Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

domingo, julho 25, 2010

Ólh’as n’tícias fresquinhas, freguês!
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Parte 1
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A mentira piedosa é um direito universal do homem. Sobretudo do homem, o eterno iludido que, a leste do comborço, se orgulhece, por cima da divisória de vidro, para o colega de escritório: “a minha esposa, de lingerie Damaris [1], se enfarpela prá lida da casa!”. Que jura, rejura, trejura “não me enganas mais!” [2] no contexto doméstico e, com texto, lhe lancham as papas na floresta da cabeça. Não, que todos, – 91 –, os jornalistas falhem o teste de stress da Avelina [3], a sua benigna função compagina-se, na Page 3 Girls [4]. O leitor assenta-se no seu banco privado, por 0. 50 €, ao lado de uma água Perrier, cortesia de Dita Von Teese, e acede… ao essencial: “Flesh”! ao real rabo da princesa Beatrice [5]. Fora do essencial, estiraça-se uliginosas folhas enfatuadamente denominadas: jornalismo sério, “Oh Baby!” [6]. Sérias são as actrizes AV japonesas, o jornalismo “sério” moderno embeleca, é uma estória de corno: o consumidor de notícias é o último a saber. – Todavia… vale a pena se os média oferecer um Seat.
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[1] Damaris Evans fundadora e designer das marcas de lingerie Mimi Holliday e Damaris.
[2] Nos “Morangos Com Açúcar”, mais do que uma série de TV: a serralharia das novas gerações de artistas lusitanos e de modelos comportamentais dos jovens anónimos.
[3] “… são todos uns estupores, cada um à sua maneira” – certeira avaliação psicológica, escrita por Avelina no seu diário, sobre os vários elementos habitando a casa da Dona Carmindinha e do Dr. Cardoso quando, vinda das Bouças, para lá foi servir: José Vilhena em “Avelina”.
[4] Ou outra qualquer página: top 5 dos jornais.
[5] Filha da duquesa de York, Sarah Ferguson, abarrota o biquíni, desenche-o para a maratona de Londres, a irmã, a princesa Eugenie, também empanturra um estrelas e riscas, e salta fora das roupas pra desbundar com as colegas, entretanto a mãe encarraspana-se.
[6] Ana Bloom, certeza no airplay das rádios, nascida no Porto, em 1989, estudante do curso de Fotografia, na Escola Artística Soares dos Reis.
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A modernidade do jornalismo abasteceu uma necessidade de mercado, circunscreveu-a o sociólogo americano Robert E. Park: “na realidade, o motivo pelo qual temos jornais, no sentido moderno da palavra, remonta ao facto de, há cerca de cem anos, em 1835, para ser mais preciso, em Nova Iorque e em Londres, alguns proprietários de jornais terem descoberto: 1) que a maior parte das criaturas humanas, por muito pouco que soubessem ler, achava mais fácil ler as notícias do que os artigos de fundo, e 2) que o homem comum prefere ser ajudado a passar o tempo, mais do que ser edificado”. Os içados temas: o debate constitucional, o debate do Estado social, o debate do défice, ou outro debate: por que razão, sociológica ou metafísica, no Coração de Jesus, se concentra o maior número de castas pécoras: Cheila, Bianca, Madalena Moreno, Gabriely, Helena Portuguesa, Thalita Sales?… não carburam o consumidor de notícias, que esputa por “passar o tempo”: enfiar o seu boné TV e ver “Little Obama” (2010), o karaté kid da Indonésia.
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(Uma piedosa mentira foi posta a circular por arraposados políticos: “sem a adesão à U. E. teria sido muito pior”, seria um “Kick in the Teeth” (dos Papa Roach), um cataclismo para Portugal, no afrontamento da “crise”. Não estofamos para, como o Dr. Salazar, em 1965: “combatemos sem espectáculo e sem alianças. Orgulhosamente sós”, combatemos com espectáculo e acompanhados. Recebemos 50 mil milhões de fundos de compensação pelo atraso logo, 20 anos depois, temos fábricas, empresas, agricultura, pescas, uma boniteza! Não fosse a adesão (1986) chapuzaríamos no défice da balança pagamentos, na dívida soberana, nos impostos altos, no desemprego, na pobreza, em auto-estradas. Fanal do nosso futuro, a Europa veleja por nós. Oli Rehn, Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, vapulou: “ambos os países (Espanha e Portugal) anunciaram, ou irão anunciar, reformas estruturais substanciais, mais deverá ser feito, e encorajo ambos os países a continuarem com as reformas estruturais, por exemplo, no mercado do trabalho e no sistema de pensões, com a determinação necessária nesta situação sensível”. Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, negou mais vezes do que uma esposa apanhada em flagrante: “não, não, não, não, não, não, não vou comentar isso, mas estou certo que ele não, não, não estava a pensar em Portugal, quando se referiu à reforma da Segurança Social. Estou certo que não é em Portugal que ele estava a pensar”.
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No balancete dos 900 anos: estamos muito melhor do que os indonésios que, por um erro de cálculo, rezavam virados para a Somália e não para Meca. Nós, no mínimo, rezamos para o lado certo).
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[Os grandes espíritos da sua (deles) geração infundem entesoirados modelos no povo comum e fecunda inspiração* nos artistas. Um desses picarotos civilizacionais foi Alberto Gonzales: Procurador-Geral da administração Bush, prestidigitou legislação para a extracção “não torturante”, nas prisões secretas, de informações dos terroristas e não terroristas, caçados pelos marines e serviços secretos. O copyright “não tortura” ferreteia a superioridade ética da América mas, perante as comissões do Congresso, Gonzales não se lembrava de corno, e ouvia-se-lhe lotes de: “I Don’t Recall”. Esta decorosa amnésia** artificiou uma cantata, composta por Melissa Dunphy – Twitter. – Outro cume da Civilização é Richard Nixon, presidente fabricante de cassetes, onde discutia assuntos de política ou sociais, como: as semelhanças das suas convicções (transcrição) e as de Archie Bunker sobre a homossexualidade, na visita de Roger, um amigo de Mike e Gloria, com aspecto rabichola, regressado de um país de rabetas: a Inglaterra, num episódio de “All in the Family” (1971-1979); ou o “espertalhaço son of a bitch” do Pierre Trudeau, quando o primeiro-ministro canadiano lhe foi implorar menos proteccionismo aos produtos americanos ou o défice do seu país ia pràs focas. A sua viagem à China florejou na Ópera “Nixon in China” de John Adams: na sequência do “estudo” preliminar The Chairman Dances” (1985) – com libreto de Alice Goodman, estreada na Houston Grand Opera a 22 de Outubro de 1987, produzida por Peter Sellars, coreografada por Mark Morris. Comentada pelo compositor e apresentada por Walter Cronkite, ela pode ser apreciada, como todas as Óperas devem ser apreciadas, como o pão Bimbo, “youtubisticamente” cortada: fatia 1fatia 2fatia 3fatia 4fatia 5fatia 6fatia 7fatia 8fatia 9fatia 10fatia 11fatia 12fatia 13fatia 14fatia 15fatia 16fatia 17.
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* David Kelly, o assessor em armas biológicas iraquianas do Tony Blair, que denunciou os relatórios “apimentados” – engulipados e perfilhados pelo Durão Barroso – para manipular, os eleitores ingleses, no assentimento da invasão do Iraque, também teve direito aos seus 15 minutos de Ópera, na Escócia; “A Morte de um Cientista”, com libreto de Zinnie Harris e música do seu marido John Harris, sobre os momentos finais da sua vida: a entrada no bosque de Harrowdown Hill, a ingestão do analgésico Co-Proxamol e o golpe no pulso esquerdo, com uma naifa que possuía desde adolescente (a versão governamental da sua morte em 2003).
** A amnésia inspirara Peter Gabriel no álbum “Peter Gabriel (3 ou Melt)” (1980); e é uma discoteca a bombar em Ibiza].
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[Midnight Special (1972-1981) – programa de pop rock da NBC, das noites de sexta-feira, inovador. Primeiro, no início dos anos 70, as estações de TV não emitiam 24 horas, encerravam a programação com a mira técnica, quando Burt Sugarman propôs um programa de 90 minutos para as 01:00 horas, a NBC torceu o nariz. Ele compra o espaço, patrocinado pela Chevrolet e, com o sucesso da ideia, a estação destorce o nariz comprando o programa; segundo, contra o usança do playback, os grupos e artistas actuavam ao vivo:
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[Na época do choque de gerações, as fronteiras auditivas delimitavam-se por escalões etários: para os velhos, música era… Florbela Queiroz; para os novos… Arthur Brown. O programa de TV alemão Beat-Club (1965-1972) foi o mostruário da música popular anglo-americana: desfilou todos os ídolos, que os jovens europeus apenas sonhavam, em posters e capas de discos; na Era seguinte, das gajas boas e cabelos lacados, alterou o seu nome para Musikladen (1972-1984): transmitiu a bailarina de blusa transparente no “Funkytown” (1980) dos Lipps Inc e sim! o indeclinável A Flock of Seagulls. No final da década de 80, escovado o “peace and love” hippie e o “no future” punk, o telespectador espertou para o importante: carne e dinheiro: estrelou na altura “Colpo Grosso” (1987-1991), – em Portugal “Água na Boca”, na SIC, aos sábados à noite, no Brasil “Cocktail”, – um concurso com strip, de uma mulher e de um homem, para ganharem bago, e as frutescentes Cin Cin Girls:
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– uma delas, Zara Whites, holandesa de olhos verdes, nome verdadeiro Esther Kooiman, provinda de uma carreira nos serralhos de Roterdão, enquanto “ragazza cin cin” amantiza-se com um conde italiano; após a separação, desloca-se para Paris, para o sucesso na indústria porno, em França e nos Estados Unidos. Estabelecida em Paris, em 1992, descarta o hardcore de penduricalhos pelo hardcore berbigão, filmando somente cenas lésbicas, como em: “La Dresseuse” (1998) de Alain Payet – até se retirar em 2001. Vegetariana e ambientalista concorre nas legislativas francesas de 2007 com o nome de Esther Spincer e despiu-se, retalhada como uma vaca, para a PETA. É bloguista e autora do livro “Je Suis Zara Whites... Mais Je Me Soigne” (2006): crónica “da sua infância turbulenta no país do protestantismo, às primeiras aparições na televisão italiana, à sua consagração nos Estados Unidos, passando pelos bordéis na Holanda”].

domingo, julho 11, 2010


Ólh’as n’tícias fresquinhas, freguês!
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Introdução
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Enfiar galgas, barretes, petas, acobertados de objectividade, isenção, descrição exacta dos factos, colunou a ética torcida [1] da profissão de jornalista. Edgar Morin, em “As Estrelas de Cinema”, tipificou um segmento desse ofício: “daí a enorme quantidade de mexericos hollywoodianos ou outros. Estes mexericos não são um subproduto, mas o plâncton que alimenta o star system. Os jornalistas de cinema interessam-se mais pelas vedetas que pelos filmes e mais ainda pelo falatório sobre as estrelas que por estas. Farejam, detectam, raptam o rumor, e, em caso de necessidade, inventam-mo”; que, afinal, é a definição de todo o tipo de jornalismo. Inzoneiros, abarretados de idoneidade, reagem com a moral de virgem lavou! ficou novo [2], quando lhes suspeitam da backpack dos neurónios [3] ou dos beneficiosos desígnios sociais. Penejam nas redacções, asados de querubins, meras bielas de transmissão de informação, para o “grande público” solidificar opiniões. O jornalismo, GPS da população perdida, encaminha, nas sociedades livres, sempre para o Bem: para uma Coca-Cola e um cigarrito na praia, seguros automóvel, viagens Avia Nova, partidos políticos, líderes, governantes, empregadores, empregados, desempregados, para uma visão “informada” do “mundo que nos rodeia”. Ora “Stop the Punhetation![4].
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[1] Severo Portela, luso navegador, no porto da deusa A-Má, (Macau, – deriva de A-Má + Gao = porto), reportou o diálogo zen, da ética jornalística, ouvido na redacção do jornal O Tempo: um periodista pergunta para outro: “épá, aquilo que escreveste ontem é verdade?”. Nem entre si confiam. Por isso, todas as notícias, para alcançarem o grau de objectividade que se lhes clama, teriam de anteceder do prefixo “a ser verdade”.
[2] Bristol Palin, filha de Sarah Palin, de pernas abertas, descobriu o provérbio: “hímen roubado, trancas na moral”. Mãe adolescente, do fedelho Tripp, agora promove a abstinência, como 100 % segura para prevenir a gravidez. Na sua cruzada, pelas pernas fechadas, entrou na série “The Secret Life of the American Teenager” (2008) e no circuito das conferências, rendendo-lhe entre 15 000 e 30 000 dólares, por discurso.
[3] “Os senhores não estão bons da cabeça!” – exclama o deputado socialista, Ricardo Rodrigues, mete ao bolso os gravadores dos jornalistas da revista Sábado, e pira-se desagradado com o rumo da conversa.
[4] Na canção “Metal Bucetation”, da banda brasileira, de paródia ao heavy metal, Massacration – Twitter → “Metal is the Law” ▼ “The Mummy” ▼ “Metal Milkshake” ▼ “Sufocators of Metal” ▼ “The Bull”: vídeo com a participação das vedetas porno Kid Bengala e Fabiane Thompson: que também leva o microfone à boca nas Sexxxy Angels: com as colegas Fernanda Franklin, Milena Santos e Mónica Mattos talentosa actriz e realizadora, que já papou 15 homens de uma vez, um cavalo mas, pra lambarices, prefere mulheres ▼ vídeo chatTwitter.
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(O porno português introduz preocupações sócio-culturais no género. O filme “Tavares o Arquitecto Quebra-bilhas” (2010), merecia justo lugar na Torre do Tombo, pareado com a bula Manifestis Probatum, o relatório da sanidade mental do beato Nuno Álvares, os “Apelos da Mensagem de Fátima” da irmã Lúcia, ou o fado da Mariquinhas. O argumento não versa o traumatizante encerramento, pela Opus Dei, do Quebra Bilhas do Campo Grande, mas o facto fulcral da História lusa, do final da década de 80. Proctólogo amador, o arquitecto Papa do pós-modernismo lusitano e papa outras coisas, recebia no seu atelier, as esposas da elite nacional e, como um monge budista*, extasiava-as com entradas por trás, na bilha. Elas retornam ao lar, de andar novo e doridas no sentar, contudo satisfeitas, desempenhavam a sua função de donas de casa ideais, não chateavam os maridos, que se dedicavam, corpo e alma, à boa gestão da república. Portugal viveu prosperidade, nunca foi tão bem governado como então, o empenho do arquitecto é uma lição em Ciência Política da boa governação. E, ele filmava as sessões, diálogos camonianos, pontuados pelos ais dela:
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* Ernest de Gengenbach: “… julgava eu que Emmanuelle Arsan se iniciara nos arcanjos erótico-místicos do tantrismo indiano. Ela conta como entregou o corpo a um bonzo do pagode do Buda da Esmeralda, num mosteiro budista de Banguecoque, que em vez de a tomar pela frente a penetrou com o pénis escaldante nas nádegas, empalando-a com a fúria de um sátiro” em “Judas ou o Vampiro Surrealista”.
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ele: “pronto, já está todo. Pronto, aí está todo! Pronto. Pronto” ai ai, ela: “ai! está a doer tanto!” ai ai, ele: “pronto agora já está. Já está todo, pronto. Aguenta. Aguenta. Aguenta” ai ai, ela: “ai! não faça isso que dói” ai ai, ele: “espera aí que já fica bom” ai ai, ela: “está a magoar” ai ai, ele: “pronto querida, está todo! linda, pronto, ora! ele está todo lá dentro. Todo lá dentro!” ai ai, ele: “agora já não dói, pois não? Não está a doer. Tás a ver querida, como é bom, pronto” ai ai. – Quando lhe roubaram as cassetes e a Semana Ilustrada publicou as fotos rebentou a bronca: mulheres de ministros e outros figurões amochavam, de rabo pró candeeiro do tecto, na cadeira do arquitecto. A revista espanhola Interviú insistiu em fotos inéditas dessa foçanguice, proibiram a sua venda em Portugal. Simultaneamente, choviam fundos de EU e rumores de que desapareciam sem rasto. Estávamos no quente 1989. Cavaco Silva, primeiro-ministro, foi à televisão denunciar a campanha difamatória contra o seu Governo, exortando os jornalistas e a Opinião Pública, a recusar essas notícias “falsas, caluniosas e atentatórias contra os direitos humanos, ao bom-nome e à privacidade” – e a incógnita pairou: falava ele de dinheiros ou de cus).
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[Mc Frontalot – pseudónimo artístico de Damian Hess (3 de Dezembro de 1973), nado para a música na competição on-lineSong Fight!”; totó* da informática, assalta o microfone do hip-hop como o “579º maior rapper do mundo”**. Do CD “Secrets from the Future” (2007) – capa de Mike Krahulik do webcomic Penny Arcade – ripou-se o vídeo “It Is Pitch Dark”: com uma aparição especial do Deus dos Jogos Steve Meretzky, editado por Jason Scott, e incluído no seu “documentário acerca das aventuras no texto Get Lamp”, sobre o alvor dos jogos para computador, no início da década de 80: quando se suputava com poucos bits “contando histórias, resolvendo puzzles e a arte de escrever. Este jogos descreviam mundos fantásticos aos leitores e convidavam-nos a viver neles”. Frontalot abre as hostilidades com o verso “you are likely to be eaten by a grue”: aviso nos jogos interactivos, do final da década de 70, “Zork***, para o jogador se desviar das zonas escuras ou seria provavelmente comido por um grue.
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* Palavra de regionais significados. Em Trás-os-Montes: a patareca das senhoras; na Beira: o pirilau das crianças; no Brasil: os matraquilhos; na informática: um nabo, um coca-bichinhos, ou melhor, um “coca-bytinhos”.
** 12,87 quilómetros muito à frente de o Eminem: o mestre-de-cerimónias da Universal Music Group, atrapalhado, em 2010, “To pull his dick from the dirt and fuck the universe”: verso do singleI’m Not Afraid”, do CD “Recovery” (2010).
*** Calão hacker do Massachusetts Institute of Technology para “programa inacabado” e uma saga de quarto livros, de vários desfechos opcionais, escritos por Steve Meretzky.
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Site: com temas “downloadáveis” em mp3Twitter ▼ documentário “Nerdcore Rising”: a andança musical de MC Frontalot, desde a Carolina do Sul até a Meca dos totós*: a Convenção de Jogos Penny Arcade (PAX), em Seattle 2009 ▼ 4º álbum “Zero Day” (2010), orbícola da gramática hacker, bombas DCOM devoram firewalls: “Cultivate paranoia 'cause the Huns at the gate” → “Bizarro Genius Baby” ▼ “Penny Arcade Theme” ▼ “Final Boss” ▼ “Goth Girls” “Crime Spree” ▼ “Tongue - Clucking Grammarian”.
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* Na Meca do timesharing, o Algarve, em Faro há o rap dos Tribruto – “C-ngle].
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[Caravan – é um clássico do jazz. Como muitas composições de Duke Ellington, derivou de uma improvisação de um músico da sua banda, o trompetista porto-riquenho Juan Tizol: eram todos pretos e, para não se confundirem com uma banda integrada, Juan escurecia a cara com tinta; noutras ocasiões dava um jeitão ter um tipo de pele clara por perto. Ellington conhecera os pais de Claire Gordon em Paris, combinaram visitas e as cortesias da praxe, anos mais tarde quando Claire foi despedida em Nova Iorque, ele oferece-lhe um emprego de secretária responsável pelo correio de fãs. Para que nenhum branco, mais exaltado, sacasse dos punhos nos nightclubs, por um preto acompanhar uma branca, Juan incumbia-se de lhe ceder o braço nesses estúrdios locais, infernais para uma senhora sozinha. – Em 1936, o editor e manager Irving Mills cria as etiquetas Mater e Variety, Helen Oakley, mulher do jornalista Stanley Dance, manager A & R (artistas e repertório), propôs gravações de pequenos grupos de músicos da orquestra de Duke Ellington: no dia 19 de Dezembro de 1936, em Los Angeles, os Barney Bigard and his Jazzopaters gravaram “Caravan”: com Bigard no clarinete, Tizol trombone de vara, Ellington piano, Harry Carney saxofone barítono, Cootie Williams trompete, Billy Taylor baixo e Sonny Greer na bateria. Mills escreveu a letra e pagou a Tizol 25 dólares pela música: após o sucesso da canção, Tizol reclamou uma fatia dos direitos de autor e Mills acedeu.
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A canção cresceu como o alecrim, de versões aos molhos, de chorar os olhos:
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Valaida Snow (1939) versão com letra: Valaida em 1941, numa tournée pela Dinamarca, ocupada pelos alemães, é detida durante 18 meses na prisão de Vestre Fængsel, libertada em 1942, numa troca de prisioneirosMills Brothers (1942) versão sem instrumentos ▼ Duke Ellington (1952) versão instrumental ▼ Ralph MarterieNat King Cole com Juan Tizol ▼ Les Paul e Chet AtkinsLes Paul (1991) ▼ The Ventures (1962) ▼ The Ventures (1964) ▼ The Ventures (1966): digressão no Japão ▼ The Ventures (2008) ▼ Art BlakeyErroll GarnerScotty AndersonOscar PetersonWynton MarsalisWynton Marsalis ao vivo na House of Tribes ▼ Super Jazz TrioClaude NougaroArturo Sandoval com a Boston Pop Orchestra ▼ Sheryl BaileyKenny Dre jr., Michael Formanek, Clarence PennRoberto Aymes Art Latin JazzThe SkatalitesTokyo Ska Paradise OrchestraBrian SetzerThe John Buzon Trio: electro lounge no disco “Electro Lounge: Electronic Excursions in Hi-Fi Stereo” (1999) ▼ Miranda Sex Garden: grupo inglês de madrigais no álbum “Carnival of Souls” (2000) ▼ Mister Jack: banda brasileira ▼ Jacky TerrassonYoshiaki Miyanoue Super QuartetRosenberg TrioHot Club of PhoenixJonathan Russell, Bucky Pizzarelli, John Bunch e Phil FlaniganAmon Tobin: carioca radicado em LondresHiromi UeharaMelody Gardot: improvisata, abanou-lhe aquele jazzístico rabo].