Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

segunda-feira, dezembro 15, 2014

Patos com laranjas e rosas

1983. Setembro, mês de culinária com o prato do ano e de anos vidouros, o assado, virado no espeto muito lentamente, bem tostado pela elite chef em cozinhado de reajustamento da economia, avental posto da receita intemporal de: a cozinha a arder, fumos positivos no forno. “O programa de Gestão Conjuntural de Emergência com a duração de 18 meses, anunciado pelo Governo em junho passado, vai durar, no mínimo, até 1986. Em conferência de imprensa dada quarta-feira, 7, no Palácio Foz, o primeiro-ministro Mário Soares - ladeado, à direita por Mota Pinto, e à esquerda, por Almeida Santos - precisou que o referido programa, basicamente determinado pelo acordo com o FMI, desenvolver-se-á através da redução do défice da balança de transações correntes e limitação do endividamento externo. Estes dois objetivos - disse Soares, são ‘indispensáveis à implementação progressiva de um Programa de Recuperação Financeira e Económica que visa criar, a médio prazo (2 a 3 anos), bases sólidas para o funcionamento sadio do sistema económico e financeiro e de um Programa de Modernização da Economia Portuguesa, com a duração prevista de quatro anos’ [1]. Ou seja, a dura austeridade que já afeta a vida da maioria da população portuguesa não abrandará, no mínimo, antes de 1986/87”. A abordagem política, o empratamento ao público, exige dois ingredientes, o saleiro: não estamos sozinhos. E o pimenteiro: isto está a correr muito bem. “Como exemplos europeus, com idênticos programas de austeridade ao do seu Gabinete, indicou o primeiro-ministro os executivos da vizinha Espanha, de França e da Grécia”. Mário Soares polvilhou “a existência já dos ‘primeiros sinais positivos’ da política de ‘estabilização conjuntural’. Sem, todavia, citar números concretos, o chefe do Governo indicou haver já sinais de melhoria da balança comercial, das receitas do turismo e do fluxo da remessa de emigrantes [contrariado pelas estatísticas], ‘mudança de atitude por parte dos bancos internacionais relativamente ao apoio à nossa economia’, [no falar atual diz-se mercados], ‘boa recetividade do público às emissões de títulos’ e ‘interesse manifestado por importantes entidades estrangeiras em investir em Portugal, em consequência da anunciada abertura de vários setores à iniciativa privada’” [2].
Os ajustamentos dos velhos tempos, ao contrário dos atuais, acarretavam um colossal aumento de impostos. Quarta-feira, 14, o Conselho de Ministros lança o pacote fiscal. Aumentam: imposto sobre o jogo, papel selado (60$00), portagem sobre o Tejo (30$00), sisa e taxa sobre a venda de veículos automóveis. São criados novos: imposto sobre bares e boîtes abertos depois da meia-noite, imposto extraordinário sobre rendimentos, imposto especial sobre automóveis e selo fiscal (1000$00) para idas ao estrangeiro”.
Sexta-feira, 23, a maioria PS/PSD na Assembleia da República aprova o pacote fiscal. O pacote fiscal “responde às exigências que o FMI impôs ao Governo português, na Carta de Intenções, a redução do défice orçamental deste ano para 186 milhões de contos. Inicialmente estimado no Orçamento de 1983 em 150 milhões de contos, o défice seria de 204 milhões, caso não fossem tomadas as medidas de exceção aprovadas (…). As diferentes medidas foram estudadas de molde a aumentar as receitas do Estado em 18 milhões de contos”. Nos ajustamentos dos velhos tempos, ao contrário dos atuais, havia uma geração brilhante que trabalhava como ajudantes de cozinha para inovar os ingredientes para o pacote. Em 1983, as medidas de exceção fiscal foram:
Criação de um imposto extraordinário. “A medida mais grave para o conjunto dos trabalhadores portugueses respeita à criação do chamado ‘imposto extraordinário sobre os rendimentos coletáveis sujeitos a contribuição predial, imposto de capitais e imposto profissional. (…). O novo imposto corresponderá a 6 % dos rendimentos coletáveis respeitantes a 1982 e que estejam sujeitos a contribuição predial, ou que respeitem ao exercício por conta própria de alguma das atividades constantes da tabela anexa ao código do imposto profissional. No que concerne aos restantes trabalhadores o imposto extraordinário será de 2,8 % e incidirá sobre todas as remunerações certas e permanentes recebidas até 30 de setembro de 1983 [3]. De acordo com informações do secretário de Estado do Orçamento, Alípio Dias, o imposto extraordinário proporcionará uma receita suplementar de 12,5 milhões de contos”. O “imposto de selo eleva o preço do papel selado para 60$00. (…). Com ele serão cobrados, espera o Governo, mais 3 milhões de contos”. No imposto de saída do país “o diploma estabelece em 1000 ou 500 escudos, conforme se trate de adultos ou de menores, o montante a pagar ‘por todos os indivíduos, nacionais ou estrangeiros, que saiam do país, qualquer que seja a via’. Do imposto ficam isentos os estrangeiros portadores de passaporte diplomático, os nacionais ou estrangeiros que entram ou saem por via terrestre, por um período inferior a 72 horas e os emigrantes que entram e saem do país”. A sisa “passa a ser de 15% o valor da taxa de sisa devida pelas transmissões de prédios urbanos ou terrenos para construção, cujo valor seja superior a 10 mil contos. A proposta aprovada diz tratar-se de tributar as transmissões que ‘constituam índice objetivo de capacidade financeira acima do normal’. A receita adicional originada por este aumento será de 300 mil contos”. O imposto sobre boîtes “a receita que vai proporcionar eleva-se a 200 mil contos [4]. A taxa de imposto é de 50 contos, 30 contos e 15 contos respetivamente, para boîtes de luxo, restantes boîtes e locais noturnos congéneres, sendo a cobrança mensal”. O imposto sobre o jogo “com o fim de aumentar as receitas do Estado em 200 mil contos passou de 15 % para 20 %”. O imposto especial sobre veículos “quarenta, sessenta e quinze é o que vão pagar de imposto especial os veículos ligeiros de cilindrada entre 1700 e 2600 cc, os de cilindrada superior a 2600 cc e os motociclos de cilindrada superior a 500 cc, respetivamente, todos desde que tenham menos de cinco anos”. 
Nos ajustamentos dos velhos tempos, ao contrário dos atuais, havia sempre uma noiva rejeitada que gritava inconstitucionalidade. Na sexta-feira, 4 de novembro “a cobrança da taxa de saída do país – 1000$00 para adultos e 500 para cidadãos menores de 18 anos – é ilegal e todos nós temos o direito, constitucionalmente garantido, de o não respeitar. Esta manhã, durante a reunião do plenário da Assembleia da República, o deputado do CDS Lobo Xavier apresentou uma posição do seu partido considerando a Lei do Enquadramento Orçamental como materialmente constitucional, pelo que todas as outras leis lhe devem respeito. A Lei do Enquadramento Orçamental, com o n.º 64/77, diz taxativamente no seu artigo 16.º: ‘Nenhuma receita poderá ser liquidada ou cobrada, mesmo que seja legal, se não tiver sido objeto de inscrição orçamental’”.
Quinta-feira, dia 1 de setembro o Governo aprova as disposições gerais de um grande melhoramento para o país, para que a sua classe dominante não escorregue do poder. “Mota Pinto apresentou na reunião do Conselho de Ministros um projeto sobre as ‘disposições gerais reguladoras de uma estrutura nacional de informações’. O ministro da Defesa falou na qualidade de coordenador da comissão interministerial designada para estudar a ‘problemática das informações em Portugal e propor medidas a tomar com vista à breve entrada em funcionamento de adequadas estruturas de pesquisa e análise de informações’. (…). A revista Nação e Defesa, do Instituto de Defesa Nacional justificava a necessidade do Serviço de Informações pela existência nomeadamente de ‘alguns movimentos e conferências ditos de paz, certos movimentos e partidos políticos de obediência’ a ‘regimes políticos poderosos, de vocação totalitária e marcadamente hegemónica’”.
Terça-feira, 13 de setembro os leitores do Diário da República tomam conhecimento dos gastos da Assembleia da República em 1982. “As contas do parlamento, aprovadas em julho passado, foram publicadas hoje no Diário da República e mostram que os deputados conseguiram um saldo positivo no fim do ano económico de 71 713 contos, verba que se transfere para as despesas do corrente ano por constituir receita própria da AR – apesar de terem gastado 883 mil contos. (…). O presidente da Assembleia da República gastou ao país 3706 contos, assim distribuídos: 1274 contos de honorários do presidente, 248 contos de despesas de representação do presidente (num total de 1622 contos, ou seja, uma média de 135 contos por mês), 1780 contos para o gabinete de apoio ao presidente acrescido de 204 contos de subsídios de férias e Natal para este gabinete [5]. (…). Os restantes membros da mesa da Assembleia – vice-presidentes e secretários – receberam ao longo do ano de 1982 5643 contos, entre subsídios e despesas de representação. Por seu turno, os deputados tiveram subsídios no valor de 154 mil contos, abonos diversos de 9400 contos e gastaram em transportes e comunicações 8900 contos. Em deslocações (compensação de encargos) os deputados receberam a quantia de 144 mil contos. Em média, cada um recebeu cerca de 108 contos mensalmente. Os funcionários da Assembleia quase não receberam horas extraordinárias – apenas 167 contos durante todo o ano de 1982 – em contrapartida tiveram 30 790 contos de abonos, um pouco menos que os 46 796 contos de remunerações certas e permanentes. (…). Os gabinetes de apoio aos grupos parlamentares custaram um total e 22 505 contos, enquanto os partidos receberam como subvenção 267 889 contos” [6].
Sexta-feira, 16 de setembro. “O desenvolvimento de numerosos países foi travado de modo mais brutal o ano passado, do que fora nos 40 anos precedentes, afirma o Banco Mundial no seu relatório anual, salientando que devido a isso as suas atividades no campo dos empréstimos aumentaram, tal como no da assistência técnica. O relatório do Banco indica que durante os dois últimos anos de recessão (1981/82), o número de países em desenvolvimento que tiveram necessidade de reescalonar a sua dívida comercial foi tão grande como nos 25 anos precedentes. Perante a baixa dos mercados de matérias-primas e a baixa das taxas de juro, grande número de países em desenvolvimento viram-se na necessidade de aplicar políticas restritivas, que provocaram o afrouxamento de numerosos projetos de desenvolvimento, ou mesmo o abandono total de programas altamente prioritários [7]. Hoje, nota o relatório, o crescimento parece ter recomeçado nos grandes países industriais, mas ‘por muito otimista que se seja a respeito da evolução a curto prazo, é preciso admitir que os próximos anos serão difíceis e penosos’”. Durante o exercício de 1983 “os países que mais receberam emprestado do BIRD (Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento) foram o Brasil (1450 milhões de dólares), a Indonésia (1330 milhões) e a India (1080 milhões). Os principais beneficiários da AID (Associação Internacional para o Desenvolvimento, filial do Banco Mundial que empresta a países mais pobres), foram a India (1060 milhões), o Bangladesh (367 milhões) e o Paquistão (229 milhões)”.
Quinta-feira, 22 de setembro. “O leite subiu mais 30 % em litro. Os consumidores pagarão 33$50 por um litro de leite pasteurizado, ao domicílio. No posto de venda poupam 1$50. O meio litro custará 18$00 e quem consumir apenas 0,25 litros, despenderá 9$50. Os preços máximos do leite ultrapasteurizado de fabrico continental vão de 34$50 a 39$50, conforme seja magro ou gordo. O meio gordo passa a custar 37$00, sendo a margem do retalhista da ordem dos 2$20. As embalagens de meio litro oscilam entre os 18$00 (magro) e os 21$00 (gordo). No caso do leite esterilizado os preços máximos foram estabelecidos entre os 47$50 (magro) e os 55$00 (gordo), em pacotes de litro e meio”. “As carências de leite têm sido cíclicas em setembro e outubro, devido à normal falta de pastos no fim do verão e ao aumento da população urbana, com o regresso de férias e o retorno dos estudantes para as aulas. (…). Durante anos importou-se leite, prevendo-se situações semelhantes, mas o Governo chegou à conclusão que ‘estava a importar água’, disse um informador da UCAL. Como todos os organismos, a água constituía a maior parte do leite importado. Daí que o Governo tenha decidido passar a importar leite em pó para ser reconstituído em Portugal com leite e nata frescos, com a designação de leite recombinado” [8].
Quarta-feira, 21 de setembro o livro da culinária nacional enriquece-se. A RTP 1 na “Noite de cinema”, pelas 20:35 horas, exibe o filme italiano “L'anatra all'arancia” (1975), em português “Pato com laranja”, (estreado no cinema Londres quinta-feira, 1 de julho de 1976). Estava programado para essa rubrica televisiva das quartas-feiras preenchida com 7.ª arte um outro filme, “Far from the Madding Crowd” (1967), em português “Longe da multidão” (estreado nos cinemas Roma e Condes sexta-feira, 29 de março de 1968): “Bathsheba Everdine (Julie Christie), uma jovem determinada e namoradeira, inesperadamente herda uma grande fazenda e envolve-se romanticamente com três homens bastante diferentes”. Por alguma razão o filme de John Schlesinger foi trocado pelo de Luciano Salce. “Livio (Ugo Tognazzi) e Lisa Stefani (Monica Vitti) são um casal em crise. Em dez anos de casamento, não lhes faltam aventuras extraconjugais, mas a sua relação parece destinada a acabar definitivamente, quando Lisa se apaixona por Jean-Claude (John Richardson), um francês rico e fascinante, e pretende ir viver para França com ele. Livio tem ciúmes de Lisa que, embora à sua maneira, ama profundamente. Mas, em vez de reagir violentamente, adota uma tática mais subtil: propõe à mulher passarem o último fim de semana juntos numa vivenda à beira mar, convidando também Jean-Claude, de quem se gaba querer ser amigo. Neste ponto, porém, Lisa não pode impedir Livio de levar também uma companhia feminina. Quem se junta aos três é Patty (Barbara Bouchet), a desinibida secretária e amante dele, dita a pignasecca”. Será Barbara Bouchet, ou as suas tetas e rabo, que, aos olhos públicos na pantalha, engasgarão os portugueses nos lares. Jantados, com o Telejornal no papo, aconchegados no sofá para uma económica noitada de cinema, arregalam-se quando lhes entra pelos olhos cu e mamas. Houve corrida aos telefones de protesto, o presidente do conselho de administração da RTP ordena a interrupção da transmissão e o protocolar “inquérito interno para apurar responsabilidades”. E o calculável desfecho: primeiro, “a demissão forçada de João Palma-Ferreira, presidente da RTP, pelo facto de a emissora do Estado ter mostrado um filme com maminhas”. Segundo, a reposição do filme nos cinemas, na sexta-feira, 30 de setembro no Hollywood sala 1 (no Centro Comercial Alvalade) [9].
Em 1983, “aquela que foi a primeira, e talvez a única, mulher cabo de um grupo de forcados, em Portugal e talvez do mundo tem agora 73 anos, dá pelo nome de Maria da Assunção Almeida, e reside em pleno Bairro Alto, mais concretamente na travessa dos Fiéis de Deus, 140, 2.º andar. Vive com uma pequena reforma, arrastando agora, não só o peso da idade, mas também, e sobretudo, os reflexos dos traumatismos sofridos nos redondéis por onde passou nos finais da década de vinte. (…). Certo dia apareceu no Bairro Alto o mestre Luís, pregoeiro de touradas e funcionário do Sindicato Livre do Toureiros, a arregimentar moças para formarem um grupo de forcados. (…). Maria da Assunção era conhecida no bairro pelo seu ar arrapazado, alguém falou nela a mestre Luís e ei-la a ser recrutada, em segredo para a mãe não saber, a deslocar-se à sede do Sindicato, a fim de tirar as medidas para a jaqueta e para as calças da indumentária forcadista. E tal como ela lá estavam nas instalações da rua da Prata as restantes jovens selecionadas que iriam integrar o Grupo Lisbonense de Mulheres Forcados, cujos nomes constam de um cartaz da época já amarelecido pelo tempo, nos arquivos da empresa de Ricardo Covões, proprietária do Coliseu dos Recreios de Lisboa. A reter para a prosperidade: Maria Serra, Felismina Lopes, Manuela Bastos, Laurinda Esteves e Gracinda Neri, todas já falecidas e oriundas das casas de passe, desse ‘altar da prostituição’ em que o Bairro Alto estava transformado na altura. (…). Segundo conta Maria da Assunção, as mulheres-forcados atuavam protegidas por um colete almofadado, ao nível dos seios, e entre muitos dos episódios curiosos que marcaram a sua carreira, destaca um momento em que empregou demasiada genica na consumação de uma pega, dado estar muito nervosa. Assim ficou de tal maneira agarrada ao cachaço do touro que tornou-se necessário uma das suas companheiras morder-lhe as mãos para que largasse o animal. A carreira do grupo terminou ao fim de dois anos, quando estava no auge, devido ao boicote da mãe de Maria da Assunção que não queria que a filha ‘andasse feita machona’, tendo chegado a ir buscá-la aos redondéis no meio das corridas. E com o afastamento de Maria da Assunção considerada a coqueluche da formação, terminaria a curta carreira daquele que deve ter sido o primeiro e único grupo de mulheres-forcados”.
Quinta-feira, 29 de setembro. “Os agentes da PSP têm a partir de hoje legitimada a utilização das armas que lhe estão distribuídas, num conjunto de situações que permitem uma grande elasticidade. A regulamentação está contida num decreto-lei publicado dia 28 no Diário da República, subscrito por Mário Soares, Mota Pinto e Eduardo Pereira. O diploma propõe-se, explicitamente evitar abusos de utilização de armas de fogo, por parte de agentes da PSP, confinando-o aos justos limites da sua justificação. (…). O rol de situações que justificam o uso das armas de fogo por parte da PSP é entretanto tão vasto que dá para quase tudo. Assim, a sua utilização é permitida contra a agressão iminente ou em execução, ou tentativa de agressão, dirigida contra o próprio agente de autoridade, contra o seu posto de serviço ou contra terceiros. A justificação existe ainda para efetuar capturas ou impedir fugas de suspeitos, para prender evadidos, para libertar reféns, para suster ou impedir atentado em curso ou iminente, para abate de animais indiferenciados que façam perigar pessoas e bens, como meio de alarme ou pedido de socorro, quando a manutenção da ordem pública assim o exija ou os superiores do agente o determinem. A única proibição verifica-se se terceiros forem postos em perigo, excetuando tudo o que anteriormente ficou dito. O diploma estabelece a obrigatoriedade de advertência sempre que as circunstâncias o permitam, inclusive por meio de tiro para o ar”.  
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[1] A veneranda pugnacidade da classe dirigente, sempre contendente em todas as épocas, nesta, no final de 80, funcionou apenas porque as condições externas se alteraram com a adesão à CEE, houve dinheiro para criar grupos económicos. – A determinação em italiano: "La Grinta", p/ VENA, são Riccardo Milo, voz, Giacomo Baroni, guitarra, Giacomo Bassano, baixo e Giulio Tosatti, bateria, sintetizadores. No Bronx, há outros VENA, um supergrupo de bachata urbana (ritmo musical oriundo da República Dominicana). “Dicen por el barrio que soy malo y que pierdes tu tiempo / Que soy un hombre terco / Y hasta comentan que soy mujeriego / Que soy un perro muerto en el / desierto, hasta secretos tengo”: “Sangre de mis venas”, p/ VENA, são Lenny Santos e Max Santos dos Aventura, e Steve Styles dos Xtreme.
[2] O trivial. Um ajustamento português atrai sempre coisas boas. – No leste. Anjelica Ebbi t.c.p. Krystal Boyd, Abbiy, Abbie, Slim Anya, Abby C, Kathy I., Angel, Chelsea, Ebbi, Ira, Abby H, Alice, Katherine A, Abbey, Angelica, Ksusha, Ksyusha, Megan, Vera, Snejanna, 1,73 m, 52 kg, 76-58-81, sapatos 39, olhos azuis, cabelos castanhos, nascida a 14 de abril de 1993, em Moscovo. Modelo e atriz porno provida de um espírito santo: “Awesome Fuck” ≥ PornHub.  
Connie Carter t.c.p. Mary Grey, Conny Lior, Conny, Anna, Conie, Connie, Josephine, Muriel, Roselyne A, Roxanne, 1,78 m, 51 kg, 91-68-96, sapatos 38 ½, olhos e cabelo castanhos, nascida a 24 novembro de 1988, em Praga, República Checa. Modelo e atriz porno abarrotada de espírito santo: “Do Not Disturb” ≥ PornHub.
[3] A facécia nacional logo situou que o Governo tirava os 2,8 para não tirar os 3. – Números do oriente. Ai Kawanaka (河中麻系), 1,56 m, 92-58-85, sapatos 36, olhos e cabelos castanhos, nascida a 3 de março de 1985, em Okayama, Japão. Ai gosta de ouvir música, cozinhar. Talento especial: badminton. YouTubeYouTube.
[4] Um milagre, visto a vida noturna em Portugal ser mais enfadonha que papel pardo atado com barbante. Para diversão superabundante, só frequentando uma boîte em… Bogotá. “La hija del mariachi” (2006/08), telenovela musical colombiana c/ Carolina Ramírez e Mark Tacher. “Emiliano Sánchez-Gallardo Galván, filho de uma família mexicana rica, é injustamente acusado de um delito e teve de fugir para a Colômbia. Logo se encontra sozinho em Bogotá onde não conhece ninguém. Uma noite, no exterior do Bar Plaza Garibaldi, Emiliano é assaltado. Ajuda-o, Rosario del Pilar Guerrero Santana, uma estudante de Administração de Empresas, que também canta rancheras. A vida de Rosario está marcada pela memória de seu pai, um famoso mariachi, um boémio que ela amou e de quem ainda conserva o seu traje de charro como uma relíquia. Rosario torna-se na protetora de Emiliano e consegue-lhe um emprego a cantar no Bar Plaza de Garibaldi. Para fazê-lo, Emiliano usará o traje do pai de Rosario”. Canciones: “Rata de dos patas / Si tevas no hay lio” ♪ “Fallaste corazón” ♪ “Echame ami la culpa / Perdón / Tu y la mentira” ♪ “Adónde estás / Adónde estás / Mátame cielo / Trágame tierra / Llevame Cristo / Si no vuelves más”: “Siempre hace frio”. – Carolina Ramírez, nascida a 20 de junho de 1983 em Cali, é uma das mais belas colombianas, porém a voz nas canções é da cantora e atriz também colombiana Adriana Bottina: “La oveja negra” ♪ “Devueleme el corazón” ♪ “Por un amor”.
[5] Apesar de figura decorativa ferra a unha no erário por ser escolhido o mais inteligente na praça em passatempos e quebra-cabeças. – Rubik's Boob”, no video, a modelo tamanho grande Leah Kelly, 1,78 m, sapatos 40, olhos azuis, cabelos castanhos, nascida a 27 de julho de 1987, em Mission Viejo, Califórnia.
[6] O dinheiro mais bem gasto da república. As estelas da democracia. – “Ella estrella”, p/ La Gusana Ciega. No vídeo, a atriz mexicana Diana García, 1,70 m, 53 kg, 89-61-88, sapatos 39, olhos cor de café, cabelos castanhos, nascida a 16 de janeiro de 1982 em Monterrey, México. “Diana começou a sua carreira de modelo aos 16 anos e utilizou esta forma de vida para pagar as suas aulas de representação”. Interpretou “Guadalupe, the Virgin” (2011). Entrevista: “Ando picando piedra en Estados Unidos, donde aparte de que difícil empezar de cero, es emocionante incursionar en el sueño de allá, explorando otros territorios donde la industria no sabe quién soy”.
[7] O desemprego o motor do capitalismo. – Hijos del presente”, p/ YDKM - You Don't Know Me, a banda nasce em 2007 nos arredores de Madrid e são Alex, Pablo, Iván, Víctor e David. A rodagem deste vídeo deu a primeira oportunidade de trabalho a onze jovens.
[8] Água a piscina da vida. – “Pool Play”, modelo Kiera Winters, 1,57 m, 45 kg, 86-60-91, sapatos 36, olhos azuis, cabelo castanho, nascida a 2 de fevereiro de 1993 em Meridian, Idaho.
[9] Outros patos outras laranjas nos ecrãs dos televisores. “Um particular apresentou queixa na Polícia Judiciária contra a RTP por ter exibido, em 7 de janeiro de 1987, no primeiro canal, o filme português de António-Pedro Vasconcelos, ‘O lugar do morto’ (1984), (estreado nos cinemas Castil e Vox quinta-feira, 25 de outubro de 1984). Segundo revelou a RTP, a queixa de um cidadão não identificado, acusa-a de ter passado um filme com cenas reprováveis e ‘desagregadoras da família’, de uma pelicula que passou nos cinemas classificada para maiores de 12 anos”. O diretor-adjunto de programas, Seixas Santos “manifestando o ponto de vista da RTP, a exibição ‘não infringiu qualquer lei’, nomeadamente, a Lei 75/79 que menciona o que são programas interditos em televisão (programas contra o regime democrático, pornográficos ou obscenos). ‘O que acontece é que se uma cena mais forte é representada por atores portugueses (Ana Zanatti e Pedro Oliveira), a audiência tem uma reação completamente diferente do que se fosse por atores americanos, por exemplo’”.
O império dos sentidos (愛のコリー)” (1976), real. Nagisa Oshima, c/ Tatsuya Fuji e Eiko Matsuda (estreado no cinema Estúdio sexta-feira, 5 de novembro de 1976). “No Japão pré-guerra. Sada, uma ex-prostituta trabalhando agora como empregada doméstica, apaixona-se pelo seu patrão, Kichizo, após vê-lo a fazer amor com a esposa. Os dois encetam um tórrido romance onde exploram as suas fantasias e incitam-se um ao outro até ao limite. Quanto mais a relação progride, contudo, mais Sada e Kichizo se desafiam um ao outro e, eventualmente, a dor e a humilhação substituem o prazer”. Transmitido na RTP 2, pelas 21:55, terça-feira, 19 de fevereiro de 1991, o filme pôs ovos alvoraçando o galinheiro. D. Eurico Dias Nogueira, arcebispo de Braga, acusou ter sentido “horríveis vómitos” desarranjando-lhe estômago e educação: “aprendi mais em dez minutos deste filme do que no resto da minha vida”, 67 anos dela que, no entanto, tinham sido amaciados uma hora e meia antes pelo primeiro canal com o genérico da “Tieta do Agreste” (estreada pelas 20:15, na RTP 1, segunda-feira, 29 de outubro de 1990, e responsável pelo reviver da moda das botas de bico em Portugal). Familiarizado com o corpo feminino, mais imaculado, o sacerdote aconselhou, para “filmes assim”, uma exibição “às duas ou três da noite, que será hora adequada para marginais e certos doentes”. Na sexta, 22, os deputados Hermínio Martinho, Carlos Lilaia, Barbosa da Costa e Rui Silva, do Partido Renovador Democrático (PRD), apresentavam no parlamento um voto de protesto. “Voto n.º 187/V de protesto pela exibição no canal 2 da RTP, do filme O império dos sentidos. A Radiotelevisão Portuguesa transmitiu, através do seu canal 2, num horário de grande audiência, um filme ofensivo dos valores culturais e morais de boa parte da população portuguesa. Considerando embora o seu caráter agressivo, seria talvez desculpável que pudesse ser exibido noutro horário, inacessível a níveis etários mais suscetíveis, evitando-se assim os efeitos perniciosos facilmente detetáveis. Não se trata de assumir uma postura conservadora ou de cunho tradicionalista, mas tão só de defender os direitos dos que se sentem violentados pela entrada escancarada nas suas casas de cenas e conceitos que não se ajustam à realidade portuguesa. A Radiotelevisão Portuguesa, enquanto serviço público de comunicação social, não pode ter tais procedimentos manifestamente inconvenientes para grupos significativos da população e com caráter marcadamente deformador das consciências dos jovens e das crianças portuguesas. Face ao exposto, os deputados do PRD manifestam a sua preocupação pelo sucedido e apresentam o seu protesto junto do ministro da tutela e do conselho de gerência da RTP”.
Emanuelle nera” (1976), real. Albert Thomas, c/ Laura Gemser, Karin Schubert, Angelo Infanti, Isabelle Marchall… (estreado nos cinemas Condes e Roxy quinta-feira, 3 de junho de 1976). Emanuelle, num avião, folheia displicentemente uma revista de gajas nuas, o casal ao seu lado direito esfrega-se sexualmente, excitada, apazigua-se com um flashback seu, deitada nua sobre uma cama, masturbando-se. Cumprido o título do filme. O maço de Marlboro vazio, Emanuelle levanta-se à procura de tabaco. “Desculpe, tem tabaco?”, hospedeira: “Lamento, mas acabaram. Vendemos tudo”, jovem missionário: “Tire, por favor, eu comprei o último maço”. Emanuelle: “Desculpe, não sei que língua fala”, jovem missionário: “Não é a minha língua. É suaíli. Fique com estes. Sente-se, por favor”, Emanuelle: “Obrigada, sou americana”, jovem missionário: “Não se ofenda, mas tomei-a por africana. É a primeira vez que vai a África?”, Emanuelle: “Sim e você?”, jovem missionário: “Na verdade, vivo em África há cinco anos. Para onde vai?”, Emanuelle: “Para Nairobi”. Em terra, esperava-a Ann Danieli (Karin Schubert). Emanuelle: “Sou a Mae Jordan, mas assino como Emanuelle, à francesa, é o meu nome de batalha”, Ann: “Que surpresa! Emanuelle, a famosa fotógrafa da revista Aston”. Na estrada para a propriedade, Ann: “Aqui começa a propriedade do meu marido. Milhares de acres de café, milho, amendoim, algodão, e é a partir daqui que nos começamos a tratar por tu”. Na bomba de gasolina Kenol Ruaraka, enquanto atesta o carro do marido, o Range Rover KPM 852, Ann decide “dar algo a provar” ao empregado Joseph, “que a comia com os olhos”, na casa de banho, fingindo querer lavar as mãos. Joseph: “Aqui tem o lavatório e uma toalha limpa”. Aqui o filme diverge na versão softcore de uma outra reforçada com cenas hardcore, filmadas com body double, para os mercados do norte da Europa. Na primeira, Ann põe-se de cócoras, tateia a braguilha, despe-se, e sem se descalçar, monta o empregado preto que está completamente vestido num asseado macacão azul. Na segunda, umas mãos abrem a braguilha e retiram um possante tição, que se vê depois, num grande plano, filmado por trás, bombear num escafiado bidão branco. De regresso ao carro, onde esperava Emanuelle, diz Ann: “Desculpa se te fiz esperar, mas fiz uma boa ação, o pobrezinho já não podia mais”. No domingo, 13 de julho de 2014 a CMTV, pelas 00:45, transmitia a versão setentrional, talvez esfuziada pelos bons sinais da economia que nos aproxima mais de rico do que de pobre. Uma aurora boreal que durou mais dois inserts. No chuveiro com Gianni, marido de Ann. Emanuelle: “Desculpa pelo que aconteceu nas ruínas. Ele saltou-me para cima (Richard Clifton, sócio e grande amigo de Gianni). Que devia fazer? Um escândalo?”, Gianni: “Basta, Emanuelle. Estes jogos não me agradam, está bem? Vai-te embora. Vai”. Na versão soft, os beijos de Emanuelle não descem abaixo da zona peitoral de Gianni, na hard uma cabeça mergulha a sul para chupar uma baioneta em estado de prontidão. Na casa do pintor William Meredith, “o Salvador Dalí de África”, para a primeira sofreguidão dos corpos, Emanuelle, contemplando uma pintura, de traço africano, de um nu de mulher, diz para Gianni: “Queres fazer a comparação entre a realidade e a obra e arte?”. Na versão soft, fazem lindo amor de gestos suaves e languidos suspiros, na hard, nos preliminares, uma mão massaja e uma cabeça chucha a masculinidade que depois vemos penetrar a Maxillaria schunkeana. Emanuelle fotografa a savana, os animais exóticos, como era habitual nos filmes cuja ação decorria na África profunda. Intervalo. Quando a sessão de cinema recomeça, “Emanuelle nera” esfumara-se, a programação da estação de TV salta para o filme seguinte, “Emmanuelle IV”. O grande público já não assiste ao seguimento da amizade de Emanuelle e Ann que na savana se entusiasmaram pela fotografia. Emanuelle: “Agora, quero fotografar-te nua”, Ann: “Estás louca?”. Ann: “Agora, vou fotografar-te a ti”, Emanuelle: “Não!”. De volta a casa, a língua de Ann Danieli (ou a body double de Karin Schubert) busca a entrada no topiário de Emanuelle (a body double de Laura Gemser) e esta retribui, meiguices, que o grande público já não assistiu. Gianni: “É um pouco estranho, marido e mulher terem ciúmes da mesma pessoa”, Ann: “Podemos dividi-la, como bons amigos”, Gianni: “Ou podemos fazer amor, pensando nela”. Quando o filme foi retransmitido no dia 14, das cenas hardcore nem rasto, o grande público assistiu a aveludado erotismo, retomando Portugal a sua condição de país pobre depois de um sonho nórdico de verão 2014. Nem um padre vomitou, nem alguém aprendeu, nem uma família se desagregou, nem uma consciência jovem se deformou, nem um valor cultural e moral se ofendeu, nem a realidade portuguesa se desajustou.

na sala de cinema

Pretty in Pink” (1986), real. Howard Deutch, escrito por John Hughes, o elenco outrora e agora [1]. Estreou sexta-feira, 1 de agosto de 1986 nos cinemas Alfa 2, Amoreiras 3 e São Jorge 1. “Aluna finalista do liceu, Andie Walsh (Molly Ringwald) é uma rapariga da classe operária que tem um fraquinho por um dos betinhos ricos da sua escola, Blane McDonough (Andrew McCarthy). Quando Andie e Blane tentam ficar juntos, encontram resistência por parte dos seus respetivos círculos sociais. Andie vive no ‘lado errado da linha do comboio’ com o seu pai desempregado, Jack (Harry Dean Stanton). O melhor amigo de Andie, Phil ‘Duckie’ Dale (Jon Cryer), está apaixonado por ela, mas leva-o na galhofa na sua presença. Na escola, ele e Andie são assediados pelos amigos de Blane, os arrogantes, geralmente chamados meninos ‘riquinhos’, Benny (Kate Vernon) e Steff (James Spader). Andie trabalha na TRAX, uma loja de discos new wave, gerida pela sua velha amiga e mentora Iona (Annie Potts). Iona aconselha Andie a ir ao baile de formatura apesar de não ter par. Blane arrasta-lhe a asa, conversando com ela na biblioteca através do computador e Andie fica derretida. Blane aventura-se na zona da escola onde param os punks, metaleiros e new wavers e pede a Andie para sair[2]. (Locais de rodagem). No argumento original, o filme termina com Andie e Duckie, juntos, na pista de dança. “Segundo entrevistas no DVD, a projeção-teste da primeira versão do filme teve como público-alvo grupos de miúdas adolescentes, que odiaram o final com o Duckie. Elas queriam que a heroína ficasse com o parvo bonitão. Então, as cenas finais foram reescritas e filmadas de novo (desta vez com Andrew McCarthy a usar uma horrenda peruca, porque já tinha começado outro filme para o qual teve de cortar o cabelo). Na nova versão, Blane encontra-a no baile e deixa escapar um desajeitado ‘Amo-te’ e com o incentivo de Duckie, Andie perdoa-o”.
Banda sonora cumpre as regras da cidadania musical. “If You Leave”, p/ Orchestral Maneuvers in the Dark ♪ “Left of Center”, p/ Suzanne Vega e Joe Jackson no piano ♪ “Get to Know Ya”, p/ Jesse Johnson ♪ “Do Wot You Do”, p/ INXS ♪ “Pretty in Pink”, p/ Psychedelic Furs ♪ “Shellshock”, p/ New Order ♪ “Round, Round”, p/ Belouis Some ♪ “Wouldn't It Be Good”, p/ Danny Hutton Hitters ♪ “Bring On the Dancing Horses”, p/ Echo & the Bunnymen ♪ “Please, Please, Please, Let Me Get What I Want”, p/ The Smiths ♪ “Try a Little Tenderness”, p/ Otis Redding [3].
Absolute Beginners” (1986), real. Julien Temple, c/ Patsy Kensit (Crepe Suzette), Eddie O'Connell (Colin - o narrador não tinha nome no livro original, portanto, no filme, foi-lhe dado o primeiro nome do autor, Colin MacInnes), David Bowie (Vendice Partners), James Fox (Henley of Mayfair), Bruce Payne (Flikker), Graham Fletcher-Cook (Wizard), Sade Adu (Athene Duncannon), Ray Davies (pai), Mandy Rice-Davies (mãe)… Estreou quinta-feira, 26 de junho de 1986 nos cinemas Las Vegas 2 e Londres. “O filme passa-se em 1958, uma época em que a cultura pop está a transformar-se do jazz e rock primitivo dos anos 50, numa nova geração à borda da década de 60. Londres é pós-segunda guerra mundial, mas pré-Beatles / Stones. O enredo integra elementos dos motins raciais de Notting Hill em 1958. O jovem fotógrafo Colin apaixona-se pela aspirante a designer de moda Crepe Suzette, mas ela só está interessada na sua carreira. Colin tenta ganhar o seu afeto tentando ele próprio a sorte no sucesso, enquanto isso, as tensões raciais aquecem no bairro londrino de Colin”. “Depois de submeter o filme para uma classificação de 15 anos, o produtor Stephen Woolley foi contactado pelo British Board of Film Classification (BBFC) e informado que Patsy Kensit tinha revelado um mamilo numa das cenas do filme. Apesar da garantia de Woolley que esse não era o caso, pois Kensit tinha sido insistente durante as filmagens para não mostrar o seu corpo, o censor James Ferman meticulosamente vasculhou o filme, usando uma máquina de paragem de imagem da BBFC, até que, finalmente, ficou convencido que a informação original estava incorreta. Só então ele concedeu ao filme um certificado sem cortes”.
Banda sonora cumpre as regras da cidadania musical. “Absolute Beginners”, p/ David Bowie ♪ “Killer Blow”, p/ Sade ♪ “Have You Ever Had It Blue?”, p/ The Style Council ♪ “Quiet Life”, p/ Ray Davies ♪ “Va Va Voom”, p/ Gil Evans ♪ “That's Motivation”, p/ David Bowie ♪ “Having It All”, p/ Eighth Wonder…
The Goonies” (1985), real. Richard Donner, estreia sexta-feira, 29 de novembro de 1985 nos cinemas Ávila, Castil, Terminal e Vox. “Os goonies, um grupo de quatro amigos, que inclui Mikey (Sean Austin), o líder de boa índole mas asmático, Mouth (Corey Feldman), o tagarela sarcástico, Data (Jonathan Ke Quan), o engenhocas esperto e Chunk (Jeff Cohen), o desajeitado sonhador badocha e peteiro. Vivendo no bairro de Goon Docks de Astoria, Oregon, eles enfrentam a execução hipotecária das casas das suas famílias devido à expansão do Astoria Country Club. No último fim de semana juntos, o seu moral afunda-se particularmente baixo, porque Brand (Josh Brolin), o irmão mais velho de Mikey, chumba no exame de condução, frustrando os seus planos de ‘passear pela costa em estilo’. Enquanto remexiam no sótão dos Walsh, encontram um velho recorte de jornal, um mapa espanhol e um artefacto, relacionados com um rumor de um tesouro pirata perdido algures na área. Ouvindo o apelo da aventura, Mikey tenta persuadir os amigos a juntarem-se-lhe na procura do tesouro escondido por um pirata chamado One-Eyed Willie. Inicialmente relutante, o grupo decide finalmente escapulir-se da autoridade de Brand e fugir para um última aventura goonie[4].
Banda sonora cumpre as regras da cidadania musical. “The Goonies 'R' Good Enough”, p/ Cyndi Lauper ♪ “Eight Arms to Hold You”, p/ Goon Squad ♪ “Love Is Alive”, p/ Philip Bailey ♪ “I Got Nothing”, p/ The Bangles ♪ “14K”, p/ Teena Marie ♪ “Wherever You're Goin' (It's Alright)”, p/ REO Speedwagon…
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[1] As paixões adolescentes dos anos 80: onde estão elas agora.
[2] É cor-de-rosa Mikie Hara (原幹恵), 1,63 m, 46 kg, 94-61-87, sapatos 38, olhos castanhos-escuros, cabelos castanhos, nascida a 3 de julho de 1987, em Niigata-shi, Niigata, Japão. É uma gravure idol (グラビアアイドル, gurabia aidoru), isto é, um manequim feminino japonês cujas “fotos são dirigidas ao público maioritariamente masculino com poses ou atividades, muitas vezes, pretendendo ser provocadoras ou sugestivas, em geral, realçadas por um ar de gaiatice e inocência, em vez de sexualidade ofensiva. Embora as modelos gravure possam, algumas vezes, usar roupas que expõem a maior parte do seu corpo, os mamilos e os genitais são geralmente tapados e raramente aparecem completamente nuas. É comum as gravure idol terem seios muito grandes, e nos seus vídeos são mostradas a realizar atividades especialmente destinadas a fazê-los ressaltar ou abanar como jogging ou a fazer polichinelos”. (O termo gravure idol deriva de rotogravura, técnica de reprodução de imagens nas revistas sobre papel de lustro). Portefólio de Mikie que também é atriz, estreando-se no superfilme “Cutie Honey: The Live” (2007).
[3] Top bandas sonoras de filmes dos anos 80.
[4] A última espada em aventura samurai. “Boachi Bushido: Code of the ForgottenEight” (1974) “Tetsuro Tanba interpreta um ronin niilista que enfrenta o ‘Clã dos oito esquecidos’, que obtiveram o nome, porque perderam todos os seus sentimentos básicos como a consciência, gratidão, lealdade, vergonha, etc. Com a sua espada Onibouchou (literalmente: a faca de cozinha do ogre), o personagem de Tanba força-se nas suas fileiras de uma maneira que há membros e cabeças decepadas a voar por todos os lados e o sangue flui em rios. No seu passo, ele só para para tomar cada mulher que encontra, à força, se necessário”.   

no aparelho de televisão

Max Headroom: 20 Minutes into the Future / Max, o computador” (1985), episódio piloto transmitido na RTP 1 na sexta-feira, 18 de dezembro de 1987, em duas partes. A primeira, cerca das 17:00 horas. Às 17:35 há uma interrupção para o programa “Sumário”, e às 17:40 retoma a segunda parte. Na segunda-feira, 21, cerca das 17:00, estreia a transmissão do “Max Headroom Show”, um programa de 30 min. de videoclips e entrevistas – como a dos Arcadia (Simon Le Bon e Nick Rhodes). Na terça-feira há tarde de Alta Cultura com o “Natal dos hospitais”. Na quarta, 23, regressa a exibição do Max até quinta-feira, 31 de dezembro. “Max Headroom é uma inteligência artificial (IA) ficcional britânica, conhecido pela sua sagacidade e gaguejar com a voz distorcida eletronicamente. O personagem foi criado por George Stone, Annabel Jankel e Rocky Morton, em meados de 80, e interpretado por Matt Frewer, como ‘o primeiro apresentador de TV do mundo gerado por computador’, embora a aparência gerada por computador fosse conseguida com próteses, maquilhagem e fundos desenhados à mão, porque a tecnologia computacional da época não era suficientemente avançada para alcançar o efeito desejado. Preparar o visual para as filmagens envolvia uma sessão de quatro horas e meia de maquilhagem, que Matt Frewer descreveu como ‘cansativa’ e ‘não divertida’, comparando-a a ‘estar no interior de uma bola de ténis gigante’. (…). Max Headroom apareceu pela primeira vez no telefilme cyberpunk ‘Max Headroom: 20 Minutes into the Future’, que foi transmitido em 1985. Depois do sucesso da película, o personagem-título foi separado como um veejay de um programa de telediscos britânico, o Max Headroom Show’”. Em 1986, Max faz uma participação especial no vídeo “Paranoimia” dos Art Of Noise. Em 1987, o argumento de “Max Headroom: 20 Minutes into the Future” constituiu a base da série de TV “Max Headroom” (1987/88). “A série decorre numa distopia futurista governada por uma oligarquia de estações de televisão. Mesmo as funções do governo, essencialmente como um Estado fantoche dos executivos dos canais, servem sobretudo para aprovar leis, tais como banir botões de desligar nos aparelhos de TV, que protegem e consolidam o poder das estações. A tecnologia da televisão evoluiu ao ponto em que os movimentos físicos e pensamentos dos espetadores podem ser monitorizados através dos aparelhos de TV, entretanto, quase toda a tecnologia não-televisão deixou de se produzir ou foi destruída. “Rockpalast” (1974-presente), “é um programa de televisão alemão de música ao vivo transmitido na estação Westdeutscher Rundfunk (WDR). Rockpalast começou em 1974 e continua até hoje. Centenas de bandas de rock e jazz tocaram no Rockpalast”. Durante o mês de setembro de 1984, aos sábados, cerca das 18:00 horas, a RTP 1 transmitiu quatro atuações – dia 8, The Greg Kihn Band ♪ dia 15, Paul Brady ♪ dia 22, a 1.ª parte de Little Steven and the Disciples of Soul ♪ e dia 29, a 2.ª parte. “Clube de Rock”, sextas-feiras pelas 22:45 na RTP 2, no dia 20 de abril de 1984 começou a transmissão do Thommy’s Pop Show Extra [1]. “Realizado em Dortmund, Alemanha, em 17/12/1983 e com apresentação de Thomas Gottschalk, este Thommy’s Pop Show Extra constitui um desfile de alguns dos maiores nomes do rock mundial ao mesmo tempo que nos traz grupos notáveis da moderna música alemã”. Sexta, 27, o rock intervala com o jazz nesse horário da RTP 2 e é transmitido o “Jazz em Antibes”. Na sexta-feira, 4 de maio, 2.ª parte do Thommy’s Pop-Show: “Nena é uma conhecidíssima rocker alemã, que já nos apareceu, mais de uma vez, nas noites de Rock e Clássico. Os restantes nomes são sobejamente conhecidos. O programa termina com uma interpretação, a solo, de Bonnie Tyler”. Sexta-feira, 11, “Jazz em Antibes” c/ Stan Getz. Sexta-feira, 18, “terceiro e último programa da grande maratona do rock que se realizou em Dortmund, na RFA. Intérpretes desta noite são Kim Wilde, Kajagoogoo, Spandau Ballet e outros”. Neste extra do Thommy’s Pop-Show, transmitido pela Eurovisão para a Bulgária, Bélgica, Finlândia, Suíça, Portugal, Suécia, Áustria, Itália, Jugoslávia, Turquia, Dinamarca e a União Soviética de Andropov, (entretanto falecido, em 9 de fevereiro de 1984, quando o programa foi exibido), tocaram, por exemplo, os Righeira: “Vamos a la playa” ♪ Gazebo: “I Like Chopin” ♪ F.R. David “Words” ♪ Laid Back: “Sunshine Reggae” ♪ DÖF: “Taxi” ou Musical Youth: “Pass the Dutchie”. O “Clube de Rock” e o “Clube de Jazz” alternarão até 2 de novembro, dia em que o alterne será feito entre o jazz e o programa “Rock Português” – inaugurado com Jafumega e Táxi – até sexta, 4 de janeiro de 1985. “Music Box”, canal 24 horas de música por cabo e satélite, que viveu entre 29 de março 1984 / 30 de janeiro 1987, em Portugal sobreviveu entre 1987-1990. “Originalmente, estava sedeado no coração de Londres, num edifício onde também coabitavam a Virgin Vision e o Super Channel, e que mais tarde foi o lar dos escritórios londrinos da CNN International e do Cartoon Network e atualmente do Warehouse (retalhista de roupa). A morada durante os anos do satélite era 19-21 Rathbone Place (London) e o endereço público era P.O. Box 4DX, London W1A 4DX, Inglaterra. Em 30 de janeiro de 1987, o Super Channel foi lançado na mesma frequência anteriormente usada pelo Music Box, no satélite pan-europeu Eutelsat 1-F1, localizado a 13º leste, substituído em 1987 pelo Eutelsat 1-F4. Por esta razão o Music Box deixou de ser um canal transmitindo 24 horas, e a Virgin criou a Music Box como uma produtora independente de programas de música, continuando a transmitir os seus programas até ao final de setembro de 1987, durante 10 horas diárias, no Super Channel. De outubro de 1987 até janeiro de 1990, foi reduzido das 10 horas para apenas um par de horas por dia de programas musicais produzidos para o Super Channel, com um intervalo de dois meses, no final de 1988, devido a problemas relacionados com o Super Channel, que ia ser vendido. O Music Box terminou a sua experiência de satélite em janeiro de 1990 com a última exibição do Power Hour[2].
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[1] O “Clube de Rock”, intervalando semana sim semana não com o “Clube de Jazz”, na sexta-feira, 9 de março de 1984 iniciou a transmissão de um Rock & Classic gravado em 1980. “Realizados e gravados no Circus Krone de Munique, os programas da série Rock & Classic voltam à televisão portuguesa. Festival non-stop entre a boa música clássica e o bom rock”. O último programa foi transmitido sexta, 6 de abril, entre outros, com Jon Anderson. “No dia 12 de novembro de 1980, o compositor e maestro Eberhard Schoener apresentou o seu concerto Rock & Classic no edifício do Circus Krone. Estações de TV de 16 países estavam ligadas quando Schoener abriu um concerto de seis horas apresentado em dois palcos. No superior, os músicos de rock e o seu equipamento, no inferior a Chamber Opera Orchestra de Munique. (…). Em 1982 o segundo Rock and Classic foi produzido em Munique. Desta vez, os convidados de Schoener eram principalmente bandas de teclados, entre elas OMD, Sparks e Tangerine Dream. Schoener teve de investir o seu próprio dinheiro neste evento para cobrir os custos de um concerto desta dimensão. (…). Em 1983, o concerto já era um acontecimento estabelecido e desta vez tinha Gary Brooker como convidado outra vez [vídeo do programa “Wetten Dass...?”, apresentado por Thomas Gottschalk]. Pantomima, dança e máscaras foram usadas para dar uma dimensão adicional à música tocada. A maioria das bandas que tocaram em 1983 vieram da então popular cena new wave. Klaus Nomi, Zarathustra, Sternenreiter, Ultravox, Hazel O’Connor e a banda alemã nonsense Trio enfrentaram músicos rock mais tradicionais como Mike Oldfield e Gary Brooker”.
[2] A falência é fenómeno exclusivo de países sem ministério da Economia. Ex-ministro da Economia, o grande da nação, Álvaro Santos Pereira: “Eu penso que o ministério da Economia deve ser muito diferente do ministério da Economia que o precedeu. Não mais este ministério da Economia deve ser o ministério dos lóbis. Não é! Não mais este ministério da Economia deve ser o ministério das rendas. Não é! Fomos nós que cortámos as rendas. Nós fechámos as portas aos lóbis e não mais este ministério da Economia deve ser o ministério dos subsidiozinhos de apoio às empresas. Este ministério da Economia não o é. Este ministério da Economia o que está a fazer é a libertar a economia e a criar as condições para que as nossas empresas, os nossos empreendedores, os nossos inovadores, possam recuperar” (eloquência-mor na Assembleia da República, maio 2013). Um singelo ministério da Economia liberta a economia do pleno no emprego: Keisha Grey, 1,57 m, 52 g, 81-63-86, sapatos 37 ½, olhos e cabelos castanhos, nascida a 9 de junho de 1994, em Tampa, Florida. Atriz porno. PornHub. Um singelo ministério da Economia cria condições para inovação: Tawny Henderson, Irene Quinn ou Olive Southard.

na aparelhagem stereo

Nas sociedades de vagos valores, de princípios tão gerais que afugentam qualquer objetividade, tão qualitativos que enojam qualquer mente quantificadora, de definição tão lata que prefiguram-se absurdos literários, como a igualdade [1], a proporcionalidade, a justiça, a imparcialidade, a boa-fé ou a confiança [2], de direitos adquiridos, esse chiste com o qual os velhos desengolfam as velas dos jovens, um axioma, indiferente a evoluções sociais, betona-se, verdadeiro: o sagrado direito da mulher à infidelidade. Para casar, qualquer labroscas basta, para reproduzir-se, alto e para a ejaculação. A transmissão dos melhores genes, aqueles que darão vantagem aos filhos na luta pela sobrevivência, é a função primordial da mulher que, na sua inteligência natural, separa o seu equilíbrio emocional e sustento económico, o marido / o de facto companheiro, do pai dos filhos, na lei biológica do progresso científico: casar-se com um, reproduzir-se com outro [3].
“A música ‘complexa’ ou erudita excita mais as mulheres do que a música simples, garante um estudo realizado a 1500 mulheres pela Universidade de Sussex, no sudoeste da Inglaterra. A estas mulheres, com idade média de 27,9 anos – que não estavam grávidas, nem a amamentar, nem a tomar contracetivos hormonais – pediu-se-lhe que elegessem, entre quatro músicas para piano, a mais complexa. Depois, perguntou-se-lhes se preferiam ter o compositor daquela peça como parceiro sexual ou como companheiro numa relação a longo prazo. A experiência comprovou que, no auge do período fértil, quando o risco de conceção está no ponto mais alto, as mulheres escolhiam como parceiro sexual o autor da música complexa”, publicado na revista The Proceedings of the Royal Society B. Benjamin Charlton, o cientista: “A capacidade para criar música complexa pode ser indicativa de capacidades cognitivas mais desenvolvidas. Deste modo, as mulheres procuram garantir benefícios genéticos para a descendência, elegendo como companheiros sexuais homens capazes de criar música mais complexa” [4], na Revista do Expresso n.º 2168.
Agência matrimonial na TV dos anos 80:
Big Love” (1987), p/ Fleetwood Mac. “Peter Green, o excelente guitarrista, outrora a principal candeia dos Fleetwood Mac e agora a trabalhar como porteiro de hospital a 50 dólares por semana, ordenou ao seu contabilista que desse as suas economias à caridade. Foi-se o Jaguar E-Type e em seu lugar fica um velho chaço e, mesmo esse, diz Peter, é para marchar. ‘Eu não sei o que vou fazer no futuro. As minhas ideias mudam de dia para dia. Quero livrar-me do meu dinheiro. O dinheiro é uma chatice, ser feliz é que importa’, disse Peter a um repórter do London Evening News, que o localizou. Peter, que frisou que quer ser deixado em paz, confirmou que já não está a tocar música. ‘Há dias’, disse Peter, ‘em que este trabalho me faz muito feliz’”, em Rolling Stone, 8 de junho 1972 If You Don't Know Me By Now” (1989), p/ Simply Red. “A origem dos Simply Red data do concerto, em 1976, dos Sex Pistols no Lesser Free Trade Hall, em Manchester, Inglaterra. O estudante de arte de Manchester, Mick Hucknall, era um dos muitos jovens fãs melómanos presentes juntamente com Mark E. Smith dos The Fall, assim como membros originais das bandas Joy Division, The Smiths e Buzzcocks. A primeira incarnação da banda foi um grupo punk chamado The Frantic Elevators, cujos sete anos de existência produziram edições limitadas em etiquetas locais e terminou em 1984, após a aclamação pela crítica do seu último single, ‘Holding Back the Years’” Against All Odds” (1984), p/ Phil Collins. “Foi calculado, na lista dos mais ricos do Sunday Times de 2011, ter uma fortuna de 115 milhões de libras, tornando-o uma das vinte pessoas mais ricas da indústria britânica da música. Em 2012, Collins foi estimado ser o segundo baterista mais rico do mundo, derrotado no primeiro lugar por Ringo StarrSaving All My Love For You” (1985) ♪ “How Will I Know” (1985), p/ Whitney Houston. “Mas Whitney não cresceu no gueto. Após a semana de motins raciais de Newark em 1967, a família mudou-se para East Orange, New Jersey. Quando ela tinha 13 anos passou todos os sábados, durante meses, no cinema local, desde a matiné até à última sessão, vidrada num filme chamado ‘Sparkle’ (1976), acerca de três jovens cantoras que caem vítimas de vigaristas, viciados e ladrões. ‘Para uma miúda na década de 70, ali estava a cena do black exploitation’, disse mais tarde. ‘Este era um reforço positivo para uma jovem afro-americana. Para quem queria perseguir o seu sonho e apresentar os seus dons. Ele simplesmente tocou-me’” Smooth Operator” (1984), p/ Sade. “Nasceu em Ibadan, estado de Oyo, Nigéria. O seu nome do meio, Folasade, significa ‘honra confere a sua coroa’. Os seus pais, Adebisi Adu, um professor de economia nigeriano da etnia ioruba, e Anne Hayes, uma enfermeira inglesa, conheceram-se em Londres, casaram-se em 1955 e mudaram-se para a Nigéria. Mais tarde, quando o casamento enfrentou dificuldades, Anne Hayes regressou à Inglaterra, para viver com os seus pais, levando Sade de 4 anos e o seu irmão mais velho, BanjiToy Soldiers” (1988), p/ Martika. “Marta Marrero nasceu a 18 de maio de 1969 em Whittier, Califórnia, e é de ascendência cubana. Entrou no mundo do espetáculo mainstream num papel, não creditado, como uma das órfãs no filme ‘Annie’ de 1982. Isto levou a que fosse contratada, como Gloria, no longevo programa infantil ‘Kids Incorporated’, como uma, de um grupo de crianças do bairro, que alcança a fama local cantando produções encenadas na esquina da pastelaria”.
What's the Color of Money”, (1986), p/ Hollywood Beyond, grupo de Birmingham, conceção do cantor, pianista, guitarrista e compositor Mark Rogers Sideshow” (1987) ♪ “Waterfall” (1987), p/ Wendy & Lisa. “Duo composto por Wendy Melvoin e Lisa Coleman. Começaram a trabalhar com o Prince no início de 80 e faziam parte da sua banda, The Revolution, antes de florirem por conta própria lançando o seu álbum de estreia em 1987”. Porque decidiram continuar a trabalhar juntas depois de saírem da The Revolution? Wendy: “Nós estávamos casadas e eu era a maior fã dela. Tudo o que ela tocava emocionava-me, ainda emociona, e eu quero possuir isso e desejá-lo e torná-lo meu”. Lisa: “Ya, estamos acorrentadas. Estamos algemadas. Não, eu amo a Wendy. Conhecemo-nos praticamente a vida inteira. Quando ela foi finalmente contratada para a banda do Prince, foi como um sonho para mim. Tinha-me apaixonado pela Wendy, a minha amiga de infância, e de repente, estávamos a olhar uma para a outra de forma diferente, mas eu tinha de partir para a estrada o tempo todo. Era simplesmente tortura. Finalmente, o Prince conheceu a Wendy e havia alguns problemas com a outra guitarrista [Dez Dickerson], e a providência agiu de tal forma que a Wendy acabou na estrada connoscoSerious” (1986) ♪ “Joy & Pain”, p/ Donna Allen. “É uma cantora de dance-pop americana, nascida em Key West, Flórida, e criada em Tampa. Algures foi cheerleader dos Tampa Bay Buccaneers. Começou a sua carreira atuando nas bandas Hi-Octane e TramaJoe le taxi” (1987), p/ Vanessa Paradis. “Nascida Vanessa Chantal Paradis em Saint-Maur-des-Fossés, França, em 22 de dezembro de 1972, filha dos designers de interiores André e Corrine. Paradis gostava de cantar desde tenra idade. A sua carreira começou a desenvolver-se quando tinha 8 anos, depois e o seu tio, o produtor de discos Didier Pain, mexer os cordelinhos para meter a sobrinha no popular programa de TV, ‘L’École des fans’. Um programa de talentos que dava às crianças a oportunidade de cantarem as suas próprias versões de canções populares. Paradis cantou uma canção do musical ‘Émile jolie’ de Philippe Chatel. Aos 13 anos, Vanessa gravou o seu primeiro single, ´La magie des surprise parties’. Mas a sua carreira não descolou até aos 16 anos, quando lançou o single ‘Joe le taxi’. (…). Ela estreou-se no filme ‘Noce blanche’ em 1989 aos 17 anos. No filme, Paradis interpreta uma adolescente viciada em drogas que tem um caso amoroso com o seu professor, mais velho do que ela. O seu desempenho valeu-lhe um César”. (Versão brasileira de “Joe le taxi”, Angélica, “Vou de táxi”) Yeah Yeah” (1991) ♪ concerto em Sopot, Polónia (1988), p/ Sabrina. “Depois de vencer um concurso de beleza na sua região natal, Ligúria, Sabrina começou como modelo e em 1984 estreou-se na televisão no programa do horário nobre ‘Premiatissima’, no Canale 5. No ano seguinte, o seu primeiro single, ‘Sexy Girl’, cantado em inglês, é editado” Let Me Be Free” (1997), p/ Samantha Fox + “Call Me” (2010), p/ Sabrina & Samantha Fox. “Filha mais velha de Carole Ann Wilken e do falecido John Patrick Fox, Samantha Karen Fox vem de uma família de vendedores do Chapel Market, Islington, Londres. Fox frequentou a St. Thomas More Catholic School, em Wood Green, e interessou-se pelo teatro desde muito cedo. Apareceu pela primeira vez no palco aos 3 anos. Aos 5 anos frequentava a Anna Sher Theatre School. Fez a sua primeira aparição na TV quando tinha 10 anos numa peça da BBC chamada ‘No Way Out’, e aos 11 foi aceite pela Judy Dench Mountainview School. Todavia, a música foi o primeiro amor de Sam e aos 14 formou a sua primeira banda, os S.F.X. Quando tinha 15 anos conseguiu o seu primeiro contrato de gravação com a Lamborghini Records [5]. Quando Fox tinha 16 anos, a mãe enviou várias fotos, que tirara à filha em lingerie, para o concurso de modelos amadores, Girl of the Year, do jornal The Sunday People. Ela ficou em segundo lugar entre 20 000 participantes e as fotos atraíram a atenção do jornal The Sun, que a convidou para posar para a Página 3. (…). Os boatos sobre a orientação sexual de Fox emergiram em 1999, quando ela foi juiz num concurso lésbico de beleza, e circularam rumores que a mulher com quem ela residia – a australiana Cris Bonacci ex-guitarrista das Girlschool – era a sua amante. Embora as duas mulheres morassem juntos nenhuma declarou publicamente que eram amantes. Contudo, a relação foi confirmada por Bonacci numa entrevista”.
Tainted Love” (1981), p/ Soft Cell. “Foi um de uma nova vaga de grupos ingleses como os Culture Club, Depeche Mode e Human League, que carpintejaram os seus êxitos pop com sintetizadores e tornaram moda as roupas sexualmente ambíguas e o estilo de vida decadente. (…). Marc Almond e Dave Ball conheceram-se na escola de arte de Leeds, Inglaterra, e formaram os Soft Cell em 1980. Com Almond na voz e Ball lidando com os teclados e programação o duo autofinanciou – com um empréstimo de 2000 libras da mãe de Ball – a publicação, no final do ano, do seu primeiro EP chamado ‘Mutant Moments’. O lançamento chamou a atenção da etiqueta Some Bizzare, que editou o sucesso undergroundMemorabilia’ em 1981Naked” (1988), p/ Falco. “Foi um músico pop e rapper austríaco. Teve vários sucessos internacionais: ‘Rock Me Amadeus’ (1985), ‘Der Kommissar’ (1981), ‘Vienna Calling’ (1985), ‘Jeanny’ (1985), ‘The Sound of Musik’ (1986), ‘Coming Home (Jeanny Part 2)’ (1986) e, postumamente, ‘Out of the Dark’ (1998). Falco começou a mostrar sinais de talento invulgar muito cedo. Quando criança, era capaz de manter o tempo da batida das músicas que ouvia na rádio. Foi-lhe dado um piano de meia cauda pelo seu quarto aniversário, um ano depois o seu presente foi um gira-discos, que ele usava para tocar discos do Elvis Presley, Cliff Richards e os Beatles. Aos 5 anos, fez audições para a Academia de Música de Viena, onde foi confirmado que ele tinha o ouvido absolutoSometimes” (1987) ♪ “Love To Hate You” (1991), p/ Erasure. “É um duo britânico de synthpop, composto pelo cantor e compositor Andy Bell e o compositor e teclista Vince Clark. Formou-se em Londres e entrou na cena musical em 1985 com o single de estreia ‘Who Needs Love Like That’. (…). Vince Clark foi um dos fundadores dos Depeche Mode e único autor dos seus três primeiros singles (incluindo o breakthroughJust Can’t Get Enough’). Após deixar a banda no final de 1981, Clark construiu uma carreira igualmente notável com o duo Yazoo. Depois de dois álbuns de sucesso em dois anos (1982-83), separou-se da companheira dos Yazoo, Alison Moyet, e formou, por um breve período, The Assembly, com o produtor Eric Radcliffe. O projeto gerou um single número quatro no top inglês, ‘Never Never’, com Feargal Sharkley na voz. Clarke, em seguida, lançou outro single com o vocalista Paul Quinn, ‘One Day’. Fracassou, levando Clarke a colocar um anúncio no Melody Maker procurando um vocalista para um novo projeto musical. Ele selecionou Andy Bell, natural de PeterboroughAll I Need Is A Miracle” (1985) ♪ “Over My Shoulder” (1994), p/ Mike + The Mechanics. “Durante as pausas dos Genesis, Mike Rutherford tinha vindo a encalçar uma carreira a solo lançando ‘Smallcreep’s Day’ em 1980 e ‘Acting Very Strange’ em 1982. Todavia, ele achava o processo de gravar um álbum a solo excessivamente difícil e os resultados artisticamente insatisfatórios. Lembrou ele: ‘Tive uma revelação, também, nessa época… que não sou um artista completo sozinho… sou mais criativo e inspirado quando há outras pessoas à minha volta e eu estou a partilhar ideias’. No entanto, ele ainda sentia que trabalhar apenas com os Genesis iria deixá-lo não realizado e, para satisfazer, tanto o seu desejo de criar música fora do formato dos Genesis, como o seu desejo de colaborar com outros músicos, ele começou a formar a sua própria bandaTake My Breath Away” (1986), p/ Berlin. “Apesar do nome, os Berlin não tem nenhuma ligação especial com a capital germânica mas, em vez disso, foram formados em Orange County, Califórnia, em 1978. Eles eram inspirados por aquilo que estavam convencidos ser um trabalho de teclas sem-par dos Kraftwerk, Devo, Sparks e The Screamers. O seu primeiro single, ‘A Matter of Time’, foi lançado no início de 1979 na Zone-H Records. O single foi reeditado em 1980 com a vocalista substituta, Virginia Macolino, depois de Terri Nunn ter temporariamente deixado a banda para prosseguir uma carreira de atriz. (Antes, Nunn fizera audições para o papel de Leia Organa para o filme ‘Guerra das estrelas’. Em 1978, interpreta Jeannie no filme ‘Thank God It’s Friday’). (…). A banda estava a ter dificuldade em ganhar a atenção e o respeito da indústria de gravação. Segundo Nunn, ‘no momento em que aparecemos, a música empolgante que estava a ser contratada era por bandas como os The Knack, The Plimsouls, The GoGos e os The Motels. Era tudo gravatas finas e montes de coisas upbeat, alegres, de guitarra. As editoras simplesmente não entendiam o que estávamos a fazer’” You Can Leave Your Hat On” (1986), p/ Joe Cocker. “É um cantor de rock e blues inglês, que arribou à popularidade nos anos 60, e é conhecido pela sua voz áspera, o movimento espasmódico do corpo ao cantar e as suas versões de canções populares, particularmente as dos Beatles”.   
In Between Days” (1985), p/ The Cure. “São um grupo rock inglês formado em Crawley, West Sussex, em 1976. A banda passou por várias mudanças na sua composição, sendo o vocalista, guitarrista e principal compositor, Robert Smith, o único membro constante. (…). Depois do lançamento de ‘Pornography’ em 1982, o futuro da banda era incerto e Smith estava empenhado em deixar para trás a reputação sombria que a sua banda tinha adquirido. Com o singleLet’s Go To Bed’, editado no mesmo ano, Smith começou a colocar uma sensibilidade pop na música do grupo (assim como uma encenação em palco única)” West End Girls” (1986), p/ Pet Shop Boys. “Neil Tennant e Chis Lowe conheceram-se numa loja em Kings Road em Chelsea, Londres, em agosto de 1981. Reconhecendo interesse mútuo em música de dança, começaram a trabalhar material juntos. Primeiro, no apartamento de Tennant em Chelsea e, depois de 1982, num pequeno estúdio em Camden Town. Foi durante estes anos iniciais que vários futuros êxitos foram criados, incluindo ‘It’s a Sin’, ‘West End Girls’, ‘Rent’ e ‘Jealousy’. No princípio, o duo chamava-se West End, por causa o seu amor pelo West End londrino, mas mais tarde chegaram ao nome Pet Shop Boys, derivado a amigos seus que trabalhavam numa loja de animais de estimação em Ealing. A sua grande oportunidade aconteceu em agosto de 1983, quando Tennant foi designado pela Smash Hits para entrevistar os Police em Nova Iorque. A dupla estava obcecada por um manancial de discos Hi-NRG feitos pelo produtor nova-iorquino Bobby Orlando, conhecido simplesmente por Bobby ‘O’. De acordo com Tennant: ‘Pensei, bem, se tenho que ir e ver os The Police tocar, então também vou almoçar com Bobby ‘O’. Eles partilharam um cheeseburger e bolo de cenoura num restaurante chamado Apple Jack em 19 de agosto, e, depois de ouvir uma maquete que Tennant trouxera consigo, Orlando sugeriu fazer um disco com os Pet Shop Boys”. – “Domino Dancing” (2006), p/ West End Girls: duo eletrónico sueco de covers, Isabelle Erkendal, a vocalista principal, é a figura de Neil Tennant, Emmeli Erkendal é Chris Lowe. “Vejam-nos como uma banda de synth que fez um álbum de tributo ao melhor grupo do mundo, mais tarde, vamos tocar as nossas próprias canções juntamente com material dos PSBSunglasses at Night” (1984), p/ Corey Hart (no vídeo, a mulher-polícia de óculos escuros é a atriz, escritora, apresentadora de TV e rádio, Laurie Brown). “Hart nasceu em Montreal, Québec, em 31 de maio de 1962, o benjamim de cinco irmãos. Cresceu em Montreal, Espanha, cidade do México e Key Biscayne, na Flórida. Tornou-se fluente em três idiomas (inglês, espanhol e francês) devido à sua educação nesses locais. Os seus pais, Mina (Weber) e Bert Hart, separaram-se (e posteriormente divorciaram-se), quando ele tinha 3 anos. Regressou a Montreal com a mãe e o irmão mais velho, Robbie. Ele compartilhou uma relação particularmente próxima com a mãe, a quem o primeiro álbum de Hart foi dedicadoHello Again” (1984), p/ The Cars (do álbum “Heartbeat City”, o videoclipe foi realizado por Andy Warhol, “que também apareceu no vídeo, assim como uma, então desconhecida, Gina Gershon. O vídeo explorou os controversos tópicos de sexo e violência, principalmente o primeiro, que estavam a ser exibidos nos telediscos na época”). “A banda fez a sua estreia profissional numa festa de ano novo em New Hampshire. Em março de 1977 estavam a tocar nos melhores espaços punk de Boston, designadamente o Rathskeller, e tiveram a oportunidade de abrir um concerto de Bob Seeger. (…). Finalmente, uma canção de uma das suas maquetes, ‘Just What I Needed’, tornou-se tão popular em duas estações de rádio de Boston, que as editoras começaram a procurá-los. Ocasek e os The Cars tinham assinado pela Elektra quando 1977 chegava ao fim[6].
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[1] Vítor Bento: “O que é que é a igualdade? É um princípio suficientemente lato. E portanto, quando começa a estreitar a sua interpretação, começa a entrar no campo das escolhas das das escolhas políticas, e aí começa de facto a criar-se um problema ehm de futuro”.
[2] O único sinónimo português do vocábulo “confiança” é “banqueiro”. Define o presidente da Associação de Bancos, Faria de Oliveira: “Os bancos são os primeiros interessados em promover todas as ações que visem a confiança na sua atuação, centradas, principalmente, em três dimensões: trabalhar bem a relação com o cliente, e, designadamente, informar com rigor, com dados precisos e entendíveis, com transparência, com objetividade, que são valores essenciais perseguidos pelo sistema bancário, e em linguagem o mais acessível possível” (abril 2013). O mais alto banqueiro da nação ilustra-a. Alto é baixo para ele. Desde a interrupção do fabrico de psichés que a Língua Portuguesa não tem advérbio de lugar para pousar Ricardo Salgado. “Foi nomeado Economista do Ano, pela Associação Portuguesa de Economistas (1992) e Personalidade do Ano, pela Câmara Portuguesa de Comércio do Brasil (2001). Recebeu as condecorações de Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito (1994) e da Ordem Nacional da Legião de Honra (2005), de França, e a de Grande-Oficial da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul (1998), do Brasil. Em 2012, foi condecorado Commander's Cross Order of Merit da República da Hungria e distinguido na categoria Lifetime achivement em Mercados Financeiros nos Investor Relations and Governance Awards 2012, iniciativa da Deloitte que distingue as melhores práticas no setor empresarial. Em julho de 2013 foi-lhe atribuído o doutoramento Honoris Causa pela Universidade Técnica de Lisboa, tendo sido distinguido por serviços prestados à Economia, Cultura, Ciência e à Universidade”.
Ricardo Salgado: “Não admito essa hipótese. Já foi aprovada em Conselho, e portanto vai, vai avançar e devia avançar, por que se não avançar, é muito mau para os mercados internacionais, os tais mercados que para criarem confiança para Portugal não podem ficar sujeitos a alterações última da hora por mudanças legislativas ou fiscais, sabe?” (novembro 2010). Neste ano, a PT, possuída em 7,99 % pelo Grupo Espírito Santo, antecipava a distribuição de dividendos, que assim não eram abrangidos pelas novas regras de tributação introduzidas no Orçamento de 2011. Ricardo Salgado reagia, muito justamente, a vis acusações de má-fé e imoralidade naquilo que era um normal ato de gestão, salientando, muito profissional e patrioticamente, a quebra de confiança se a decisão fosse anulada.
O “ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, acusou a Portugal Telecom (PT) de estar a fugir aos impostos por querer pagar o dividendo extraordinário de um euro por ação em 2010 e não em 2011, altura em que, com a aprovação do Orçamento do Estado, entra em vigor o novo regime fiscal sobre os dividendos, que obriga a uma retenção de 21,5% e ao pagamento de uma taxa final de IRC de 29% sobre os montantes recebidos”. Outro alto banqueiro, de invejáveis vitórias. “No final de 2012, foi homenageado pela Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, como Empresário do Ano de Portugal, por ter sido um dos empresários que mais têm contribuído para estreitar os laços entre Portugal e Brasil. Em 2013, Ricciardi foi agraciado com o prémio Business Expansion Award. O prémio foi entregue pelo ministro de Estado para o Comércio e Investimento, Lord Green (Minister of State for Trade and Investment) como reconhecimento pelo contributo do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), enquanto investidor, no mercado britânico e presente na City. Dias depois, a convite do primeiro-ministro britânico David Cameron, participou na Global Investment Conference 2013, iniciativa que integra a reunião dos ministros das Finanças - G7 e que faz parte da UK’s Presidency – G8. Em setembro de 2013 foi eleito Banqueiro Europeu do Ano pela revista britânica World Finance, que escolheu José Maria Ricciardi por ser ‘um ator principal no setor’ da banca”.
José Maria Ricciardi, presidente do BESI, refutou com uma lógica imbatível a mesquinha insinuação de Teixeira dos Santos, ministro das Finanças do Governo de José Sócrates. “ A Portugal Telecom não é do Estado. Tem 70% do seu capital no estrangeiro e um dever fiduciário para com os seus acionistas”, “a decisão”, disse Ricciardi, “foi tomada num Conselho de Administração, onde o Estado está representado”, logo, “se a PT está a cumprir a lei e a cumprir um compromisso com os seus acionistas, não há nenhuma razão” para nulificar “a decisão”.
[3] Outra função da mulher é sobreviver para se reproduzir. Uma mulher nua, pensa-se, não constitui uma ameaça, por ser fisicamente mais fraca que o homem e estar visivelmente desarmada. Mayra Leal (“Chica”), no filme “Machete” (2010), desfez este sossego. Traiçoeira, retira da vagina, num reconhecível ruído chlep, a mais letal arma de todas, um telemóvel. A mesma área onde Sylvia Kristel (“Diana”) no filme “La marge” (1976), de Walerian Borowczyk, escondia do chulo parte do dinheiro. “All you ladies pop your pussy like this”, “Like This”, vídeo p/ Masin Vic (canção “Pop It”, p/ Y.A & Jdogg).
[4]Charles Darwin sugeriu pela primeira vez que a música humana, não tendo nenhum valor implícito para a sobrevivência, pode ter evoluído como uma forma de atrair parceiros. Em ‘The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex’ (1871), ele escreveu: ‘Parece provável que os progenitores do homem, tanto os machos como as fêmeas ou ambos os sexos, antes de adquirirem o poder de expressar o seu amor mútuo através da linguagem articulada, tentavam cativar-se um ao outro com notas musicais e ritmo’”.
[5] Sam: “Não foi muito bem-sucedido. O próprio sr. Lamborghini, o pai, deu ao filho uma pipa de massa para começar a sua editora. Eu assinei pela Lamborghini. Eles não eram brilhantes. O disco fez tipo número 42, creio, o primeiro. O segundo foi tipo top 50. Eles não pescavam nada naqueles tempos e eu também não. Era muito nova. Eu não fazia puto ideia sobre o negócio da música. Basicamente, deixei tudo com eles e não estavam a fazer um trabalho brilhante. Mas o que fez por mim foi que me deu muita experiência numa idade jovem. Estava a fazer muito trabalho ao vivo numa idade tão jovem”. Sob o nome S.F.X. editaram dois singles. Lado A “Rockin' With My Radio” / lado B “My Old Man” (1983). Lado A “Aim To Win” / lado B “17 and Holding” (1984).
[6] O grupo de todos os grupos é, como não podia deixar de ser, português. Os Hexa Plus: “Não te posso fazer amar…” (2002) ♪ “Virtual Reality” (2002). Constituído por Carlos, Nelson, Cifrão: “Foi uma alcunha que os meus colegas me puseram quando eu tinha 12 anos e fui acampar. Nunca tinha saído de casa. Eles levaram todos cinco contos [25 euros] e os meus pais deram-me 40 contos [200 euros], com medo de que me faltasse alguma coisa. Pela piada, eles começaram a chamar-me ‘puto cifrão'. Eu era o mais novo do grupo” – Kiko, Bruno SkyFly, Miguel “Xinês” e Gustavo Santos, o guru dos jovens adultos portugueses do século XXI. “Torna-se conhecido do público após entrar na casa mais famosa do país, aquando a segunda edição do Big Brother Famosos (2002). Era um dos concorrentes a quem se perguntava: ‘Mas quem és tu c@#a|ho?!?’”. Será ele o motorista do príncipe da sonhadora “Floribella” (2006-08) ou o Luís Pires na orfandade “Chiquititas” (2007-08). Para viver uma nova idade de ouro o povo bem escolheu para primeiro-ministro Passos Coelho: “Restabelecer a confiança no futuro, nos mercados e nos portugueses”, o fruto do ventre dessa prosperidade é Gustavo Santos: “Na vida existem dois caminhos: ou sentes mais ou sentes menos. Não sentir não é um caminho, é um poço negro, fundo e denso para onde se cai e nunca mais se é encontrado”.

134 Comments:

  • At 7:42 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…


    18.º post sobre 1983, o mês de setembro. Aplicava-se medidas de austeridade, no chamado programa de gestão conjuntural de emergência, e a classe política largava foguetes que já estavam a dar resultado com sinais positivos na economia. Muito diferente do memorando de entendimento e da classe política atual que é muito mais ajuizada. Portugal não era o único, também França, Espanha e Grécia estavam na mesma situação. Muito diferente de agora. É muito interessante ver com o a História nunca se repete, porque a boa ação dos bons políticos e dos bons empresários concerta a economia para progresso e riqueza.

    Um desses sinais positivos era a mudança de atitude dos bancos internacionais em investir na economia portuguesa. Naquele tempo o investimento era mais pessoalizado, os bancos, apesar de nada ter mudado, houve uma alteração lexical para “mercados”, um conceito mais difuso e não espacial, para uso do rebanho, pois os bancos tinham morada e administradores, que poderiam ser atacados caso alguma gripe atingisse a economia.

    As medidas de austeridade de antanho foram muito diferentes das atuais que torna muito difícil explicar e compreender. Houve um brutal aumento de impostos, como a sisa, o tal imposto mais estúpido, como lhe chamava Guterres e que por isso mudaram o nome para IMI. E criaram-se impostos novos, como um sobre as boîtes, ou um para quem saia do país, mil paus para adultos e 500 para menores. Neste, foi o CDS pelo grito de Lobo Xavier que veio gritar inconstitucionalidade. Coisa que já não acontece, pois a Constituição é cumprida à virgula:

    “Quando estou mal disposta
    (e estou-o muitas vezes...)
    mudo o sentido às frases,
    complico tudo...”, dizia-lhe Alexandre O’Neill.

     
  • At 7:43 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Não foi a atividade política dos bons líderes de antanho que fizeram efeito e tiraram o país da miséria, foi a entrada na CEE e os fundos europeus, os políticos, como os de hoje, se não tivessem feito nada, o resultado seria o mesmo.

    Neste ano são lançadas as bases para a criação de um serviço de informações, uns serviços secretos, que só chegarão em 1988, e que serão muito uteis para defender o país dos malvados terroristas. Nesta altura os líderes perceberam que estavam a importar água por leite. Em setembro faltava o leite, as vacas não tinham pastos no final do verão e a população das cidades aumentava com o regresso às aulas, pois isso importava-se leite, cuja maior parte era de facto água. Para contornar o Governo começou a importar leite em pó.

    Setembro foi o mês do célebre filme Pato com laranja. Os portugueses embucharam quando viram o cu e as mamas da Barbara Bouchet logo após o jantar. Estava programado o filme Longe da multidão, talvez por mão divina foi trocado, dando aso a muita atividade intelectual no país. Em 1991, a transmissão do Império dos sentidos teve impacto maior. O arcebispo de Braga sentiu “vómitos horríveis”, o pobre homem, apesar de o genérico da Tieta do Agreste mostrar seios, mas seios a Virgem Maria tinha, com que alimentava o Menino, quando viu a parte virgem do corpo da mulher, não aguentou. E o filme até deu um voto de protesto no parlamento.

    Nesse ano vivia no Bairro Alto a única forcado portuguesa com 73 anos. Nos ano 20 tinha sido criado o Grupo Lisbonense de Mulheres Forcados, principalmente formado por senhoras que trabalhavam nas casas de passe do bairro. Outros tempos em que havia trabalho e as senhoras não tinham que ir para a política ou para a gestão de empresas.

    Não é de 1983, mas é intemporal, recordo aquele episódio da alteração do Orçamento de Estado de 2011, que mudava impostos, quando a PT antecipou a distribuição dos dividendos para os acionistas não ter que pagá-los. Dois dos nossos maiores banqueiros, dos mais premiados do mundo, dos mais respeitados do universo, Salgado e Ricciardi, empunharam a espada de Nuno Álvares na defesa da empresa e avisando para o perigo da quebra de confiança, se a decisão fosse revertida. Até Ricciardi muito bem notou que era uma empresa privada com dever para com os acionistas. No dicionário, o único sinónimo de confiança é banqueiro.

    E por último, Gustavo Santos é o Dale Carnegie, o Ramu Gupta, do país mais reformista de todos. As suas palavras serão as bandeiras das novas caravelas.

     
  • At 7:49 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Caraças! agora apareceu-me esta porcaria dos números, veremos se algum dia descubro como se tira.

     
  • At 12:29 da tarde, Blogger São said…

    O que eu aprendo contigo é um espanto!

    Sabia lá eu que tinha havido um grupo de forcadas.

    Agora seriam vaiadas, por quem pinta o cabelo de verde e vai berrar para Barrancos (que nunca mais teve enchentes de turistas nem foi foi falada nas televisões)por causa dos touros, que até são de lide, mas jamais se lembram dos infelizes cavalos .

    Boa semana

     
  • At 9:56 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: mulheres-forcado ou forcadas, não sei como se diz, mas acho que a regra, e devia ser obrigatória, seria colocar um "a" no final, como por exemplo, cabo do exército, caba do exército, "Dá licença minha caba?", até dá outro sentir à língua do Camões; as mulheres forcado foi há muitos anos, no início do século XX, nem havia portugueses em Portugal nessa altura. E acabou porque a mãe da vedeta não queria que ela andasse armada em machona e tirou-a das praças.

    Barrancos tem feito mal ao nosso Zé Maria do Big Brother, li que ele saiu de mais uma cura contra a depressão, aquela malta inveja a virilidade do touro e depois dá nisto, põem-se a tourear e a enfiar ansiolíticos.

    A malta passava o tempo a dizer mal da justiça, que era lenta, que não fechava os casos, ora aí está um caso resolvido: o dos submarinos. Caso encerrado!

    Parece que esta porcaria que agora apareceu da introdução de números quando se publica um comentário desaparecerá com o tempo, agora aparece esse retângulo, mas se não se fizer nada ele desaparecerá, eventualmente, espero.

     
  • At 3:14 da tarde, Blogger Ana Casanova said…


    E que o "vício" se mantenha por longos anos... ;)
    Um Bom Natal! Beijos

     
  • At 5:22 da tarde, Blogger Mariazita said…

    Foi uma surpresa agradável, foi, sim senhor!
    Gostei de te ver lá :)
    Claro que o tempo não chega para ler posts deste tamanho, a não ser que fosse aos bochechos... mas agora isso é impossível.
    Li o finalzinho, e direi (escreverei) a propósito:
    A dor é preferível ao vácuo; vale mais ter sofrido do que não ter vivido!
    Quem escreveu? Ai isso não sei, mas acho que também não importa...
    E pronto. Agora desejo...

    UM NATAL MUITO FELIZ, COM PAZ E ALEGRIA, E MUITO AMOR NO CORAÇÃO.

    Beijinhos
    Mariazita

    Mas isto é que é uma epidemia de robots! Safa!!!

     
  • At 10:41 da tarde, Blogger {anita} said…

    Feliz Natal, Táxi! obrigada pelos vídeos :)

     
  • At 11:43 da tarde, Blogger São said…

    Cabas, não...nem presidentas , que horror , rrsss

    Zé Maria? Pobre do moço, mas valia nem se ter metido naquela parvoíce.

    Nem vou falar nos submarinos que fico logo com o espírito natalício esturrado.

    Bom Natal para ti e quem desejares !

     
  • At 4:52 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Ana Casanova: enquanto Cavaco não nos comer o bolo-rei todo, haverá Natal, depois haverá... conquilhas.

    Bom Natal

     
  • At 5:00 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Mariazita: é uma frase do guru dos jovens adultos deste novo milagre económico que temos a sorte de viver, o Gustavo Santos, é produtor da filosofia certa para o governo de Portas / Passos.

    De facto, esta porcaria dos robots apareceu sem eu pedir nada, já andei a remexer a ver se consigo tirar, mas nada.

    Bom Natal

     
  • At 5:02 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    {anita}: o mundo em pixels, terá, suponho eu, menos... favas (ah! uma tradição que se perdeu, já ninguém sabe o que é a fava do bolo-rei).

    Bom Natal

     
  • At 5:10 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: parece que a moda do próximo ano será tirar selfies junto aos muros da cadeia de Évora, entretanto, lá dentro está-se bem, tá-se tá-se, diria o Camilo de Oliveira, haverá bacalhau, bolo-rei e um pacote de vinho Casal da Eira.

    Dizem mal do Big Brother ou da Casa dos Segredos, que é isto, que é aquilo, burros e burras, coisa degradante, apenas porque não há câmaras de filmar nas universidades, ou veríamos que os concorrentes não estão longe daquilo que realmente somos.

    Bom Natal (com couves, se o coelho não as comer todas)

     
  • At 12:44 da tarde, Blogger São said…

    Pois , as praxes são a prova do que dizes relativamente a quem anda a estudar nas Universidades ...e que irá tomar conta do país , em princípio e se não emigrarem todos -por vontade própria, já que a criatura mandante da JSD afirma que não foi o seu Partido a mandar emigrar a juventude!

    Pena a Justiça em Portugal não ser cega, mas vesga ...

    Grato abraço e bom Natal par ti !

     
  • At 4:18 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Estranhas reacções à recente conversão de Carlos Abreu Amorim:

    https://www.youtube.com/watch?v=MwLyD2QShjA

     
  • At 12:03 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: nem me tinha lembrado das praxes, isso é momento anómalo, referia-me ao dia a dia, aos afazeres académicos, à rotina nas aulas, no bar, na biblioteca, jovens e adultos são tal e qual os concorrentes da Casa dos Segredos em burgessice (se calhar não existe a palavra, mas caracteriza bem a raça lusa) e pateguice.

    O novo líder da JSD também tem piada, em dizer que, se os jovens não se interessam por política, depois os menos capazes ocupam os lugares. Enfim, não vejo como isso tenha resultado até agora. Claro que o jovem, um tal Cristóvão Simão Ribeiro, nome sonante, acredita que Passos e Cavaco e Portas são bons. Esperemos que este jovem PSDêísta também consiga chegar a ministro. Este jovem culpa a Parque Escolar, as PPP e os governos anteriores, como causas de os jovens terem que emigrar. É repetir a voz do dono, garante sempre dividendos.

    Teve muita graça os indultos de Cavaco misericordioso deste ano. A duas pobres almas, perdoou-as Cavaco da pena de expulsão. Ou seja, condenou-os a ficar dentro. Bolas! é bastante cruel.

    Há uma nova esperança ecológica. Foram soltos dois linces ibéricos, que se alimentam de… coelho bravo, agora só falta soltarem gorgulhos que comam… portas, e estaremos noutro ciclo político. Depois do que disseram os tipos da troika nesta última avaliação, Passos ainda tem lata de dizer que Portugal saiu das trevas, e que estamos noutro ciclo. Não estou com pachorra em ir procurar os meus apontamentos, para fazer as contas certas, mas no orçamento de 2016, todas as pensões, mas mesmo todas, terão que levar um corte de pelo menos 20 %, para além de uma subida de impostos nos produtos de consumo obrigatório. Ou, se as condições internacionais mudarem, terão que fazê-lo já em 2015, não dava jeito, seria preciso depois contar uma história diferente do otimismo atual, sei lá, culpar o Tribunal Constitucional.

     
  • At 12:04 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    zipper: epá voltaste! Com o desaparecimento, com o “apagao” estava com suspeitas que trabalhavas para o pai Natal, a embrulhar presentes ou cuidar das renas.

    Havia o Barbie dance club? Bem que precisávamos disso por cá agora, com o novo ciclo e a economia a crescer, seria o nosso dancing in the streets. No post que tenho para janeiro falo da luta de morte nas prateleiras do Toys R us entre a Barbie e a Jem. Venceu a Barbie. O capitalismo não faz prisioneiros. Não dá para acrescentar o Barbie Dance Club, aquilo já está muy grande, é pena, parece um programa muito bom para substituir o de pançudos a discutir futebol.

    Parece que alguém terá que engolir os computadores Magalhães. Num futuro. Na Finlândia os alunos vão passar a escrever com letra de imprensa, e serão incentivados a teclar e vez de escrever à mão. Não é novidade nas nossas terras de Maria, tive um professor na faculdade, o famoso Manuel Lourenço, que não aceitava trabalhos escritos à mão, e tive que pedir uma máquina de escrever emprestada para escrever umas baboseiras quaisquer.

    Portugal prepara-se para acrescentar mais um ano, mais um capítulo ao livro, ou então se houver empreendedorismo, a este.

    Acendem-se os candelabros para mais um ano intenso, espero que seja de abundância, como na Veronica.

     
  • At 2:28 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    zipper: esqueci-me de fazer notar que no início da secção da música enunciei a principal lei do empreendedorismo e da inovação, da sua base genética, a principal lei da evolução das espécies: casar com um, engravidar com outro, que está inscrita no tecido social como um valor sociológico, como o direito fundamental da mulher à infidelidade. Só assim, pela procura dos melhores genes para os seus filhos, é que as mães poderão dar à pátria outros Relvas, Lombas, Maçães, Maduros, Cavacos, e mesmo Sócrates, (do qual não sei fazer o plural).

    Estive a ver um filme educativo, onde duas técnicas superiores falavam segundo o método dialético platónico, e percebi uma coisa. Não foi a pilula que libertou a mulher, dando-lhe o controlo sobre a sua vida sexual, e que causou a consequente revolução sexual dos sixties. O que libertou a mulher foi o strap-on – que explicaria S. Francisco pós-Scott McKenzie – bem que procurei quem o inventou, mas parece que se perde nos nevoeiros dos tempos.

    Deixo aqui o colégio que está no topo do ranking das escolas de Nuno Crato, (o porno francês tem outro savoir, tem história, a primeira coisa que vem à mente com as imagens é Jean Vigo, claro, e as atrizes, se calhar são de leste, têm escola, conservatório, instituto superior, não são namoradinhas do produtor, como as americanas. Esta saga de filmes, elaborados como Lição, o que nos lembra Barthes, deveria passar na RTP 2 para combater a desistência da escola entre os jovens.

     
  • At 11:03 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    "deveria passar na RTP 2"

    A educação devia ser um referencial ético e formativo nobre - preparar o uebermensch - e não apenas um conjunto de exames para avaliar as capacidades empreendedoras dos educandos - produzir macacos adrianos que depois escrevem nos jornais de referência como o CM e o Público.

     
  • At 11:17 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Entretanto a Floribela Revolucionária, continua o seu projecto revolucionário. Depois de casar em frente à assembleia da rés pública, de queimar bobinas de cinema avantgarde com um maçarico de queimar leite creme, e de traçar novas linhas para o sexo antiburguês, eis as novas orientações práxicas:

    http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/raquel-freire-o-documentario-como-forma-de-voltar-a-politica-1680247

     
  • At 11:18 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    (a primeira vírgula era para ficar depois do "entretanto")

     
  • At 12:28 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Um novo verbo: "marrafar" (regra geral é só garganta).

     
  • At 12:29 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    esqueci-me do link: http://mariacapaz.pt/cronicas/piropo/

     
  • At 12:42 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Uma coisa de partir o coco a rir é ver seres inferiores usarem locuções latinas para dar "espessura" às cagadas que escrevem.

    Tipo:

    "José Eduardo proferiu umas declarações
    invita minerva que deixaram muita gente chateada"

     
  • At 3:34 da tarde, Blogger São said…

    Este bando de criaturas tresloucadas deixará o país sem anéis e decepado, o que é pior do que sem dedos...

    O Blogger deve estar contagiado, porque nós escrevemos , mas nada aparece na caixa de comentários !!

    Bom fim de semana

     
  • At 5:38 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    zipper: tens razão, a saga Russian Institute deveria passar durante as tardes em todos os canais, em vez daqueles programas de proximidade com o povo, que promovem o matarruano e encolhem o intelectual. A televisão, a única universidade universal, tem a função de formar grisettes, entre família e círculo dos Espirito Santo, e lorettes, entre as desempregadas das fábricas, para pleno emprego e não ensinar a empanturrar a linguiça para gordura nas nádegas. Uma boa educação ateia alto a fogueira da inovação na gestão das novas tecnologias, ou consegue bons empregos numa start-up parisiense. Um jornal tão curioso como o CM e o Público é o Sol – meteram num “artigo”, como quem não quer a coisa, que foi o Sócrates quem avisou a SIC para estarem no aeroporto da noite em que ele foi preso na manga do avião.

    Ó diabo! “partem à procura de novas formas de fazer política”, o que as mulheres de meia idade fazem. Acabei de ler um artigo na Sábado de como elas encornam o marido, sempre foi assim, ao chegarem à meia-idade, os 40 anos, soltam o freio e tudo aquilo que não se conseguia com 20 ou 30, nessa idade, é à fartazana. “Adoro brincar com a narrativa clássica grega”, diz ela, esta coisa do brinquedo, e eu que ando mesmo à procura do inventor do strap-on, que libertou a mulher das grilhetas do género. Não sei se Aristóteles, nos milhares de livros que escreveu, se lhe refere ou talvez Montaigne encontrasse alguma coisa nas suas arqueologias. Agora é muito fácil apanhar-se um(a) revolucionário(a), nem é preciso papel mata moscas, nem polícia secreta, basta acenar-lhe com um emprego num call center ou num escritório de multinacional.

    Não se chama piropo, chama-se assédio de rua, e creio que foi criminalizado pelo BE. Vê-se que é moça sem traquejo, que vive no século XIX, então ela pensa que há “olhos sequiosos de umas pernas dengosas”, o que existem hoje são gajos que lhe querem comer o cu. Por acaso, há um piropo que eu gostaria de tentar: “tenho 100 milhões de euros no banco”. Gostaria de ver se ela dizia que que uma mulher conquista-se a rir.

     
  • At 5:39 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    zipper: há uma expressão latina, “loquuntur saxa”, falam as pedras, que creio ser um substantivo coletivo que engloba todos, desde os comentadores de TV, lá em cima, a das Neves, cá em baixo junto ao tiro-liro-ló.

    Eça de Queirós escrevia numa destas, em pé, e deitava os papéis para o chão.

    Desperdício de água. Não como é que a Cuercus não exige a lambidela, para efeitos higiénicos, em vez do desperdício de recursos naturais. E dava-me jeito, pois estou a desenvolver o facto de que só há sexo entre vagina e pénis, o resto que se vê por aí, não é mais do que gestos ancestrais de comunidade entre o sapiens ou mesmo antes.

    Viver acima das possibilidades é manter uma vida no rock and roll.

    Caso não saibas, a vida na prisão de Évora, nos oitentas, era assim.

     
  • At 5:40 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: já ganhámos o ano, a mensagem de Natal de Passos é do melhor que já vi, espero que tivesse sido escrita pelo Maçães, aposto muito nele. Temos o ministro Maduro, e aquele fanhoso chique com o qual expressa ideias profundas que viu na estranja, como a cópia da BBC para a RTP, fazia-me vibrar de orgulho por tão altaneiro know how, mas ele anda arredado, não aparece nos meios de comunicação a comunicar coisas novas.

    Mas o que eu queria mesmo ver era uma luta na lama ou no óleo entre aquele a quem carinhosamente chamam professor Marcelo e o primo-bom, José Maria Ricciardi, o príncipe do bullshit, como lhe chama o João Rendeiro. Marcelo, motivado pela perda das férias na mansão Salgado no Brasil, viria que nem um Mike Tyson e comeria as orelhas do Ia, como lhe chama a família.

    Não notei nada na caixa de estranho comentários.

     
  • At 2:15 da manhã, Blogger Tétisq said…

    Nos anos 80 o Natal era mais divertido. As pessoas davam-me brinquedos. Agora, dão-me pijamas...

    Boas festas!

     
  • At 2:38 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Tétisq: o pijama é um clássico de Natal, e de aniversário, também. De flanela ou seda não pode faltar numa caixa enlaçada. Tal como a Popota, Natal sem ela, é dia de finados. E o Ferrero Rocher, é verdade, este ano não reparei que tivessem transmitido o anúncio do fiel Ambrósio a satisfazer a sua milady, se acabaram com ele, mataram mais de metade do Natal. Ao menos que tivessem transmitido o filme Comando com o Schwarzenegger, outro clássico de Natal.

     
  • At 11:47 da manhã, Blogger Filipa Júlio said…

    Muitas e Boas Festas!

     
  • At 1:17 da tarde, Blogger São said…

    Desta vez , aparece o que se escreve...mas não é só contigo que isto acontece. Se mais ninguém se queixar, é capaz de ser do meu computador, que anda com os achaques próprios da idade e das transplantações.

    Será que esta gente acredita mesmo no que diz?|

    O Maduro bem melhor faria se fizesse a barba, dá-lhe um ar sujo...mas talvez seja para disfarçar o provável desgosto de ter sido processado pela honesta Tecnoforma .

    O primo bom , pois... aquela arrogância com que mira toda a gente não engana ninguém, embora ache que foi capaz de se ter portado um pouco melhor do que Salgado, agora escolhido para bode expiatório.

    Tipicamente português: quando em alta , a criatura é bajulada; se tem a infelicidade de cair, açulam-se matilhas inteiras !!

    Um nojo !!!

    Marcelinho , essa criatura cataventosa , será que ainda se candidata a Belém ? Espero que não.

    Porém, sinceramente, não estou a ver um futuro brilhante nesta área: quem serão os candidatos ??

    Sai bem de 2014 e entra ainda melhor em 2015, mas não subas para nenhum lado : podes cair.

     
  • At 8:06 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Filipa Júlio: não há dúvida que festa não faltará, 2015 será um grande Natal. UM bom ano.

     
  • At 8:40 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: os computadores são seres estranhos, têm vida própria, e são diferentes como as folhas das árvores, o que um vê, o outro ignora. Como fui obrigado a comprar um novo, que vem com o Windows 8.1, a coisa melhorou muito e a rapidez de execução nem se compara.

    É verdade, já me tinha esquecido daquelas ameaças tecnoformísticas, isso deve ter ficado tudo em águas de coelho (o bacalhau dos nossos dias), no caso do Maduro, era um disparate. Aquilo deve ter sido encher de peito do advogado para ganhar algum, em dinheiro e fama.

    Ricciardi só será melhor que Salgado porque a oportunidade não se proporcionou. Agora deve ter ficado muito feliz por não ter conseguido o lugar do priminho ou estaria a levar com as pedras. O Sócrates é que anda calado, depois daquele esbracejar epistolar do início, nunca mais o ouvimos. Mas isto é típico do percurso prisional. Primeiro, quando entrado, há a inocência, a esperança, depois começa a perceber como aquilo funciona. O Expresso é que traz um esboço de caracterização do juiz Carlos Alexandre, isso é que seria importante conhecer, que mecanismo o faz funcionar, e com certeza não é a competência, talvez o rancor ou a inveja, que são sentimentos mais lusos.

    Aquele a quem carinhosamente chamam professor Marcelo sempre vai ter as suas férias de luxo, não sei se na casa de Salgado no Brasil, depois estará fino para ir para Belém. Espero que ganhe. Um povo tolo, e eu sou tolo, merece um tolo no mais alto escadote da nação. Ainda falta muito. Se Guterres não conseguir o seu tachinho na ONU virá rezar na capela de Belém.

    Tenho que ir preparar o meu caderno de apontamentos de 2015, anotar os aumentos e despesas do Estado, só para ir pagando a dívida é necessário pedir emprestado 14 mil milhões, e a cor do ano é a marsala. Bom ano

     
  • At 12:54 da tarde, Blogger São said…

    O primo bom está numa de judaica vingança, até contra o papá...

    Aliás, aquelas criaturas não têm família: têm ascendentes e descendentes,que acumulam com a função de herdeiros.

    Sócrates está ser massacrado por essa criatura que acha ter uma missão...e eu entro em pânico com almas missionárias : neste momento temos duas em cargos com muito poder , isto é, Passos e Alexandre !!!

    Quanto a computadores, prevejo que este não vai durar muito tempo, não.

    Enfim...

    Tem um bom ano e que Portugal ganhe juízo na hora de votar!

     
  • At 2:04 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Bom 2015 para ti e para o teu gato Táxi.

     
  • At 10:45 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    O pensamento psiquiátrico tuguês (e de esquerda):


    "As perturbações da personalidade são situações que interferem com o funcionamento do sujeito porque alteram a apreensão do mundo que o rodeia, a expressão das emoções e o seu comportamento social. Um estilo de vida mal adaptado, inflexível e prejudicial para o próprio e (ou) para os que com ele se relacionam são as características que determinam a identificação de uma perturbação de personalidade."

    http://jugular.blogs.sapo.pt/recordacoes-da-casa-amarela-ou-3836205

    [ok, eu sei que o consumo excessivo de caviar leva a isto]


    O Eça:

    "Na arte só têm importância os que criam almas, e não os que reproduzem costumes. A arte é a história da alma. Queremos ver o homem: não o homem dominado pela sociedade, entorpecido pelos costumes, deformado pelas instituições, transformado pela cidade – mas o homem livre, colocado na livre Natureza, entre as livres paixões. A arte é simplesmente a representação dos caracteres tais quais eles seriam – abandonados à sua vontade inteligente e livre, sem as redes sociais. Aí está o que dá a Shakespeare a supremacia na arte. Foi o maior criador de almas. Revelou a Natureza espontânea: soltou as paixões em liberdade e mostrou a sua livre acção. É aí que se pode estudar o homem. É o que faz também a grandeza de certos tipos capitais de Balzac, o Barão Hulot, Goriot, Grandet. Realizam o seu destino, longe da associação humana, sob a livre lógica das paixões."


    Um ano com muito amor e pouca fricção social: dizer sim a tudo, em nome da estabilidade e da serenidade.

     
  • At 11:17 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    E como dá azar começar o ano com discursos, deixo uma dança:

    https://www.youtube.com/watch?v=48PRpXGorTY

     
  • At 12:31 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: agora até os ingleses vêm bater no Salgado, a BBC elegeu-o o pior presidente executivo do ano e que meteu 250 membros da família em lugares de gestão no grupo. Logo os ingleses, a dar lições de moral, que sem os americanos, as colónias, como lhes chamam, já não existiriam e que têm aquele estranho ritual: escolhem a dedo uma gaja, saudável, fértil, para o seu príncipe emprenhar, depois fazem notícia e lançam foguetes por ela estar prenha, como se fosse uma novidade, como se fosse algo inesperado e não algo inevitável.

    Não foi mau 2014 para o soberano povo luso, a bolsa de Lisboa ficou em 3.º lugar entre as piores, e o Governo apressou-se pela saída limpa, à irlandesa, como diz Cavaco, para saltar a 12.ª avaliação da troika, que é arrasadora, tal como esta última e que Maria Luís classificou de “défice de entendimento”. Ou seja, temos troika de vota em 2016 ou 17, tal como é norma em Portugal. Em 1983-5, os políticos e empresários “resolveram” a crise, e o FMI não voltou em 1990, apenas porque começaram a chover fundos europeus, e havia cacau. Não foi por eles serem melhores que estes, as situações eram diferentes, logo a reações eram diferentes.

    E uma previsão para 2015. Dizia Marques Mendes em abril que os cortes para este ano oscilarão entre 1,5 e 1,7 mil milhões. Em ano de eleições será necessário muita propaganda para que o povo soberano não afunde os dois heróis, Passos e Portas. Espero que Relvas esteja a trabalhar nisso.

     
  • At 12:32 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    zipper: um bom ano para ti, também, ainda tenho que ouvir os votos de Cavaco para saber que vestir, que calçar, que corte de cabelo, que perfume, usar este ano. O homem é um fazedor de trends, há que aproveitar.

    Caraças! Pus a gravar o filme do Cronenberg, Cosmopolis, - grande filme, vê-se que há alguém atrás da câmara. E os cabrões da RTP meteram o tempo errado e fiquei sem o final. Lá terei que esperar que o Maduro faça mais reformas e transmitam o filme outra vez.

    Reparaste numa coisa para além de hilariante. Os europeus andam a ladrar a Deus Google, por causa da concorrência e não sei que mais. Então, apareceram deputados com a ideia de fazer um motor de busca europeu – é de cair para o chão a rir. Faz lembrar quando invetivavam contra as agências de rating e também tiveram a ideia de abrir uma agência de rating europeia. As ideias dos eurodeputados são as coisas mais engraçadas do mundo.

    Outra coisa com piada é como um anti-Portas que chama ao CDS: partido-carochinha. Está bem visto, sempre à janela, à espera que passe o João Ratão que case com ela. Outra notícia, e do reino animal, o pai de Passos Coelho entrou para a confraria do cabrito.

    Este também era Aristotelis.

    Os gregos continuam a viver acima das suas possibilidades, e ainda por cima oferecem o disco.

    Se gostavas dos Kyuss, algo stoner.

    Dizem que estes são dos melhores do ano.

    Ou estes, são very goods.

    Ou estes ones.

    Ou a obra-prima.

     
  • At 1:08 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    zipper: mas a questão é sempre a montante. Primeiro é preciso ter uma personalidade. O que não é um dado adquirido no povo luso. No Expresso vem um artigo sobre um, Kevin Dutton, que escreveu um livro sobre psicopatia, mas do ponto de vista da sua importância para sociedade, “o bom psicopata”, se um político ou num financeiro, não for psicopata, não chegará longe. Ele chama a S. Paulo psicopata e o editor nos EUA queria que ele retirasse o capítulo, os americanos não brincam com religião, só bombardeiam infiéis.

    O único português livre, colocado na livre Natureza, entre as livres paixões, que conheço, é das Neves. É ele, a talho de teclado, que molda a terra húmida em grandeza. Deveríamos exigir uma estátua igual à do Ronaldo, mas com a zona genital ainda mais saliente, pois das Neves, na Natureza, é um ou dois Ron Jeremy.

    Tenho andado a perder esta conversa de gajas. Só lhe aponto um defeito: não terminar num festival lésbico. Aliás, para cimentar as opiniões, para lhes encorpar, para as tornar verdade na carroça de Parménides, tudo devia terminar num festival lésbico ou gay, se forem homens os protagonistas. Uma tertúlia, uma descoberta, um achamento, uma abertura de uma lata de atum, uma cozedura de um bolo, festival, cumprida a tarefa.

     
  • At 1:56 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    zipper: no Paquistão, nos oitentas, também se curtia. Fisicamente, são muito parecidos connosco, bigode, indispensável, nos oitentas, e elas com certo peso por causa da linguiça.

    O que poderá ser uma moda hipster de 2015.

     
  • At 7:43 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    "É ele, a talho de teclado, que molda a terra húmida em grandeza."

    Tens de tentar o romance, a novela, a poesia, qualquer coisa.

    "Festival lésbico": são borings, não por serem lésbicos mas por serem festivais.

    Olha lá, o Panurgo é o mesmo gajo do blog Dragoscópio?

     
  • At 9:37 da tarde, Blogger xistosa, josé torres said…

    Primeiramente e acima de tudo e sobretudos e todos, um pedido de desculpas.
    É que o governo e quejandos, deixaram-me sem palavras e sem estas não poderia escrever, se bem que as letras possam dar uma ajuda.
    Agora aproveito o discurso do Prof Barrote, que pelo vistos é épico, ainda não o vi espumar pela boca, mas tive que lhe tirar o som, gosto mais dos movimentos patéticos do corta-feno ou serrote e nestas alturas até proíbo os meus cães de ladrar e os burros de zurrarem.
    O pobre continua com os movimentos bucais ondulatórios...
    Tarde e a más horas, os desejos veementes para que se cumpra tudo o que o n/homem palreou e pela minha parte, que 2015 ilumine os votantes e que não se esqueçam desta leva ou rancho governativo.
    Daqui, depois de agradecer o que não agradeci em tempo oportuno, desejar saúde num hospital privado das redondezas, dinheiro, não em milhões, como os Salgados e Insossos, mas em grande, como a grandeza do aumento do salário mínimo e amor. Neste já não posso dar conselhos e desejar bons desejos (a redundância é propositada), porque, por exemplo, eu nasci no Norte e raramente bebo verde, prefiro um madurão alentejano, do Douro, Dão ou Bairrada, nunca desprezando os da península de Setúbal ou até da região de Lisboa, pois como tenho uma panca para os tintos, um Quinta de Pancas Tinta Roriz Special Selection 1998 acama sempre bem no estômago mesmo um frugal repasto.
    E o amor presta-se a muitos e variados amores (por exemplo, ver da janela do meu quarto a leveza com que a m/vizinha lava as costas e não só…)
    Já inebriado com os vapores etílicos, resta-me dizer (ou escrever)
    UM BOM 2015!

     
  • At 9:39 da tarde, Blogger xistosa, josé torres said…

    Palavra de honra que não roubei nada!!!
    Se bem que a honra ou rePUTAção não seja apregoada fora dos círculos governamentais.

     
  • At 12:55 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    "Pois leio um interessante artigo no Público, no qual se diz que a aprendizagem da leitura se pode fazer em todas as idades e que, seja em que idade for, ela melhora o desempenho visual dos novos leitores, permitindo-lhes até detectar diferenças entre objectos de qualquer género, e muito mais depressa do que acontece aos analfabetos. Ao que parece, quando aprendemos a ler, o nosso cérebro reorganiza-se e essa reorganização acontece independentemente da idade de quem está a aprender e da língua que fale. E a literacia, segundo os autores do artigo científico referido no jornal, tem como efeito imediato o aumento do rigor na discriminação de objectos semelhantes, por exemplo, ou a capacidade de reconhecer imagens num espelho – coisa, ao que consta, mais difícil para os iletrados."

    http://horasextraordinarias.blogs.sapo.pt/ler-sempre-275269

    Ó carais, então um iletrado não consegue ver a diferença do cock do Ron Jeremy em relação ao cock do John Holmes? É preciso ler a Divina Comédia é?

     
  • At 1:24 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Por outro lado, aquilo explica o piçalho proeminente na estátua do CR7: com tanto analfabeto por metro quadrado que lá estava...

    Em louvor da ileteracia, um texto do Tom Kempis:

    "Renuncia ao desordenado desejo de saber, porque nele há muita distração e ilusão. Os letrados gostam de ser vistos e tidos por sábios. Muitas coisas há cujo conhecimento pouco ou nada aproveita à alma. E mui insensato é quem de outras coisas se ocupa e não das que tocam à sua salvação. As muitas palavras não satisfazem à alma, mas uma palavra boa refrigera o espírito e uma consciência pura inspira grande confiança em Deus."

    Já reparaste que meteram um cena nos blogs para um gajo provar que não é um robot? Agora todos os dias tenho de provar que não sou um robot.

     
  • At 1:27 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    ou iliteracia ou aletria

    (vou ter de provar outra vez que não sou um robot)

     
  • At 1:44 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    http://pt.radiovaticana.va/news/2014/12/22/papa_à_cúria_doenças_e_tentações_para_exame_de_consciência/1115679

    "Cara fúnebre – para ser sérios é preciso ser duros e arrogantes. “A severidade teatral e o pessimismo estéril são muitas vezes sintomas de medo e insegurança”. “O apóstolo deve esforçar-se por ser uma pessoa cortês, serena, entusiasta e alegre e que transmite alegria...”. “Como faz bem uma boa dose de são humorismo”

    São Humorismo?!! É um novo santo?

     
  • At 1:56 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Dou-te um mote:

    http://mariacapaz.pt/cronicas/vagina-nao-desconta-no-salario-por-isabel-moreira/

     
  • At 2:01 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Isto nem o Zaratustra carais!

    "Sentia que o cúmulo do prazer estava ao alcance da ponta do seu sexo, sentia que estavam tão perto do cimo da montanha mais alta, lá onde moram as estrelas e o oxigénio escasseia. Como escasseava nesse preciso momento em que sentiu que o mundo parava para dar lugar à maior explosão de prazer que alguma vez tinha sentido."

    http://mariacapaz.pt/cronicas/ficcao-erotica-por-miranda-lopes-18-anos/

     
  • At 2:08 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    http://mariacapaz.pt/editorial/editorial-desejos-para-2015/

    “O meu desejo para 2015 é que as casas de banho passem a dizer “mulheres” e “homens” e não “senhoras” e “homens” . E isto nos casos em que não possa haver casas de banho unissexo que digam simplesmente “WC”, ponto.”

    Não seria mais importante a desinfecção do WC como local de mexerico e corta na casaca?

     
  • At 2:14 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Táxi, tu que gostas de Cézanne e afins e às vezes pintas nas horas vagas:

    http://www.vibrolandia.com/DIVERSOS/COMESTIVEIS/E22532.htm

     
  • At 4:29 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Fónix, devo ter sido o último gajo a ver isto:

    https://www.youtube.com/watch?v=O-zpOMYRi0w

    Toda a gente a divertir-se e eu passo os dias a limpar merda e a ler o Tomás Kwempis e a dormir (se se pode chame dormir acordar de meia em meia hora) só 3 ou 4 horas em lençóis muito sujos de fluidos (não de actividades prazerosas, é mesmo de doenças).

     
  • At 9:55 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    piloto1-borbas1: tenho escrito para a gaveta. Tenho esperança que me saia o euromilhões para poder financiar a sua edição, apenas para mandar umas cópias para os corpos institucionais e ao cardeal patriarca. Por causa desta curiosa, e intelectualmente estafante, tarefa de etiquetar as operações policiais: operação face oculta, operação apito dourado, operação marquês, operação labirinto, operação monte branco, etc. descrevi, numa encantadora novela, uma destas brainstormícas reuniões, e a propósito do festival, no final há um festival de ass fucking, o bófia x espeta no bófia y que espeta no z e por aí fora, numa alegria natural pelo job well done.

    Talvez tenha escolhido mal a palavra festival, usei-a no sentido latino, de uma celebração física, de grupo. Queria dar a ideia de remate como numa camisola tricotada de lã, da coda na música, de pimenta na carne assada, do último ponto de Seurat, da verticalidade em Marques Mendes, etc.

    Não me parece, esse posta como dragão, e o Panurgo é leão, ele costumava citar o Âncoras e Nefelibatas, mas realmente não conheço esses blogs.

    Tenho que sair, exatamente para registar o euromilhões e já respondo ao resto. Para teres sonhos ecológicos, esta notícia, pergunto-me que fará ela com os 3 kg de pele morta que cai do seu corpo por ano? E se resolveu o problema da evacuação com um butt plug?

     
  • At 4:07 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Jose Torres: aquilo que notei no Cavaco, nesta mensagem de ano novo, foi as suas parecenças com o Topo Giggio, o simpático roedor italiano. Deve ser por Cavaco estar com um tom esbranquiçado e mover-se como uma marioneta. Hoje vem no Correio da Manhã um crime, de certa maneira inspirado por Cavaco: um tipo que mata usando a faca do bolo-rei.

    Mas isto afinal nem está nada mau. Li que o Estado gastou em 2014 1,2 milhões com limpeza e alimentação dos cavalos da GNR e prevê gastar mais 707 mil nas limpeza das cavalariças até 2016. Se houver pobres em Portugal, coisa que não acredito por ouvir os senhores ministros, tem boa solução: que vá para cavalgadura da GNR.

     
  • At 4:11 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    piloto1-borbas1: é verdade é. Eu comprei este Público da aprendizagem da leitura e o desempenho visual. Um gajo que não saiba ler não consegue ver a diferença entre o Pedro Lomba e uma beringela. Há casos de pessoas que aprenderam a ler depois dos 90 anos e só aí é que viram a diferença entre aquele a quem carinhosamente chamam professor Marcelo e o Snagglepuss. Quem não sabe ler tem uma visão muito baralhada do mundo. Não pode andar pela internet mostrando sabedoria e esmiuçamento. Houve uma senhora analfabeta que pendurou o casaco na Sara Sampaio pensando que era um cabide. Nos casos mais agudos poderá confundir o capuchinho vermelho com o André Breton.

    Quando ouvi que iam fazer a estátua ao nosso CR7, pensei logo que deveriam fazê-la com um falo ereto de uns 40, 50 cm, para que o homem português o pudesse beijar, como se beija os pés do Menino ou a túnica da Virgem. Parece que o artista captou a ideia. Agora espero que se solte o beijo. O único conhecimento que me aproveitaria a alma, neste ano bom, seria o número de telefone da Alexis Crystal, e que ela fosse magnânima para quem não tem nozes.

    O que é que se passa com essa treta dos robots? Apareceu-me essa caixa, primeiro tinha números, e eu tinha que digitá-los, agora pede que lhe meta um “x”, mas publico na mesma, ignorando o pedido, e não tem havido problema. Espero que essa porcaria desapareça, sem ter que lhe mexer. Já perguntei a Deus Google what to do mas Ele fechou-se em bytes.

     
  • At 4:52 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    piloto1-borbas1: talvez seja um novo santo, o são humorismo, sou será mulher. Gostei do martalismo, há tanta Marta que trabalha que se farta, a Marta Cruz, a Marta Viveiros, a Marta Gotera, a Marta Ren.

    Epá, isto está errado. Lá que “a crise sente o cheiro das mulheres”, ainda é como o outro, a água está carota e todas seguem o conselho de Eça para não lavar. Sempre se pode reaprender o cheiro e esquecer o Chanel n.º 5. Agora “que a produtividade não se dá bem com vaginas”, alto e para o fingering. Quem tem vagina não vai só a Roma, dá a volta ao mundo, que as fufas, neste estado evolutivo, a blindem e centrem o seu corpo ao redor da vulva, é com elas e não se lamuriem por um escolha pessoal e livre

    Walking on the beaches looking at the peaches
    Will you just take a look over there (where?) there
    Is she tryin' to get outta that clitares?
    Liberation for women
    Thats what I preach
    Preacher man

     
  • At 5:19 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    piloto1-borbas1: fogo! Aos 18 anos já anda assim, aos 30 está religiosa, a fugir das piças e a amaldiçoar, por obscenidade, os filmes do Tinto Brass. Porra, anda tudo a pedir “fode-me”, só eu é que não oiço nada. Tenho a impressão que este falatório corresponde a pouca prática, é só exercício literário, porque se fodesse não o descrevia assim.

    Perfeitamente a favor das casas de banho unissexo. Mas nada de portas ou resguardos, ali tudo exposto, tudo igual. Quanto à desinfeção, o WC Pato resolve.

    De chocolate. Deve ser uma maravilha. Até para a nossa idiossincrasia, as nossas universidade, nos seus laboratórios, poderiam desenvolver a tinta corporal de cozido à portuguesa. Uma vez, numa turma, quando fiz anos, as alunas oferecerem-me umas cuecas comestíveis com sabor a morango.

    Esta Iggy e a Charli, vá a outra dizer que a vagina não vende. Vende pouco vende. Como os americanos usam o substantivo ass, confunde a malta por cá.

    Como nós vamos ser. Próximos dos povos do norte.

     
  • At 5:35 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    piloto1-borbas1: quando andava na faculdade fui muitas vezes a uma lavandaria destas, mas nunca me sucedeu encontrar uma dona de casa descontraída.

    Não se enganaram muito com as previsões. Os tomates quadrados não tarda nada estão no mercado.

    Antigamente a televisão tinha muitas funções, agora nem dá para fazer isto.

     
  • At 8:49 da manhã, Blogger Pérola said…

    Quanta coisa a acontecer neste 3º calhau a contar do Sol como uma série de TV bem antiga lhe chamava.

    Vivemos tempos bem documentados onde a informação é poderosa e saber escolher uma arte.

    Um bom ano nestas viagens taxistas e sempre acompanhadas com no pratinho de couratos.

    Beijinhos

     
  • At 5:47 da tarde, Blogger São said…

    Por ingleses, ouvi falar num referendo em Inglaterra e que o inefável Barroso o acha perigoso...

    Hoje está na AR um dos responsáveis pela Rioforte: também não sabia de nada ! O que estava aquela gentinha lá a fazer em todo o grupo??

    Além de não pagar o que deve à Grécia, Merkell ameaça-a com expulsão da defunta UE !! Isto não é estar contra a Democracia?! Se estes patifórios pudessem acabariam com eleições, já faltou muito mais.

    Tem bom Dia de Reis :)

     
  • At 6:09 da tarde, Blogger Mariazita said…

    Ao comentário que tão gentilmente deixaste no meu blog, mesmo sem ser religiosa eu respondo:
    Ámen!
    Estamos mesmo necessitados de um abanão à árvore das patacas.
    Sabes onde ela está??? Se sim, diz-me... :)
    Um muito FELIZ ANO 2015.
    Beijinhos
    Mariazita

     
  • At 8:48 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Táxi, já leste isto?

    JEAN BAUDRILLARD
    À sombra das maiorias silenciosas

     
  • At 9:40 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    O Prof. Marcelo também, não tem tempo:

    http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4330681

     
  • At 9:42 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    L'ennui:

    http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-01-08-Ex-enfermeiro-alemao-confessou-ter-cometido-mais-de-30-homicidios-por-tedio

     
  • At 9:43 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Pá, eu queria ver se em vez do Hebdo fosse a revista Maria. Imaginas um "Je suis Maria"?

     
  • At 9:46 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Carais, até me estava a correr bem o dia e agora isto:

    http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=4329178&seccao=Dinheiro%20Vivo

     
  • At 9:53 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ela voltou:

    http://www.destak.pt/artigo/215831-abelha-maia-da-tv-para-o-cinema

    Tenho de me dedicar ao cinema português, tenho ali para ver "Cavalo Dinheiro" e "Fim de Semana Lusitano II".

     
  • At 10:07 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Desenhos animados:

    https://www.youtube.com/watch?v=--11JyXJtZg

     
  • At 12:14 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Aquelas mesas redondas de gente a debater o estado da nação, com copos de água em cima da mesa; está resolvido o mistério:

    http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/bill-gates-bebeu-agua-destilada-de-fezes-humanas-e-quer-por-os-paises-pobres-a-fazer-o-mesmo-1681564

     
  • At 10:05 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Pérola: felizmente, Deus Google e Seus anjos cookies escolhem a informação por nós, consoante a nossa índole e maneira de ser. Nem precisamos pedir, Ele lê os nossos pensamentos e preenche-nos com informação adequada. Por acaso é um pouco irritante, se uma pessoa procura outra coisa, Ele está sempre a enviar-nos para os sites que Ele deduziu da nossa navegação.

    E de tudo muito bom para 2015.

     
  • At 10:05 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: fazer referendos dá sempre para o torto. Já fizeram dois na Noruega para entrar na UE e eles mandam a União dar uma volta o fiorde grande. É sempre má ideia perguntar às pessoas o que elas querem, porque não sabem, quem sabe, são os líderes. Por isso é que os povos soberanos lhes seguem o cheiro.

    Se há alguém que engula o monte de tretas que estão a passar na comissão parlamentar, então merece pagar a fatura do BES, que é capaz de vir no Orçamento de Estado de 2016. Claro que até a mulher da limpeza sabia que os GES estava falido, tal como estão o Banif, o BPI, o BCP, a Caixa, o Montepio, etc. há dias li uma avaliação estrangeira da nossa banca, que estava muito forte, uma maravilha, recomendava-se, o único problema era a rentabilidade. Ou seja, são empresas que não dão lucro, mas de resto tudo bem. Não é preciso ser-se economista para se perceber que um país com 10 milhões de tesos não tem necessidade de tanto banco, a não ser, como sucede, que eles vivam de swaps, assessoria a privatizações e compra de dívida pública. Com certeza que não vivem a emprestar dinheiro à economia, porque não há economia.

    Só pode haver democracia nos países altamente controlados, em que existam mecanismos operacionais de fazer a opinião pública e onde exista um acordo de cavalheiros de como ir ao pote. É o sistema de dois partidos que se revezam, mas quem ganha, quem lucra com os negócios gerados são sempre os mesmos. Não se pode deixar as pessoas escolher livremente, ou sucedeu como na Palestina, ganha o Hamas e os judeus acionam o plano A. Divulgam umas mentiras, como controlam os “líderes” mundiais, não é difícil que elas sejam aceites sem pestanejar. Como aquela que o Hamas quer acabar com Israel. Quando ganharam as eleições, os dirigentes do Hamas só disseram que queriam que Israel parasse com a ocupação de terras. Coisa que os judeus nunca farão. Ainda agora vão receber mais 5 mil (ou coisa parecida) imigrados para Israel, não me lembro de que país, suponho que da França. E a terra que eles vão ocupar, claro, será roubada aos palestinianos.

     
  • At 10:06 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Mariazita: quem me dera encontrar a árvore das patacas. Agora já é tarde, mas, inscrevendo-se numa juventude partidária (dos partidos vencedores), e tirando um curso de Direito, é meio caminho para lá chegar.

     
  • At 10:07 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: do Baudrillard só tenho algures um livro chamado O sistema dos objetos, ou coisa parecida, mas acho que ainda não o li. Este das massas parece valer a pena, agora que elas estão tão bem encarneiradas. Anda tudo agora no Je suis Charlie Brown. Domingo vai haver uma grande festa em Paris com os leitores mais famosos do Charlie Hebdo: Angela Merkel, Mariano Rajoy, David Cameron, Matteo Renzi, Jean-Claude Juncker, Donald Tusk e Passos Coelho. Estive a vasculhar e encontrei aqui vários exemplares recentes, quer dizer, com 10 anos, e era um jornal irrelevante, tal como os Cahiers du cinéma, passara o seu tempo. Nem sabia que o Wolinski estava vivo.

    Noutro lado da cultura. Estive a ver o Ninfomaníaca do Trier. Levei três dias a fazê-lo. O filme é espetacular. Se não viste vale a pena dar uma olhada. Claro que isto é um filme para os tempos antigos em havia cinema, cineclubes, Cahiers du Cinéma, e sobretudo cinéfilos. Nos nossos dias ninguém tem 5 horas para ver um filme, concentrado, sem desviar a atenção, sem consultar o Facebook ou jogar o Angry Birds ou comer uma pipoca.

    O filme tem uma imagem que icónica, para figurar junto do Estou pronta para o meu close up, mr. DeMille, da Gloria Swanson, do rabo da Ornella Muti nos Contos da loucura normal ou das corridas de carros no Rebelde sem causa. E essa cena é: a filha de Jane Birkin e Serge Gainsbourg a ser comida por dois pretos, um pelo cu outro pela cona. Daria uma ótima estátua para pôr à porta do Eliseu ou outro lugar de cultura e poder francês. Não te assustes. A rapariga continua decente. A cena é feita com body double, o efeito especial está tão bem feito, que parece ser mesmo ela a ser bombeada. Acredito que ela poderia ter feito a cena, com certeza que já levou no cu e é capaz de o saber representar, mas não creio que saísse tão boa. Para uma boa interpretação com um piçómetro preto pelo cu acima é necessário notas altas no conservatório, muito método, muito Lee Strasberg. Se reparares, toda a tensão narrativa está nas expressões do pé. Eu nunca tinha notado. Sempre pensei que com uma piça no cu, o importante seria a expressão facial, como erradamente nos davam a entender as atrizes americanas, que gemem, gritam, berram, fazem esgares de dor. Esta interpretação do pé deveria ser nomeada e vencer um Oscar.

    O filme tem um final de génio. A primeira parte poderia ter terminado em “Enche-me todos os buracos”, e seria um love story século XXI, mas o filme continuou, compreende-se, para introdução da 2.ª parte. Que também poderia ter terminado em “Enche-me todos os buracos”. Quando o vejo continuar, temi que viesse alguma absolvição moral ou filosofia take away. Mas não. A forma como ele acaba o filme é simplesmente genial.

    O filme tem a melhor descrição de perda de virgindade que já ouviste.

    Joe (é como se chama a gaja): ele enfiou a piça dentro de mim e enterrou-a três vezes, depois virou-me como um saco de batatas e enterrou-ma cinco vezes no cu. Nunca me esqueci daqueles dois números humilhantes”
    Seligman: três e cinco? São os números de Fibonacci.
    Joe: é possível. Mas doeu como o caraças.

    Ninguém consegue bater isto. Claro que poderia haver algo do tipo “Perdi a virgindade com Marques Mendes”, mas seria diálogo para comédia solta e folgazona, passada na Lusófona ou noutra das ótimas universidades da nossa praça, não para um filme que ambicione ficar na história.

     
  • At 10:47 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: mas que magnifica ideia das fraldas. Não só para bófias, mas para todos os trabalhadores. Os empresários poupariam uma pipa de massa cortando as idas à casa de banho. E até se criaria uma nova profissão: o de mudador de fraldas. Estou convencido que todos os comentadores as usam, não estou a ver algum deles correr o risco de privar o espetador das suas sabidonas palavras, por causa da diarreia.

    Ainda os prendem? O Estado social devia dar-lhes uma medalha, limpando os velhos, estão a contribuir para a sustentabilidade das pensões.

    É nesta altura que faz falta a revista Gina. Je suis Gina, já soa bem, dá um ar cosmopolita, que Maria não tem, obviamente. Acho que o Hollande ficaria satisfeito se fosse a revista Closer.

    Epá! promete. "Não vai ser igual a nenhuma das que estão no mercado. Porque quem me conhece sabe que eu nunca faria nada igual", acho difícil bater a Hustler, mas talvez a Cristina Ferreira consiga. Ela devia reeditar a Gina, mesmo que se chamasse Cristina.

    Parece que em cinema português terás os 7 Pecados Rurais II para ver. Confesso que ainda não estou nessa fase nacional. Acho que o último que vi foi o Call girl.

    Esta da “sexual imagery” faz lembrar a anedota do tudo me dá tesão. Parece que a sexualidade polimórfica saltou do corpo para o exterior e tudo está conotado com sexo, pois tudo é papável (não no caminho para Papa mas de espeto de frango).

     
  • At 10:54 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: os matadores.

    Uma dança.

    Os oitentas.

    O cinema os pais da outra.

    Aqui para o teu jantar.

     
  • At 11:08 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: um pouco de funk.

    Um pouco de pato.

    Um pouco de ópera.

    Ao contrário do que possas pensar, ler, é uma atividade exclusivamente feminina.

    Um pouco de oitentas.

    O big brother.

     
  • At 11:18 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: esqueci-me, também estarão na grande festa de Paris outros leitores do Charlie Hebdo, a Assunção Esteves, e o Bruno Maçães, ao lado de Passos Lapin.

     
  • At 2:41 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Tentei várias vezes sacar esse filme (pediram-me) e nada, só me chegaram torrents sei lá de quê.

    Cheguei a esse livro do Baudrillard porque no outro dia pus-me a ler um livro brasileiro escrito nos anos 80 sobre o "pós-moderno" (eu sei que ninguém mentalmente são lê livros sobre o pós-moderno dos anos 80 em 2015). Apesar de estar cheio de erros, o livro do brasuca é castiço e ele diz lá isto "se nunca esteve com uma granada na mão, pegue neste livro do Baudrillard). Isto foi uns dias antes do ataque ao Hebdo. Ora, o livro do B. fala muito de terrorismo e até tem uma nota de rodapé sobre o Hebdo (não pode ser mera coincidência: isto anda tudo desligado mesmo). Li partes do livro. É um sossego. Melhor que o budismo-zen. Uma coisa de que ele fala, acho, é que as centrais atómicas e os estúdios de TV são muito parecidos. Pelo menos, ambos produzem lixo tóxico: a Cristina Ferreira no caso das TVS e material radioactivo no caso das centrais nucleares (apesar de eu achar o Goucha também radioactivo).

    Li um conto do Gautier, o Avatar, muito bom, apesar da tradução brasuca ser na realidade uma versão. Quando procurei o pdf em francês fiquei desconfiado porque numa parte em que um prof. Mambo da altura falava em sonambulismos, espiritismos e não sei que mais, falou nuns autores, entre eles o Deleuze. Pensei logo que os pdfs também já estavam associados aos cookies, ao que suspirei "é a última devastação", mas afinal não, foi coincidência (coincidência é o nome brando para os ardis do Vil Arquitecto).

    Essas coisas de sexo desse filme com os body doubles lembra-me uma coisa que li no outro dia sobre a arte e a realidade, mas esqueci-me o que era, ponho-me a ler coisas geniais produzidas pelo habitante do calhau a contar do coiso e fico a matutar mas depois esqueço-me.

    Ainda em relação ao Baudrillard. Não achas que é capaz de haver uma relação do atentado no Hebdo com o José Sócrates? Repara: onde estava o Sócrates? Não era em paris? O Baudrillard diz que a realidade foi assassinada. Ao contrário do Deus do Nietzscche, não foi apenas assassinada: foi exterminada e nem sequer há vestígios do cadáver da pobre realidade. O crime perfeito. O Perna. O Sócrates. O Hebdo. A Filipa Vá Com Deus. Imensa Paprika. Tinto Brass. Que vai fazer Passos Coelho a Paris? Onde foi enterrado Eusébio e Sophia? Será que há ninfomaníacas no deserto dos tártaros? Interrogações retóricas na idade da morte da retórica e da proliferação incontrolada do sound byte e do défice de atenção e tesão. O cliché anti-cliché. A bomba antónia.


     
  • At 3:36 da tarde, Blogger São said…

    Fiquei estarrecida ao ver a inefável Esther M. na praça do Município lisboeta contra o brutal atentado no "Charlie Hebdo": é preciso ter um perverso e total cinismo !!

    O pior é ser a extrema-direita quem lucra: Marine Le Pen quer um referendo sobre a pena de morte!!

    No entanto, numa coisa concordo com ela: retirar a nacionalidade francesa( ou portuguesa, ou...) a quem vai juntar-se ao Estado Islâmico e regressa.

    Nos EUA , criaturas existem que vão para matar pessoas e arrasar povoações com o dito Califado , mas querem regressar - não por causa das barbaridades cometidas pelo dito - mas porque não t~em rede no telemóvel e afins !!

    É isto Humanidade ?!

    Quanto ao estado da nosso país e da UE estamos conversados: a Alemanha manda em tudo !!

    Bom fim de semana

     
  • At 3:41 da tarde, Blogger São said…

    Esqueci-me de Gustavo Santos e da sua reacção aos assassinatos em França.

    Como lhe escrevi no mural, a lógica dele é igual à de quem acusa as mulheres violadas de o serem por culpa própria, pois estão de decote, em "feudo do macho lusitano",...

    Interessante ver depois os comentários, que descambam incrivelmente.Part-se para o insulto na maior parte das vezes.

    Acho que o facebook exarceba o pior de cada pessoa e como a educação e a cidadania em Portugal é o que n ós sabemos, o resultado é deplorável.

    Fica bem

     
  • At 8:53 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: a cena em cima é do director’s cut que, se não estou em erro, o Trier apresentou no festival de Veneza. Deve dar um gozo do caraças um tipo levar ratas e piças a lugares sérios, embora, infelizmente, os consumidores de cultura já chuparam tantas em unissexo que já não se espantam. Creio que nos relacionados podes ver a mesma cena que passou nos cinemas, sem a visão direta dos agressivos bacamartes trespassando a frágil senhora. Bem perguntei a Deus Google, o cruel, quem era a body double mas Ele não respondeu. A rata e outros orifícios de Charlotte Gainsbourg, e mesmo da Stacy Martin, são da Elvira Friis, uma atriz porno dinamarquesa, mas aquela cena específica não sei se é ela.

    O filme Ninfomaníaca tem outra cena histórica, tem o broche mais cruel que alguma vez viste. Num comboio, Joe e a amiga B vão numa caça ao homem, num concurso cujo prémio era um saco de M&Ms. No comboio vai um gajo de meia-idade (40 e tal, meia-idade é a partir dos 40 anos, eu sou preciso nos conceitos). Ele e a mulher tinham decidido formar família, e ela telefonara-lhe que estava a ovular, ele apressava-se para o lar para inseminar os óvulos com o esperma que conscientemente guardara. Pois, Joe, não foi sensível aos seus apelos e razões e chupou-o, nem sequer engolindo o precioso líquido, num desperdício de exasperar um liberal da economia sustentável. Já alguma viste maldade maior? Isto levanta um problema ético complexo. O broche é bom ou é mau? Tenho alguns livros antigos de ética, mas não sou capaz de resolver esta questão filosófica, é matéria para Eduardo Lourenço ou Manuel Maria Carrilho.

    Já reparaste como os portugueses sabem muito bem o que têm em casa, a virtude das suas mulheres, que a tradução de son of a bitch é filho da mãe? Há dias vi uma legenda numa série de TV muito apropriada: hijos de puta, traduziram por hijos de mãe. Com hijos em itálico como manda a norma.

     
  • At 9:04 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: Maomé era um tipo muito perspicaz, sabia que virgens só nas orelhas, ou no cesto, como o Capuchinho Vermelho, e prometia-as para o after life. Agora Wolinski está a reclamar o seu direito às 77 virgens.

    Ando a ler a pechincha que comprei do dos Santos, Rodrigues, e estou preparado para o citar a torto e torto. Naquela notícia das fraldas, há outra forma de resolver as funções fisiológicas em presença do Santo Padre: um copo. Mas para isso era necessário autorizar a exibição dos órgãos mictórios em público, continuava a proibição da exibição dos órgãos genitais, como eles estão entrelaçados num salto quântico, aproveitando para citar dos Santos, é possível separá-los usando a função de onda de Schrödinger.

    Sobre a arte e a realidade, não há melhor que Jean-Claude Brisseau. Ele era professor e desistiu de uma brilhante carreira para fazer filmes (poucos, que a massa está cara). Ele tem um filme, Les anges exterminateurs, onde levanta essa questão. Se não viste merece uma olhadela, mas, claro, é outro filme para cinéfilos, daqueles que havia antigamente, que, em rapazes, passavam os dias enfiados nas salas de cinema, tipo Truffaut, Bertolucci, Argento. O filme é um realizador que pede a gajas para se masturbarem diante dele, como a Lise Bellynck. Não que representassem a masturbação mas que a executassem na realidade. Neste caso, qual é a linha que separa o real da ficção? Por exemplo, um ator ao representar uma refeição está a comer de facto, mas está a representar, o que é que há no sexo que o torna diferente? O casting para o filme está impecável, as gajas são extraordinárias atrizes.

     
  • At 9:14 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: estas duas notícias estão muy buenas. No programa “Portugal 2020”, se os candidatos às mesmas verbas tiverem pontuação igual, é escolhida a empresa com mais mulheres na gestão. Mas um caso da burguesia a arranjar emprego para as suas putas. E porque não mulheres da limpeza? só porque vivem em bairros sociais e os filhos têm de vender droga para roupa de marca e gadgets eletrónicos.

    A outra é: Grã-Bretanha quer que professores e educadores denunciem às autoridades crianças que sejam potenciais terroristas. Isto é ótimo para um gajo se desfazer dos alunos que não gosta: basta uma chibadela e ele vai para Guantánamo.

     
  • At 9:51 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: o ataque ao Charlie Hebdo foi magnífico para nós, centenas dos nossos especialistas desfilaram na TV na mais doce califasia, eu orgulhei por termos especialistas e não só jogadores de futebol. A preocupação geral era cuidar dos carneiros, isolar os terroristas, não divulgar a sua mensagem, não se pode dar voz aos condenados. Uma coisa percebi. Que não eram terroristas, não usavam o terror indiscriminado, atacaram alvos específicos, tal como os EUA atiram bombas que matam o alvo e alguns menores danos colaterais. Quando estas peças: Angela Merkel, Mariano Rajoy, David Cameron, Matteo Renzi, Jean-Claude Juncker, Donald Tusk, Passos Coelho, Assunção Esteves e o Bruno Maçães, se vão juntar em Paris para a festa da cerimónia do ataque, ainda desconfio mais. Uma coisa é certa, se fosse a redação do Closer Hollande, podia chorar em frente dos carneiros, mas no íntimo estaria feliz. Isto é tudo uma questão de lugar.

    Ver aquela velharia toda na praça do Município com cartazes fez-me rir imenso, sobretudo por que muitos nem faziam ideia do que era o Charlie Hebdo, jornal que teve tempos áureos, mas que agora pelos vistos tinha como público-alvo os muçulmanos.

    Sempre tive muita dificuldade em seguir o espírito de rebanho, por isso nunca passei da cepa torta, sei que os comunas comiam crianças, vi fotos de crianças assadas na China para petisco desses lambões e ladrões. Não percebo bem o Estado Islâmico, não estive lá, mas dentro da mesma lógica, da boa informação ocidental (agora não se diz isso, diz-se Estado de direito), acredito que aquilo é uma atrocidade, um horror, uma barbárie e mais alguns adjetivos que os nossos analistas com tão propriedade usam.

    As pessoas são o pior, não há nada exacerbado nelas.

     
  • At 1:00 da manhã, Blogger São said…

    Achas mesmo que somos assim tão más criaturas? Eu ainda gostaria de ficar com alguma esperança...

    Eu lembro-me das manifestações contra caricaturas de anos atrás e nunca diria que "o Islão é a religião mais estúpida que existe " mas nem por isso aceito que se assassine quem o diz.

    Bom domingo.

     
  • At 1:25 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    "qual é a linha que separa o real da ficção?"

    Continuando no Baudrillard: é a Zon.

    "nem sequer engolindo o precioso líquido, num desperdício de exasperar um liberal da economia sustentável."

    Cada semente é sagrada é, agora ainda mais.


    Com voltaste a falar nos terroristas, ainda o Baudrillard (nome irritante que o homem tem), tradução brasuca:


    Aliás o único fenômeno que está em relação de afinidade com elas, com as massas, exatamente como se aí se desenrolasse a última peripécia do social, e de sua morte, é o terrorismo. Nada mais “afastado das massas” do que o terrorismo, e o poder tem tentado levantar um contra o outro. Mas nada mais estranho, nada mais familiar também, do que sua convergência na negação do social e na recusa do sentido. Porque o terrorismo na verdade pretende visar o capital (o imperialismo mundial, etc.) mas se engana de inimigo, e ao fazer isso visa seu verdadeiro inimigo, que é o social. O terrorismo atual visa o social em resposta ao terrorismo do social. Ele visa o social tal como é produzido hoje - rede orbital, intersticial, nuclear, textural, de controle e de segurança, que nos investe de todas as partes e nos produz, a nós todos, como maioria silenciosa. Socialidade hiper-real, imperceptível, que não opera mais pela lei e pela repressão, mas pela infiltração de modelos, não pela violência, mas pela persuasão/dissuação. A isso o terrorismo responde com um ato ele mesmo hiper- real, imediatamente destinado às ondas concêntricas dos meios de comunicação e da fascinação, imediatamente destinado não a alguma representação nem consciência, mas à desaceleração mental por contingüidade, fascinação e pânico, não à reflexão nem à lógica das causas e dos efeitos, mas à reação em cadeia por contágio. Desprovido de sentido, portanto, e indeterminado como o sistema que ele combate, em que ele se insere mais como um ponto de implosão máxima e infinitesimal - terrorismo não-explosivo, não-histórico, não-político; implosivo, cristalizante, siderante - e por isso profundamente homólogo ao silêncio e à inércia das massas.
    O terrorismo não visa fazer falar, ressuscitar ou mobilizar quem quer que seja; não tem prolongamento revolucionário (a esse respeito, seria mais uma contra-performance total, o que se lhe censura violentamente, mas seu problema não está nisso), visa as massas em seu silêncio, silêncio magnetizado pela informação; ele visa, para precipitar sua morte ao acentuá-la, esta magia branca do social que nos envolve, a da informação, da simulação, da dissuasão, do controle anônimo e aleatório, essa magia branca da abstração social pela magia negra de uma abstração maior ainda, mais anônima, mais arbitrária e mais aleatória ainda: a do ato terrorista.
    Ele é o único ato não-representativo. É nisso que ele tem afinidade com as massas, que são a única realidade não-representável. Sobretudo isso não quer dizer que novamente o terrorismo representaria o silêncio e o não-dito das massas, que exprimiria violentamente sua resistência passiva. Isso quer dizer simplesmente: não há equivalente ao caráter cego, não-representativo, desprovido de sentido, do ato terrorista, senão o comportamento cego, desprovido de sentido e além da representação que é o das massas. Eles têm isso de comum porque são a forma atual mais radical, mais exacerbada, de negação de qualquer sistema representativo. É tudo.

     
  • At 1:41 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Viana pelo Ramalho Ortigão:

    http://lllvnd.blogspot.pt/2015/01/viana-do-castelo.html

    (um parágrafo do texto lembra-me bastante o Panurgo)

     
  • At 12:16 da manhã, Blogger Pedro said…

    Diz lá, homem.

     
  • At 12:59 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    "numa espécie de privilégio aristocrático de grandes espíritos enfadados do mundo, respondendo provocadoramente pelo culto literário da mais fina arte beata aos grosseiros pedantismos da ciência e aos ruidosos triunfos sociais da vasta imbecilidade humana."

     
  • At 1:47 da manhã, Blogger Pedro said…

    Oh da Guarda!, que me fazem injustiça! Desde que atingi a maior idade (quer dizer, já desde a mais tenra idade) não desejo senão em alcançar os píncaros da glória: uma coluna de jornal, um lugar como deputado, um cargo de assessor, vinte minutos de comentário televisivo, a guarda dos trabalhos de dezenas de mesas de assembleias gerais, uma vastíssima erudição em temas da actualidade dominante e marcante, uma pujante forma física como a desse novíssimo escriba do reino, Gonçalo qualquer coisa, no Observador (outra referência do jornalismo planetário) cuja descoberta atribuo à intervenção de forças supraterrestres.

     
  • At 10:41 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    O D. Gonçalo Nuno Ary Portocarrero de Almada, 4.º visconde de Macieira?

    Tu devias estar desde tenra ideia em Basileia ou Lisboa, numa cátedra, como o Frederico; a ensinar filologia a estas raparigas modernas que agora se vê e que escrevem no Maria Capaz; umas pitadas de erudição não lhes faziam mal (mas não em privado, como pretendia o arquitecto).

     
  • At 12:49 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: é a eterna questão moral do Rousseau ou do nosso Eça no Mandarim. Se não houver condicionantes e sanções sociais o ser humano opta pela solidariedade ou pelo egoísmo? Se ninguém estiver a ver, optará por seguir objetivos pessoais, por isso é que veio o liberalismo, para pôr os empreendedores uns contra os outros, policiando-se uns aos outros, para que exista um bem-comum (curiosamente, o bem-comum foi substituído pelo bem-maior, algo mais difuso que promete manhãs que cantam, mas ainda se continuam a autointitular liberais). E para citar alguém de interesse e não patetas académicos, diz a vencedora da última Casa dos Segredos, Elisabete Moutinho, depois da sua experiência de banho social: “Estou mais desconfiada, pois apercebi-me que há muita maldade nas pessoas. Agora estou sempre de pé atrás”. A jovem poderia ter descoberto isto mais tarde, quando casasse com um labroscas e levasse nos cornos todos os dias (psicológica ou fisicamente), ou no mercado de trabalho, quando o patrão fugisse com o dinheiro dos ordenados, sem sequer ter pagado a segurança social, ou num banco, quando lhe venderam aplicações seguríssimas para o seu dinheiro.

    O Islão tem a sua graça. Deu material ideológico para o render de gerações na direita francesa. O velho le Pen, um velho, logo, um desbocado, ainda fala contra os judeus. Marine, que sabe quem controla o dinheiro, e sem dinheiro não há campanhas eleitorais, substituiu o antissemitismo pelo anti-islamismo. Dizia ela em 2010 que os muçulmanos de rabo para o ar a rezar nas ruas parecia a ocupação os nazis.

    O caso do Estado Islâmico é simples. Se forem derrotados são maus, se forem vencedores são bons. Nos casos de avaliação histórica a lógica é primária. No fundo, o grande crime contra a humanidade cometido pelo Estado Islâmico é estarem a vender petróleo a 30 dólares o barril na fronteira da Turquia, claro que as nações democráticas proibiram as suas empresas de tal vil negócio que afundaria lucros adquiridos, mas se elas tiverem um bom commissaire aux comptes o céu é o limite.

     
  • At 12:50 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: epá, então não sabes que a Zon já não existe? Não me digas que o progresso demora a chegar ao Minho, que decorrerão anos antes de teres os privilégios da civilização, como um atentado bombista ou uma brazilian waxing.

    Achei aquele bico o cúmulo da crueldade, muito pior que Hannibal Lecter ou aquele psicopata que matava com um martelo, ou coisa parecida, num filme do Dirty Harry. Ao roubar o esperma, Joe estava a atentar contra os próprios fundamentos da sociedade: a família, contra um futuro eleitor, contribuinte, consumidor, isto é, promove o caos, enquanto que os criminosos clássicos apenas fornecem bons negócios às funerárias.

    Convencionou-se aplicar a palavra terrorismo aos nossos inimigos, as suas ações são terroristas, não há político que não acuse seu adversário de terrorismo. Os intelectuais franceses têm este dom de escrever muito, mas no fiambre para pôr na sandes (do saber) ou é muito fino ou nada há. Deleuze também deve ter os seus escritos sobre o fenómeno. Não tenho tempo para procurar. Há meses que não escrevo uma linha para os posts, a sorte é ter alguns já adiantados, mas estão a acabar. Tenho que mudar rotinas e horários para esticar o tempo.

    Uma livraria onde poderás comprar livros do Baudrillard.

    Uma cidade sem realejos não é competitiva, até na do Franjinhas havia um. O realejo é o diapasão que marca o ritmo moderno casa trabalho, trabalho casa, nine to five. Panurgo é bem capaz de meter óculos escuros e passar-se por outro, para que não lhe amassem a cara como um detetive do Chandler.

    Ter visto ontem a esperança da esquerda europeia a conduzir as hostes nas ruas, é inevitável associá-lo a Napoleão, temos líder, as mulheres poisarão a seus pés os seus figos e as suas ânforas. Se há razão para odiar o terrorismo esta á a única: ver aquela tralha toda de braço dado, claro que se tivesse havido final apoteótico de beijo homossexual, a manifestação salvasse. Mas assim… pior seria um ataque ao Paris Tabu. O não sou Charlie.

     
  • At 1:02 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Pedro: não desesperes, serás recompensado com os píncaros. Olha o Carlos Abreu Amorim, começou liberal e hoje é mineral, volfrâmio, ouro, diamante, quartzo para os pipis de pulso.

     
  • At 1:09 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: Macieira agora marchava. Estas raparigas modernas, só são modernas porque descobriram a vagina, quando lhe meterem patchouli, ficarão iguais às raparigas das escolas secundárias. Uma rapariga ultramoderna.

    E da música.

     
  • At 1:46 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: li que estão a pensar fazer um James Bond preto, para não ser sempre braquelas como double 00 com ordem para matar. Vi o Skyfall, e James a certa altura, dá a entender que já abafou a palhinha, para o vilão da fita, o Bardem. Isto é uma mina, deveriam fazer o James Bond gay, o James Bond gaja, hetero e fufa, o James Bond amarelo, não terá é James Bond de Viana.

     
  • At 2:22 da tarde, Blogger Pedro said…

    Não, o outro guaxinim, o Gonçalo Almeida Ribeiro que anda por lá, juntamente com outros dois grandes vultos intelectuais a discutir um documento importantíssimo para a vida portuguesa: a Magna Carta inglesa de 1215.

    por lá também se pode ver

    http://observador.pt/videos/equilibrio-2/equilibrio-ashtanga-ioga-exercicio-2/

    fui lá ao maria capaz e dei com isto:

    A primeira, que não existem brinquedos, máscaras ou cores para eles ou para elas. A segunda, que as crianças se estão a borrifar para os conceitos de género. Para eles as meninas e os meninos são iguais, a base é a mesma. A terceira grande lição recebi-a no dia seguinte, quando, ao mostrar as fotos da festa no meu local de trabalho, uma tipa lançou o mais desprezível dos comentários ao ver o meu filho mascarado de princesa: “Que paneleiro, vestido de gaja!”.
    Aprendi então que os meus filhos têm uma sorte imensa por terem nascido numa casa onde nunca se permitirá um insulto deste calibre. Percebi que estão a crescer num ambiente onde a tolerância e o respeito contam mais do que estudar em colégios caros ou aprender a tocar violino com dois anos.

    num video no youtube esta gaja (que, a princípio, até pensei ser boa, mas a foto tem uns 20 anos) apresenta-se como: escritora, blogger e bancária. Portanto, Kafka, cá está.

     
  • At 2:30 da tarde, Blogger São said…

    Estou a ficar cansada de tudo isto...se calhar ainda vou para freira de reclusão, embora não veja muito bem como.

    Em Arequipa, segunda cidade peruana, o Convento de Santa Catarina é de reclusão, mas as freiras vêm trabalhar no exterior, rrrsss

    E se nada é como deveria ser, já não sei que faça .

    Boa semana

     
  • At 2:32 da tarde, Blogger Pedro said…

    Táxi, toma lá uma namorada para ti

    http://mariacapaz.pt/cronistas/joana-barrios/

     
  • At 12:13 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    "o meu filho mascarado de princesa":

    é a quarta via para o impasse político: a igualdade de género (permanecendo a desigualdade social)

     
  • At 12:28 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    A namorada do Leandro (Leandro e Leonardo):

    http://blogdoantonicodaigreja.blogspot.pt/2015/01/mari-alexandre.html

     
  • At 12:37 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Cara olha essa gostosona aí:

    https://www.youtube.com/watch?v=Bz8Q7xsJYdg

     
  • At 11:15 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: agora é que isto está a ficar bom. Ou seja, vai melhorar, pois a posição de Passos Coelho na manif de celebração do Charlie Hebdo foi um insulto às cores da nossa bandeira. Passos devia, por direito próprio, estar na primeira fila, puseram-no na terceira e Bruno Maçães nem se vê. É um desrespeito pelo povo mais reformista de sempre. Povo obediente. Que luta pela liberdade de expressão, como se o caso Charlie Hebdo fosse isso. Se fosse, então porque foi despedido o cartoonista Siné, que em 2008 escreveu que o filho de Sarkozy ia converter-se ao judaísmo, para casar com uma gaja muito rica. Sei que neste caso é diferente. Por uma gaja muito rica até ao satanismo ou ao cubismo a conversão é justa, trata-se de amor, e o amour est toujours l’amour. A caricatura dizia, e não se enganou, o Siné: “Il ira loin dans la vie, ce petit”.

    Ao menos tiramos uma lição do Charlie Hebdo. A culpa é deles, se tivessem contratado jornalistas portugueses nada daquilo sucederia, são tão iníquos os nossos plumitivos que só há ação nas peças de investigação sobre a Casa dos Segredos ou o casamento Bárbara-Carrilho ou a alma da mulher do Tony Carreira.

     
  • At 11:29 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Pedro: bela moça, do lado certo da música. Bem que tentei encontrar uma que gostasse de U2 mas não consegui, escolhi, para te apresentar a Judite, tem cara de gostar de U2, digo isto por causa da 1.ª foto da esquerda, ela parece estar a ver o Bono a andar de bicicleta, ou a última, também dá essa ideia, a do meio, parece esperar The Edge. Ela tem duas fraquezas: chocolate e sexo, mas melhor, gosta à canzana e conchinha.

     
  • At 11:42 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Pedro: é curioso que a saudação ao sol é feita não de frente, mas quase de rabo, pela sombra no chão, elas estão viradas quase de rabo para o rei sol.

    “Aprendi então que os meus filhos têm uma sorte imensa por terem nascido numa casa onde nunca se permitirá um insulto deste calibre”. Sorte? Bolas, isto é a coisa mais atroz que li. Espero que a dike se cumpra, já que não há justiça do Estado de Direito, e, crescido o filho, lhe dê nas trombas para lhe sacar o dinheiro ou a abandone numa estação de serviço quando estiver velha e sem préstimo. Fala-se dos traumas causados pelos abusos sexuais na infância e adolescência, destes abusos, das mães neuróticas, que em vez de filhos deveriam ter um cãozinho, já está tudo bem no mundo da psicologia.

     
  • At 11:58 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: realmente vestir um filho de princesa, e ainda por cima pensar que está a agir no seu supremo interesse, e não pelos macaquinhos no seu sótão mal resolvido, é algo que merece punição. Bom, pelo menos contribui para a vaginalização do mundo, que no fundo é o status atual. O pénis é um órgão agressivo, intrusivo, feito para furar, para a guerra. Se queremos paz no mundo, a vagina tem dominar, porque é cotton candy e lollipop.

    Esperemos que a Mari ou a Ellen não sejam como a Andressa Urach, holy fuck «Miss Bumbum» brasileira, de 27 anos, tencionava submeter-se a uma cirurgia para retirar um dedo de cada pé «para deixá-los mais finos» e remover uma costela «para ficar mais magra».

     
  • At 12:13 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: tu que tens insónia safaste-te muitas doenças, se sofresses do restless legs syndrome, acordavas com a sensação de ter feito caminho durante a noite.

    Rotinas de escritores, tens que meter o cursor em cima das tiras colorida para veres os hábitos. Desde já te digo que Kant gostava de beber chá e fumar cachimbo (numa categoria a posteriori da sensibilidade, suponho). E que Voltaire trabalhava na cama, preguiçoso, outra coisa não seria de esperar de um bandido que disse atrocidades da Universidade de Coimbra, que antanho e agora só produz do melhor (espero que Carlos Abreu Amorim tenha saído das suas salas). Ditou da cama esse facínora do Voltaire:

    “Após o tremor de terra que destruíra três quartos de Lisboa, os sábios do país não haviam encontrado um modo mais eficaz de prevenir uma ruína total que o de dar ao povo um belo auto-de-fé. Fora decidido pela Universidade de Coimbra que o espetáculo de algumas pessoas queimadas a fogo lento, em grande cerimónia, era um segredo infalível para impedir a terra de tremer (…). Consequentemente, foram apanhados um basco acusado de ter desposado a sua comadre e dois portugueses que, ao comer frango, haviam tirado fora o toucinho, e vieram buscar, após o jantar, o Dr. Pangloss e seu discípulo Cândido (…). Cândido foi açoitado ritmicamente ao som de um canto, o basco e os dois homens que não quiseram comer o toucinho foram queimados e Pangloss foi enforcado, embora isto não fosse o costume.”

     
  • At 12:25 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: e este barco que trará aos nosso portos as riquezas da China.

    Se frequentares a beleza.

    Se frequentares um otário.

    Ladies a playar records.

    Uma música intelectual.

    Outra ainda mais intelectual.

     
  • At 12:31 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: Os instrumentos: o violino.

    A guitarra.

    A Amália.

    A Yvette.

    O faroeste.

    O ocidente.

    Um movie.

     
  • At 9:46 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    O Kant fumava cachimbo?! Isso vem naquele livro "os últimos dias"? Nunca li.

    Mais gostosonas:

    http://atl.clicrbs.com.br/naocliqueaqui/2015/01/13/fotos-sensuais-de-evangelicas-gostosas-geram-polemica/

    Brigas de pobre:

    http://atl.clicrbs.com.br/naocliqueaqui/2015/01/14/as-5-melhores-brigas-de-pobre-espalhadas-pela-internet/

     
  • At 10:05 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ler Platão já era, o que tá dando mesmo é o decote invertido:

    http://atl.clicrbs.com.br/naocliqueaqui/2015/01/09/21-decotes-invertidos-que-vao-alegrar-a-macharada/

     
  • At 12:01 da manhã, Blogger Pedro said…

    andas a ler muitos ensaios, n.

     
  • At 7:31 da tarde, Blogger São said…

    Graças ao meu anjinho-da-guarda nunca me declarei como "Charlie" e fiquei pouco satisfeita ao saber desse despedimento de Siné!

    E neste momento estou indignada porque um humorista francês já foi preso por anti semitismo e os países estão a legislar fortemente para restringir a nossa liberdade em nome de uma segurança que não poderão nunca oferecer !!

    Claro que anda tudo muito distraído e nem sequer deram conta do massacre de Baga, que - além do mais - por a Nigéria não ter nada que interesse aos EUA não provocou ondas de lágrimas e emoção.

    OH, que porcaria de Humanidade esta , meu Deus!!!

    Fica bem

     
  • At 7:59 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: e, Kant passava as tardes com Joseph Green, não sei se será o poeta, que tinha um escravo precisamente chamado… Platão. Mas não me parece, pois este vivia nas colónias, atualmente chamados EUA. Perguntei a Deus Google, que, para mim estarrecido, me responde: “The great metaphysician was a partygoer. He enjoyed drinking wine, playing billiards and wearing fine, colourful clothes. He had a sense of humour, and there were women in his life, although he never married. On occasion, Kant drank so much red wine he was unable to find his way home”. Kant um partygoer? realmente tem razão dos Santos: o universo é uno, a diversidade é uma ilusão causada pelo campo de Higgs. Deus Google diz que o tal Green era um comerciante inglês.

    É pena não terem evangélicas em brigas, a virgindade estimula puxões de cabelo mais dentro do modelo Santa Ana, que por ser sogra, suponho, era fresca e danada para a porrada. Também o decote invertido é outra boa ideia. Reparaste nas potencialidades da ideia da Andressa? Tirar costelas, dedos pé, para melhorar esteticamente o corpo da mulher. Poderíamos ir mais longe, tirando as orelhas, ou um ombro, e, como dizem, a beleza é interior, também poderia ser arrancado o baço (para pena daquele cientista no Frankenstein do Warhol) ou os pulmões, e talvez assim se tornasse mais atrativa para o macho europeu, e a natalidade no velho continente aumentasse.

    Grandes momentos da humanidade.

    Este é o único ensaio que deves ler.

     
  • At 8:14 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: este é o único tratamento racional que se deve dar a um bloguista, seja ele quem for. “Centenas de espectadores numa praça pública em Jidá viram, sexta-feira, Raef Badawi a ser chicoteado 50 vezes. Durante 15 minutos, em silêncio e sem chorar, Raef Badawi foi sujeito ao castigo decidido pelas autoridades da Arábia Saudita que incluem, além de dez anos de prisão, mil chicotadas repartidas por 20 semanas por ter insultado o Islão”. Quinze minutos a apanhar sem mugir. Se a mãe o tivesse vestido de princesa, ele choraria um rio de lágrimas.

    Olha-me só o que a social-democracia anda a inventar: códigos de conduta. “A partir de sexta-feira, os utentes dos transportes rodoviários sujeitam-se a multas entre 50 e 250 euros se apoiarem os pés nos estofos, se se pendurarem nos acessórios do veículo em marcha ou se fizerem barulho que incomode outros passageiros.” Volto sempre à minha solução para resolver os problemas do ocidente livre: despenalização do fellatio em lugares públicos. De boca cheia, povo e governantes, seriam capazes de criar um Estado fascista bom.

    Um filme.

    Uma bebida para substituir o whisky.

     
  • At 8:28 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: este êxito editorial do Charlie Hebdo, 5 milhões, ufa, se calhar são tantos quantos venderam em toda a existência, e o furor nos outros jornais, que também vendem que nem baguetes, fez-me pensar que o ataque foi um plano idealizado pelo Wolinski para espevitar a morta indústria francesa, a sua última caricatura. Houve filas nos quiosques, porrada para conseguir um exemplar, não é normal, se não for caricatura.

    Agora li na imprensa de referência, CM, que Sócrates tem tratamento privilegiado na pildra. Como se as pessoas fossem todas iguais, não são iguais cá fora, perante a justiça, saúde, ensino, etc. essas coisas do estado social, e agora querem que sejam iguais na cadeia. Só coisa de jornalista. Parece que ele anda com botas de cano alto. Nem sabia que havia dress code na cadeia. Havia a ideia de uma farda, mas por falta de dinheiro para a fornecer, a coisa ficou-se pelas águas do bacalhau.

    Os oitentas.

     
  • At 8:53 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Pedro: hoje, pensei eu, teríamos uma maratona televisiva de 24 horas ininterruptas sobre o acontecimento do século português: o fim do namoro de CR7 com a Irina, que já víamos como portuguesa, uma minhota ou uma algarvia. Esperava centenas de especialistas na TV a debater e explicar, aquele a quem carinhosamente chamam professor Marcelo a fazer uma rubrica especial com a Judite, a proporem nomes de outras noivas para o nosso português de sucesso. Esperava as ruas cheias de manifestações convocadas pelas redes sociais. O povo com cartazes Je suis Irina. Que os padres rezassem e os rabis e os imãs e os budistas. Mas nada. Nem uma declaração do Lomba nem do Maduro. Espera que se movimentem a moças marias capazezs contra este blackout nacional.

     
  • At 9:03 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: a liberdade é uma ficção, às pessoas diz-se que são livres e elas acreditam, e isso basta. Graças a Deus que existem grandes homens como o Miguel Relvas, que, na sombra, delineiam, planificam, aquilo que o rebanho irá pensar e ver, e fazem avançar para líderes grandes líderes.

    Dieudonné está farto de ser perseguido, os franceses não sabem digerir uma piada. E o Anelka por o apoiar, creio, que foi expulso do futebol.

     
  • At 11:06 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Pedro, já enjoei de tantos ensaios; no entanto, se ainda me restar tempo, irei ainda dedicar-me à complexidade de Morin.

    Táxi, tudo fazem para acrescentar beleza, é a beleza hiper-real, como a daquela moça com 3 seios no filme do Xarzenega.

    Olha, isto parece-me melhor que o Psycho:

    http://www.dailymotion.com/video/x6q1gd_bath-scene_music

     
  • At 12:13 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    hmmm...

    "MARIA JOÃO BASTOS E ISIS VALVERDE FAZEM EXERCÍCIO FÍSICO JUNTAS"

     
  • At 12:19 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Não ponhas a tua namorada no microondas táxi:

    http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/ciencia/2015-01-13-As-mulheres-tem-duas-formas-de-ejaculacao-e-os-ultrassons-comprovam-no

     
  • At 12:40 da manhã, Blogger Pedro said…

    Ahahah a complexidade do morin. Se eu agora tivesse acentos dizia mais.

    A familia aveiro eh a corte do afonso V do sec xxi. O marcelo deve la ter ido pedir guito para o amigo salgado. Sao gajos que nem conseguiam pagar as contas ao fim do mes, li algures.

     
  • At 8:24 da manhã, Blogger Unknown said…

    que blog incrivel muita informação
    disk sexo

     
  • At 8:13 da tarde, Blogger São said…

    Expulso?! A besta do Pepe ia matando o jogador do Getafe em campo e não expulso!!!

    Desisto, devo ter caído neste "terceiro calhau a contar do Sol" por engano.

    Hoje fiquei estarrecida quando descobri um livro de Gustavo Santos na Bertrand, que não tem à venda senão livros em inglês e português ...

    Fica bem .

     
  • At 8:40 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: fogo ela vai ser atacada no chuveiro por algo verdadeiramente terrível: um vendedor de papel comercial do GES ou um advogado estagiário.

    Ainda sobre a beleza e à sua híper-realização, voltando ao filme Ninfomaníaca, repara na língua da Mia Goth, é um grande acelerador de tesões, um aparelho que existe em Genebra, no CERN, ora, esta língua beneficiaria de mais beleza se evidenciada, retirando-se as bochechas..

    É deliciosa a frase positiva da Maria João: “Bom diaaaaaa!!! Já fizeram a vossa actividade física hoje??? Beijos cariocas”. Quase smells like Agustina Bessa-Luís que também faz pilates e remo.

    Hmmm… “um líquido esbranquiçado e mais espesso”, parece coisa do freguês precedente, mas isso a desenvolvo na resposta ao Pedro. Pelos vistos, sede é coisa que não há lá em casa: “produziam e libertavam líquido equivalente a um copo de água no momento do orgasmo”. Então não aparece nenhum empreendedor para colocar esses fluidos no mercado? Para ser bebido em reuniões de eurodeputados.

    A importância de uns bons sapatos.

     
  • At 8:41 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: uma moça rica.

    Os oitentas.

    O car wash.

    Onde poderás requisitar a bibliografia completa de Morin.

    Tenho mesmo que postar algo de novo. Vou dormir umas horas a ver se o próximo post não precisa de muita cosmética, como já foi escrito há vários meses, o seu valor deve ser arqueológico.

     
  • At 8:42 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Pedro: no caso Ronaldo, se a mãe satisfizer as necessidades sexuais do filho, estou de acordo que a namorada é prescindível para fazer um lar, sempre é um ADN estranho, e um cheiro estranho, que agita uma harmonia estabelecida. Mas as nossas classes jornalística e política deveriam ter-lhe dado cavaco nacional, mostrar compaixão pela heterossexualidade, que se escapa das nossas sociedades modernas. Ou não. Pelo que li, as vendas de chicotes dispararam, elas, até pressinto que são eles, querem disto, perigo de um corpo flagelado.

    O ano mal começou e já temos o cornudo do ano. Refere-se-lhe a imprensa de referência, o CM, como ex-professor de Sócrates; o outro inimigo, o dux da Lusófona está em stand by, mas Sócrates, ferve nas páginas do jornal de referência. O tal professor, António Morais, em 2004, desconfiava que a mulher abria as pernas a alheio. Quando a filha nasceu, perguntava aos amigos se a achavam parecida com ele. Até que um amigo, condoído, confirmou o pior, em 2010. Sim, és corno, e o pai é o Armando Vara. Testes ADN. E Vara perfila a miúda. Ontem começou o julgamento, o cornudo quer 160 mil da ex-mulher e do Vara das despesas que teve com o ovo do cuco. Que faça jurisprudência, e que todos os cornudos do mundo sejam ressarcidos dos seus gastos em carne e sangue de outro.

     
  • At 8:44 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    paula coelho: epá, uma página muito útil, pena ser no Brasil.

     
  • At 8:50 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: há dois factos, dois dogmas religiosos, com os quais não se brinca: Maomé e o holocausto.

    Gustavo Santos além de mudar a casa das pessoas na SIC, é um motivador nacional, a sua obra deve vender bem.

     
  • At 10:10 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Táxi, a propósito do Morin, já estou a ver quando fores à Biblioteca:

    - Boa Tarde, queria requisitar o livro "Fenomenologia do Ser" de Sarte, mas não encontro...

    Já nas estantes:

    - Estranho, não aparece não...

    - Talvez nessa prateleira aí embaixo...

    - Vou verificar...

    (o resto da história só com bolinha no canto superior direito)

     
  • At 3:17 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    n: ah pois era, nalgum lado haveria de estar. Agora vou reler o post a ver se está publicável...

     
  • At 4:02 da manhã, Blogger Pedro said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     

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