Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

sexta-feira, julho 13, 2012


O intelecto

No dia 4 de março de 1686, mundanizava o Journal des savants: “desde que os matemáticos encontraram o segredo de se introduzirem até nas ruelas e de introduzir no quarto das damas os termos de uma ciência tão sólida e séria como a matemática, por meio do Mercure Galant [1], diz-se que o império da galantaria está em derrocada, que só se fala em problemas, corolários, teoremas, ângulo reto, ângulo obtuso, rombóides, etc.; e que se encontram há pouco tempo duas meninas em Paris a quem esta modalidade de conhecimentos transtornou tanto a cabeça, que uma não quis saber de uma proposta de casamento, a não ser que a pessoa que a pretendia aprendesse a arte de fazer lunetas, de que o Mercure Galant falou com tanta frequência; e a outra rejeitou um perfeito cavalheiro, porque, dentro do prazo que lhe marcou, não pudera produzir nada de novo sobre a quadratura do círculo”. No século XVII, a geometria era moda na alta sociedade. Por cima do Sésamo feminino refinado estava escrito, só entra quem for geómetra, os nobres superlotavam os cursos do matemático Joseph Sauveur. Descartes era uma superstar europeia, cientistas e filósofos aclararam os mistérios do universo, a matéria era extensão e a física é matemática, pontos e linhas num sistema de coordenadas, a natureza expunha-se na certeza e beleza dos números. No social, as “mãos de geómetras” [2] apalpavam melhor, os fraca-chichas, os míopes, os totós que queimaram as pestanas nos estudos acediam às alcovas das damas: “Suckerphilia”: “ei tu dá-me uma lambidela / a mais amorosa incurável incurável lambidela”, (“comédia infantil punk”, de Guadalajara, Estado Livre e Soberano de Jalisco, México, dos Descartes a Kant) [3].
“Φιλíα”, (no latim “filia”), da “Ética a Nicómaco”, de Aristóteles, “amizade”, “amor”, o amor por… otários. Otários que aprendiam para fazer, na expressão de Leibniz: “theoriam cum praxi” (teoria com a prática). Fontenelle, na “História da renovação da Academia Real das Ciências” (1702): “saber que numa parábola a subtangente é dupla da abcissa correspondente, é um conhecimento muito estéril em si mesmo, mas é um passo necessário para chegar à arte de atirar bombas com a justeza com que as sabemos presentemente atirar”. A curva da prevalência do intelecto sobre a força, sobre os abdominais trabalhados, levedou 300 anos depois na periferia da Europa, num país onde os seus mais intelectuais, os mais cerebrais, os no patamar do saber e do espírito, arroubam-se pela alta cultura, pelo “Tchu Tcha Tcha” de João Lucas & Marcelo. Num ministério desse território, um ator homologável ao homem seiscentista, sabatina por um mundo geométrico, o ministro-sol Paulo Portas [4]. No Conselho de Segurança da ONU (em inglês au point do liceu) intimava: “este Conselho deve assumir as suas responsabilidades e considerar seriamente o pedido do Governo, do Governo legítimo da Guiné-Bissau, de enviar para o terreno uma missão multilateral de estabilização da ONU. (…). Os responsáveis pelo golpe, tal como os que os apoiaram politicamente, devem ser alvo de medidas restritivas, em especial a suspensão de vistos e o congelamento de contas bancárias”. Um real “Snake Charmer” (art & soul de Tamworth, Inglaterra, os DC Fontana [5]).
Paulo Portas globe-trota, vendendo os produtos nacionais [6]. Em Hong Kong, em inglês too: “sabem como são os portugueses. Quando temos um problema, agimos como uma só nação e superamos! o problema, e o Portugal pós-crise é melhor! do que o Portugal pré-crise”. Venderia miniaturas do palácio de Belém, ampliações da cadeia do Linhó ou concertinas – “Take On Me[7] – em Pyongyang, se lhe concedessem “um visto muito rápido e competitivo”. Armado em arrebata-punhadas no golpe guineense chocava com a visão morna no país africano. Daba Naualna, tenente-coronel, porta-voz do comando militar autor do golpe de Estado na Guiné: “porque nós sabemos que Portugal não pode intervir mais que o queira, aqui na Guiné, sem que o seja ao abrigo da comunidade internacional, e além do mais Portugal está em crise e não se aventuraria a entrar numa guerra a distância do seu território. (…). Por encomenda, não atuamos, Kumba Yalá não manda em nós. Kumba Yalá é um político não tem nada a ver com ninguém”. Portugal gastou 5.7 milhões de euros na operação militar “Manatim”, para o eventual resgate de cidadãos portugueses residentes na Guiné-Bissau, os taratas estacionaram em resorts de 4 estrelas em Cabo Verde. O país tinha um alcandorado bijagós para defender, Alpoim Calvão, desde 2004 à frente de um projecto de investimentos no setor da recolha de sucata e transformação do caju, principal produto agrícola da Guiné-Bissau: “bato-me pelo ideal de uma Guiné melhor pelo qual servi na Guerra Colonial. Penso que esse ideal ainda está por atingir” [8]. Um democrata “Dancing in the Light[9].
O download mais substancial do intelecto no século XXI não é a matemática, é a religião. O espírito religioso é lucrativo em Deus e César. Paulo Portas: “maçonaria? Eu fui educado nos jesuítas. A minha praia não é bem essa”. Charlie Whittington, dono do Kwik Kar, em Plano, condado de Collin, Texas, oferecia desconto na mudança do óleo para quem citasse a Bíblia: “acredito realmente que se você falar mais coisas positivas, você consegue mais coisas positivas disso. Quero inspirar as pessoas a olhar para onde elas podem fazer mais”. Nene Cá, funcionária da limpeza do Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia Aplicada de Bissau, tinha ordenados em atraso. Dois anos e sete meses que somavam o equivalente a cerca de 1 000 euros. Dirigiu-se a Baloba, local sagrado onde estão os espíritos dos antepassados, fez uma promessa e trouxe um Iran, (um pau, uma fita vermelha e um frasco, ligado a um espírito), encostou-o à porta do Instituto, uma semana depois os serviços ainda estavam encerrados, ninguém se atrevera a removê-lo. Segunda, funcionária pública, nega-se a entrar: “Iran pra mim é força sobrenatural”. Nene Cá: “se pagarem a totalidade do meu dinheiro vou retirar o Iran. Levo o dinheiro à Baloba, derramo vinho para dizer às almas dos meus defuntos pais ‘aqui está a vossa ajuda, o dinheiro que me deviam e me pagaram, é o que vos apresento’, depois vou comprar um porco, cana e arroz, e levo”. Para as lutas sindicais ou orçamentais em Portugal o método barato da tradição seria “A Prophecy” (metalcore de York, Inglaterra, dos Asking Alexandria ▬ “Not the American Average” ♠ “The Final Episode”).
___________________________________
[1] Mercure Galant, revista do social, fundada em 1672 pelo escritor Jean Donneau de Visé, “o objetivo da revista era informar a sociedade chique sobre a vida na corte e os debates intelectuais e artísticos, a gazeta (que aparecia irregularmente) publicava poemas, anedotas, notícias (casamentos, boatos), teatro e críticas de arte, canções, e comentários sobre moda, e tornou-se elegante (e às vezes escandaloso) ser mencionado nas suas páginas”.
[2] Fontenelle, sobrinho de Corneille, na “História da Academia Real das Ciências desde o regulamento feito em 1699”: “o espírito geométrico não está tão ligado à geometria que não possa dela ser tirado e transportado a outros conhecimentos. Uma obra de política, de moral, de crítica, talvez mesmo de eloquência, será mais bela, em igualdade de circunstâncias, se for feita por mãos de geómetras. A ordem, a nitidez, a precisão, a exatidão que reinam nos bons livros há um certo tempo, poderiam muito bem ter a sua origem neste espírito geométrico que se espalha mais do que nunca, e que de qualquer maneira se comunica por contiguidade, mesmo aos que não conhecem a geometria. Algumas vezes, um grande homem dá o tom a todo o seu século; aquele a quem se poderia mais legitimamente conceder a glória de ter estabelecido uma nova arte de raciocinar, era um excelente geómetra”.
[3] Sandrushka Petrova, vocalista, guitarrista: “a nossa música soa como a comédia infantil punk”; fundados em agosto de 2001, “o nome veio apenas para ilustrar o conceito musical como ‘contentor de ideias opostas num mesmo período de tempo’, tal como se conhece o período da filosofia moderna iniciado por Descartes e terminado com Kant” ▬ “Maniqui Bordello” ♠ “La Belle” ♠ “My Sweetest Headache Waltz”: “It's a hard, sweet, short headache / to kiss a toilet... toilet face” ♠ ao vivo ♠ “Juegos Inocentes”.
[4] Paulo Portas, um homem com um plano, contra o Governo de Sócrates: “eu entendo que este Governo socialista é incompetente. Que o prolongamento desta agonia faz mal ao país. Que Portugal precisa de um Governo pequeno e de um Governo dos melhores e que o CDS vai lutar pela máxima força para poder influenciar o mais possível a mudança em Portugal. É esse o meu caminho. (…). E fruto dessa confiança e desse, entendimento construído em comum, o natural seria que, os dois se apresentassem conjuntamente às próximas eleições, visando a obtenção de um apoio maioritário e a constituição de um Governo, pequeno, reduzido na sua estrutura, mas um Governo dos melhores, onde o único critério, de, de nomeação seja o mérito e nenhum outro”.
[5] “Liderada pela sedutora e fixe Karla Milton cujo estilo elegante, natural, ganhou fãs em todo o mundo. Mark Mortimer (baixista) é o membro fundador original e emergiu de Tamworth com a sua banda The Dream Factory nos anos 80” ▬ “Six Against Eight” ♠ “Abbesses” ♠ “Meshkalina”.
[6] Paulo Portas em março, na Arrifana, com militantes do CDS, para explicar a austeridade: “o meu primeiro dever é apoiar as exportações portuguesas, é apoiar os produtos, as marcas e empresas portuguesas, facilitando, ajudando, desburocratizando e, na medida do que é possível, fazendo coincidir missões empresariais com visitas políticas, para que as empresas portuguesas, em igualdade de circunstâncias, não percam, mas ganhem. E é isso que vamos fazer em mais de 10 missões este ano”.
[7] Tocado por acordeonistas da Kum Song School, Pyongyang, Coreia do Norte, parte do projeto “The Promise Land”, do artista e realizador norueguês Morten Traavik. “In the land of paradise: a journey into North Korea”, filmado por uns visitantes americanos, em junho de 2012: “chegamos no meio da Semana da Criança”. O falecido Kim Jong-il era adorado como um génio do cinema, na University of Cinematic and Dramatic Arts, os professores ensinavam-no aos alunos, “o nosso querido líder disse: ‘nós estamos armados com a cultura, a ideologia e a filosofia’”. A Coreia do Norte, no centro da contra-informação, é uma terra de mitos. A maternidade de Pyongyang: “as mulheres da Coreia do Norte chamam ao hospital o palácio do benevolente bebé e a casa de seus pais enquanto desfrutam dos benefícios da assistência médica gratuita”. A oposição contra ataca: “a Rádio Livre Coreia do Norte, gerida por desertores norte-coreanos, informou sobre atos homicidas contra crianças com deficiência por parte do seu próprio Governo. As crianças deficientes que nascem na cidade de Pyongyang são levadas para hospitais geridos pelo Governo e são sufocadas até à morte com uma toalha molhada sobre a cara”. O Ocidente delira com “notícias” desse lado do espelho livre. O vídeo de Kim Jong-un, num espetáculo com personagens da Disney, depois do nascimento do cinema pelo empregado de Thomas Edison, Edwin Stanton Porter, tem toda a evidência de ser uma montagem, as imagens do palco e as da plateia dão a ideia de terem sido filmadas em ocasiões diferentes. Para solenizar, um funcionário do Departamento de Estado dos EUA comentou: “todos os países devem respeitar as regras e leis do comércio internacional, incluindo o respeito pelos direitos de propriedade intelectual”. – O vídeo de 1985, dos A-Ha, realizado por Steve Baron, combinando personagens reais, a atriz Bunty Bailey no Kim’s Café, e animação de esboços a lápis, chamada rotoscopia, é reeditado no anúncio do refrigerante sul coreano McCol, uma cola com sabor a cevada. – A versão em ukulele.  
[8] Na guerra da Guiné, a 22 de novembro de 1970, Alpoim comandou a última grande operação das tropas portuguesas, nome código “Mar Verde”, objetivo: invadir a Guiné-Conakry para libertar prisioneiros de guerra portugueses, destruir instalações do PAIGC, prender Amílcar Cabral e eliminar Sékou Touré. Os dois últimos objetivos falharam. O Governo de Lisboa nega qualquer responsabilidade e o flexuoso Henry Kissinger, preocupado com a influência soviética e os investimentos de companhias mineiras norte-americanas nas reservas de bauxite da Guiné-Conakry, encarniça-se contra o Governo de Marcello Caetano: “esta porcaria desta ditadura só nos traz problemas!”. Richard Nixon doa 4.7 milhões de dólares em ajuda alimentar e lamenta os incidentes numa carta confidencial a Sékou Touré. Este, mesmo ocupado em desmembrar corpos dos opositores e a pendurá-los nas árvores, sinais de trânsito e candeeiros, divulga-a no dia seguinte como “uma mensagem de simpatia e de apoio por ocasião da grave e criminal agressão de Portugal”.
[9] Dos Blutengel (anjo de sangue), Chris Pohl: “é muito importante porque eu pretendia criar o mundo como eu queria que ele fosse! Raparigas bonitas, vampiros, sangue, fogo. Para os espetáculos ao vivo fazemos muita pompa. Quero que as pessoas venham comigo numa viagem. Não gosto quando as bandas electro estão em palco com nada mais do que falsos teclados. Então tentamos fazer um espetáculo ao vivo mais como um teatro” ▬ “Vampire Romance” ♠ “Über den Horizont” ♠ “Reich Mir Die Hand” ♠ “Angels of the Dark” ♠ “Bloody Pleasures”.

cinema:

Iron Sky” (2012), um produto da Wreckamovie “uma plataforma colaborativa de produção de filmes para permitir aos indivíduos montar a produção de um filme e encontrar uma comunidade com quem colaborar, ou encontrar interessantes produções cinematográficas de outros e tornar-se num colaborador em worknet”, um serviço web desenhado em 2005 durante a criação da paródia “Star Wreck: In the Pirkinning”. Argumento: os nazis esconderam-se numa base secreta na lua em 1945 de onde planeiam retornar ao poder em 2018. Com a atriz australiana Peta Sergeant, a Heather da série “Satisfaction” (2007-09), sobre o dia-a-dia das prostitutas no Club 232, um bordel de luxo em Melbourne: / Heather: “um português, em saldos, no bar”; Tippi (Bojana Novakovic): “estás a dar o teu português? porquê? o Ally está a ficar territorial ou quê?”; Heather: “ou quê.”; Tippi: “os portugueses são ótimos com a língua!”. A banda sonora é do grupo avant-garde esloveno Laibach: “cada manifesto histórico, como um programa, uma coleção de intenções, formas e princípios de um movimento é basicamente incompleto, sobrecarregado consigo e deixado ao dinamismo do tempo, (por exemplo, o Manifesto do Partido Comunista, 1848, o Manifesto Futurista, 1909), que expõe o carácter demagógico, de curta duração, dos seus alicerces. Laibach é a realização da universalidade do tempo, a nossa atividade organizada é agitação intensa e ofensiva permanente, sistemática, propagandista e ideológica”. – Marine Jahan, atriz e dançarina francesa, que saracoteava em cima do balcão, quando os Blasters desferiam “One Bad Stud”, no bar Torchie’s, no filme “Streets of Fire” (1984), um remake de “The Searchers” (1956), de John Ford: “Ellen Aim (Diane Lane), vocalista dos Ellen Aim and the Attackers, regressou à sua cidade natal para um concerto. Os Bombers, um gangue motard, liderado por Raven Shaddock (Willem Dafoe), invadem o auditório e raptam-na. Testemunhando tudo está Reva Cody (Deborah Van Valkenburgh), que gere um restaurante local, telefona ao seu irmão mais novo Tom Cody (Michael Paré), um ex-soldado e ex-namorado de Ellen, para a salvar”, um herói solitário, “fui soldado até que se me esgotaram as guerras”, vencedor no duelo final com malhos de ferroviário. No filme de John Ford, os motociclistas são os comanches, e as raptadas são as sobrinhas, Debbie (Lana Wood) e Lucy (Pippa Scott), do ex-soldado confederado Ethan Edwards (John Wayne). “Streets of Fire”, “o título veio de uma canção escrita e gravada por Bruce Springsteen no seu álbum ‘Darkness On The Edge Of Town”. O plano original era para a canção ser incluída no filme, mas quando Springsteen descobriu que seria gravada por outros vocalistas, retirou a autorização para o seu uso”, com pouco dano, o filme tem uma das melhores bandas sonoras dos anos 80: Fire Inc.: “Nowhere Fast”, Diane Lane faz playback sobre a voz de Laurie Sargent ♠ Marilyn Martin: “Sorcerer” ♠ The Fixx: “Deeper and Deeper” ♠ Greg Phillinganes: “Countdown to Love” ♠ Fire Inc.: “Tonight Is What It Means to Be Young” ♠ Dan Hartman: “I Can Dream About You”. Marine Jahan foi também a body double de Jennifer Beals, em “Flashdance” (1983), e um dos corpos na composição da cena da audição da Alex: os saltos no ar e os mergulhos são da ginasta Sharon Shapiro, as cenas de ballet de Marine, e a rotação de costas é do breakdancer Crazy Legs (da Rock Steady Crew), que vestiu o collant, pôs a peruca, mas recusou-se a rapar o bigode. – Atores dentro bonecos, na maior parte das vezes “ALF” (1986-1990) era uma marioneta, todavia nas cenas de corpo inteiro do peludo extraterrestre, em pé, a andar, a dançar, etc., quem lhe vestia a pele era o húngaro de 83,82 cm Mihaly “Michu” Meszaros. Haruo Nakajima é o ator japonês que, durante 23 anos, representou a maioria dos kaiju (monstros japoneses). Era ele quem vestia o fato de 90 kg nos filmes “Godzilla”, o intenso calor no interior apenas lhe permitia andar 9 m de cada vez. – Heroínas, Gina Carano 1,73 m, 63 kg, 85-65-80, lutadora de artes marciais mistas, especialista em Muay Thai, no filme “Haywire” (2011), de Steven Soderbergh: “se você acompanha as lutadoras femininas MMA, Gina sobressai bastante notoriamente. Pensei que era uma fascinante combinação de aspeto e atividade… há algum tempo que eu queria fazer um filme de ação de espionagem, mas não tinha realmente determinado o que ia trazer para ele que o distinguisse da abordagem tradicional. Então pensei, ‘porque não construí-lo à volta dela? Ela pode efetivamente partir as pessoas ao meio’. Eu estava interessado em fazer algo ultra-realista”. Vende ele o filme é uma “combinação de um filme de Bond e Point Blank”.

música:

Lords of Acid – nos finais dos anos 80, o músico belga Maurice Engelen trocou o nome por Praga Khan e a sua guitarra clássica pelos sons eletrónicos que fervilhavam na Europa [1]. “Graças a uma extensa experimentação com drogas, magia sexual crowleyiana e caminhos esotéricos de autoprivação e mutilação, conhecidos apenas dele, este orquestrador orgiástico criou os Lords of Acid, para encapsular para o futuro, as sedutoras mensagens e sexo cru da sua visão musical, em evolução constante”. Em 1988, o primeiro single, iniciava-o Darling Nikkie von Lierop i. e. Jade 4U, implorando que lhe comessem o traseiro, “I Sit on Acid”: “Darling, come here – fuck me up the rear / Hey whore / You don’t have to be a whore any more / The Lords are here / Sit on your face / (darling) I wanna sit on your face”.
O núcleo do grupo era: Praga Khan “nasceu de um pai matemático e astrofísico vencedor do prémio Nobel, com um pendor para o absinto, juntamente com estranhos cigarros malcheirosos. Sim, a mãe também lá estava! E que mãe! A mãe de Praga era uma rebelde para o seu tempo e trabalhou para sustentar a família como operária migrante da construção”; Cornelia "Nikkie" Anita Dominika Van Lierop “veio de uma família decantada dos dias gloriosos da corte imperial russa. Acredita-se que o seu pai era filho ilegítimo do flagelo de Moscovo, talvez de toda a Rússia, Rasputine. A sua mãe era uma das principais seguidoras de Helena Petrovna Blavatsky (co-fundadora da Sociedade Teosófica). Considera-se que os invulgares poderes de persuasão e magnetismo animal de Nikkie derivam dessa matéria genética impregnada com as capacidades sobrehumanas manifestadas por Rasputine, e que a sua mãe forneceu o discernimento e experiência ao orientar o seu desenvolvimento”; e Oliver Adams “é o herdeiro da fortuna Stella. Stella, sendo a cerveja belga exportada para todo o mundo. Assim era Oliver. A infância de Oliver também foi incomum. Os seus pais, sempre vigilantes contra os perigos da guerra, estabeleceram residência debaixo de terra. Eles pegaram num projeto de enterramento profundo nas entranhas da terra e, usando camadas de tanques de envelhecimento para a sua cerveja, construíram uma infraestrutura subterrânea estanque, dentro da qual eles habitaram durante a maior parte dos seus anos mais jovens. A sua mãe era uma mestre pianista, a casota deles, regularmente, ressoava com os sons fantasmagóricos do seu piano ou clavinet, ecoando ao longo dos longos corredores de metal vazios. O seu pai, Lorre Adams, por causa do seu perfil e reputação como um viajante do mundo, foi sondado pelo conselho dirigente belga para agir como um examinador sub-reptício da maldade estrangeira – resumindo um espião em nome do rei belga” ▬ voz, Natalie Daleat: “Take Control” ◙ voz, Ruth McArdle: “The Crablouse” ◙ voz, Deborah Ostrega: “Scrood By You” ♠ "Gimme Gimme" ◙ voz, Lacey Conner: “Get Up, Get High” ♠ “Pussy” ◙ voz, Méa Fisher: “Mighty Little Rabbit” ♠ “Spank My Booty” ♠ “Mighty Little Rabbit” ◙ Praga Khan a solo: “Be My Drug”.
Açoitaram as cordas vocais nos Lords of Acid: a femme fatale loira Natalie Daleat na tournée Lust de 1991; 3ª vocalista, Ruth McArdle, aliás Lady Galore, aliás Cherrie Blue, separou-se do grupo em 1995 após a tournée The Voodoo-U, contratada em 1998 como uma Bomb Gang Girlz, as vozes de suporte dos My Life With The Thrill Kill Kult: banda de rock industrial eletrónico de Chicago, formada em 1987, pelos gostos comuns em manchetes de tablóides, B-movies, decadência sexualmente ambígua e puro tédio do músico de Bóston Buzz McCoy e do poeta, artista, cantor Groovie Mann. Na tournée de verão de 2010, as Bomb Gang Girlz eram Jacky Blaque (K. Rachel Hollingsworthe) e Sinderella Pussie (Marcia Ove) ▬ “Sex On Wheels” ♠ “Devil Bunnies” ♠ “Kooler Than Jesus” ♠ “The Devil Does Drugs” ♠ “A Daisy Chain 4 Satan” ♠ “Death Threat”; a 4ª vocalista foi Deborah Ostrega, cantora, modelo, apresentadora e atriz belga, nas P-Diva’s; na tournée americana Sextreme Ball, no verão de 2010, a 5ª vocalista foi Lacey Conner, participante de reality shows, e na banda Nocturne ▬ “Passion” ♠ “Shallow”; em 2011, a 6ª vocalista, Méa Fisher i.e. DJ Méa.
A palmada nas nádegas é um acto cristão. Segundo a Disciplina Doméstica Cristã: “corações endurecidos são para Deus, o homem pode lidar com a culpa de uma mulher. É uma das razões pela qual as mulheres ainda são atraídas por homens que sabem que as sovarão. Entre os seus costumes, ‘bater’ uma mulher nas oferecidas e expostas nádegas, forte o suficiente para a ‘fazer chorar’, é a técnica mais comum de purga usada pela humanidade para separar a mulher da sua culpa. Embora muitas vezes embaraçoso para as mulheres mais jovens, geralmente porque lhes é dito pela ideologia politicamente correta que elas são ‘demasiado velhas para apanhar’, é, contudo, tão eficaz, tanto quanto a ser conhecido como ‘expulsando os demónios’”. Deus, na Sua infinita omnisciência, acolchoou o nalguedo feminino, acondicionando-o à mão-cheia, ao chinelo ou à vergasta para Altíssimos intentos disciplinantes: – Ina (Julia Jentsch) em “Schneeland” (2005); Sabina Spielrein (Keira Knightley) em “A Dangerous Method” (2011), uma das primeiras mulheres psicanalistas, embrulhada com Carl Jung que será seu conselheiro da dissertação médica. Um dos seus pacientes analíticos foi Jean Piaget; Frank / Frances Holmes (Jennifer Inch) em “Lady Libertine” (1984), Charles de Beaumont, um aristocrata inglês, recebe na sua casa um rapaz com quem se cruza na estrada para Portsmouth, ao disciplinar-lhe as nalgas descobre que é uma rapariga, fugitiva de um bordel e doutrinada para os deveres conjugais; Wendy (Amber Tamblyn) em “Normal Adolescent Behavior” (2007) exige que o namorado lhe castigue as alcatras. Três rapazes, três raparigas convivem em polifidelidade, os seis são amigos desde a primária e vivem uma relação monogâmica de seis pessoas, trocando de parceiro sexual a cada semana; Hope Banner (Joan Blondell) adestra a irmã mais nova Charity Banner (Janet Blair) numa efusão de palmada coletiva dos hóspedes do hotel em que trabalha, no filme “Three Girls About Town” (1941).
Expulsa Eva do Paraíso, com sápidas bochechas no dorso inferior, Deus soltara na Terra, ainda, um órgão primitivo de inspiração artística. – Spanking Machine techno de Los Angeles, “mistura um potente cocktail de gótico e ruído industrial… um clister auricular para o seu mais merecedor escravo”, formados em 1997, com Victoria Kalimata, voz; Lord Spanky, sintetizadores, programação e baixo; Mr. M, guitarras; e Sir Lawrence, nas peles. Os objetivos de acordo com Victoria: “tentamos trazer a audiência ao nosso mundo e abrir-lhes a mente e seduzir-lhes com os encantos do feiticismo, s&m e bondage. O nosso objetivo é criar um ambiente em que os espetadores se sintam envolvidos e que ao regressar a suas casas essa noite investiguem esta forma de viver ou levem à prática o que viram no palco. (…). Normalmente, entre o público, vejo bastante sexo oral”. Mestra Victoria descreve a vida marital: “leitora da mente, hipnotizadora e desviante sexual. O meu marido Lord Spanky e eu desfrutamos longos passeios na praia cobertos da cabeça aos pés em Liquid Latex, frequentar clubes s&m estritos, patetar com pantyslaves e viajar pelo mundo em busca das mais intensas experiências de clubbing que este mundo tem para oferecer. Os nossos hobbies incluem jardinagem despidos e surfing (nus) juntamente com pintar-nos um ao outro de roxo. Apenas sendo como os romanos…”. E as novas tecnologias, “você utiliza muito a Internet?”; resposta: “muito na mesma forma que uma dona de casa utiliza um falo a pilhas. Noutras palavras, sim. Há pequenas bolsas de almas perversas afins em todo o mundo, e a Internet é uma ótima ferramenta para juntá-las sob um mesmo teto. Suspeitamos que muitas delas estão online agora, a apontar os seus browsers para o nosso website enquanto falamos… e a teclar com uma mão”. A Empress of Erotica, modelo feiticista de Los Angeles, da capa do primeiro CD, “Homemakers Guide to Electric Sex” (1999), saltou para os espetáculos, até ser dispensada pelos Spanking Machine, por ir demasiado longe e assustar os donos das salas de concertos. Em palco a Imperatriz comia carne crua, urinava na boca da sua escrava, além de outras práticas s&m, disse ela: “era um espetáculo forte, com muita nudez, sangue, tripas, chicotadas e masturbações” ▬ “Permission” ♠ ao vivo ♠ SoundCloud.
Genitorturers “a banda rock mais sexy do mundo”, de Orlando, Florida, com Gen, voz, chefe, instigadora do deboche oficial; Filip “Abbey Nex”, baixo; Eric Griffin, guitarra; Kriz DZ, bateria ▬ “Devil in a Bottle” ♠ “Lecher Bitch” ♠ “Flesh Is The Law” ♠ “Razor Cuts” ♠ “Cum Junkie”. Nurzery [Rhymes] “estrearam-se em 2000 e originalmente inspirados pela incursão do líder Christian Riemer pelo DJing. Acompanhado em apresentações ao vivo por Franco del Prete, os N [R] começaram a aquecer palcos, localmente, em torno de Frankfurt, assim como por toda a cena de música industrial europeia” ▬ “Circle of Pain” ♠ “Du”. Combichrist projeto americano paralelo de 2003, depois principal, do norueguês Andy LaPlegua da banda de futurepop Icon of Coil, “o conteúdo lírico normalmente varia de, temas de misoginia, assassinato e suicídio, até BDSM e temas paramilitares, com algum sampling de filmes, telefonemas, ou entrevistas feitas durante a maioria das canções” ▬ “Get Your Body Beat” ♠ “I Want Your Blood” ♠ “Sent To Destroy”. Vulgaras, “ao nível metafísico é uma disfunção amorosa”, grupo de Nova Iorque fundado por Velocity Chyaldd e Goddess Diana, uma transexual, na bateria. Velocity verdasca: “quero que o público se converta na minha cadela”, dominadora profissional: “quando quero mostrar a minha raiva no meu espetáculo é quando corto a minha rata. É uma faca de carniceiro autêntica, uso-a há um monte de anos, mas normalmente não me corto a mim mesma. Só me aconteceu uma vez. É um bonito e perigoso símbolo fálico que acho muito erótico. Geralmente, uso-a na minha boca, pondo a língua de fora e passando a faca nela antes de usá-la nos braços e outras regiões do meu corpo”. Tudo em nome da arte: “o ideal seria se as pessoas simplesmente dissessem ‘yeah she rocks’ e não se concentrassem no elemento choque separadamente, seria bom. Eu chamo ao que fazemos filth core. As ideias que a mulher é suja, que é suposto sermos sujas. Isso é o que eu gosto de atirar à cara das pessoas. Sou suja e sou assustadora. Mas você gosta, não é? não é divertido? A porca Eva a comer a maçã. O sangue menstrual. É por isso que gosto muito de tocar com sangue. É uma coisa de gaja para mim”. Arte, num mercado específico: “se você pensa que a Britney Spears é pura, basta ler as letras. Ela vende sexo… mas nós vendemos sexo livre de vergonha” ▬ “Bruja Rising” ♠ “Heavy Handed Heart” ♠ “ManMaid” ♠ “Hotel California”.
Alien Vampires “formados em 2000 por Nysrok Infernalien que queria explorar sonoridades diferentes misturando, psy trance, industrial, Electronic Body Music e metal, juntou-se-lhe Nightstalker em 2004, que também partilhava a mesma paixão por JAM Montoya, BDSM e drogas” – BDSM é um acrónimo de Bondage e Disciplina (BD), Dominação e Submissão (DS), Sadismo e Masoquismo (SM); J.A.M. Montoya é um fotógrafo de Badajoz, desbastador da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, retratista de freiras e vibrador da Arte: “recentemente sofreu um acidente de trabalho – assim se pode considerar – durante uma conversa com um crítico de arte, escutou tanta coisa estúpida que o testículo direito explodiu num ataque incontrolável de riso” ▬ “Deathmatch” ♠ “Fearless” ♠ “Control the Universe” ♠ “One Night Stand” ♠ “Fuck Your Exorcism” ♠ “I Fuck Nuns” ♠ “Clubbers Die Younger”.
The Peoples Republic of Europe industrial / powernoise / teknoid industrial da Holanda ▬ “Gothic Ass”: “Why settle for gothic pussy / If you can have gothic ass”, uma catedral, uma abadia, o afogador da arte românica, só no Brasil. Juju Salimeni, 1,70 m, 64 kg, 93-70-102, “é mais do que uma bunda”: “loira super sensual, modelo paulista e muito gostosa que fez parte do elenco das Panicats do programa ‘Pânico na TV’ e atualmente trabalha no programa ‘Legendários’ da TV Record, em janeiro de 2010 Ju estrelou a capa da revista Playboy pela primeira vez com bastante sucesso e no dia 27 de novembro foi eleita como a Mulher Mais Sexy do Mundo pela revista VIP em 2010”. Com outra Panicat, Babi Rossi, Juliana dançou no vídeo “Mamãe passou açúcar em mim”, da banda de forró Amor Real, filmado em Araçariguama, interior de São Paulo. Sessão fotográfica. De sandálias e boné no Twitter. Entrevista, P: “qual a sua posição sexual preferida?”; R: “como se diz, de quatro? É, de quatro mesmo?” (risos); P: “você gosta de sexo anal?”; R: “então... eu odiava, tinha pavor. Tinha tentado algumas vezes e não tinha gostado. Aí, há alguns meses - faz pouco tempo -, tentei de novo e deu certo. Mas não é uma coisa que eu faço sempre. Depende do dia e do tesão. Às vezes dói, às vezes não. Tem que estar no clima”. “Adoro bater! Dar tapa na cara. Também gosto de uns tapinhas… Mas não na cara, só no bumbum. Não é para machucar. É gostoso!”.
A mulher também pune o homem, contranatura: “a mulher está sujeita ao marido pela lei, enquanto ele viver” (Romanos 7:2). Advertência de castigo feminino na carta que o sr. Bloom lê no seu périplo por Dublin, em “Ulisses”, James Joyce:
“Querido Henry,
Recebi a sua última carta e lhe agradeço muito por ela. Estou triste que você não gostou da minha última carta. Porque enviou selos? Estou terrivelmente magoada com você. Gostaria de poder castigar você por isso. Lhe chamei de garoto travesso porque não gosto desse outro nome. Por favor diga-me qual é o verdadeiro sentido desse nome. Você não é feliz em casa, meu garotinho travessinho? Gostaria tanto de fazer alguma coisa por você. Por favor diga-me o que é que você pensa desta pobrezinha. (…). Por favor me escreva uma carta longa e me fale de muitas coisa. Lembre-se que se você não fizer eu lhe castigarei. Agora você já sabe o que lhe farei, meu garoto travesso. Se você não escrever. (…).
Martha.
P. S. – Me diga sim que espécie de perfume sua mulher usa. Quero saber.”
“Hey, hey / All the ladies tell the fellas we can do what they can do / We can do it even better in broken heels”: “Broken Heels”, Alexandra Burke. Senhoras fazerem melhor com os tacões partidos, angelicais, “Love Song”, ou endiabradas, “Live Sex on Stage”, como a Kiria, que no laboratório pipetam a Science:It's a Girl Thing (motivador anúncio da UE para recrutar gajas para a ciência), só no país da seleção de futebol com 6 bolas à trave. No país do “vá lá Ronaldo! corre Ronaldo! corre Ronaldo! vai atrás dele! vai Ronaldo! Não conseguiu roubar a bola :( ”, mulheres deste arcaboiço intimidariam [2], produziriam motins da bichana [3], como na “Lisistrata” de Aristófanes, não houvera um batido com Ciência, um Dr., que abole todo o tiki taka. De os lábios  geneticamente bem-fadados, a cura que amansa a mulher em telhado de zinco quente e sociabiliza o homem enfurecido do país “eu vi o jogo com muita paciência, apesar de várias vezes, ter apetecido dar também um pontapé para ver se conseguíamos fazer o resultado mais cedo” (Passos Coelho, no Rio de Janeiro, depois do jogo com a República Checa):
os lábios do dr. Quintino Aires, no programa “Inferno” c/ Inês Lopes Gonçalves, canal Q: “eu sou, há quem diga o último, não sei se o último, mas grande defensor do casamento. Continuo a dizer que é a mais bela invenção da história da humanidade. A melhor maneira para fazerem crescer com saúde, mental e física, as nossas crianças e jovens, mas como o casamento não funciona sem um bom sexo, isto continua um problema bastante grave … (tamanho do pénis, as comparações) a comparar, mas a comparar mal, porque normalmente a maneira de comparar é através de um filme pornográfico, que naturalmente os atores foram muito bem selecionados, que naturalmente os planos que o realizador escolhe são especiais para que o filme funcione bem. E portanto esquecemo-nos todos daquela ilusão que ali está, e portanto andamos todos aflitos com o tamanho. Porque de facto é importante. É importante pelo menos na nossa cabeça… importa! em termos psicológicos importa muito, não importa em termos anatómicos, não importa em termos fisiológicos … (dificuldade dos homens) no sexo oral, aí parece que com muito mais dificuldades, por isso tive muito cuidado em descrever no livro (“A hora do sexo”), bem, passo a passo, como a melhor maneira de oferecer um bom sexo oral à mulher … (ponto U, região muscular próxima do períneo) os homens ficaram com o ponto U, que de facto é uma zona de prazer, mas na verdade, ao contrário do ponto G, o ponto U não existe exatamente”.
___________________________________
[1] Na movida madrilena esquentava Pedro Almodóvar e o seu amigo Fabio McNamara: “Suck It To Me”, no filme “Laberinto de pasiones” (1982) ♠ “Voy a ser mamá”. Fabio de Miguel, Fanny McNamara, ou Fabio McNamara é um cantor, ator e artista plástico. “Por volta de 1978, Fabio muda-se para a mais tarde conhecida como casa Costus. Casa Costus não era outra senão a vivenda do casal de pintores Juan Carrero e Enrique Naya, rebatizados pelo próprio Fabio de Miguel como ‘Costus’ situada na rua de La Palma, nº 14. Esta casa converteu-se no centro nevrálgico dos primeiros anos da movida madrilena, já que por ela passava habitualmente uma multidão de figuras que mais tarde seria muito conhecida. Inclusive há quem a chame a Factory espanhola. Fabio foi influenciado por este ambiente cultural ao mesmo tempo que era a musa inspiradora de todos. Pedro Almodóvar disse anos depois: ‘todos mamamos de Fabio’, referindo-se a isso. Esta casa foi também equipada como estúdio-oficina donde os ‘Costus’ trabalhavam, mas que igualmente servia de estúdio fotográfico, de improvisado estúdio de gravação ou centro de reunião. Nesta época conhece gente como a cantora Alaska ou o fotógrafo Pablo Pérez-Mínguez, para o qual posou inúmeras vezes como modelo. Também aqui conheceu Carlos Berlanga e Javier Furia com quem entrava e saía em noites selvagens de drogas, sexo desenfreado e regabofe”.
[2] Luta de tarecas na França. Namorada e primeira-dama, Valérie Trierweiler, no Twitter, amadrinhou um adversário político de Ségolène Royale, mãe dos quatro filhos da esperança europeia François Hollande. Martine Aubry, secretária-geral do PS, destapa quem veste as calças na maison: “o apoio do presidente é a única coisa que conta. A senhora Trierweiler não é política, logo não cometeu um erro político”.
[3] Pussy Riot coletivo punk russo. “No princípio de março, três membros da banda feminista punk russa Pussy Riot foram presas por protestar na catedral Cristo o Redentor de Moscovo. Elas tocaram a sua oração punk, que no refrão pede ‘Virgem Maria, Mãe de Deus, põe Putin longe’, que durou menos de um minuto, antes que os guardas removessem as mulheres da igreja. As três foram acusadas de ‘hooliganismo’, e se forem condenadas enfrentam sete anos de prisão”. Nadezhda Tolokonnikova, Maria Alyokhina e Yekaterina Samusevich estão presas há 4 meses. Natalia Antonova no Guardian: “o pior de tudo, o destino das Pussy Riot está agora nas mãos do sistema judicial criminal da Rússia. Como frequente observadora desses tribunais, não posso deixar de notar que eles são assustadores. Apenas em Moscovo, mais de 90% de todos os processos judiciais criminais terminam em condenações”.