Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

sábado, julho 11, 2009

Duas assoalhadas em Gomorra
Carrie Prejean, miss Califórnia, previsível miss U.S.A. cometeu o pecado capital dos bons novos tempos. E, por isso, os seus títulos foram-se ao ar.
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Prejean,
modelo, recebeu, de Deus, um corpo para ganhar concursos de beleza. Na edição 2009 da miss U.S.A., durante a prova de respostas calhou-lhe na rifa Perez Hilton, pseudónimo de Mário Armando Lavandeira, filho de cubanos de Miami, administrador de um site onde vilipendia quem não lhe cai no goto. Poucas vezes lhe vão às trombas por aquilo que publica, mas em Junho, em Toronto, após a entrega dos prémios MuchMusic, à saída de uma festa na discoteca Cobra, numa altercação com Will.I.Am, dos Black Eyed Peas, Polo Molina, manager da banda, acariciou-lhe o pêlo. Perez saracoteou-se como uma bichona histérica, no Twitter, pedindo socorro, que lhe chamassem a polícia ao Hotel SoHo Metropolitan, que sangrava, bl@bl@. Nas vítimas dos seus comentários peçonhentos, o episódio provocou sorrisos, como em Kelly Clarkson, porque Perez é somente uma língua-de-cobra. Quando surgiram as notícias de Michael Jackson, no hospital, com paragem cardíaca, logo Perez “tuitou” que era tudo fita do cantor, para não comparecer nos concertos de Londres, e que os trouxas portadores de bilhete pedissem o dinheiro de volta.
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Sons of Albion – nascido em 21 de Janeiro de 1979, Logan Plant, filho de Robert Plant dos Led Zeppelin é o vocalista, Nuno Miguel o guitarrista, Francisco de Sousa o baterista e Richard “Gones” Fulgoni o baixista, deste grupo recém-criado em Londres – “Just Like You” y “Take a Look” y no Optimus Alive 2008.
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Led Zeppelin – regressarão, ou não, consoante o saldo bancário de todos os interessados, entretanto são continuados pelas Lez Zeppelin, uma banda feminina de tributo – “Dazed and Confused” y “Black Dog” y “Whole Lotta Love” y “Babe I'm Gonna Leave You”. O papá Plant facturou prémios, boas críticas e dinheiro com “Raising Sand”, um CD de duetos com Alison Krauss, gravado em Nashville, lançado em 2007 e condecorado pelos jarretas dos Grammys, como o melhor (blurrrr… vómito) álbum de 2008 – “Please Read the Letter” y “I'm in the Mood” y “When the Levee Breaks].
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Perez também organiza festas musicadas. É ele, com o chapéu idiota, sentado na primeira fila, na actuação da cantora neozelandesa
Ladyhawke. Mas a sua característica mais visível é ser rabiolas, ou pior, “gay activist” (“bicha com fogo no rabo”, isto é, equipado de motor atrás, como o Volkswagen, alardeia a superioridade do seu modelo). Neste ano ele integrava o júri do concurso miss U.S.A., e na sua condição militante, fez a pergunta óbvia: qual a opinião da concorrente sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Carrie Prejean pecou, um pecado maior que roubar, matar ou fugir aos impostos. Defendeu a treta da América ser um grande país, todos escolhem segundo as suas conveniências, todavia casamento só entre homem e mulher. Apesar desta posição não divergir do presidente Báráque, caiu-lhe em cima “Manhattan and Los Angeles” (“o Carmo e a Trindade”).
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Os “sexos alternativos” iniciaram uma campanha “internética” de aniquilamento. Gotejaram
fotos dela nua, proibidas no contrato do concurso, para forçar a demissão do título de miss Califórnia e consequente expulsão da competição nacional. (“Nu”, em americano, significa não vestir certas peças de roupa e não que se mostre algo íntimo). Perez estufou a “resposta correcta” do alto da sua píncara sabedoria. Keith Olbermann alourou num chilli bem U.S.A. Revelaram-lhe os implantes das mamas. Donald Trump, proprietário do concurso, esfregava as mãos de contente, pela publicidade extra. Prejean ainda se defendeu, mas uma batalha contra bichonas e sargentonas desfecha em derrota obrigatória. E quando os calos apertaram, Trump despediu-a, substituindo-a por Tami Farrell, para não ter contra si a parte mais importante da sociedade americana.
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O sistema financeiro endireitará. Os Bancos facilitarão crédito à habitação. A vontade do “lar doce lar” retornará. Mas o casório já não será o mesmo. Se o homem dos bons velhos tempos, depois de uns copos, alucinava
mulheres nuas, debochava vendo o Big Brother ou os anúncios da PETA, o Homem dos bons novos tempos ajunta-se, eles com eles, elas com elas, e as empresas fornecerão o catering da felicidade: namoradas robot, sexo oral no Burger King…
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BabyStone – congregação entre Itai Shapira e Novena Carmel pra missa Funk. Novena, cognominada “Nove”, nascida em 1982, filha de Sly Stone, actualmente passinha na música e arrastou o reverendo pai de volta os palcos – “You Got To Be a Man” y “Ask Me”.
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Sly Stone, de nome verdadeiro Sylvester Stewart, nos finais dos anos 40, iniciou-se junto do irmão Freddie e das irmãs Rose e Vaetta nos The Stewart Four, cantando música gospel na Igreja de Deus em Cristo. Conta ele que tomou consciência do poder da música, aos 4 anos, durante a canção “On The Battlefield”, num espectáculo de Sam Cooke no Oakland Auditorium: “perto do final da canção, as pessoas começaram a correr nos corredores, entre as filas dos bancos, eu não sabia o que se passava. Não sabia que estavam apenas felizes. Então, virei-me e fugi, e ando a fugir desde então”. Nas décadas de 60/70, parou o suficiente para um êxito que ultrapassou as barreiras raciais. E, em 74, expor no programa de Mike Douglas (parte2 y parte3), a ideia de realizar um filme futurista, sobre uma sociedade onde o homem preto seria dominante, mas não preconceituoso, cuja acção se situaria em 2009.
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Em 5 de Junho de 1974, Sly casou-se com Kathleen Silva em cima do palco, perante uma audiência de 20 mil espectadores, no Madison Square Garden, seguido de
festa de arromba. Ainda apareceram felizes na capa do álbum “Small Talk”, mas em Outubro divorciaram-se, porque Gun, o pitbull de Sly, atacou Sylvester Bubba Ali Stewart Jr, o rebento de ambos. Sly plantou filhos em vários úteros. Na mesma altura em nascia Sly Jr, Cynthia Robinson, trompetista dos Sly & The Family Stone, paria Sylvette Phunne Robinson, conhecida no meio Hip-Hop como a rapper Raw Syl. Mas tem sido Novena quem tirou o pai de casa, para uma rara entrevista na KCRW, e para tocar nos clubes de Los Angeles, por onde comemorou o 66º aniversário – If You Want To Stay].
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PS: Rumer Willis – é produto da piscina genética de Bruce Willis e Demi Moore. E ilustra bem os bons novos tempos. Vive escrutinada pela boa imprensa. Que sugere nela, o actual drama existencial humano: a aparência física é produto da “lotaria dos genes” ou “fabricação do cirurgião plástico?” (de que a mãe é fã, e esta prática médica transita uma Demi criança, para uma Demi adulta). Ela tuíta. A madrasta é a extraterrestre Emma Heming e o pai faz figuras. Na idade das hormonas destrambelhadas, colava posters de Ashton Kutcher (futuro padrasto) na parede do quarto, e suspirava de adolescentes amores, reeditando o complexo de Electra. No filme “The House Bunny” deu um cheiro vocal. Tem uma breve aparição no vídeo dos Five A.M. E neste mês foi convidada para o papel de Gia, uma lésbica gira e desbragada, na série “Beverly Hills, 90210”.