Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

domingo, dezembro 27, 2009

Portugal 2010
Faça chuva! Faça sol! Neve! Orvalhe! Granize! Trambolhe o Gestor! o Governo! o Contribuinte! algo extraordinário, tão extraordinário como a entrada na Bolsa do templo Shaolin, está prestes a acontecer. As últimas doze badaladas retinirão “tlim-tlão” para um ano novo obviamente… português. Precatava o Dr. Salazar: “nunca houve uma boa dona de casa que não tivesse muito que fazer”. Este doméstico empenho nacional recompensará, na aurora da nova década, em mais-valias.
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Moscas levarão bem alto, mais alto que um mastro de 100 metros, o nome de Portugal. Os feitos das suas gentes serão cantados pelos jipes. A “memória olfactiva” dos egrégios manará dos confins, fidelizando o orgulho no presente, ouvindo-se nos cybercafés, ambientados pelos Scum of the Earth, perfumosos encómios: “cheiras a Diogo Cão” ou “a marquesa de Alorna”. Como fortes indícios da retoma as casas de penhores fecharão e a primeira estação para uma cerveja no TGV abrirá. Os cartazes publicitários entrelaçar-se-ão para desenganar os que não vêm por bem para golfe e serviço de mesa. As mulheres de armas na tropa defenderão as fronteiras do turista sem cheta. As cândidas banhar-se-ão, lavadas sim para as páginas da Maxim. A lista de espera das coisas boas que arrimarão a Portugal, não agracia apenas o árduo trabalho, mas também o facto dos melhores vaticinadores possuírem CU (Cartão Único) português. Qualquer face culta pátria é maior que Kurt Gödel e Alan Turing juntos. Estes fundiram o tutano* para provar que não existe uma teoria matemática para tudo. Aqueles são a prova vivente de que há um teoria portuguesa para tudo.
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* Ambos se suicidaram. Alan Turing, principal decifrador do código Enigma, inventor do computador, depois de um roubo na sua casa, admitiu uma relação homossexual com um dos assaltantes, acto sexual ilegal na Inglaterra, condenaram-no a prisão ou castração química. Dois anos de tratamento hormonal provocaram-lhe obesidade e depressão. Turing suicidou-se com uma maçã envenenada de cianeto tal como no seu filme favorito “Branca de Neve”. Kurt Gödel vivia no terror de ser envenenado, apenas aceitava comida da mulher Adele Nimbursky, quando ela adoeceu e foi hospitalizada, ele recusa comer e morreu de fome com 30 kg.
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Um desses estranhíssimos renques de vaticínios germinou das casas projectadas por José Sócrates, engenheiro diplomado. Comentaristas posicionados no lado certo da Arquitectura desataram o molho do escárnio e maldizer. Botaram-se abalizadas sentenciúnculas sobre elas: atentados à paisagem conquistada por D. Afonso Henriques; sacrilégios nas fragas de Nossa Senhora; heresias ao espaço expandido pelo Infante D. Henrique; coisas feias a leste do gosto português treinado no estilo clássico greco-romano laivado de mourisco. Os empréstimos bancários para aquisição de casa em Portugal destinam-se a Taj Mahal e Frank Lloyd Wright e não a mamarrachos. O horizonte estético dos portugueses aninha-se na beleza em si, depois personalizada com bandeiras nacionais nos dias do futebol, azulejos, figuras de loiça e estendais. Gosto comparável ao dos soldados americanos que só vivem em palácios de Saddam* decorados com ginásio e estúdios de TV. Razão abarracava-se nesse novelo de críticas, pois os caixotes do Eugénio dos Santos para o marquês de Pombal, património municipal, são obviamente… diferentes das casas de Sócrates.
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* Fotos de Richard Mosse.
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Outro vaticinador, “smartportuguês” no segmento dos terminais de telecomunicações, é José da Silva Lopes. Ex-ministro das Finanças de Vasco Gonçalves e Nobre da Costa, sumidade na debelação de berbicachos, prescreveu para a “crise”: “acho que se deve congelar salários acima dos salários mínimos e reduzir os salários que estão cá em cima”. Dar cartas na cura da Economia é como andar de bicicleta, quando se aprende, nunca mais se esquece. Silva Lopes inova “numa lógica de”, menos dinheiro em circulação, expande a economia de um país. Um bom vaticínio de um homem com currículo. Ele poisou como presidente do Conselho de Administração do Montepio, onde auferia 410.249,21 €/mês, e por quatro anos de estafante trabalho temporário somou mais uma pensão de cerca de 4 mil.
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Os valentes portugueses, de peito à intempérie, sorverão o seu cafezito nas esplanadas de 2010, circundados de mais-valias. Sendo formiguinhas trabalhadeiras e vaticinadores com olhão, acumulam outra mais-valia, vivem numa sociedade exclusivamente eclesiástica. E o Supremo Fã do Desporto Jesus velará pelo cumprimento do único propósito nacional o FUTEBOL. A vitória no Campeonato do Mundo é uma certeza. O espólio – taça, dinheiro, mulheres – virá para Portugal, numa batalha que nem aquecerá o Mister. Mas há mais-mais-valias. Em 2010 será esfregado o “frasco da gama”, versão local da lâmpada de Aladino, concedendo benesses, que catapultarão o optimismo, juncando o melhor ano de Portugal. Do boião largarão aviões vermelho-touro que sulcarão os capitais céus do país. Primeiro, a quermesse dos 100 anos da República, festarola da rija, um salsifré durante todo o ano, de classe, traje formal, como se o povo frequentasse um clube Playboy*, e nada de farturas, torrão de Alicante e tendas de frango assado. Segundo, a vinda do Papa, os jornais açucaram a boca para a hóstia, “Cavaco vai acompanhar toda a visita do Papa”, o acólito certo para lhe segurar o báculo e buzinar o papamóvel e, pelo ancestral desprendimento da Igreja, das coisas materiais, o “ministério das Finanças vai ser sacristia do Papa”, o homem certo, no lugar certo. E terceiro, os submarinos rasgarão o Tejo.
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(* Playboy revista de muito bons artigos fundada em 1953. Artefacto fundamental de Hugh Hefner na Revolução Sexual dos anos 60, desvendando o mistério da mulher, em papel – a Playmate do mês decorava os cacifos – e em mais carne que osso, nos clubes.
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O primeiro clube Playboy abriu dia 29 de Fevereiro de 1960, na rua E. Walton nº 116, na baixa de Chicago, com uma estremada instituição do entretenimento noctívago: as Bunnies. A brochura de inscrição oferece uma carreira glamorosa e ordenados de topo. Criteriosamente escolhidas. Meticulosamente treinadas. Têm o seu código de conduta no “The Playboy Club Bunny Manual” e cuidados especiais com a farfalhuda cauda. Algumas sobressaíram fora do horário nocturno, delas a apetecível Deborah Harry, vocalista dos Blondie. Ultrapassaram o proletariado pela esquerda “Bunnies of the World Unite!”. No filme "Purab Aur Pachhim" (1970) adornam intrincado argumento. Na série “Casei Com Uma Feiticeira”, as artes mágicas do tio Arthur de Samantha, transforma o coelho de Tabitha numa. Em “The Odd Couple” (1974) Felix (Tony Randall) disfarça as vergonhas da namorada Gloria (Janis Hansen), empregada num clube Playboy. No programa de variedades "Pink Lady & Jeff" (1980) intensificam a voz do patrão. Penny Marshall e Carrie Fisher vestem-se de coelhinhas, num episódio da série “Laverne & Shirley” (1982), servindo Hugh Hefner.
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Em 64 inaugura-se uma filial do clube Playboy em Hollywood. Hugh Hefner é um fruto da ética protestante no novo mundo: investiu 600 dólares, oito anos depois, multiplicavam-se num império no valor de 20 milhões. Mas as feministas, por regra uns coiros, nunca engoliram a exposição de carne, embora sejam os (bons) ordenados que libertam a mulher. A jornalista Gloria Steinem, para uma reportagem publicada em 1963, infiltrou-se no meio das coelhinhas, sendo contratada pelo clube de Nova Iorque. Escreveu um relato menos atractivo do ambiente, perseguições de clientes, exames médicos compulsivos, pressões para acompanhar os VIP, que resultou no documentário “A Bunny’s Tale”, em 1985. Despindo o roupão de seda, Hugh Hefner e a filha Christie defenderam a imaculabilidade e o saudável entretenimento dos clubes, e a sua acomodação aos tempos com bunnies masculinos. O “queijo” mudou-se, isto é, o mercado deslocou-se, da apreciação das curvas femininas, para a lambarice de musculados corpos masculinos. Concursos dos desactualizados queijos perderam cliques. Não mais “carne saída da Playboy”, como Jayne Mansfield, no filme “Promises! Promises!” (1963). Em vão muitas outras enregelaram a epiderme nas sessões fotográficas. La Toya Jackson, o membro da família com cara de Michael, mas com (talvez) mamas e vagina, desvestia-se como peixe. E ainda Denise Richards 10 Drew Barrymore 10 a bomba búlgara Nikoleta Lazanova 10 Malina Rojel 10 Koa Marie Turner.
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O acesso directo, a tecnologia de ponta, não sacodem o mercado do produto feminino, sobretudo desde que os gentlemen nem os loiros preferem, qualquer cor de cabelo ou carecas, marcha, o desemprego acossa as Cyber Girls da Playboy: Mariela Henderson 10 Kristen Lynn Gorano 10 Jenny Reid 10 Daniella Mugnolo 10 Addison Miller).
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2010 odisseia no Portugal. Ano maravilha, contrapartida dos outros, que ficaram em águas de robalo. Retorno do investimento absoluto nos pastorinhos. Ano de frutuosos diálogos inter-partidários do sexo oposto. O português entre gajas nuas caminhará. Cessou a estafante tarefa de pôr-se a adivinhar tetas. Até os homens umas terão.
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A chuva dourada da felicidade cairá, aquietando o clima de tensão, desmoronando totalmente as instituições do vestuário: Kamilia Dupont 10 Aida Yespica 10 Nadia del Valle 10 Lory del Santo 10 Adele Jergens (strip no filme de Roger Corman “The Day the World Ended” (1956), para os sobreviventes da terceira guerra mundial) 10 Irán Eory (actriz nascida no Irão, nas “Historias de la Frivolidad” (1967), programa de Narciso Ibáñez Serrador, para a TV espanhola) 10 Jeanne Moreau e Brigitte Bardot (no filme “Viva Maria” (1965) de Louis Malle).
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Cada português terá o “direito adquirido” a 77 virgens, seus nomes são: Katrin Kozy 10 April O'Neil 10 Teresa Moore 10 Ida Iveliz 10 Anna Benson 10 Bianca Beauchamp 10 Imogen Thomas 10 Kirsty 10 Victoria 10 Gisele 10 Vika 10 Lena 10 Camille 10 Mona 10 Nicca 10 Conie 10 Rima 10 Eden e… mais 69, (dez não são virgens), que pediram anonimato, por biscatearem também no Paraíso muçulmano.
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O primeiro ano do decénio deslizará, suave, lubrificado pelo 2 em 1, “óleo de massagem e lubrificante pessoal”, K-Y, e como dizem, ao enfiar-se num pulôver ou noutro gargalo apertado, o que custa é a cabeça, o resto é pescoço. Vaticina-se que será uma década portuguesa.

terça-feira, dezembro 15, 2009

Tradição

Os povos desenvolveram discrepâncias culturais de
contagem do pilim com o comum intuito de comprar! acheter! kaufen! comprare! Aqueles bafejados pela Graça do miraculoso acontecimento de Belém, sortalhões, comungam, no aniversário da Natividade, da ecuménica ida ao Centro Comercial. Torcicolam diante da mercadoria, como se vissem cálices dos óvulos de pistilo de vintage senhoras, ou chavalecas nuas em Saint Tropez, cobiçando deitar-lhes a manápula. A serpente do consumo tenta os crentes, que crendo, crêem nas compras à parva, descrendo nos avisos da consciência, crucificando-se na luxúria do apostático consumismo.
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O único consumidor consciente do planeta é um espectador do
Festival de Jazz de Sigüenza, Espanha. A actuação de Larry Ochs Sax & Drumming Core soou-lhe mal, pediu a devolução do dinheiro, a organização do festival recusou, e ele telefonou à Guarda Civil, formalizando a queixa de que aquilo não era jazz. O seu médico avisara-o que lhe era “psicologicamente inadmissível” ouvir música contemporânea. Pagara por jazz e não ia gramar tipo Steve Reich, adoentando da caixa dos pirolitos, numa espiral de drogas, psiquiatria e improvável cura. Exigiu os seus direitos. No palco, Larry chinfrinava o CD “Stone Shift” (2009), composto como uma banda sonora imaginária para um filme de Akira Kurosawa, amarfanhando-lhe os nervos. A bófia acudiu de imediato, ainda durante o espectáculo, e não sendo a “Jazz Police” (Leonard Cohen), após acurada audição, corroborou a convicção do lesado consumidor, de que aquilo “de facto” não era jazz*. “De lei” o tribunal decidirá.
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Larry Ochs & Nels Cline useiro e vezeiro nestas decepções.
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(Jazz é… “
Cradle is Rocking”, filme documentário do espírito de Nova Orleães, realizado por Frank DeCola, narrado pelo trompetista George “Sheik Kid” Cola. Sheik Kid formou a sua primeira banda em 1925. Entre 1943-1945 frequentou a US Air Force Music School, em 1949 junta-se a George Lewis Jr. na Manny's Tavern. Na década de 60 gravou com o saxofonista Captain John Handy – “Telephone To Glory (Royal Telephone)” n “Walk Through the Streets of the City”. Ou jazz é… Hot Lips Page, trompetista, cantor, líder de orquestra. Estreou-se profissionalmente, nos anos 20, na banda de “Ma” Rainey. De 1932 a 1935 integrou a orquestra de Bennie Moten, quando este morreu Count Basie assumiu a liderança, Hot Lips saiu em 1936 para iniciar uma carreira a solo. Louis Armstrong recomendou-o ao seu empresário Joe Glaser, mas a fama não igualou o enorme talento de Hot Lips Page – “Rockin’ at Ryan’s” n “Lady in Bed” n “Gee Baby Ain’t Good To You” n “Chu Berry”).
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Poucos consumidores demonstram a coragem do apreciador de jazz espanhol. Se todos recusassem produtos supérfluos, nocivos ou não requeridos, salvariam a mãe Gaia? Para reduzir as emissões de carbono não basta uma conferência em Copenhaga, sem garrafas de água, aguinha só del cano, políticos, manifestantes e bófia. As ex-pessoas, agora consumidores, têm a solução no saco de compras. Ou gulaimam, esgotando recursos, ou refreiam-se na preferência sustentável. Para isso, obedeçam aos entendedores, consumam
telemóveis Softbank, recomendados pelo especialista Quentin Tarantino* ou Brad Pitt realizado por Spike Jonze.
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* Tarantino representa o papel do tio Tara-chan da
popular família nipónica, de ficção publicitária, White. Composta por Me, a filha, vendedora da Softbank Mobile Corp (desempenhado pela graciosa actriz e cantora Aya Ueto “Namida No Niji” n “Yume No Chikara”), a Mãe, o Irmão Mais Velho (o actor americano Dante Carter) e o Pai Otosan, um cão branco da raça Hokkaido-ken (chamado na vida real Kaikun).
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O Natal não se resume ao consumo consciente, sobretudo de histórias de maravilhar, contadas à volta da lareira, ele é ferreteado nas rememorações infantis. Louis Armstrong teve a sua primeira árvore de Natal com a idade de 40 anos. No dia 25 de Dezembro a mulher*
disse-lhe: “bem, vou desligar as luzes da árvore”. E ele ripostou: “não, não apagues. Vou ficar a olhá-las. Sabes, é a primeira árvore que tenho”. No dia seguinte partiam para a cidade do Kansas numa tournée, Armstrong, felicíssimo com a árvore, pediu para a mulher a emalar. E pelas dezenas de hotéis que dormiram a árvore era montada. O mês de Janeiro avançava, a mulher ia desfazer-se da árvore, mas Armstrong insistia no seu envio por correio para casa. Desistiu da ideia, quando percebeu que ela secaria, e a primeira árvore de Louis Armstrong apagou-se como as outras. O fantasma de Natais passados (British Film Institute) desvenda milhões de edificantes histórias: “Santa Claus” (1898) um filme de ambiciosos efeitos especiais de George Albert Smith; o trabalho numa fábrica de crakers (1910) rejubila uma família inglesa de volta do pinheiro; o Natal inglês nos dias da guerra (1941); na farta década de 80, a TV a cores poja em Portugal, o Natal, e todo o ano, refastela-se defronte de um televisor (a imagem regula-se clincando na antena).
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* Talvez a terceira mulher Alpha, uma namorada de longa data, com quem Armstrong se casou em 1938. Ou a quarta, Lucille Wilson, cantora do Cotton Club, casaram-se em 1942.
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A maior tradição portuguesa de Natal é o
Ferrero Rocher e o raio do Ambrósio e a madama. O povo enricou, o tradicional par de peúgas, já não satisfaz, almejam el deseo de algo bueno. O povo fadado para o fado, “futebolado” para o futebol, “fatimizado” para Fátima não papa fitas, a teoria do oásis implementa. Ateia a crispação do bom-gosto, a governabilidade do bom-senso, trolhas e costureiras em amena chapada*, faces cultas nos beirais. Um português orçamenta-se rectificando. Rectifica-se orçamentando. Um português recebe postcards** e não postais de Boas Festas. Não admira que ouçam as melhores músicas de Natal no computador “saco de pancada” Magalhães. E elas são: Cocteau Twins – “Frosty the Snowman” n “Winterworld” (enquanto o dilema cristão coalha “Heaven or Las Vegas”). Ou, a cereja no centro do bolo-rei, The Waitresses, grupo de Chris Butler e Patty Donahue (falecida em 96), conhecidos pelo fantástico êxito “I Know What Boys Like”, e autores do natalício clássico post-punkChristmas Wrapping”.
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* Um “estudo” sobre violência doméstica define a costureira e o trolha como o perfil médio da vítima e do agressor.
** O
primeiro postal de Boas Festas data de 1843. Sir Henry Cole, funcionário público, demasiado atarefado nesse ano, para escrever mensagens individuais aos amigos, família e colegas, encomendou a um amigo, o pintor John Callcott Horsley, um cartão desenhado para enviar via postal.
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A principal produção das sociedades actuais é o lixo. Por mais que escondam debaixo de saias de prémios, a triste verdade, bóia. A literatura é lixo, cinema garbage, música sprecho, arte müll e o resto bazura. O único consumo inteligente é a reutilização do já feito poupando tempo para viagens a Punta Cana:
Lady GaGa vs Madonna n Prodigy vs The White Stripes.
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O Correio da Manhã anunciou a boa nova: “34.6 milhões já pagos pelos torpedos dos submarinos”. Agora o povo espera uma gestão “responsável” do equipamento. Amarra-se uma guita no torpedo, dispara-se, ele faz o seu serviço entre o inimigo, puxa-se a guita, volta-se a metê-lo, dispara-se outra vez, e assim sucessivamente até ganharmos a guerra. E reza-se para que a guita não se parta, ou perde-se a guita, perde-se o torpedo, e talvez a guerra.

sábado, dezembro 12, 2009

Modelo
Nesta quadra “
todo o sémen é sagrado”, do alto desce a concórdia, os homens igualizam, no credo, na raça, no clube de futebol, os pedagógicos açoites nadegueiros ab-rogam-se, os placares não choram sangue nos caminhos para Belém e os sujeitos predicados de bons complementos enfardelam justas vedalhas. O realista Kinder surpresa. O surrealista chocolate Dalí. A hiperrealista loira japonesa. Os construtivistas produtos publicitários do (deus) Lee Clow. Os impressionistas supermodelos da (deusa) Victoria’s Secret.
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(O adjectivo resumidor desta quadra e desta década é “justo”. O mais solfejado ser do planeta, o
presidente Báráque, entoado no reggaeton / tex mex / personal / personal bis / raggae / raggae bis / africa, leccionou os velhos europeus na gramática da existência, ofertando-lhes o adjectivo correcto, rejeitado durante a administração Wbush. No recebimento do prémio Nobel da Paz, numa linguagem elementar, aclarou que uma “guerra justa” leva polegar up! good! yupi! Uma “guerra santa” é polegar down! evil! boo! Sarah Palin, líder quase europeia por afinidade de inteligência, concorda nesta justeza castrense, somente subdesenvolvidos paquistaneses discordam das palavras e das coisas made in Pentágono).
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Um pequeno grande país entrança paradigmas que ornarão o interior das vindouras cabeças. Um país produtor de História de qualidade – nas palavras do mais intelectual português, Cristiano Ronaldo, “trabajo cada día para hacer historia” – os políticos dão todas no cravo. Próximo do povo insistem na carinhosa designação de
palhaços, isto é, chistosos servidores públicos, merecedores de inclusão nas crónicas dos Auto-Tunes*. Porventura, não serão louvados como o presidente Putin, mas compartilham-lhe a argúcia. A idosa Sra. Leite, líder da oposição, ama o “púlitico”, adora o “púlitico”, ela exige as consequências “púliticas”**. Ultimamente assanhou-se à “espionagem política”, um dizer do ministro Vieira da Silva, e alvoroçou: “a acusação que foi feita é de uma gravidade tal que não lembro de algum dia ter acontecido em nenhum país democrático na Europa”. Prodigiosa memória produz justa afirmação! O presidente Cavaco Silva, no seu apoio ao mercado das águas correntes quentes e frias, alquilou o Hotel Cascais Miragem para si, esposa e comitiva, durante a sua participação na cimeira Ibero-Americana. Pela dignidade do cargo não se pernoita numa estalagem e pela extensão do país, 3 noites em 192 quartos a 130 - 500 euros, é justíssimo!! Os edis desde 2006 brigam nos tribunais pela sua nova taxa Municipal dos Direitos de Passagem (taxa de ocupação do subsolo). Os juízes decidiram a favor do seu pelejo, a factura do gás e outros serviços de passagem subterrânea serão mais caros. Justo!!! Justo!!! O subsolo, até ao centro da terra, pertence à autarquia, a partir daí é do Júlio Verne.
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Evan Gregory, a mulher Sarah, e seus irmãos Andrew e Michael constituem o Fernão Lopes da era YouTube cronicando os factos.
** Alguns atribuem esta combatividade ao dedo invisível de Pacheco Pereira que acentua no “u”.
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Girls Aloud – aglutinadas no concurso de TV Popstars: The Rivals, em 2002, cinco donzelas dotadas de talento visível, atravancaram os cofres públicos das libras que engordam a rainha da Inglaterra & family. As cavaleiras do CD redondo são: Cheryl Cole, baptizada Cheryl Tweedy, trabalhava como empregada de mesa, quando entrou no concurso de TV, dona de um demolidor gancho direito. Em 2003, a impedição de esvaziar o pratinho de chupa-chupas, da casa de banho, da discoteca Drink, em Guildford, pela empregada Sophie Amogbokpa, evoluiu para o pugilato e acusações de racismo. Cheryl teria praguejado: "jigaboo" (“preta”, mas a puxar pra “macaca”). O tribunal condenou-a por agressão e deixou cair a acusação de racismo. Justa sentença, em 2006 casa com o, não propriamente branco, jogador de futebol Ashley Cole. Normal e sexy, bem vestida, incluído na parte só do marido, despertou a inveja de Lily Allen, que a achincalhou na canção “Cheryl Tweedy”;
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Nadine Coyle, uma irlandesa, pouco satisfeita com tamanho das suas mamas, mas quem contemplou não se queixa e dispensava-lhe as fatiotas; Sarah Harding fulgura talento na roupa, nos biquinis, na lingerie, lá em casa veste as calças, pondo o marido com dono, e colaborou com os Filthy Dukes, na faixa “Real Wild Child”, da banda sonora do filme “Wild Child” (2008); Nicola Roberts, bomba ruiva, criadora de Dainty Doll, uma maquilhagem para mulheres de pele clara, é a mais pacata do grupo; Kimberley Walsh, uma inglesa curvilínea, de boa tranca, atulha um biquini de talento. Em 2006 pediu desculpas públicas, depois da publicação, de uma foto sua, fumando um charro numa festa de fim de ano.
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Tanta talentosa carne, embrulhando os ossos do ofício, inspirou um funcionário público e bloguista,
Darryn Walker, um conto erótico, de rapto, tortura sexual e assassinato das Girls Aloud, publicado e retirado do Alt Sex Stories Text Repository, entre gritos de censura e uma absolvição de um juiz –Can’t Speak French” g “Sound of the Underground” g "Long Hot Summer" g "Whole Lotta History" g "See The Day" g "Waiting" g "No Good Advice" g "Biology" g “Teenage Dirtbag” g “I Predict a Riot” g “Watch Me Go” g “Love Machine” g "Models"g "Racy Lacy"].
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Saiu de Portugal o 9º homem mais poderoso do mundo, Durão Barroso, um espírito sensível aos efeitos. Na cimeira dos Açores captou o efeito Bush, intuindo as armas nucleares iraquianas, e certificando a justeza da invasão. Na cimeira do G20 em Londres para “salvar a economia” sentiu o efeito Obama, entaramelando-se: “é justo dizer que se sentiu bastante o efeito Obama, porque ele próprio disse que era a primeira opinião dele. Apresentou-se com uma grande humildade, dizendo que queria aprender com os outros, que já tinham maior experiência neste domínio e com um trato extremamente agradável e … er er simpático. Isso também ajuda porque quando se vê a maior potência económica do mundo a fazer este esforço e reconhecer os erros começaram lá precisamente isso ajuda a criar um ambiente e julgo que também é justo dizê-lo a Europa também se fez sentir”. Durão Barroso também é móbil de efeitos. Bem-querido: “tenho orgulho em ter o apoio da família socialista”. Amigalhaço: “ a relação com Sócrates tem sido impecável”, “Sarkozy manifestou-me todo o apoio”, “os americanos vêem-me como um aliado fiável”. Perdoador: “alguns portugueses gostam de denegrir quem os representa lá fora”. Parabolista: “não queremos o regresso à Guerra-fria queremos manter as cabeças frias”. Abnegado, recusa mais de 90 prendas de luxo, ele enlenca as qualidades do imigrante português. Ele alavancará o orgulho pátrio envidando esforços: “levei para Bruxelas o modo de sentir português”. Dispensa uma
leitura do pénis para lhe vaticinar uma justa posteridade.
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Carlos Queiroz é o sétimo treinador mais bem pago do mundo. Não é justo! No país dos três grandes é inaceitável. Se a Federação Portuguesa de Futebol olvidou o prestígio, e gratifica mal, o povo unido reivindicará um novo imposto para corrigir esta gritante injustiça.
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[Fratello Metallo – frei Cesare Bonizzi, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, ex-missionário na Costa do Marfim, editou numerosos discos de vários estilos musicais, foi tocado num concerto dos Metallica, pelo Divino Espírito Santo, que lhe indicou a via do Metal. Influenciado também pelos Megadeth explica ele: “o Metal é a mais enérgica, vital, profunda e verdadeira linguagem musical, que conheço”. Actua trajado a rigor com o hábito franciscano e acena como um metaleiro. A posição dos seus dedos confunde-se com o sinal dos cornos do Heavy Metal, homem de Deus frei Cesare não se rendeu a Satã, espetando também o polegar significa, em linguagem gestual, “eu amo você” – no festival Gods of Metal 2008].

sábado, dezembro 05, 2009

De algo
A árvore de Natal acendeu-se, não nas vitrinas ou lares, cafés e estações de serviço, o seu multicolorido espectáculo matiza os políticos lusos. O aquecimento do Parlamento derrete, outra vez, o mármore de Carrara do Anjos Teixeira*, num preito ao Trabalho. Um acrílico sexy, estilo
Thomas Lelu, sarapinta as bochechas, como se vinhos abafados e licores alfombrassem os buchos. A deputação desliza na boa vontade natalícia. O pisca-pisca ideológico dos representantes da Nação traz o galho da paz no bico. José Manuel Pureza (Bloco de Esquerda) deputou: “Cavaco Silva tem razão nessa matéria e eu sou insuspeito em relação a essa figura política”. António Filipe (Partido Comunista) deputou: “pode ser estranho o PCP, aqui a fazer citações do Dr. Júlio Pereira, secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa”. Ora… ora… não se desculpem, deputem sem stress, ninguém estranharia que citassem Hitler ou Kissinger, também não estranharia que este ano o Menino lhes carregasse nos presentes. Detectores de terroristas nos portões. Um controlo de porno eficaz nos computadores das bancadas. Para elas rodas de prazer privado ou cuecas; para eles canos de prazer privado; para ambos dildos aprovados pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, viagens a Marte pagas pela Assembleia ou perucas certificadas para cumprir as ordens da América.
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* O bloco de mármore da
estátua da República, obra de Anjos Teixeira pai, destinava-se a Moreira Rato, para a estátua de D. Manuel II. A implantação da República despachou o rei no iate real Amélia para o exílio e a pedra numa carroça para a reciclagem.
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… e o povo? Além de pagar mais impostos no mês de Dezembro, que sonhe com o twitter das
playmates ou uma lap dance de Vanessa Ferlito, (filme “Death Proof” (2007) de Quentin Tarantino), ao som dos The Coasters (Let’s All Get Stoned” v "Get an Ugly Girl To Marry You").
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Os políticos portugueses não patinam no ringue da confusão geral. Eles sabem “que fazer?”. Uma “azinheirística” aparição apontou-lhe o caminho. O grande mal é a “corrupção”. Uma lebre teórica, levantada pelo prémio Nobel sueco
Gunnar Myrdal, em 1968, notando aos colegas economistas, que a corrupção, como tema de pesquisa, era quase um tabu. Em 1975, Susan Rose-Ackerman retoca o assunto, de umas pinceladas “científicas”, no artigo “A Economia da Corrupção”. E os economistas americanos esfolaram a lebre ao máximo. Serviu de expediente teórico, explicativo do atraso dos países subdesenvolvidos, sob a sua asa na Guerra-fria, apesar do dinheiro injectado nas suas economias. A completa ignorância americana das outras culturas pariu mais um “conceito” económico, que os políticos à nora acenam como a mezinha do século XXI. No entanto, o efeito da “corrupção” na economia é duvidoso. Nos países sem matérias-primas, nem valor económico, nem plantações de papoilas ou coca, o resultado da “corrupção” é nulo. Portugal, inserido neste arco, tem todavia uma área onde a tal “corrupção” poderia provocar estragos: os dinheiros europeus.
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[Enquanto isso… no Eliseu
c’est la vie uh la la, e nas festas de Paris esbarra-se na bloguista Noemi Sunshine Ferst, (sequaz do vintage, refez a capa do número 82 da filosófica revista Lui) ou no Bertrand de Langeron, que sob o pseudónimo So-Me, dirige vídeos de Kid Cudi, Kanye West ou Justice, desenha t-shirts, expõe arte nas paredes de galerias e pertence ao colectivo Cool Cats Na terra donde a cegonha transporta no bico o salvador do capitalismo, esfumada do mercado da música, por transferência para o anglicanismo, ainda se assiste a um bom espectáculo, (fora do Louis Vuitton ou Crazy Horse), de “ternura um pouco feroz”, com Mathias Malzieu e Élisabeth Maistre nos Dionysos – “Thank You Satan(versão de Léo Ferré) v “La Metamorphose de Mister Chat” v “L’Homme sans Trucage” v “Le Retour de Bloody Betty].
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Criar novos crimes, legislar, a tentação dos deputados para apresentar trabalho, ocos de soluções de um modelo económico. Num país cujo vencimento mínimo será 475 €, as elites gestoras da sociedade chucharem 46 mil € ou 25 mil, não é corrupção, é justa retribuição pelo suor vertido nas plantações da rica fava nacional. A idosa líder da oposição, a Sra. Leite, no poleiro de Ministra das Finanças, assalariou por 25 mil €/mês, um santinho para cobrar impostos, ainda hoje ela endireita os olhos e empina o nariz, orgulhosa, pela contratação, para um serviço, com um grau de dificuldade, que um escuteiro de 5 anos faria em voluntariado. O maior sorvedouro dos dinheiros públicos não é a Corrupção é a Incompetência. Ela é responsável pelas derrapagens nos custos das obras públicas e nas outras absorções dos impostos. Pelos caminhos do querido Portugal tropeça-se na incompetência: pontes onde não há rios, sinais mal colocados, estradas mal desenhadas, etc. Em Corroios há um viaduto com um sinal de 3,5 m, mas do outro lado essa altura baixa para 3 m, resultando no entalanço dos camiões geralmente estrangeiros. O superior interesse do consumidor ditou a instalação nas auto-estradas de billboards electrónicos, com os preços do combustível, nos vários postos, para valores iguais ou diferenças de um cêntimo. Os exemplos prolongam-se, os arrumadores da sociedade portuguesa são filhos de algo, fidalgos de ideia à cinta, mas a ineptidão reinou, reina e reinará.
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violino – instrumento metáfora de “dar música”, rabeca de família (The Bankester Family), desbloqueador de dança dos irlandeses (Jean Butler / com Collin Dunne), sonante alentador da música celta, Chopin não teve unhas para o tocar, mas outros lhe amanharam belíssimas peças: o compositor romeno Ciprian Porumbescu (Ballad for Violin and Orchestra) ou o russo Sergei Rachmaninoff (Vocalise for Violin). O seus sons semearam-se por estepes e savanas e pra lá da cintura de Kuiper (Jean Luc Ponty / com Frank Zappa).
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The Balfa Brothers – cinco irmãos, Dewey e Will no violino, Rodney na guitarra, harmónica e voz, Burkeman no triângulo e colheres, e Harry no acordeão, tocavam música cajun nas reuniões de família na década de 40. Gravaram o primeiro 78 rotações em 1951 (Parlez Nous a Boire” v “Les Veuves de la Coulée” v “Je Me Suis Marillé” v “La Valse Des Bambocheurs).
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Bill Monroe & his Blue Grass Boys – fundador do estilo Bluegrass, que adoptou o nome da sua banda, natural do Kentucky compõs-lhe a famosa valsa Blue Moon of Kentucky (Uncle Pen” v “Roanoke” v “Christmas Time's A’ Coming). Outro músico bluegrass Bill Clifton, nasceu William Marburg, trocou de nome quando a família se opôs à galderice artística, e organizou o primeiro festival deste género musical em 1961 (Lonely Heart Blues / Liberty” v “Come by the Hills).
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Miri Ben-Ari – soldada judia, nascida dia 4 de Dezembro de 1978, tímida, feiosa e caixa de óculos, imigrou para a América, “boazificou” num belo naco de carne, metamorfoseando-se na violinista do hip-hop (no teatro Apollo v “We Gonna Win” v “Sunshine to the Rain” v “Yeah, Yeah, Yeah).
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Vanessa Mae – nascida dia 27 de Outubro de 1978 em Singapura, o pai é um bhikku tailandês (monge budista), a mãe chinesa, vive na Inglaterra, endemoninhada em palco, classifica a sua música de “fusão de violino tecno-acústico” (Cotton Eye Joe” v “Storm” v “Laughing Budda” v “Toccata & Fugue” v Capricio de Paganini).
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Dixie Dregs – formados na década de 70 tocam um estranho género chamado fusão, que sucursais da CIA, instituições financiadas pelos partidos e Governo americano, exportavam para o Portugal pós-25 de Abril 74, numa operação desenhada para cativar as mentes dos subdesenvolvidos luso-jovens e arredá-los do canto das sereias do comunismo (Kat Food” v “Leprechaun Promenade).
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Gogol Bordello – o vocalista, DJ, actor e compositor Eugene Hütz explicou a retirada do nome de Nikolai Gogol, introdutor da cultura ucraniana na Rússia, porque é sua intenção fazer o mesmo no mundo. No início chamavam-se Hütz and the Béla Bartóks mas substituíram, diz ele: “ninguém sabe quem raios é Béla Bartók nos Estados Unidos” (Wonderlust King” v “Start Wearing Purple” v “Harem in Tuscany” v “60 Revolutions” v “Think Locally, Fuck Globally).
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Iva Bittová – compositora, actriz, cantora e violinista checa, nascida em 22 de Julho de 1958, desenvolveu uma técnica de tocar e cantar dita avant-garde, que emprenharia os ouvidos dos mais cultos europeus, se a indústria musical vendesse música e não lucros para accionistas e gestores (Uspavanka” v “Morning Song” v “Ne Nehledej” v com a banda Dunaj v “Bolis me Lasko).
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Leonid Kogan – virtuoso russo, falecido em 17 de Dezembro de 1987, viveu numa família musical, a mulher Elizaveta Gilels, também violinista, o filho Pavel Kogan, nascido em 1952, maestro e violinista (Concerto para 3 violinos 3º movimento de Vivaldi), e a filha Nina Kogan, nascida em 54, é pianista (Sonata n. 3, 4º movimento de Brahms), tocando nas últimas gravações do pai (Paganini Cantabile v Bach Partita n. 2 v Brahms Hungarian Dance n. 17 v Manuel de Falla “Suite Populaire Espagnole” v Saint-Saëns “Havanaise).
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O futuro do melódico violino está confirmado muito para além da extinção dos tímpanos na Terra].