Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

domingo, setembro 27, 2009

Renovar

Quatro anos toscanejaram os portugueses. Deprimidos. “É o Sócrates! É o Socrátes! É o Socas!” ululavam pequenos e médios comentaristas, de pequena e média referência. Fado, Futebol, Fátima, eram embuchados para matar a dor. Mas, eis que a mística da democracia, aportou um estádio de luz. Eleições. As urnas abrem a boca e nasce outro Portugal. O aborrecimento, característica das sociedades modernas, debuxado pela
Internacional Situacionista, é sacudido do lombo. Agora, os portugueses abocetarão o futuro. Arregaçam as sete saias e dançam penhorados. Dançam Apache!!!
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dança do princípio do século XX, provinda dos tascos dos bairros de má fama de Paris. Recebeu o nome de um gang de assaltantes, tão traiçoeiro e sanguinário, que o povo identificou-o com os índios dos filmes americanos. Já em 1902, Thomas Edison filmara Kid Foley e Sailor Lil, no paleolítico da dança Apache. Os seus movimentos arribaram ao cinema. No filme francês de 1915, realizado por Louis Feuillade, interpretado por Musidora, sobre um gang chamado “Les Vampires. Nos filmes ingleses “Aunt Sally” (1933), “Queen of Hearts” (1934) e “Okay For Sound” (1937). E no filme americano “Charlie Chan in Paris” (1935). Rodolfo Valentino não sabia dançar tango, mas era especialista em Apache, e executou uma versão suave, com Beatrice Dominguez, na famigerada cena de “The Four Horsemen” (1921). Tempos violentos acompanham danças violentas, hoje vivemos paz, segurança, com tranquilidade, outros moves abanam os corpos, mas há quem dance contra a corrente. No filme “Moulin Rouge” (2001), Rita Moreno nos “Marretas” e Adam Gontier, dos Three Days Grace, ensaia no vídeo “I Don’t Care” dos Apocalyptica).
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As trombetas do voto sobre os muros de Jericó enfarinharam as tristezas. Até Porky Pig dirá
son of a bitch que estes portugueses são do catano. Haverá de tudo para todos. Kayden Kross, com os portugueses em mente, aconselha assoprar-se no trabalho (blowjobs), como “exercício de meditação”, estimulando a competitividade. Avistaremos fenómenos de abismar. Veremos, na rádio, um strip da actriz porno francesa Helena Karel (a França, um deserto intelectual, safa-se pela qualidade das suas actrizes radicais oh oui!). E, para os mais encafuados nos livros, o primeiro filme de James Cameron. Os saltimbancos trovarão os portugueses: “German Pussy” (dos Rammstein) P Add N to (X) P Girls Love DJs e umas damas no “Toxicity” (dos System of a Down, se elas estivessem a tocar realmente, seria óptimo, mas talvez não se importem de tirar blusa pelos portugueses).
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No stress pós-eleitoral, os novos eleitos do povo
sentarão o rabo na Assembleia, destrambelhados, sôfregos de cumprir as promessas, mas não sabem como rentabilizar o hemiciclo. Da América vem um exemplo do funcionamento parlamentar, consentâneo com o bom momento inserido pelo fofinho presidente Báráque, exultando a Halle Berry (a sessão completa). Os deputados de São Bento importariam a fórmula, nem estranhariam muito, pois o ritmo de trabalho é semelhante, aportuguesariam apenas com carne nacional de Ana Cristina Oliveira, Daniela Ruah ou Ana Lopes, para um ciclo, agora é que é, de prosperidade.
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Lisa Marie Presley – filha de um ídolo americano, que copiou o estilo de cabelo e a vivência heróica do Capitão Marvel Jr. E que nutria ódio de morte pelos hippies, e ansiava ser agente do Bureau of Narcotics and Dangerous Drugs, para os chibar e atirá-los com os costados na choça. Na sua visita, em 1970, a Nixon na Casa Branca, carregava para ofertar, não discos de ouro, mirra ou incenso, mas uma arma e ideias paranóicas. A arma, por razões de segurança, não foi entregue em mão, mas as ideias jorrou-as na orelha de Nixon. Prontificou-se para ser agente infiltrado nas comunidades hippies, o 37º presidente, também sob medicação do Dr. Arnold A. Hutschnecker para não rebentar o mundo, torceu o nariz, descrente, mas fê-lo agente honorário, com um luzente crachá. Elvis expôs-lhe outro perigo para a América, os Beatles, que “abarbataram o carcanhol ianque, zarparam para a Inglaterra, donde disseminavam anti-americanismo”. Nixon, o mais são nesta dupla de malucos, por duas vezes lhe aconselhou que “aguentasse os cavalos”, pois as “provas de patriotismo” do menestrel voavam sobre um ninho de cucos – Bossa Nova Baby” P “Mean Woman Blues” P “Baby I Don’t Care” P “Shoppin’ Around” P “Scratch My Back”, com a diplomática Marianna Hill, quando lhe perguntaram “se Elvis tinha talento”, ela respondeu que “era um fenómeno do show business” P Elvis melhorou substancialmente com Andy Kaufman.
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Elvis contagiou o planeta com gripe E. Existe um Elvis afegão,
Ahmad Zahir. Um Elvis francês, Johnny Hallyday, que queria ser belga, mas arrependeu-se graças a Sarkozy. Um Elvis vermelho, Dean Reed. Um Elvis sueco, Eilert Pilarm. Um Elvis mexicano, El Vez. Um Elvis chinês “treinado por autênticos homossexuais na arte do teatro nos anos 80”, Paul Hyu. Um Elvis sikh, Peter Singh. Um Elvis filipino. Um Elvis japonês, que foi primeiro-ministro, Junichiro Koizimi… e… e… um Elvis português.
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Priscilla entra neste drama americano em 1959. Ela com 14 anos conhece o soldado Presley, de 24, numa festa em Bad Nauheim, na Alemanha. A América urgia que o seu herói esposasse uma virgem do império. E, apesar dos rumores sobre o trânsito vaginal de Priscilla, casaram-se no dia 1 de Maio de 1967 e divorciaram-se a 23 de Fevereiro de 1972. As nações anelam que os ícones comam gajas, gajas, gajas. No caso de Elvis o patriótico anelo morria nas bordas (do desejo). Cybill Shepperd revelou que ele lhe beijara o corpo nu, mas negou-se a passar-lhe o corredor a pano, como ela pretendia. Sobre as namoradas Judy Spreckels e June Juanico, a jornalista Alanna Nash, na Playboy de Novembro 2005, escrevia que o king “nunca penetraria nenhuma destas raparigas”. Cassandra Peterson só privou com ele durante uma noite e gastaram-na na palheta. Cher recusou uma noitada em Las Vegas, porque estava demasiado nervosa, lamentou depois, e nunca soube se o Pélvis funcionava. Peggy Lipton garantia que ele era “virtualmente impotente”. Ann-Magret referia-se-lhe como uma “alma gémea” e Lori Williams como um “perfeito cavalheiro”, que significa, em linguagem feminina, que não foram ao castigo. Linda Thompson disse que só provou truca-truca após vários meses de marmelada.
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Com uma precisão kantiana, exactamente nove meses depois do casamento, nasce
Lisa Marie dia 1 de Fevereiro de 1968, em Memphis, Tennessee. Viveu feliz em Graceland, embalada pela Máfia de Memphis, até a mãe ir ao tapete com Mike Stone, instrutor de karaté. Suspeitando que Priscilla abria as pernas demais no Zenkutsu-Dachi, Elvis saltou-lhe para cima, quando ela fingia a dor de cabeça, dizendo-lhe: “ isto é como os verdadeiros homens fazem amor com uma mulher”. Depois da separação, Lisa Marie, dividia-se entre Graceland e a casa da mãe em Beverly Hills. Desentendeu-se com Priscilla quando acusou o namorado materno, Michael Edwards, de lhe querer partir o bolo. Aos 14 anos inicia-se nas drogas e aos 20 casa com Danny Keough. Nasceu um casalinho. Danielle Riley Keough, dia 29 de Maio de 1989, e Benjamin Storm, dia 21 de Outubro de 1992.
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Riley Keough já saiu da casca. É modelo, actriz e gosta de gordos. A neta de Elvis representa o papel de Marie Currie, irmã gémea de Cherrie Currie, no filme “The Runaways” (2010), sobre a aventureira existência de Joan Jett.
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Decorreram 20 dias do divórcio com Danny Keough, e
Lisa Marie cumpre o sonho da indústria discográfica americana, casando com Michael Jackson, dia 26 de Maio de 1994. Michael galou-a tinha ele 17 anos, ela 7, quando Lisa Marie assistia aos seus concertos, em Las Vegas, rodeada de seguranças. Uns valentes anos depois, por telefone, propôs-lhe casamento. O casal explicou este “amor(parte2 P parte3 P parte4 P parte5). Ela descreveu o quotidiano dentro de portas: “uma vida de casal casado… que era sexualmente activo”. Ainda apareceu nua no angelical vídeo “You Are Not Alone” do esposo, e em 1996 divorcia-se, para rodar por John Oszajca, 108 dias de casamento com Nicolas Gage, e, por enquanto Michael Lockwood, que a engravidou. Quando o Daily Mail avançou a hipótese de banha, para explicar o seu volume corporal, apanhou com um processo, e ela revelou que estava grávida. E nasceram as gémeas, Harper and Finley Lockwood, dia 7 Outubro de 2008.
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Sob as costas largas da beneficência gravou “In the Ghetto”, em dueto com o falecido pai, ilustrado por um preto e branco vídeo com crianças e armas. Defende a cientologia. A ama processou-a por trabalho escravo. Blogou, após a morte de Michael, que tivera no aconchego do lar, uma filosófica conversa sobre a morte e Elvis, e Michael lhe confessara: “tenho medo de acabar como ele”. E foi prantear para Marbella, na modesta casinha de Fergie, a duquesa de York – “Dirty Laundry” PLights Out” P “Thanx].

segunda-feira, setembro 14, 2009

Concretizar

Talvez Hitler tenha jogado
xadrez com Lenine fotografado por uma judia. Talvez o Batman filipino escapuliu-se do asilo Arkhan. Talvez os zombies merendaram o tutano dos Beatles. Talvez as tipas boas no MySpace não rondem os 90 anos. Talvez ninguém perca a virgindade numa sonata dadaísta. Talvez as calças não asfixiem a democracia da bilha. Mas eis que, uma verdade perdura, como se se derramasse, anónima ou rubricada, da ajardinada mansão de Belém: Bugs Bunny tem um pénis!
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As regiões pudibundas, autónomas, sempre causaram dores de cabeça nos líderes institucionais. Os ingleses abalroaram a questão, decapitando o mal pela raiz, ou seja, condescendendo ao
apetite. Lançaram uma campanha para os mais novos com um slogan apelativo: “um orgasmo por dia afasta o médico”. E, para os velhotes, um “soundbite” medicamentoso: “para ambos os sexos, combate o stress, induz o sono e é divertido”. Resta responder com quem? Ultrapassado o choque e pavor, canhoneado pela fica na sociedade americana, abriu-se o mar rosa pra palavra divina: crescei e multiplica-vos uns sobre os outros. Não interessa credo, raça, género, espécie, estrutura atómica, fuck them. Sozinho, Ernest Borgnine aconselha esgalhar o pessegueiro para favorecer o aspecto físico, ou acompanhado, com uma pequena ajuda da indústria, o que importa é concretizar.
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E os portugueses? Latiiiiinos, deveriam facturar muiiito, em casa de ferreira espeto de madeira e, de facto, acompanham a tendência, mas por procuração. Envaidecem-se nas páginas dos jornais com “as conquistas” de CRonaldo. Os olhos reluzem orgásticos na leitura do fait de jour do craque, no Correio da Manhã, e alguns até fumam um cigarro après. Mas ainda haverá novas oportunidades para eles, para os maus garfos, os credo “não gosto de
espanhóis”, há vida depois de Cristiano Ronaldo e está no… Twitter.
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Rick Parfitt Jr – nascido em 1978, recebeu o invejável dom de fotografar achegado de gajas boas: Emma Noble, modelo, actriz de Crossroads e do anúncio da banana, e ex-mulher de James Major, filho do ex-primeiro-ministro britânico John Major; Hannah Sandling, estilista de TV, modelo, socialite e escritora; e, transitoriamente, namorou Dannii Minogue, cantora australiana, irmã da outra, um festim de biquini, encalçado pela celulite em St Tropez, que cessou o botox para recuperar a cara, e, como todas as celebridades, tem a sua sex tape circulando na net (e não fica atrás da mana no popismo – “All I Wanna Do” r “So Under Pressure Strictly” r “I Begin To Spin” r “Put the Needle on It).
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Filho do sénior
Rick Parfitt, guitarrista dos Status Quo, grupo inglês, autor de uma versão de “Roadhouse Blues”, melhor do que o original dos Doors. Este Parfitt foi casando: com Marietta Boeker mãe do júnior; Patty Parfitt, o seu amor do liceu, geradora de Harry nascido em 1989; e Lyndsay Whitburn, em 26 de Maio de 2008, ventre in vitro, dos gémeos Tommy Oswald Parfitt e Lily Rose Parfitt. O júnior porfia uma carreira na indústria musical, aparelhando a RPJ Band, uma banda para casamentos e baptizados, no ramo das versões – do papá em “Rockin' All Over the World”; de Bryan Adams com “Summer of 69”; e, quando um filho toca “Living on a Prayer”, dos Bon Jovi, um pai sabe que tem de expulsá-lo de casa a pontapé.
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Na dor de corno pós-divórcio, Patty Parfitt
vendeu os confortáveis apartamentos e arrojou semicolcheias na relação do marido com Francis Rossi, o vocalista da banda. O tipo do rabo-de-cavalo, (oferecido pelo jornal The Sun, no mês de Abril, a Sharon Littleton, uma lindíssima fã com 150 concertos dos Status Quo no papo), Rossi é um profissional do “emprenhamento”, averba oito filhos no currículo, mas não é gajo para mudar fraldas, pelo menos de Bernadette. Nascida na Irlanda, a mãe descartada por Francis, mudou-se para o Canadá, com ela bebé na mochila, e Bernadette Rossi só viu o pai uma vez em 17 anos. Todavia ela cresceu expedita nas entrevistas e no Vlog.
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Bernadette & The North – é a auspiciosa banda de “rock ‘n’ roll sarapintado de country” da filha de Francis formada em Ontário –“All That I Am” r “Ten” r “No Money Anthem” r “Waiting” r “Fading Fast” r “Back Home” r “What's My Name?” r “Radio” r “So Be It” r “Beat It].
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Ninguém simboliza melhor os valores modernos do que
Lady GaGa. Já foi morena, frequentou a escola, visitou Paris, fotografou para a Vogue japonesa, destapou a teta, poderá ser um andróide Illuminati, poderá ter um pénis, como se suspeita de muitas outras celebridades (as mulheres, quando alcançam fama, ganham um pénis, tal como os políticos mal amados, perdiam um testículo). Gritou para um bófia em Chicago justificando a escassez de roupa num local público: “é moda! Sou uma artista!”. E o espectáculo continua sobretudo. Lady GaGa perfilha uma intrincada e profunda filosofia husserliana, da fenomenologia como “modo de ver”, sobre o homem ideal. Ela gosta deles com grandes bacamartes. Beleza, inteligência, sensibilidade, bah! para que serve isso se o “espírito” é pequeno.
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Lady GaGa também gosta da fruta da nossa época: as mulheres. Que lhe traz desatinos com os namorados.
Explicou ela: “de facto estou numa de mulheres, eles ficam todos intimidados com isso … entram numa onda de ‘eu não preciso de um ménage à trois, sou feliz apenas contigo’”. No mundo moderno, o homem desaparece de cena e Lady GaGa tem a solução: o vibrador. (“Poker Face” r “Eh, eh (nothing else I can say)” r “Love Game”).
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Rosanne Cash – nascida em 24 de Maio de 1955 é herdeira de um bom imitador de Elvis. Johnny Cash conheceu Vivian Liberto Cash Distin num ringue de patinagem no dia 18 de Julho de 1951, ela com 17 anos, aluna da Escola Católica St. Mary, em San Antonio, Texas, ele 19, na recruta da Força Aérea. Aconteceu o love. Ele cravou num banco do jardim: “Johnny Loves Vivian”. Três semanas depois o mancebo é destacado para a base ianque na Alemanha. Durante três anos trocaram 10 000 cartas de amor. Roseanne, o primeiro rebento do casamento, de 1954, herdou do pai em 1973 a List (100 canções essenciais do country), quando ele topou que ela era maluca por Beatles e rock californiano e não ligava népia ao sacro country – “I Don't Know Why” r “September When It Comes” r “Tennessee Flat Top Box” rMy Baby Thinks He's a Train” r com o rei do rock Carl Perkins r na então Checoslováquia com o babado pai r foi a feminil meças com o homem da casa KD Lang r “Forty Shades of Green” r “Seven Year Ache” r com Elvis Costello e Kris Kristofferson r no concerto do 30º aniversário de Bob Dylan r “House on the Lake” r “Seventh Avenue”.
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A
cegonha não cruzou as pernas, seguiu-se: Kathy, em 16 de Abril de 1956, que abominou a representação da mãe, como uma chata inútil, no filme “Walk the Line”; Cindy, em 29 de Julho de 1958, que cantou com o pai; e Tara, em 24 de Agosto de 1961. Segundo Vivian as drogas e June Carter destruíram-lhe o casamento. Divorciaram-se em 57. Após inúmeras negas, June concorda prostrar-se perante o deus Himeneu, em 1 de Março de 1968. E, o “homem de preto” casou com a História do country americano.
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The Carter Family, grupo constituído por Alvin Pleasant "A.P." Delaney Carter (1891-1960), a mulher Sara Dougherty Carter (1898-1979), e a cunhada Maybelle Addington Carter (1909-1978), juntamente com Jimmy Rodgers, participaram nas primeiras gravações de música country e a sua influência estender-se-á por toda a musiqueta americana ulterior – Wildwood Flower. O grupo dissolve-se em Maio de 1943 e Maybelle reúne as filhas Anita, Helen e June nas Mother Maybelle & the Carter Sisters, com o jovem guitarrista Chet Atkins, cuja reputação de virtuosismo, suscitava temor de desemprego, entre os músicos de estúdio de Nashville, e durante vários anos recusaram-lhe entrada nessa fábrica de linguiça popular U.S.A. – Sweet Talkin' Man. Em 1950 apeiam-se, com Atkins, em Nashville para integrar a companhia do Grand Ole Opry. Socializam-se com Elvis Presley, seu parente afastado, Hank Williams e June, gaja com dotes pra facécia, conhece Johnny Cash – “Love oh Crazy Love” r “He Don't Love me anymore” r “Tennessee Mambo” r “It's My Lazy Day” r “Music, Music, Music”.
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June Carter (23 de Junho 1929 – 15 de Maio 2003), aos 10 anos já cantava na Carter Family, quando sua a boca atingiu a idade do “yes I do”, abocanhou três maridos, mimoseando cada um com um descendente. O primeiro: Carl Smith, em 9 de Julho de 1952, e Rebecca Carlene Smith nasce dia 26 de Setembro de 1955. Adoptando o nome artístico Carlene Carter, prossegue a tradição familiar de maridar, cantar e parturir. Com 15 anos casa com Joe Simpkins Jr. e, no dia 23 de Fevereiro de 1972, Tiffany Anastasia Lowe berrava uá uá. Aos 19 estava casada com Jack Wesley Routh, e mais um filho, sucedeu-lhe Nike Lowe e Joseph Breen – “Keep on the Sunny Side” r “I’m so Cool” r “I Love You Cause I Want To” r “Every Little Thing” r “Unbreakable Heart”.
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Edwin "Rip" Nix, jogador de futebol, polícia, corredor de automóveis, e June casaram-se em 11 de Novembro de 1957, e a filha
Rosie Nix Adams, desafilha dia 13 de Julho de 1958 para um triste fim. Foi encontrada morta, juntamente com o violinista Jimmy Campbell, dentro de um autocarro, perto de Clarksville, Tennessee, no dia 24 de Outubro de 2003 (neste ano, June morrera em Maio e Johnny em Setembro). Na certidão de óbito consta, morte por intoxicação de monóxido de carbono, produzido por seis aquecedores, e insuficiente ventilação do autocarro – “Father & Daughter”. O último marido, Johnny, family man, sacou o bónus de um filho varão, John Carter Cash.
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Em 68 Johnny quase foi pra quinta das tabuletas numa
gruta no Tennessee. Atapulhado de drogas, entrara para se perder e “apenas morrer”, desmaiou, no limite das forças, sentiu o toque de Deus no seu coração, guiando-o, através de uma pálida luz e uma ténue brisa, para fora da sepulcral caverna. E decidiu mudar de vida. Só depois dele deixar as drogas (e do consequente renascimento cristão) June aceitou a proposta de casamento. Antes, registara o seu arroubamento romântico por ele numa canção, “Ring of Fire”, composta em parceria com Merle Kilgore, publicada no álbum “Folk Songs Old and New” (1962) da irmã Anita. A cantiga pegou fogo comercial, quando Johnny lhe acrescentou o arranjo mariachi da secção de sopro, ideia que lhe fora revelada num sonho. “Ring of Fire” foi ateada por um camião, pelos Wall of Voodoo, e aperfeiçoada pelos polacos Acid Drinkers.
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PS: Johnny Cash caminhou a linha… outra linha caminhou os Alien Sex Fiend].