fugiram os dois para Marrocos. A autópsia nunca se realizou e Morrison faleceu oficialmente de falha cardíaca.
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Ray Manzarek e Robby Krieger em 2002 renasceram a Fénix, nomeada “The Doors of the 21st Century”, com Ian Astbury, o extraordinário vocalista dos Cult, no posto de Morrison. Anunciaram que John Densmore não participava por sofrer de zumbidos na cachola. Abriu-se a caixa de papelão de Pandora do “também quero money money”, com corridas ao tribunal das famílias Morrison e Courson, para proibir o uso da marca registada Doors, e Densmore a fazer depender o seu regresso ao musical útero, da substituição de Astbury pelo Eddie Vedder, a ovelha que bale nos Pearl Jam – “Break on Through (to the Other Side)” 7 “The Changeling” 7 “Wild Child].

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Amor em tempo de alfaces
A iniciativa privada, skate de fortunas, BMX da felicidade, patins do comunismo, é a prancha de windsurf do capitalismo que cavalgará as ondas para um o endless summer em
Maui. E, enquanto os Bancos amoucam às aflitivas súplicas dos políticos e persistem na agiotagem do dinheiro, capando os benéficos lenimentos do crédito na economia, a iniciativa privada imaginativa desenrasca os audazes.
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Uma moçoila de 22 anos, residente em S. Diego, Califórnia, com o pseudónimo de
Natalie Dylan descobriu uma mina de ouro. Infundida pelos nobres intentos de ir para a Universidade, tirar uma graduação em Psicologia, anunciou o leilão on-line da sua virgindade através do site (e cama) do Bunny Ranch, higiénico bordel do Estado de Nevada. Natalie não está virada para o fuck or die das suas contemporâneas, o seu interesse pelo sexo é meramente antropológico, quer conhecer como a sobreposição cósmica funciona para além do cigarro e do “amanhã telefono”. A sua genital estreia vale 3.8 milhões de dólares, oferecidos por um australiano, com garantia de satisfação, porque nos outros menus ela afiança ter sabença quanto baste. “Não sou pudica” – diz Natalie".
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The Yardbirds – húmus de promissores guitarristas como Jimmy Page, Eric Clapton, Jeff Beck, inovadora banda influenciada pelos Blues e ponte para o rock psicadélico inglês, formada por Keith Relf, vocalista e harmónica, Jim McCarty, baterista, Chris Dreja, guitarrista, e o produtor e baixista Paul Samwell-Smith – no filme Blow Up de Michelangelo Antonioni y “Shapes of Thingsy “Over Under Sideways Down.
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Renaissance – grupo formado em 1969 por Keith Relf e Jim McCarty, na sequência dos Yardbirds, com John Hawken (pianista nos The Nashville Teens), Louis Cennamo, (baixista de Jimmy Powell & The Five Dimensions) e Jane Relf, irmã de Keith, como segunda vocalista – “Island” – entre Outubro e Dezembro de 70 a cantora americana Binky Cullom encarregou-se da vocalização; em 71 Annie Haslam responde a um anúncio no Melody Maker para substituir Binky – “Carpet of the Sun” y “Black Flame y “Winter Tree” y “Mother Russia” y “Northern Lights” y “Opening Out” y “Ashes Are Burning” – em 1976 Keith Relf morre electrocutado pela guitarra quando ensaiava novas canções para os membros originais dos Renaissance reagrupados sob o nome Illusion].
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A ideia de Natalie Dylan é genial porque pode ser repetida até aos 90 anos ou mais. Está de acordo com a novas políticas laborais dos Governos, que pretendem pospor a idade da reforma para o dia da morte. Já existia a cirurgia reconstrutiva, uma chatice que envolve médicos e listas de espera. E, se o Governo não conceder cheques-virgem, descontáveis nas clínicas particulares, nunca mais a rompida membrana volta ao lugar. Também se encontra no mercado
cremes que estreitam o canal e, associados a uns esgares e gemidos de dor, burlam os incautos na impressão de uma primeira visita. Mas, a tecnologia made in Japan não pára na pugna pela mercadoria perfeita, e agora comercializou um kit hímen artificial, fácil de colocar e que, quando esfrangalhado, liberta um líquido semelhante ao sangue, enganando o mais sabichão na filosofia da alcova.
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Neste sector laboral, razoavelmente especializado, não há desemprego. Outra vantagem da actividade exercida na posição horizontal, ou contra a parede, é ser compatível com a vida académica. As alunas da venerável
Universidade de Cambridge, entre auferir 60 €/hora como empresárias em nome individual ou 6 € como repositoras num supermercado, preferem a carreira de acompanhantes… e alfaces. Na França são mais de 40 000 que se seduziram pelos rendimentos da iniciativa privada com target nos cavalheiros com posses. Laura D., estudante de Línguas Modernas Aplicadas, 19 anos, filha de uma enfermeira e um operário, que recebem pouco mais que o ordenado mínimo (cerca de 1 000 € mensais depois dos descontos), relata no seu livro “Mes Chères Études” como uma fille acede aos frutos da rica sociedade moderna.
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The Byrds – surgem em 1964 constituídos por Roger McGuinn, vocalista e guitarrista, Gene Clark, vocalista, David Crosby, guitarrista, Michael Clarke, baterista, Chris Hillman, baixista, criadores do Folk Rock com a sua versão eléctrica de “Mr. Tambourine Man” de Bob Dylan e também outra possível origem do rock psicadélico com a canção “Eight Miles High”, composta quando McGuinn tentava imitar, na guitarra, uma frase musical de John Coltrane em “India” – All I Really Want To Do” y “Chestnut Mare.
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Em 1966, o
Relatório Gavin – uma lista indicativa das canções apropriadas para o público distribuída às estações de rádio – classificou “Eight Miles High” como sendo uma canção sobre drogas, retirando-a da divulgação radiofónica, responsável pela subida nos topes de vendas. David Crosby explicou que, na época, na Costa Oeste dos Estados Unidos, experimentava-se uma nova forma de expansão da consciência através das drogas psicadélicas.
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O
LSD foi descoberto, por acaso, em 1938, pelo químico suíço Albert Hofmann, falecido no ano passado com 102 anos, quando estudava a aplicação medicinal de fungos dos cereais, para a farmacêutica Sandoz. No dia 16 de Abril de 1943 uma pequena dose da droga entrou no seu corpo acidentalmente provocando-lhe uma agradável trip. Três dias mais tarde testa uma quantidade maior e sentiu “um poderoso medo de enlouquecer”. A exacerbação dos problemas e conflitos interiores induzidos pela droga fê-lo acreditar no seu valor terapêutico das doenças mentais.
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A Sandoz vendeu o LSD 25 sob o nome
Delysid e encorajava os médicos a utilizarem-no em si próprios. O psiquiatra inglês Humphry Osmond receitou-o para curar o alcoolismo. Consta que um dos seus pacientes foi Billy Wilson fundador dos Alcoólicos Anónimos. Cary Grant elogiou-lhe virtudes na iluminação do espírito. Na verdade, era uma substância bastante potente, calculava-se que um grama seria suficiente para pôr entre 10 000 a 20 000 pessoas a tripar durante 12 horas, não admira que despertasse a atenção dos aparelhos repressivos do Estado.
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Os
soldados britânicos, despojados do Império, ingeriram LSD para curtir, mas a CIA não brincou em serviço. Os agentes secretos montaram a Operação MKULTRA destinada a verificar as possibilidades de aplicação nos interrogatórios e no controlo da mente. Nas décadas de 50 e 60 incautos cidadãos americanos servirão de cobaias. No Outono de 59 até 1962 instalaram o programa na Universidade de Harvard. Um dos felizes participantes foi Theodore Kaczynski, conhecido como Unabomber, que mais tarde escreveu uma elucidada crítica sobre o propósito repressivo da tecnologia na sociedade moderna no manifesto “A Sociedade Industrial e o seu Destino” e enviou 16 cartas-bomba para vários locais, como Universidades e companhias aéreas, matando 3 pessoas. Desde 1978 a 1995 o FBI apanhou hotdogs na investigação mais cara de sempre e só o caçou pela chibaria do irmão e cunhada, David e Linda Kaczynski, a troco do prémio de um milhão de dólares.
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No final dos anos 50, quando um amigo lhe disse que havia LSD à borla, e ainda pagavam 20 dólares, no Hospital Menlo Park Veterans em Palo Alto – outro local integrado no clandestino projecto da CIA –
Ken Kesey, frequentando uma pós-graduação em escrita criativa na Universidade de Stanford, logo acorreu como voluntário. Inspirado nesta situação, de rato de laboratório para uma instituição governamental, escreveu o sucesso editorial “Voando sobre um Ninho de Cucos” que lhe proporcionou o desafogo económico para ir viver para La Honda, nas montanhas ao sul de S. Francisco, onde entretinha amigos com festas de ácido. Kesey declarou: “ eu era muito novo para ser beatnik e demasiado velho para ser hippie”, todavia o seu encontro com Neal Cassady – o mítico beatnik eternizado nos livros “The Electric Kool-Aid Acid Test” de Tom Wolfe, “Go” de John Clellon Holmes e “On the Road” de Jack Kerouac – e as festas em S. Francisco farão dele um elemento essencial na transição para o psicadelismo hippie.
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Ken Kesey e os seus amigos designavam-se por Merry Pranksters. Um grupo que vivia em comunidade promovendo a transcendência e estética resultante do consumo de drogas alucinogénicas. O ambiente musical, nas sessões de LSD, estava cargo da desconhecida banda The Warlocks, depois chamada Grateful Dead. Em 1964, para comemorar a publicação do segundo livro de Kesey, “Sometimes a Great Notion”, e visitar a Feira Mundial, iniciaram uma viagem de S. Francisco até Nova Iorque. Baptizaram o autocarro Furthur (further + future), decorado com motivos psicadélicos, Neal Cassady, antigo ladrão de carros cheio de lábia, assumiu o posto de motorista. Pelo caminho distribuiriam LSD a quem se mostrasse interessado na experiência, numa atitude, comum na época, de desvio das armas de subjugação do inimigo para livre usufruto do povo].