Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

terça-feira, junho 30, 2015

Também em 1983 (tl;dr)

Neste ano nasce uma empresa, contrariamente ao empreendimento comum não foi fundada para contratar à saída de São Bento. “A Octapharma AG foi fundada em 1983 com o objetivo de encontrar e desenvolver as melhores soluções tecnológicas para responder aos problemas das proteínas humanas derivadas do sangue ou plasma e, em especial, as que se destinam a tratar a hemofilia.” “É a empresa em que José Sócrates começou a trabalhar no início de 2013 devido ao ‘conhecimento que tinha’ no mercado da América Latina. Terça-feira, 25 de novembro 2014 a farmacêutica anunciou que cessou o contrato com o ex-chefe de governo português ‘face aos últimos desenvolvimentos’. Este foi o segundo comunicado feito pela Octapharma desde 17 de novembro. No primeiro, referia que as instalações que mantém em Portugal tinham sido alvo de buscas nessa data e que o cargo de Sócrates, como presidente do conselho consultivo para a América Latina era uma função que não envolvia ‘qualquer atividade em Portugal ou relacionamento com a filial portuguesa’. O Correio da Manhã noticiou que durante os governos do socialista a Octapharma faturou 6 milhões em ajustes diretos. Criada em 1983, e com sede em Lachen, na Suíça, no ano passado [2013] as vendas da farmacêutica excederam 1,1 mil milhões de euros”, na revista Sábado n.º 552.
Em Moçambique nascia a Brigada Limpa. “Nome por que era geralmente conhecido o Destacamento Especial Operacional do SNASP (Serviço Nacional de Segurança Popular), unidade de tropas especiais da polícia secreta da Frelimo, que foi organizada em Moçambique em 1983 por conselheiros militares norte-coreanos e comandada por Fernando Honwana, assessor militar de Samora Machel. Distinguiu-se por ações terroristas contra populações consideradas simpatizantes da Renamo, em especial o massacre dos habitantes e destruição da aldeia de Lifidzi (província de Tete), levados a cabo em 14 de outubro de 1983. A Brigada Limpa, que chegou a atuar em colaboração com a 5.ª Brigada do Zimbabué, foi dissolvida nos finais dos anos 80, devido à evolução do panorama político moçambicano”, John Andrade em “Ação Direta”.
De uma desgraça morria o hábito de perguntar direções. “O voo 007 da Korean Air Lines (também conhecido como KAL 007 e KE 007) foi um voo agendado pelas Linhas Aéreas Coreanas, de Nova Iorque para Seul, via Anchorage. No dia 1 de setembro de 1983, o aparelho que fazia esse voo foi abatido por um avião de interceção Sukhoi Su-15 soviético, perto da ilha Moneron, a oeste da ilha Sakhalin, no mar do Japão. O piloto do intercetor era o major Gennadi Osipovich. Os 269 passageiros e tripulação a bordo foram todos mortos, incluindo Lawrence McDonald, representante da Georgia na Câmara dos Deputados nos EUA. A aeronave estava em rota de Anchorage para Seul quando voou através de espaço aéreo soviético proibido na mesma altura que se efetuava uma missão de reconhecimento dos EUA. Inicialmente, a União Soviética negou ter conhecimento do acidente, mais tarde admitiu o abate, alegando que o aparelho estava numa missão de espionagem. O Politburo disse que era uma provocação deliberada dos EUA para testar a preparação militar da União Soviética, ou até mesmo provocar uma guerra. A Casa Branca acusou a União Soviética de obstruir as operações de busca e salvamento. (…). O acontecimento foi um dos principais factos que levaram a administração Reagan a permitir o acesso mundial ao sistema militar americano GNSS, que era secreto na época. Hoje este sistema é amplamente conhecido como GPS. (…). O presidente Ronald Reagan anunciou em 16 de setembro de 1983, que o Global Positioning System (GPS) seria disponibilizado para uso civil de forma gratuita, uma vez concluído, de forma a evitar erros de navegação semelhantes no futuro. Além disso, o interface do piloto automático usado nos grandes aviões de passageiros foi modificado para tornar mais claro se está operando em modo HEADING ou em modo INS.” [1]
Agilizava-se a abertura de micronegócios explorando nichos de oportunidades. “Em 1963, a prostituição em Portugal passou a ser ilegal. Os bordéis e outras instalações foram encerrados. Esta lei, abolicionista, punha um termo à era em que a prostituição era regulamentada, incluindo consultas médicas regulares das prostitutas. No entanto, esta lei pouco efeito prático obteve e, a partir de 1 de janeiro de 1983, foi parcialmente alterada, permitindo a prostituição individual, mas proibindo a sua exploração e encorajamento. A acusação continuava a ser possível sobre as ofensas à moral e decência públicas, mas raramente isso acontecia, embora o seu cumprimento estivesse nas mãos das autoridades locais. Assim, esta situação podia ser vista como um exemplo de ‘tolerância’. A prostituição masculina nunca foi reconhecida.” [2]
Nascia um quase-país. “Em 15 de julho de 1974, a Junta Militar grega (1967-1974) e a Guarda Nacional cipriota apoiaram um golpe de Estado greco-cipriota no Chipre. Nikos Sampson, dirigente pró-Enosis, substituiu o presidente Makarios como novo ditador. Os golpistas greco-cipriotas proclamaram o estabelecimento da República Helénica do Chipre. A Turquia alegou que no âmbito do Tratado de Garantia de 1960, o golpe era razão suficiente para uma ação militar para proteger a população turco-cipriota, e, assim, a Turquia invadiu o Chipre em 20 de julho. Forças turcas tomaram no norte cerca de 37 % da ilha. O golpe causou uma guerra civil cheia de violência étnica, depois entrou em colapso e Makarios regressou ao poder. (…). Depois de oito anos de negociações fracassadas com os líderes da comunidade greco-cipriota, o norte declarou unilateralmente a independência em 15 de novembro de 1983.” Dividindo a ilha em duas zonas: s República do Chipre (cipriotas gregos), a sul e a República Turca do Norte de Chipre (cipriotas turcos), este um país reconhecido apenas pela Turquia. [3]
Realizava-se um quase-concurso, o “Macintosh Software Dating Game”. “O ano era 1983, outubro, um Steve Jobs de 28 anos era o anfitrião num evento da Apple para os seus empregados. Jobs convidou três tipos do software: Fred Gibbons da Software Publishing Co., Mitch Kapor da Lotus Development e, nem mais nem menos, Bill Gates da Microsoft. Os três homens vestem o seu uniforme totó-chique, calças de caqui e polos (os blusões com capuz do passado), para responder perguntas sobre a relação da sua empresa com a Apple, tudo no estilo do Dating Game.”
Protegia-se o sistema. “Um antigo ministro britânico, Norman Tebbit, admitiu que a rede de pedofilia que existia na década de 1980 em Westminster, a sede do Governo britânico, poderá ter sido encoberta para ‘proteger o sistema’. Tebbit, que foi ministro de Margaret Thatcher (chefe do Governo entre 1979 e 1990), esteve na BBC 1 para comentar a mais recente notícia sobre os escândalos sexuais no Reino Unido - o desaparecimento, dos arquivos oficiais, de pastas relativas aos casos. Ontem [5/7/2014], soube-se que outro ficheiro com 114 pastas também desapareceu do arquivo do Ministério do Interior. (…). Os documentos foram entregues na década de 1980 ao ministro do Interior de então, Leon Brittan, pelo deputado conservador Geoffrey Dickens, que os compilou. (…). Segundo o jornal The Guardian, Dickens, que morreu em 1995, disse à sua família que entre 1983 e 1984 passou o material que recolhera ao ministro do Interior e que a informação contida nos ficheiros iria fazer ‘rebentar’ um caso que afetaria gente muito poderosa - pelo menos oito personagens públicas. (…). Investigações travadas para proteger o sistema, como disse Tebbit. ‘Penso que na altura todos pensaram que apesar de as coisas terem descarrilado em alguns aspetos, era mais importante proteger o sistema e não investigar mais’, disse o antigo ministro de Thatcher. ‘Na minha opinião, essa opção foi errada, pois que os abusos [sexuais] aumentaram’. ‘Se houve encobrimento? É bem possível. Era o que se fazia na época’, disse Norman Tebbit”, no jornal Público n.º 8851.
Encobria-se também o cancro de Fidel Castro, segundo Juan Sánchez, seu guarda-costas. “O maior segredo de Fidel é a doença, que sempre se tratou como um segredo de Estado. Ele tinha cancro no intestino desde 1983, apesar de dizerem que ele não tinha cancro. [4] O que o Fidel tem agora são as sequelas de todos os tratamentos que fez e as três operações. Fidel está numa cadeira de rodas e quase não se consegue mexer. Também já tem muitos momentos em que não está lúcido. (…). Fidel Castro usou Garcia Márquez. Ele foi o enviado de Fidel a Bill Clinton para mediar as relações Cuba / Estados Unidos. Foi uma das fontes que o informou que o Governo dos EUA estava atrás da pista de altos oficiais cubanos envolvidos no narcotráfico.” “Quatro iates. Uma ilha privada. Coutadas de caça. Álcool só whisky Chivas Regal de 12 anos, três a quatro garrafas por dia. Não, não é o retrato de um qualquer milionário, mas de Fidel Castro, feito por Juan Sánchez, o homem que foi seu guarda-costas durante 17 anos. Um autocrata, paranoico e maquiavélico, que sempre adorou espiar as pessoas e é obcecado por escutas telefónicas. Frio, manipulador e calculista, cúmplice de traficantes de droga, Fidel sempre foi um líder por excelência: carismático, inteligente, culto e sedutor”, no Diário Económico n.º 6040.
Morria a 20 de janeiro de 1983 Garrincha “A primeira semelhança entre Garrincha e Pelé é que ambos saíram da periferia e da pobreza. Manuel Francisco dos Santos, de sangue índio, nasceu a 28 de outubro de 1933, em Pau Grande, uma pequena localidade a 70 km do Rio de Janeiro. Edson Arantes do Nascimento nasceu a 23 de outubro de 1940 em Três Corações, Minas Gerais. Ainda em criança mudou-se para Bauru, no interior do estado de São Paulo. Cedo os dois ganharam as alcunhas que os acompanharam por toda a vida e por todo o mundo. Manuel gostava muito de caçar pássaros e a irmã Rosa encontrou semelhanças entre uma pequena ave chamada Garrincha, que recusava o cativeiro, e aquele rapaz irrequieto e avesso a regras. Já Edson costumava ver os jogos do pai no São Lourenço, uma modesta equipa de Minas, que tinha na baliza um guarda-redes chamado ‘Bilé’. O pequeno Edson apreciava as defesas do ‘goleiro’ e gritava ‘defende, Bilé’. A expressão acompanhou-o quando se mudou para São Paulo, onde ninguém sabia quem era Bilé. Os amigos de Edson acabaram por achar que Bilé era Pelé e assim nasceu um nome que é hoje conhecido por todo o mundo - a AFP escreveu há dias que toda a gente já disse ou escreveu o nome Pelé. (…). Pelé foi levado aos 15 anos para o Santos pelo ex-futebolista Waldemar de Brito. Garrincha chegou ao Botafogo aos 19, depois de ter tentado fazer testes em vários outros grandes clubes do Rio, sem que nenhum se interessasse por aquele rapaz com ar de aleijado. A chegada de Garrincha ao Botafogo, aliás, é uma das grandes lendas do futebol brasileiro: um rapaz desconhecido de pernas tortas (tinha a perna esquerda seis centímetros mais curta do que a direta) enfrentou no primeiro treino Nilton Santos, o lateral-esquerdo da seleção brasileira, e fintou-o várias vezes. (…). Com uma vida desregrada (o álcool e as aventuras sexuais foram uma constante da sua vida), Garrincha nunca foi um atleta exemplar. Mas via o futebol como uma fonte de diversão, a ponto de ter recebido a alcunha de ‘Alegria do Povo’. (…). Acabadas as carreiras de futebol (Garrincha em 1972 e Pelé em 1977), acentuaram-se as trajetórias divergentes destes dois homens. Pelé soube conviver com a fama, fez negócio com a publicidade, manteve-se como uma referência desportiva do Brasil e foi até ministro do Desporto, apesar de muitas vezes se destacar pelas declarações polémicas. (…). Já Garrincha, que morreu em 1983 aos 49 anos, entrou ainda em maior decadência quando deixou de jogar. ‘Os últimos dez anos da vida do Garrincha foram muito tristes. Ele era apanhado embriagado, desmaiado na rua, levado para hospitais em pronto-socorro’, conta ao Público o seu biógrafo Ruy Castro. (…). Garrincha ainda brincou com Pelé. ‘Ó, rei, você não tem uns trocados sobrando pra me emprestar? Você anda cheio das verdinhas’”, no jornal Público n.º 8851.
Verdinhas em Portugal carregavam-se de verde-escuro. “A vida de Belmiro de Azevedo, mais velho de oito irmãos, confunde-se hoje com a própria Sonae, nome de uma pequena empresa que fabricava laminados decorativos na década de 60 e que se tornou, muitos anos depois, no nome do principal grupo empresarial do país. Um feito atribuído ao empresário nortenho que, como descreve a sua biografia oficial, pôde aí ‘colocar em prática a teoria de Schumpeter - a destruição criativa – que esteve na base dos seus projetos’. A criação da holding empresarial, em 1983, é um ponto marcante dessa história e do próprio Belmiro que criou negócios em tantas aéreas de atividade que se dizia, quase em jeito de piada, que era possível viver só com produtos e serviços da Sonae. O homem ainda guarda o recibo do seu primeiro ordenado (5600 escudos), já passou a liderança do grupo ao filho Paulo (…). Belmiro de Azevedo deixa um império, mas também, um modelo de gestão pautado por dez mandamentos. Uma cartilha que começa assim: O homem Sonae ou é líder ou candidato a líder”, no Diário Económico n.º 6040.
Mais descoradas, mas havia também verdinhas no capital público. “A Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Eletrónica (EID) foi fundada em 1983. É uma empresa privada, com capital público através da Empordef, a holding da Defesa Nacional, e a Rohde & Schwarz, uma empresa alemã conhecida com a reputação mundial nas áreas de comunicação de rádio. O negócio de exportação é uma parte significativa do volume de negócio, mas o principal cliente ainda são as Forças Armadas Portuguesas.” “A empresa, a única portuguesa no mercado do software militar, está classificada com o selo de NATO Secret (só há dois níveis mais secretos na organização mundial) e por isso tudo é segredo.” Desenvolve um sistema de comunicações veiculares, Mário Lopes, um dos administradores, explicou. “‘Os veículos militares blindados dispõem de dois tipos de comunicações: com o exterior da viatura, via rádio, que são asseguradas por equipamentos de radiocomunicações diversos, operando em diversas bandas de frequência; depois existe o equipamento que a EID fornece, os intercoms, que permitem a comunicação de voz entre todos os tripulantes da viatura e garantem o acesso desses tripulantes, sob controlo do comandante da viatura, aos meios rádio’. Este tipo de equipamento tem de ser capaz de suportar condições de choque, vibração e temperatura extremos. ‘Por outro lado, dado o ruído ambiente prevalecente no interior das viaturas e em particular dos tanques, o equipamento implementa um sofisticado algoritmo de cancelamento desse ruído, possibilitando assim comunicações de voz inteligíveis, mesmo nas condições mais adversas’”, no Diário de Notícias n.º 53 189.
Em 1983, Gilles Lipovetsky publicava “A era do vazio”. “Estes seis estudos esforçam-se, cada um a nível diferente, de capturar um dos traços significativos do ar dos tempos – o novo zeitgeist, bem longe da revolta e do questionamento dos anos da expansão. Novas atitudes: apatia, indiferença, deserção, substituição de um princípio de sedução pelo princípio de convicção, generalização do método humorístico. Nova organização da personalidade: narcisismo, novas modalidades de relação sociais, marcadas em particular pela redução da violência e a transformação íntima das suas manifestações. Novo estado da cultura, caraterizado pelo enfraquecimento e esgotamento daquilo que faz desde há um século figura de avant-garde. Gilles Lipovetsky crê poder relacionar o conjunto destes fenómenos ao mesmo fator: o individualismo entrando num novo estado histórico próprio das sociedades democráticas avançadas e que definiria adequadamente a sociedade pós-moderna.” Manuel Maria Carrilho, no prefácio: “É sempre uma imagem paradoxal da sociedade que, finalmente, resulta dos trabalhos de Lipovetsky, uma imagem decantada por uma minuciosa atenção fenomenológica aos comportamentos individuais e coletivos, uma atenção tão intensa como o é a suspeita que nutre em relação às teorias globalmente críticas e militantemente denunciadoras da contemporaneidade. É essa fenomenologia que traça o quadro complexo, e basicamente antinómico, da desestruturação que acompanha o aumento da informação, da instabilidade que atravessa a maturidade, da superficialidade que corrói a crítica, do delírio que se combina com o realismo, num movimento em que o próprio relativismo surge como o único modo de pensar os valores.”
A década de 80 foi péssima para a procriação. “Foi a falta de educação das crianças que abriu caminho ao eu reinante. Os baby-boomers foram elevados a pequenos reis e, quando chegou a sua vez, tornaram-se pais de imperadores. Nos EUA, os analistas dizem que uma Geração eu, eu, eu tomou o lugar da Geração eu [5]. Os ingredientes? Pouca frustração, o hábito de opinar. É nisso que acreditam os jovens à volta dos 20 anos, 30 anos: numa sociedade mais igualitária do que respeitadora da hierarquia.” Uma geração. Uma tecnologia. “O caso da socialite americana Kim Kardashian, recordista de posts, e que tem sempre clichés em stock para distribuir em larga escala. É a imperatriz do eu. Kim em biquíni, corpo de sonho, piscina à altura. Kim a beijar o bebé, North, fruto da sua relação com o rapper Kanye West. O umbigo de Kim, as nádegas de Kim… mas também as selfies, o braço esticado e lábios a fazer biquinho, em modo duck face. (…). ‘Foi ela que impôs a foto íntima’, diz Caroline Billette, estudante de comunicação e coautora de uma dissertação sobre selfies. ‘E muitas raparigas farão como ela, tirando fotos das mamas e das nádegas - aquilo a que se chama uma belfie’.” Câmaras! Ação! Rabo! “Mistura-se a cultura porno com a das estrelas e temos legiões de raparigas púberes a posar de fio dental, como os seus ídolos. Num blog, uma Lolita escreveu: ‘Dia podre de calor, com um pouco de chá e leitura’. Programa de avozinha? Desenganem-se. Na foto, a donzela está de cuecas vermelhas e renda preta, a camisola despreocupadamente a revelar um seio… ‘Na Europa e nos EUA, são as rapariguinhas que se despem assim. Na Rússia, são sobretudo as solteiras, com mais de 35 anos, em busca de parceiro sexual’, especifica Caroline Billette. A selfie seminua fará vezes de curriculum vitae.” [6] O filósofo e sociólogo Jean-Pierre Le Goff: “O culto do ego desenvolve-se nos anos 80, quando os grandes laços do passado e os ideais coletivos estão em vias de extinção. A figura do gestor e do vencedor próspero supera a do operário, do técnico, do engenheiro. Estar bem no seu corpo e na sua mente, numa relação reconciliada consigo mesmo, com os outros e a natureza e, se possível, morrer serenamente ou de boa saúde: este é o ideal narcísico do indivíduo pós-moderno. Prosperam as terapias comportamentais, que substituem a psicanálise, e as novas formas de espiritualidade, que não passam de pseudorreligiões transformadas. (…). A educação, antes fundada na frustração, sobrevaloriza há anos a infância e a juventude. Resultado: toda uma geração de eternos adolescentes, adultos mal resolvidos a quem tudo é devido, que se regem apenas pelo princípio do prazer. Os ritos de passagem à idade adulta, como o serviço militar, desapareceram. O desemprego em massa atrasa a entrada na vida ativa e o confronto com o real. Há um terreno favorável para o culto da imagem entre os jovens e os menos jovens, de olhos postos nos smartphones ou nos tablets. Estão numa bolha, sem a mínima preocupação com as pessoas de carne e osso que os rodeiam”, na revista Visão n.º 1119 [7].
Em 1983 nascia o epítome do belfie. Naomi Russell, 1,70 m, 59 kg, 81-58-99, sapatos 38 ½, olhos cor de avelã, cabelos castanhos, nascida Naomi Devosh Dechter a 25 de setembro de 1983, em Los Angeles. “Naomi é uma atriz porno frequente em filmes que focam as suas grandes nádegas. (…). O pai de Naomi é um rabi e ela estudou em casa até aos 13 anos, quando se formou. Por isso é uma defensora do ensino em casa. Ela foi técnica jurídica num escritório de advogados especializado em trabalho infantil e casos médicos. Durante a noite, trabalhava como assistente médico. Após a entrada na indústria porno, ela recuperava de uma batalha contra um cancro tendo que repousar na cama levando-a a ganhar peso. Uma das suas especialidades é o fetichismo, além de ter entrado em mais de 150 filmes que focavam o seu largo posterior. Ela atuou em muitos sexo a três, anal, dupla penetração, inter-racial e bacanais com ambos os sexos. As suas atuações normalmente concentram-se no sexo anal, embora ela passe grande parte do tempo em frente da câmara ou fazendo fellatio ou brincando com o traseiro. A sua primeira cena anal foi em ‘Naomi: There Is Only One’ (2006).” Entrevista: “Gosto de hip-hop e jazz. Não gosto do hip-hop todo pop e top 40. Gosto de Notorious B.I.G. Penso que o tenho no meu leitor CD em casa. No chuveiro tenho Amy Grant.” Posição favorita? “Não tenho uma posição preferida específica. Descobri que depende do homem e da forma da sua piça e do seu estilo a foder, há uma série de posições diferentes umas mais agradáveis que outras. Alguns tipos fazem ótimo missionário, mas não conseguem fazer à canzana nem para salvar a vida. Outras vezes é ao contrário. Costumo dizer que gosto aquilo que faz o homem sentir-se melhor. Quando um homem está a senti-lo, e está na onda e a cena está a flui, naturalmente sinto-me bem.” A sua filosofia: “Não estou nisto para ser atriz ou memorizar sequências e guiões de 100 páginas. Não quero fazê-lo. Quero dar-lhes o que querem ver. Quero que se sintam bem, quero compartilhar o prazer, compartilhar o sexo com eles. Sinto muitas vezes que as sequências com argumento são desnecessárias, é difícil para mim pôr a energia e estar motivada para fazê-las. Não me considero adequada para elas e prefiro não as tirar às pessoas que as querem fazer. Eu prefiro fazer algo que sei que me sinto bem fazendo-o.” “Look at that ass” V “Crazy Ass”.
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[1] “Um Boeing 747-230B com o número de série CN20559/186 e registo HL7442. A aeronave partiu da porta 15 do aeroporto internacional John F. Kennedy, Nova Iorque, dia 30 de agosto de 1983, com destino ao aeroporto Gimpo em Gangseo-gu, em Seul, 35 minutos atrasado do seu horário de partida, as 23:50 EDT. O voo transportava 246 passageiros e 23 tripulantes. Após reabastecimento no aeroporto internacional de Anchorage, no Alasca, o avião, pilotado nesta etapa da viagem pelo capitão Chun Byung-in, partiu para Seul pelas 04:00, hora do Alasca, a 31 a agosto. (…). Cerca de 10 minutos após a descolagem, o KAL 007, voando num rumo de 245 graus, começou a desviar-se para a direita (norte) da sua rota atribuída para Bethel, e continuou a voar nesta direção nas próximas cinco horas e meia. A simulação e análise da caixa negra pela Organização Internacional de Aviação Civil concluiu que este desvio foi provavelmente causado pelo sistema de piloto automático do aparelho operando em modo HEADING, depois do ponto onde deveria ter mudado para o modo INS.”
[2] A primeira regulamentação da prostituição, em Portugal, surgiu em 1853 (Regulamento sanitário das meretrizes do Porto). Em 1858 foi decretada uma regulamentação mais geral que obrigava as prostitutas a matricularem-se num livro de registo na repartição da polícia ou no governo civil.
[3] Pelo lado positivo, a divisão da ilha dotou os cidadãos de meios de defesa, importantes, numa época em que o Estado de Direito se corrompeu no Estado de advogados. “Peri, 47 anos, membro do Partido Comunista local (AKEL) ‘Temos 40 mil soldados. São 300 a 400 milhões de euros / ano’. (…). O seu pequeno país meio ocupado gasta pouco mais nas forças armadas que Portugal (1,8 % do PIB em 2012) e menos que a Grécia (2,6 % do PIB). Já o facto de, como reservista, ter uma metralhadora em casa é bastante mais peculiar. ‘Todos têm. Uma das coisas de que se fala muito aqui é isso: toda a gente tem armas e munições em casa, para a eventualidade de uma nova invasão. E o governo tem medo disso”, no Diário de Notícias n.º 52 813 de 17 de novembro de 2013.
[4] Ocultação pérfida e insidiosa por ele ser comuna. Nos democratas consente-se como benigno e leal. “Ficou célebre a falsificação dos boletins de saúde de Mitterrand, que durante os seus dois mandatos de 14 anos ordenou ao seu médico pessoal para mentir nos relatórios. Ao falecido presidente tinha sido detetado cancro da próstata em novembro de 1981, poucos meses depois de ter sido eleito pela primeira vez. Mas só em 1992 foi revelada a doença de Mitterrand, e mesmo depois disso os relatórios continuaram a ser falsificados”, no jornal Expresso n.º 2173.
[5] “Uma reportagem publicada em maio de 2013 pela revista Time rotulava de Geração eu eu eu os nascidos entre 1980 e 2000 – chamados millenials: miúdos narcisistas, preguiçosos e superficiais, que ainda moram com os pais e são alienados e ansiosos acima da média. Também o ensaísta Rob Agshar, num artigo no The Hoffington Post, referiu que os jovens de hoje não conseguem empenhar-se em conquistar nada, habituados que estão a ser elogiados e a ter tudo de mão beijada.” “‘Vivemos na era da valorização da autoestima e do reforço da identidade através da imagem. O poder da imagem está cada vez mais ligado ao poder da afirmação pessoal’, reconhece Carla Pinto Silva, 30 anos, diretora de comunicação e recursos humanos, que adora postar fotos suas e aprecia quando a elogiam, mas não vive dependente disso. ‘Hoje não basta alguém ir a um evento ou um local extraordinário: precisa de mostrar que lá esteve. As pessoas usam isso para se sentirem mais bonitas, até mesmo para se reinventarem’. Pela parte que lhe toca, considera-se uma mulher alegre, segura e de personalidade forte que, por ser feliz, se sente linda e confiante.” Bárbara Ramos Dias, lifecoacher e terapeuta emocional: “A minha prática clinica de 15 anos mostra-me que as pessoas vivem num vazio enorme do eu, numa apatia que as faz preencher o ego com o outro, e encontraram nas redes sociais um modo fácil e viciante de o conseguirem. Daí a necessidade de postarem fotos e comentários, esperando para ver quantos likes irão ter”, na revista Notícias Magazine, suplemento do Diário de Notícias n.º 53 189.
[6] “O adolescente inglês, Danny Bowman, adoeceu à força de querer tirar a selfie perfeita. O jovem passava dez horas por dia a fotografar-se com o telemóvel. Frustrado pelo falhanço, tentou suicidar-se e acabou em terapia de desabituação.”
[7] Outros tempos, outras fodas. Paula Rego: “Mas quando estava de cama, sem me sentir muito bem, a minha mãe costumava vir e massaja-me [o sexo]. Era como uma forma de masturbação.” “Teve o primeiro namorado, diz ela, quando tinha 14 anos. ‘Não demos nenhuma queca. Ele beijou-me debaixo de água, no mar. Eu mergulhava, ele mergulhava atrás de mim e eu ficava arrebatada’. (…). Ainda se viviam tempos de racionamento e ela, segundo diz, tinha fome ‘o tempo inteiro’. Acabou por ficar tão gorda por comer os restos das outras pessoas que as colegas da escola [Sevenoaks] lhe chamavam Sancho Pança. ‘Vinha da igreja e, pelo caminho, ia comendo um monte de gelado que dava para uma família inteira’, conta. ‘Isso fazia-me feliz.’ Então, quando foi que fez sexo pela primeira vez? (…). ‘Bem’, diz, ‘foi com o meu marido’, refere-se a Vic Willing, o artista que conheceu na Slade e com quem se casou. ‘Estávamos numa festa. Eu gostava de outro tipo que lá estava e atirei-me a ele. Era muito marota’, acrescenta. ‘Ele acabou metido na cama com outra rapariga, por isso fiquei muito irritada e desci as escadas para ir para casa. Então, ouvi uma voz: Chega aqui! Era o Vic. Entrei e a primeira coisa que ele me diz foi: Tira as cuecas. Como reagiu ela? ‘Tirei as cuecas’, responde, como se tivesse feito uma pergunta estúpida. ‘Levou-me para a cama do amigo dele, que, a seguir, ficou numa desgraça. Era sangue por todo o lado. Ele não disse nada. Eu levantei-me, apenas, e fui-me embora.’ Quero perguntar-lhe se ela teve a tentação de lhe bater mas, em vez disso, pergunto-lhe o que sentiu. ‘Acho’, diz pensativa, ‘que senti que estava apaixonada por ele’.” “Quando casou com Vic Willing em 1959, ele já a tinha engravidado 11 vezes. Só as duas últimas - Caroline e Victoria - foram levadas até ao fim”, na revista Sábado n.º 544.
O príncipe André, duque de Iorque, vai ao chupa-pé, pés de plebeia, que as aristocratas inglesas enfearam de cara e de penantes. No seu diário, uma aldeã de 17 anos, descrevendo-se como “escrava sexual” do seu amigo, o milionário americano Jeffrey Epstein, escreveu que este a passou para debaixo do nobre inglês em 2001. Virginia Roberts: “Continuamos com os preliminares para lá e para cá, tocando, beijando e ele lambendo até os dedos dos meus pés. Adoro os teus pés, ele sussurrou, eles são irresistíveis. Essa foi definitivamente uma estreia para mim, mas eu alinhei em tudo, temendo desiludir o príncipe.” Ejaculado, o príncipe pira-se. “Todo o assunto foi de curta duração, quando o seu clímax estava atingido, ele não era o mesmo tipo atencioso que eu tinha conhecido nas últimas horas. Em vez disso, vestiu-se rapidamente, disse adeus e esgueirou-se para fora do quarto, para o motorista, que ainda aguardava por ele lá fora.” O palácio de Buckingham nega que o seu príncipe tenha exposto as joias da família: “É enfaticamente negado que HRH Duke of York teve qualquer forma de contacto sexual ou relação com Virginia Roberts.”

na sala de cinema

Body Double” (1984), título local “Testemunha de um crime”, real. Brian de Palma, música de Pino Donaggio, c/ Craig Wasson (Jake Scully), Melanie Griffith (Holly Body), Gregg Henry (Sam Bouchard), Deborah Shelton (Gloria Revelle) [1], Lindsay Freeman (Girl # 1 in Bathroom) … estreou sexta-feira, 17 de maio de 1985 no Quarteto sala 4 e no Terminal. “Jake Scully é um ator secundário que perdeu um papel como vampiro num filme de terror de baixo orçamento depois de a sua claustrofobia ter impedido a filmagem. Ele regressa a casa para descobrir que a namorada o encorna, então Scully fica sem sítio para viver. Vai para um bar afogar as mágoas após descobrir esta infidelidade de Carol, Doug, o barman, veste uma t-shirt Barney’s Beanery. (Janis Joplin comeu a sua última refeição no Barney’s Beanery antes de morrer de overdose no quarto do seu hotel, o Landmark Motor Hotel, Hollywood, em 1970). Numa aula de método de interpretação conhece Sam que segue atentamente a revelação de Scully dos seus medos e da causa na infância da sua claustrofobia. Eles vão para um bar onde Scully recebe uma oferta de um lugar para ficar; um amigo de Sam saiu temporariamente da cidade e precisa de alguém para cuidar da sua ultramoderna casa em Hollywood Hills. Scully visita a casa nessa noite. Sam é particularmente entusiasta num aspeto: uma vizinha, Gloria Revelle, que faz uma dança erótica, todas as noites, a uma hora específica. Sam tinha até montado um telescópico que Scully não resiste usar para voyeuristicamente observá-la.” O filme compreende três Höhepunkte. i) É o favorito de Patrick Bateman, da novela “American Psycho” de Bret Easton Ellis, tendo-o visto trinta e sete vezes e alugando a cassete no videoclube várias vezes [2]. ii) O convite de Holly Johnson para Scully entrar no clube onde Holly does Hollywood sonorizado pela marcha popular, “Relax”, numa edição de portas e espelhos de luxo. iii) E o milagre genético Girl # 1 in Bathroom, Lindsay Freeman, que centelhará apetibilidade debaixo das estrelas. No céu. E noutros filmes.
Young Lady Chatterley” (1977), real. Alan Roberts, c/ Harlee McBridge (Cynthia Chatterley) Ed Quinlan (Philip Carlyle), Sybil Danning (Judith Grimmer), Lindsay Freeman (Jenny - Maid in Hut), Wendy Barry (Sybil - Maid in Hot House), Monique Gabrielle (Eunice - Maid in Woods). Filmado na Grayhall Mansion, 1100 Carolyn Way, Beverly Hills, Califórnia … “Cynthia, a nova lady Chatterley, sente-se negligenciada pelo marido. Durante as suas ausências ela tenta divertir-se com o jardineiro, Thomas, mas é sempre interrompida por novos visitantes.” “Fairy Tales” (1978), real. Harry Hurwitz, c/ Don Sparks (Príncipe), Sy Richardson (Sirus), Lindsay Freeman (Jill) … “No seu vigésimo aniversário, o Príncipe parte numa demanda que o leva por todo o país procurando a mulher que o excita sexualmente, a Princesa Bela Adormecida.” “Fyre” (1979), real. Richard Grand, c/ Allen Garfield (Pregador), Lynn Theel (Fyre) [3], Lindsay Freeman (Dealer's Girl) … “Após uma inocente campónia ter sido violentamente violada, a sua família morre num acidente de viação, antes de ela interiorizar o que aconteceu. À medida que o seu sentimento de vergonha se torna auto-degradação, ela vira-se para a prostituição.” “Boardinghouse” (1982), real. John Wintergate, c/ John Wintergate (Jim Royce), Kalassu (Victoria), Lindsay Freeman, sob o nome Alexandra Day, (Debbie Hoffman) … rodada no n.º 20950, Avenue San Luis, em Woodland Hills, Califórnia, é a primeira película de terror filmada em vídeo a ser transferida para 35 mm e exibida nos cinemas. “Em 18 de setembro de 1972, a casa dos Hoffman foi fechada devido a várias mortes misteriosas. Dez anos depois, a casa reabre como hospedaria por um homem com poderes telecinéticos que a herdou. Um grupo de raparigas logo a aluga e os assassinatos começam de novo na hospedaria.” “O enredo é essencialmente esparso e esporádico consistindo sobretudo num grupo de amigas divertindo-se em frente da câmara. Jim Royce gere a pensão e meia dúzia de mamalhudas aluga-a. Ele enaltece o misticismo zen e o conhecimento telepático à principal hóspede, Victoria, antes de fazerem sexo de cabeça para baixo numa maca.” “Erotic Images” (1983), real. Declan Langan, c/ Edd Byrnes (Logan Roberts), Britt Ekland (Julie Todd) Lindsay Freeman (namorada de Logan) … “Uma professora de psicologia quase perde o marido depois de a sua recém-publicada tese de doutoramento sobre sexo se tornar um bestseller.” “Girls of Penthouse” (1984), c/ Danielle Martin (Bad to the Bone), Lindsay Freeman (Tattoo Woman & Use Me Woman) … vídeo compilação de girls retratadas na revista Penthouse. “Party Games for Adults Only” (1984), real. Tony Csiki, / John Byner (anfitrião), Carol Bromley (Kate), Kenny Morse (Ken), Linnea Quigley (Cowgirl / Pool Girl / Strip Poker Girl / Locker Room Girl), Lindsay Freeman (Girl by Pool / Messy Eater / Bathtub Girl / Present Girl). “Beverly Hills Call Girls” (1988), real. Bert Rhine e Keith Jon, c/ Crystal Breeze, Lindsay Freeman, Ty Randolph, Scarlett Greene … Um grupo de empreendedoras relata a sua boa sorte em personal service business, uma profissão de sucesso, gratificante e bem remunerada, monetária e emocionalmente. A bordo do iate Paramour, significa for love, explica Debbie e narra como é divertido mostrar a real nice time aos clientes nos vários cruzeiros, com a amiga e empresária Alice, sendo o mais popular o Sunset Cruise. Adiante, Lindsay Freeman explica que foi chamada por alguém que conheceu em Londres, para trabalhar num emprego bastante lucrativo, na sua anterior profissão que é management, ela era uma excelente business woman, contudo quando chegou descobriu que o emprego não se concretizou, aparentemente alguém fizera uma grande trapalhada no departamento onde deveria trabalhar, como tinha comprado um bilhete só de vinda, começou a pensar e, pela primeira vez na vida, decidiu que queria fazer algo que realmente gostasse, “e aquilo que realmente gosto é sexo.” “Podem encontrar-me num bar ou num clube em Beverly Hills ou em qualquer dos lugares sofisticados que as pessoas frequentam, e se tiverem dinheiro para o meu preço, terei muito prazer em trabalhar convosco.” “Penthouse: On the Wild Side” (1989), c/ Michelle Bauer (Punk or Bust Hairdresser), Lindsay Freeman (Honey Pot), Julia Parton (Punk or Bust Customer), Carina Ragnarsson (Car Wash) … “Este vídeo traz-lhe um reino dos sentidos onde nada é proibido e o prazer é a única lei. Um recém-libertado marido é convidado a assistir enquanto duas indomadas loiras se saciam nalguns jogos de água muito inventivos. Uma inocente donzela é transformada num brinquedo de coleira e forrada a couro por uma dominatrix punk. Um conjunto de lindas moças abeira-se do êxtase. Mais, explosivas fotos de uma jovem Madonna como nunca antes a viu.” “Super Leg-ends” (1992), c/ Bunny Blue, Le Dawn, Sunny Daye, Misty Raines, Precious Pink, Tiffany Storm, Lindsay Freeman [4].
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[1] Deborah Shelton, 1,73 m, 91-60-91, sapatos 39, olhos verdes, cabelos castanhos-escuros, nascida a 26 de novembro de 1948, Washington, Distrito de Columbia. “Em 1970, Shelton concorreu a miss Virginia para chatear o seu namorado. Venceu o título e representou o estado no concurso miss EUA realizado em Miami, Florida, em maio de 1970. Ganhou o prémio de miss Fotogenia e subsequentemente foi coroada miss EUA 1970. Ela recebeu a coroa da anterior detentora do título, Wendy Dascomb, também miss Virginia. Foi a primeira vez que um estado venceu o título de miss EUA dois anos consecutivos.” “Em março de 1974, a Playboy deu-lhe honra de capa embora ela não aparecesse nua na revista. ‘Body Double’ foi um dos filmes famosos onde Deborah apareceu num papel importante. Ela fez também participações especiais em várias séries de TV como ‘The Fall Guy’, ‘The A-Team’, ‘Fantasy Island’, ‘The Love Boat’, ‘Get a Life’, ‘Cheers’, T.J. Hooker’, etc. um dos papéis mais famosos que Deborah interpretou na TV foi Mandy Winger no ‘Dallas’.”
[2] “Depois de mais alongamentos para acalmar tomei um duche quente rápido e fui ao videoclube onde devolvi duas cassetes que alugara na segunda-feira, She-Male Reformatory e Body Double, mas tornei a alugar o Body Double porque quero vê-lo outra vez esta noite, embora saiba que não terei tempo para me masturbar na cena em que a mulher está a ser perfurada até à morte por um berbequim, visto ter um encontro com a Courtney às sete e meia no Café Luxembourg”, Bret Easton Ellis em “American Psycho”.
[3] Lynn Theel, 1,60 m, 49 kg, 91-56-89, olhos castanhos, cabelo loiro, nascida a 5 de março de 1951, em Detroit, Michigan, t.c.c. playmate Lynn Schiller de julho 1975, ano em que Glenn Frey, vocalista dos Eagles, namorou-a a sério, para casar. Ambições: ter casa própria e sucesso como atriz e modelo. No meu futuro: gostaria de possuir alguns terrenos com muitos cavalos, cães, gatos e um pequeno estúdio, e espaço para todos os meus amigos. História laboral: trabalhei como cantora de cabaret na Alemanha (clube de oficiais) e tratadora de cavalos na Califórnia. Na minha biblioteca: Havai, Voando sobre um ninho de cucos e tudo do Hermann Hesse. Comidas favoritas: lagosta, bife e pratos vegetarianos.
[4] Lindsay Freeman, t.c.c. Alexandra Day, Bibi, Denny, Baby Breese, nasceu em 1956 e combateu pelo lado delendus est Anus n’ “As guerras púbicas”. “Vamos começar o último trimestre do ano com a Oui para variar. Lançada pela Playboy como um desafio à Penthouse, com a missão de ser mais marota, e usando muito do conteúdo fotográfico europeu da sua parente francesa Lui, estava a cumprir esse mandato bastante bem com um conteúdo escrito mais focado no sexo e fotos mais explícitas do que a Playboy. Infelizmente, foram os leitores da Playboy não da Penthouse que foram pescados. Pior ainda, mesmo estando a ser comprada pelo público mais atrativo para o mercado publicitário, no país, teve prejuízo de 2278 milhões de dólares em 1975. A miss outubro 1976 da Oui foi uma fascinante jovem chamada, somos levados a acreditar, Jan Walker. Ela foi fotografada num estilo enevoado muito Penthouse, por Suze Randall, que antes lhe tinha pedido para posar para ela, porque ficara impressionada pelas suas pernas intermináveis. Ela certamente mostra-as num sensual puxão de cuecas que, sem dúvida, seria demasiado forte para a Playboy nessa altura. Ainda mais indecente era a foto onde Walker encantadoramente exibe o seu ânus, de uma forma que até a Penthouse estava apenas a começar a fazer. Provavelmente, com todas as revistas a mostrar agora os lábios vaginais das miúdas, então contornar para a porta de trás seria o próximo passo lógico. (…). Em outubro de 1976, a cobertura pela Playboy de jovens promissoras continuava uma opção, com essa edição apresentando uma maciamente deslumbrante Melanie Griffith de 19 anos. (…). Hustler apresentou quatro modelos na sua edição de outubro, a primeira dava pelo nome de Toni, que era um atrativo estilo Oui de rapariga, fotografada numa espécie de intensa luz solar Oui, e que a sua progenitora francesa Lui costumava usar. Hustler fê-la abrir as pernas, mostrando o buraco do cu e lábios de aspeto cor-de-rosa e húmidos. A segunda rapariga, que já destacavam na capa, era uma moça que aparecera na Penthouse em janeiro de 1976 com o nome de Baby Breese. Nessa revista, a moça (nome verdadeiro Lindsay Freeman) posara vestida numa camisola com um 12 provocadoramente estampado, embora ela tivesse, de facto, dezanove anos na altura, mas parecendo muito mais nova. (A Penthouse realizou um concurso de adivinhação da idade com prémios para os leitores. Posteriormente, a revista assumiu 21 anos como a idade da britânica Baby Breese). Ainda assim, a produção atraiu a apropriada atenção de tal forma que fotos da sessão também apareceram na For Men Only, em julho de 1976, sob o nome Bibi, e ela regressou para repetir a aparição devido a ‘pedido do público’. (…). As fotos de Freeman na Hustler avançam do vislumbre dos seus lábios, vistos na Penthouse em janeiro, para o realce desse novo campo de batalha das guerras púbicas: o ânus. As ufanas fotos do olho do cu de Freeman são muito mais radicais que qualquer coisa vista na Penthouse até à data e, ao contrário da Penthouse, que quando esticava as fronteiras nos seus ensaios fotográficos não aludia a isso, a Hustler, contente da vida, chamou a atenção para o ânus dela piscando-o no texto de suporte. Freeman prosseguiu entrando numa série de filmes eróticos, sendo o primeiro ‘Young Lady Chatterly’ (1977), onde apareceu como Sybil, criada de serviços ligeiros. No seu segundo filme, ‘Fairy Tales’ (1977), ela representa Jill (como em ‘Jack e Jill’), numa particularmente entediante paródia de alguns contos de fadas tradicionais. As outras duas modelos na Hustler de outubro, Leslie e Cookie mostravam ratas cor-de-rosa e húmidas. Agora, já não bastava as miúdas mostrarem os seus lábios, visto quão ubíquos se tornaram nas revistas masculinas em relativamente pouco tempo. Com Larry Flynt concentrado apenas nesta parte da anatomia a fase seguinte era mostrar os genitais parecendo excitados. Isto era algo que a Playboy nunca fez, mas a Penthouse, que, sem dúvida tinha começado a fazê-lo com Colleen Carney, em julho desse ano, gradualmente, irá nesse passo nos próximos dezoito meses, mais coisa menos coisa.”
Bono vox de Lindsay Freeman. Porque o nome Baby Breese? “Acho que é porque sou pequena e leve e costumo dar cambalhotas.” “Fui criada numa pequenina aldeia nos arredores de Londres. Não é como a cidade e não é como o campo – é algo no meio.” “Então já tinha idade para viajar e sai de casa. Fui para Londres, e claro, para Chelsea. Aluguei um pequeno apartamento mesmo à saída da King’s Road, perto de um pub chamado World’s End.” As fotos de Lindsay Freeman na Penthouse de janeiro de 1976, fotografada por Eugene Finkei, chocam, não por ser, mas por parecer. Ela parece muito mais nova, adicionando-lhe uma camisola com o número 12, o entendimento apercebe uma criança, nos anos 70. Nos dias de hoje, somando-lhe mais o rebentamento da família, o pai anonimizado, a mãe aloucada, e a consequente alteração na política de crimes, chocam ainda mais. Face ao progresso social, o Estado responde com incúria, em vez de tentar terapias de substituição, e, por exemplo, as rugas de velhice nos cantos da boca das senhoras da classe dominante, trabalhadas por especialistas, seriam sifões da libido tresmalhada, desviando-a para grupos etários mais velhos, em vez da cura, o Estado cria bases de dados de acesso popular. O secretário de Estado da Justiça, António Costa Moura: “Ainda, que os dados serão, poderão ser acedidos por quem exerça responsabilidades parentais sobre menores até aos 16 anos de idade, no entanto, tomam-se salvaguardas, este acesso é indireto, na medida em que os pais tem que requerer à autoridade policial da área de residência, da sua residência, que lhes facultem a informação e para o fazerem, os pais têm que invocar uma situação concreta que justificá que justifica um fundado receio de que determinada pessoa pode já constar deste registo.”

no aparelho de televisão

Super Gran” (1985-87), série inglesa transmitida na RTP 1 aos sábados pelas 18:15, estreia dia 18 de outubro de 1986, no novo ano, a 3 de janeiro de 1987, a velhota salta para as 10:45 até 10 de janeiro. 1.º Episódio: Granny Smith é uma avozinha amorosa que vai ao parque Chisleton ver o neto jogar futebol na equipa da sua escola. Granny Smith ouve mal e como as suas pernas já estão fracas, tropeça e cai numa bancada ao lado do terreno. Mal sabia ela que naquele dia fatídico começara a contagem decrescente para o grande acontecimento que iria mudar toda a sua vida… a velhinha fraca e trôpega estava prestes a transformar-se na… Super Avozinha.” “L’île” (1987), real. François Leterrier, c/ Bruno Cremer (capitão Mason), Jean-Louis Richard (capitão Burt), Karina Lombard (Ivoa), Martin Lamotte (Mac Leod), Serge Dupire (Adam Purcell), minissérie francesa transmitida na RTP 1 pelas 23:00 aos sábados, de 2 de janeiro / 18 de fevereiro de 1989. “1.º Episódio: O sol brilha a perder de vista sobre o Pacifico. A bordo do Blossom, que navega naquelas águas empurrado por uma brisa que, sopra de sudeste, Adam Purcell põe o ouvido à escuta. Apesar de os contornos de uma ilha se vislumbrarem no horizonte, não se ouve nem o grito de um pássaro. Mas esta estranha acalmia não vai durar muito mais tempo…” Sinopse: “no século XVIII, Oceânia. Mason, capitão a bordo do Blossom, mata o seu superior, o capitão Burt, cuja crueldade indignava a tripulação. Os amotinados fogem, em companhia de alguns taitianos, para a ilha deserta de Pitcairn, onde tentam criar uma sociedade ideal. Mas a animosidade entre dois homens, Mac Leod, que se impõe como autocrata, e Purcell, incapaz de conter as ambições deste último, provoca uma guerra sem piedade entre as raças.” Na banda sonora da série, Karina Lombard canta “La femme océane”, c/ letra de Jean-Loup Dabadie. “Lime Street” (1985), título local “Os investigadores”, série americana transmitida na RTP 1 aos sábados pelas 22:30, de 22 de novembro de 1986 / 3 de janeiro de 1987. 1.º Episódio: “o novo Robert Wagner. É vivo: até aqui tem sido um ladrão com classe (‘It Takes a Thief’, 1968-1979), um vigarista esperto (‘Switch’, 1975-1978) e um simpático detetive (‘Hart to Hart’,1979-1984). Agora, Robert Wagner reúne tudo isto e surge na personagem de James Greyson Culver, um investigador de seguros ao serviço da delegação inglesa de uma companhia multinacional. Está bem acompanhado: Culver representa a metade americana de uma equipa anglo-americana. O seu parceiro inglês, Edward Wingate, fora seu companheiro de quarto em Oxford. O papel de Wingate é desempenhado por John Standing, apreciado ator que já antes trabalhava com Robert Wagner. É um profissional de 1.ª: a natureza do seu trabalho leva-o a investigar crimes internacionais e a lidar com vigaristas famosos e perigosíssimos. Culver fala a mesma linguagem que eles. Mas uma coisa é falar com eles, outra é conseguir continuar vivo.” “Culver tem duas filhas, Elizabeth (13 anos) e Margaret Ann (8 anos) e cria cavalos numa quinta na Virginia, com ajuda do seu pai. Wingate e Culver viajam pelo mundo, visitando locais exóticos enquanto investigam fraude e atividades criminosas.” Samantha Smith interpretava a filha, Elizabeth Culver [1]. “Três episódios e o episódio-piloto tinham sido filmados quando Smith morreu a 25 de agosto de 1985, na queda de uma avioneta pertencente à Bar Harbor Airlines. A morte de Smith ocorreu antes de algum dos episódios ter sido transmitido, sendo a estreia a 21 de setembro. Embora a produção continuasse, o seu papel nunca foi reatribuído. Em vez disso, foram feitas audições para um novo papel, outra filha do personagem de Wagner, mas a ideia foi totalmente descartada.” “A série teve problemas em encontrar uma grande audiência, principalmente devido à concorrência dos êxitos da NBC, ‘The Golden Girls’ e ‘227’. O quinto episódio foi para o ar na ABC dia 26 de outubro de 1985, após o qual foi cancelado a pedido dos produtores. Os episódios gravados depois da morte de Smith fê-los perceber que ter continuado com a produção não tinha sido uma decisão sensata.” “La valise en carton” (1988), título local “A mala de cartão”, série coproduzida pela RTP e Antenne 2, realizada por Michel Win, transmitida na RTP 1 aos domingos pelas 20:40, de 9 de outubro / 13 de novembro de 1988. “Uma história baseada na vida da jovem Deolinda de Sousa, que um dia saiu da vila alentejana de Beringel e em terras de França atingiu o estrelato com o nome de Linda de Suza, já tinha sido contada pela própria, em livro editado em Portugal, há relativamente pouco tempo. (…). Maioritariamente rodada em Portugal, tem argumento de J. Guissart inspirado na referida obra de Linda de Suza e conta o percurso acidentado da jovem Deolinda, desde a infância cinzenta em Beringel até aos êxitos alcançados no meio musical parisiense, designadamente à consagração no Olympia. (…). A figura de Linda de Suza aparece protagonizada nesta série pela atriz Sorad Amidou, cabendo a Elisa Fine a interpretação da heroína enquanto jovem e a Sophie Rodrigues enquanto criança. A conhecida atriz grega Irene Papas desempenha o papel de mãe de Linda. (…). Entre o elenco artístico, destacam-se os nomes dos portugueses Raúl Solnado, Fernanda Alves, Filipe Ferrer, Cecília Guimarães, Adelaide João, Rita Blanco, Armando Cortez, Canto e Castro, Lídia Franco e Sérgio Godinho, entre outros. Para além da polémica que logo se gerou a partir da própria história contada em livro, outras questões posteriormente relacionadas com esta série fazem com que a sua exibição entre nós seja aguardada com uma certa expetativa. Citemos, por exemplo, a circunstância da dobragem em português - problema que tem sido vivamente debatido nos últimos tempos. Apoiado e combatido em partes não muito desiguais, esta pode ser uma espécie de prova dos noves. Das reações dos telespetadores, se inteligentemente interpretadas, pode resultar algo proveitoso para o futuro do processo em Portugal.” [2]
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[1]Samantha Reed Smith (29 de junho de 1972 - 25 de agosto de 1985) foi uma aluna de liceu, ativista da paz e criança-atriz americana de Manchester, Maine, que se tornou famosa na época da Guerra Fria. Em 1982, Smith escreveu uma carta ao recém-nomeado secretário-geral do Partido Comunista Soviético, Yuri Andropov, e recebeu uma resposta personalizada que incluía um convite pessoal para visitar a União Soviética, que ela aceitou. Smith atraiu muita atenção dos média em ambos os países como embaixadora da boa vontade, e tornou-se conhecida como a embaixadora mais jovem da América, participando em atividades em prol da paz no Japão. (…). Quando Yuri Andropov sucedeu a Leonid Brezhnev, como líder da União Soviética em novembro de 1982, os jornais e revistas ocidentais conservadores publicaram muitas fotografias nas primeiras páginas e artigos sobre ele. A maioria das reportagens era negativa e tendia para a perceção de uma nova ameaça à estabilidade do mundo ocidental. Andropov tinha sido embaixador soviético na Hungria durante a revolução húngara de 1956 e chefe do KGB entre 1967 e 1982; durante o seu mandato, ele ficou conhecido no ocidente por esmagar a Primavera de Praga, e pela supressão de dissidentes como Andrei Sakharov e Aleksandr Solzhenitsyn. Ele começou o seu cargo de líder soviético reforçando os poderes do KGB e suprimindo dissidentes. Andropov declarou: ‘A luta pelos direitos humanos era parte de uma ampla conspiração imperialista para minar os alicerces do Estado soviético’. Muita da tensão internacional girava à volta dos esforços soviéticos e americanos para desenvolver armas capazes de serem lançadas a partir de satélites em orbita. Ambos os governos tinham extensos programas de pesquisa e desenvolvimento para desenvolver tal tecnologia. Reagan apresentara a sua Star Wars a 23 de março. Todavia, ambas as nações estavam sob crescente pressão para desmantelar o projeto. Na América, o presidente Ronald Reagan estava sob pressão do lóbi de cientistas e especialistas em armas americanos, enquanto na Rússia, o governo emitia um comunicado: ‘Evitar a militarização do espaço é uma das tarefas mais urgentes que a humanidade enfrenta’.”
[2] “‘Cheguei a França em 1970 e até 1978 trabalhei como doméstica, fiz os meus descontos e depois tornei-me artista, mas agora os serviços dizem que só cheguei a França em 1979, dão-me um novo número no título de residência e dizem que nessa altura eu tinha uma profissão liberal’, contou Linda de Suza, de 66 anos, à rádio RTL. A artista afirmou receber apenas 400 euros de reforma. ‘Vendi milhões de livros e de discos, mas não tenho nada, nem dinheiro para comprar comida para o meu cão’, diz, esclarecendo que tem apenas a casa onde vive e um carro. Esta não é a primeira vez que Linda de Suza se queixa de ter perdido tudo. Em 2010, a cantora acusou os antigos produtores de lhe terem roubado uma fortuna e de a terem deixado na penúria. Nascida em Beja, Linda de Suza deixou Portugal ilegalmente nos anos 70 para fugir à pobreza e tornou-se numa cantora de grande sucesso em França.”
“‘Falsificaram os meus documentos, atribuíram-me dois números de cartão de residente e de segurança social em França, modificaram mesmo a data da minha chegada a França, pondo 1979 quando eu cheguei em 1970, e, desse modo, desviaram o meu dinheiro abrindo contas secretas que eu desconhecia, uma no banco Rothschild, em Paris, e outras no Luxemburgo’, afirma Linda de Suza ao Expresso. ‘Eu na altura era ingénua, era muito humilde, acreditava nas pessoas e não controlava nada da contabilidade e do dinheiro que ganhava com os discos, os espetáculos, o livro, os filmes’, acrescenta. Devido ao facto de os seus produtores da época (Carrère) não terem, alegadamente, declarado praticamente nada do que Linda de Suza ganhou, nem aos impostos nem à segurança social, a cantora não consegue sequer receber uma pensão de reforma - ‘Eu fui aos impostos, fui a todo o lado, fui à Caixa de Aposentação dos artistas e comprovei que 'eles' falsificaram tudo!’, explica. (…). A emigrante e cantora portuguesa assegura ter recebido ameaças de morte e pedido proteção à polícia francesa. ‘Hoje apenas saio com guarda-costas e fui ameaçada de morte porque 'eles', os produtores, os banqueiros e os funcionários envolvidos neste roubo, têm medo do escândalo’, afirma.”
Linda de Suza, que nasceu na miséria em 1948, numa aldeia alentejana do distrito de Beja, emigrou aos 22 anos, clandestinamente, e com um filho nos braços, para França, onde protagonizou uma história de surpreendente êxito que correu o mundo. Depois de ter sido uma humilde emigrante mulher-a-dias, tornou-se, na década de 1980, uma das artistas que mais discos vendeu em França.”

na aparelhagem stereo

“As ev’rybody knows, / if it's sex they're thinking of, / intellectuals are ineffectuals / when it comes to making love // Nietzsche always said he wouldn’t, / Schopenhauer thought he shouldn’t, / and as for Immanuel Kant, / Ev’ry girl in town knew that Kant, / couldn’t”: “Listen to Your Heart”, do musical “Young Frankenstein” (2007) [1]. A trapalhice entre lençóis dos mais cerebrais proporciona belos momentos nas revistas cor-de-rosa, ditas revistas de picuinhas, no tempo de Eça.
Nessa ordem de ideias. “Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho conheceram-se em 1999, quando a apresentadora foi ao gabinete do então ministro da Cultura pedir um subsídio para um programa na Antena 1. O contacto profissional rapidamente deu lugar ao amor, e, dizem os amigos, a apresentadora ficou encantada com a forma como foi tratada por Carrilho. Numa ocasião, enviou-lhe para casa um ramo de rosas e um vestido elegante, acompanhado com um cartão em que a convidava para jantar. Noutro dia, desafiou-a para um pequeno-almoço em Paris. (…). A relação parecia ser um conto de fadas e já estava tudo a postos para o grande dia quando o casal soube pela imprensa que o passado a impedia de subir ao altar. Em 1997, a estrela da SIC – que na altura namorava com Pedro Miguel Ramos – tinha celebrado uma união com o apresentador na República Dominicana, que julgava não ser válida em território nacional. O divórcio acabou por ser consumado a troco do pagamento, por parte de Carrilho, de 60 mil euros – valor que Pedro teria dado como entrada do apartamento onde nunca chegou a viver com Bárbara”, em Correio da Manhã 20/01/2015.
Posfácio. “Seis meses depois de se ter divorciado de Manuel Maria Carrilho, Bárbara Guimarães voltou a encontrar o amor. A apresentadora da SIC vive um romance com Ernesto Neves, mais conhecido como Kiki, empresário de 45 anos e filho de um antigo piloto de automobilismo. O nome de Kiki Neves foi ouvido no meio social pela primeira vez quando se apaixonou por Liliana Campos[2], ibidem.
Entremeada. “Carrilho revelava uma atração evidente pelo marketing, levando-me a pensar que o enlace com uma estrela da TV pudesse ser uma operação de charme numa altura em que ele ainda era ministro. Alguns factos alicerçavam as minhas suspeitas. ‘Negociei’ com Carrilho a publicação das fotos do seu casamento na revista do Expresso – e a preocupação excessiva que ele mostrou com o assunto (exigindo, por exemplo, que as fotos fossem a preto e branco, porque isso lhes dava um toque ‘intelectual’, e querendo controlar o modo como eram publicadas, deslocando-se propositadamente à redação com esse objetivo), podia levar a pensar que se tratava de uma operação de marketing político. (…). Segundo o processo, o ex-ministro agrediu várias vezes a mulher ‘a soco e pontapé’, indo a seguir buscar a filha para lhe dizer, apontando para a mãe: ‘Olha, Carlota, queres ficar com esta mãe maluca?’ Carrilho chegou mesmo a ameaçar matar a família toda à facada [cerca de 30 cm] e depois suicidar-se. ‘Eu mato-me depois de te matar a ti e aos nossos filhos’. E à violência física e ameaças de morte somava-se a tortura psicológica, de uma maldade que faz doer. Um dia entrou na casa de banho e começou a fotografar a mulher nua à saída da banheira, dizendo-lhe: ‘Estás velha, já ninguém te quer!’ e quando esta o mandou ir ver sites pornográficos, ele respondeu: ‘Quem vai para os sites pornográficos és tu. Já foste apanhada!’ e insistia que a mulher estava gasta e já não entusiasmava ninguém. [Depois, esperou que a mulher saísse da casa de banho e deu-lhe um pontapé no tornozelo, deixando-lhe uma ferida]. Uma vez que Bárbara saiu de casa, após mais uma agressão, Carrilho perguntou-lhe no regresso se tinha ido ‘fornicar’. Ora, bem, após algumas destas cenas escabrosas, Manuel Maria Carrilho punha-se de joelhos, pedia-lhe desculpa e garantia-lhe que iriam ‘passar uma esponja’ sobre os maus momentos. É difícil descer mais baixo numa relação”, José António Saraiva no jornal Sol n.º 440 [3].
Boca de cena. Manuel Maria Carrilho: “És uma alcoólica, não vales nada, estás acabada és um fiasco total, não tens cabecinha para nada.” Bárbara Guimarães: “Vai-te embora. Sai da casa de banho. Se precisas, vai mas é ver sites pornográficos.”
Amor no ar da década de 80:
Boom! There She Was” (1988), p/ Scritti Politti: “The Tupamaros / An immutable truth (all right) / I got a razor blade / An' a beautiful youth (and I like it) / A Moto Guzzi / An' a Gaultier Pants (all right) / I got a reason girl / Was Immanuel Kant's (and I like it).” A Day Late And A Dollar Short” (2011). “Em meados dos anos 70, Green Gartside (cantor, compositor, nascido em Cardiff) estudava belas artes no Leeds College of Art and Design. A tournée Anarchy dos Sex Pistols, que incluía os Damned, os Clash e os Heartbreakers de Johnny Thunders, iniciou-se no Leeds Polytechnic a 6 de dezembro de 1976, e inspirou Gartside a formar uma banda com o seu amigo de infância, Nial Jinks, e os colegas Tom Morley e Matthew Kay em 1977. Em 1978, eles viviam em casas ocupadas na área de Camden Town, no norte de Londres, rodeados por um politburo anarquista de músicos, escritores, jornalistas e ativistas, a todos os quais era permitida contribuição para o grupo, cujo nome era um tributo aos escritos políticos do marxista italiano, Antonio Gramsi. (…). Miles Davis fez uma versão da faixa ‘Perfect Way’, dos Scritti Politti. Davis também tocou na faixa ‘Oh Patti (Don’t Feel Sorry For Loverboy)’, dos Scritti Politti, do álbum ‘Provision’ (1988).” Don't Tell Me” (1984) The Day Before You Came”, versão de os ABBA (1984), p/ Blancmange. “Primeiro, eles tinham um nome estranho, que Luscombe explica como uma biqueirada à zelosa sinceridade da juventude vestida de sobretudo, que dominava a música na altura, e parecia que eles orientavam as suas vidas pela imagética a preto e branco granulado de Anton Corbjin. O nome Blancmange era alegre – tal como era a alcunha de Neil Arthur e Stephen Luscombe, as Tias Virgens. Blancmange era um nome reconfortante, ainda que um pouco bizarro. Ele invocava a imagem de um alimento que, não era nem geleia nem musse, mas, na verdade, da família dos bolos, que originalmente era feito de frango como um remédio para doença. Mas agora mais conhecido como um tipo de sobremesa branca ou cor-de-rosa, trémula, viscosa, feita de leite e gelatina. Esta estranheza encaixava perfeitamente.” Love on Your Side” (1983), p/ Thompson Twins. “Primeiro, havia o nome maluco. (‘Nenhum deles se chama Thompson! E há três deles! E não são realmente gémeos!’, dizia cada artigo escrito sobre os Thompson Twins, sempre). E depois havia os penteados entufados, os chapéus pico de pato gigantes, aqueles ofuscantemente claros fatos largos de cetim, montes de perolas. ‘Expusemo-nos ao ridículo de certa forma, porque adotámos uma personalidade de desenho animado para nós próprios’, Tom Bailey admite à vontade. ‘Nós tentávamos usar isso subversivamente, não apenas que nós eramos os novos Archie ou os novos Monkees ou qualquer coisa assim. Sentíamo-nos um pouco mais underground do que isso. Mas sabíamos que tínhamos de trabalhar ‘atrás das linhas do inimigo’ para encaixar. Tínhamos de nos tornar reconhecíveis e caricaturais. Então, fizemos isso.”
Sun Goes Down” (1984)Lessons In Love” (1986), p/ Level 42. “Mark King e os irmãos Gould, (Phil e Rowland, este último geralmente conhecido pela sua alcunha, Boon), foram criados na ilha de Wight e tocaram juntos em várias bandas na adolescência. Phil Gould foi estudar para a Guildhall School of Music and Drama de Londres, onde conheceu o teclista Mike Lindup num curso de percussão. Ambos descobriram que partilhavam heróis musicais: Miles Davis, John McLaughlin, Keith Jarrett e Jan Hammer. Em 1979, Phil Gould e Mark King viviam em Londres e envolveram-se no projeto pop de Robin Scott, M. Enquanto trabalhavam em M conheceram o teclista afro-francês Wally Badarou, que tocou sintetizador no single de M, número 1 nos EUA, ‘Pop Musik’. No final de 1979, Phil Gould apresentou Mark King e Mike Lindup um ao outro, e todos começaram a tocar juntos em ensaios despreocupados desenvolvendo o seu estilo próprio de fusão jazz funk. O guitarrista original da banda em processo foi Dominic Miller (mais tarde encontrou a fama tocando com Sting), mas foi substituído por Boon Gould no regresso deste do seu trabalho nos Estados Unidos.” When Your Heart Is Weak” (1985), p/ Cock Robin. “Nomeada a partir de uma história do século XVII chamada ‘The Courtship and Marriage of Cock Robin and Jenny Wren’, a banda formou-se em São Francisco e foi contratada pela CBS Records. O álbum homónimo de estreia foi produzido por Steve Hillage. Foi em grande parte ignorado no seu país natal, tal como a generalidade da sua produção, mas foi sucesso de um dia para o outro na Europa, especialmente na Bélgica, França, Alemanha, Itália, Irlanda, Portugal e Holanda, onde os singles ‘When Your Heart Is Weak’, ‘The Promisse You Made’ e ‘Thought You Were On My Side’ tornaram-se grandes sucessos. (…) ‘When Your Heart Is Weak’ foi o único single nas tabelas dos EUA onde alcançou o n.º 35 no final do verão de 1985. Tornou-se também um favorito da rádio na África do Sul no princípio de 1986. Em meados de 1987, a banda, encolhida do quarteto original para o duo Peter Kingsbery e Anna LaCazio, lançou o segundo álbum, ‘After Here Through Midland’, produzido por Don Gehman, que tinha anteriormente trabalhado com John Mellencamp, entre outros.  Tal como aconteceu com o disco de estreia, o segundo álbum dos Cock Robin atraiu muita atenção na Europa onde alcançou o Top 5 e registou sucessos com os singlesJust Around the Corner’ (um êxito no European Top 20, da Escandinávia a Itália), ‘The Biggest Fool of All’ e ‘El Norte’.” (I Just) Died In Your Arms” (1986), p/ Cutting Crew. “Ainda adolescente, Nick Van Eede (nascido Nicholas Eede) gravou alguns singles a solo no Reino Unido no final de 1970, e mais tarde integrava a banda The Drivers, que encontraram o sucesso no Canadá, particularmente com o seu single de 1982, ‘Tears On Your Anorak’. Enquanto em tournée pelo Canadá, os Drivers tinham uma banda de suporte chamada Fast Forward, que no lineup incluía o guitarrista Kevin MacMichael. Van Eede ficou impressionado com a forma de tocar de MacMichael que pediu-lhe para formarem uma banda nova. Os Drivers separaram-se em 1983, mas Van Eede e MacMichael uniram forças em 1985 mudando-se para Londres. Inicialmente, os dois fizeram demos que levaram a um contrato de gravação, antes de o baixista Colin Farley e o baterista Martin Beedle se lhes juntarem em 1986.”
Just Another Day” (1992), p/ Jon Secada. “Secada emigrou com os pais para os Estados Unidos aos 12 anos, depois se viver em Espanha. Enquanto frequentava a escola, os pais geriam um café. Na adolescência, Secada descobriu o seu dom para a música. Na culturalmente diversificada cidade de Miami, Secada foi exposto à salsa e ao merengue. Secada também se interessou pelo rhythm and blues e pela pop, tocando com Barry Manilow, Marvin Gaye, Billy Joel, Elton John e Stevie Wonder. (…). No final de 1980, Gloria Estefan contratou Secada como cantor de apoio. Ele também começou a compor música para Estefan, incluindo algumas das suas baladas mais conhecidas. Entre outras, Secada coescreveu e cantou os coros em ‘Coming Out of the Dark’, o hit número 1 de Gloria do seu álbum de 1991, ‘Into the Light’. Durante a tournée Into the Light World de Estefan, foi dada a Secada a oportunidade, que muda a vida, de tomar o palco e atuar a solo. A canção foi ‘Always Something’, que figurará mais tarde no seu álbum de estreia. Lançou a sua carreira como artista a solo.” Wonderful Life[3] (1987), p/ Black. “(Nascido Colin Vearncombe, 26 de maio de 1962, em Liverpool) é um cantor / compositor inglês, que gozava de sucesso mainstream no final de 1980. William Ruhlmann da Allmusic descreveu Vearncombe como um cantor /compositor de voz rouca, cujas sofisticadas canções jazz-pop e dramática interpretação vocal coloca-o algures entre Bryan Ferry e Morrissey. O primeiro lançamento de Black foi ‘Human Features na Rox Records em 1981. Este foi seguido por mais um lançamento independente em 1982, ‘More than the Sun’, depois do qual assinou pela WEA Records. Em 1982, Black tocou com os Thompson Twins na sua tournée Quick Step and Side Kick. O som ao vivo de sintetizador / percussão / guitarra e o uso do gravador de fita deram-lhe projeção.” You” (1991), p/ Ten Sharp. “Duo holandês fundado em 1984 mais conhecido pela sua canção do início dos anos 90, ‘You’, um sucesso nalguns países europeus em 1991 e noutros (como no Reino Unido, onde alcançou o número 10) em 1992. Os dois membros são Marcel Kapteijn (voz) e Niels Hermes (teclados).” “Durante o concurso de bandas ‘Die Grote Prijs von Nederland’ foram lançadas as bases, com o grupo de rock melodioso, Streets, daquilo que brevemente se desenvolveria nos Ten Sharp. Kapteijn e Hermes tocando co o baixista Ton Groen, o baterista Wil Bouwes e o guitarrista Martin Boers não conseguiram ir além da fase de qualificação. Mas não demoraria muito para que eles conseguissem assinar um contrato com a CBS. O primeiro singleWhen The Snow Falls’ (1984) foi ‘derrubado para o top’, ao passo que o seu sucessor, ‘Japanese Lovesong’ foi número 30 nas tabelas. Os dois singles seguintes (‘Last Words’ e ‘Way Of The West’) fracassaram. Desapontados, o grupo desfez-se pouco depois”, estas canções serão recuperadas pelos Ten Sharp.
The Power of Love” (1984), [4] p/ Jennifer Rush. Nascida Heidi Stern a 28 de setembro de 1960 em Queens, “Rush passou a infância na cidade de Nova Iorque e em Schleswig-Holstein, o estado no extremo norte da Alemanha. Foi em Flensburg, Alemanha, que ela descobriu a sua paixão pela música. Gravou o primeiro álbum ‘Heidi Stern’ em 1979, mas não teve muita atenção. Tentando fundar a sua carreira como cantora, em 1982, ela muda-se para Wiesbaden, Alemanha, com o pai Maurice Stern, um cantor de ópera. Ao longo dos próximos anos ela obteve êxitos em toda a Europa, com as canções ‘25 Lovers’ (1984), ‘Flames of Paradise’ (1987), dueto com Elton John, ‘Ring of Ice’ (1984), ‘Destiny’ (1985), ‘If You’re Ever Gonna Lose My Love’ (1986), ‘I Come Undone’ (1987) e ‘Madonna’s Eyes’ (1986). A mãe de Jennifer era pianista, e os seus irmãos são músicos Bobby Stern (saxofonista) e Stephen Stern (cantor / guitarrista). Em 2010, Jennifer revelou que adotou o seu nome artístico ‘Jennifer’, em consequência da insistência da sua gravadora, CBS, que palpitava que Heidi não soava o suficientemente ‘internacional’.”Twist in My Sobriety” (1988) p/ Tanita Tikaram. “Nascida em 12 de agosto de 1969, é uma cantora / compositora pop / folk britânica. Alcançou sucesso nos tops com os singles ‘Twist in My Sobriety’ e ‘Good Tradition’ do seu álbum de estreia de 1988, ‘Ancient Heart’. É conhecida pela sua voz poderosa e rouca, e letras poéticas um tanto obscuras. Tikaram nasceu em Münster, Alemanha, filha de um pai indo-fijiano, Pramod Tikaram, e uma mãe malaia, Fatimah Rohani. A carreira militar do seu pai fez que ela passasse a infância na Alemanha, antes de se mudar para Basingstoke, Hampshire, Inglaterra, quando estava na adolescência. Ela é a irmã mais nova do ator Ramon Tikaram e sobrinha-neta de sir Moti Tikaram, que foi o primeiro presidente do Supremo Tribunal das Fiji independentes e o ombudsman (do sueco: representante do povo) com mais tempo de serviço do mundo.” One Night in Bangkok” (1985) p/ Murray Head. “Murray Seafield Saint-George Head (nascido a 5 de março de 1946) é um ator e cantor inglês, mais reconhecido pelos seus sucessos internacionais ‘Superstar’ (da ópera rock de 1970 ‘Jesus Superstar’) e ‘One Night in Bangkok’ (o sucesso de 1985 do musical ‘Chess’, que liderou os tops em vários países, e pelo seu álbum de 1975, ‘Say It Ain’t So’. (…). Murray Head nasceu em Londres, filho de Seafield Laurence Stewart Murray Head (1919-2009), um realizador de documentários e fundador da Variety Films, e Helen Shingler, uma atriz. (Helen interpretou Mme Maigret ao lado de Rupert Davies na adaptação da BBC, dos anos 60, das novelas escritas por Georges Simenon). O seu irmão mais novo é Anthony Head, o Giles de ‘Buffy the Vampire Slayer’.”
Souvenir” p/ OMD. “O grupo foi fundado em 1978 por Andy McCluskey e Paul Humphreys, que permanecem, e são vistos como os membros-núcleo. Adicionando Malcolm Holmes e Martin Cooper no final de 1980, este quarteto (com ocasionais flutuações na composição) foi o lineup ao vivo até 1989, quando Humphreys, Cooper e Holmes abandonaram os OMD para fundar os The Listening Pool. McCluskey então conservou o nome OMD e continuou a gravar e a fazer tournées como OMD com novos lineups até 1996. O nome foi tirado do título de uma ideia para uma canção pensada por McCluskey quando ainda estava na escola. O nome foi escolhido de forma a não serem confundidos com uma banda punk. Embora McCluskey essencialmente aposentasse o nome OMD em 1996, pouco depois Humphreys começou a tocar espetáculos ao vivo como OMD com outros músicos de acordo com a necessidade, mas sem McCluskey. (…). Os fundadores Andy McCluskey e Paul Humphreys conheceram-se na escola primária em Meols, no início de 1960, e em meados de 1970, enquanto adolescentes, envolveram-se em diferentes bandas locais, mas partilhava uma aversão pelo rock de guitarras, com a atitude machista popular entre os seus amigos, na época. Em meados de 1970, McCluskey tinha fundado os Equinox, como baixista e vocalista, ao lado do colega de escola Malcolm Holmes na bateria, enquanto Humphreys era o seu roadie. Durante esse período, McCluskey e Humphreys descobriram o seu estilo eletrónico influenciado pelos Kraftwerk.” Em 1997, McCluskey fundou as Atomic Kitten, em 2003 repetiu a receita com a girl band de Liverpool, The Genie Queen, as génias Abigail Clancy, Anna Ord, e Lauren Black. Wishful Thinking” (1983), p/ China Crisis. “É uma banda pop / rock inglesa. Formada em 1979 em Kirby, perto de Liverpool, Merseyside, com um núcleo composto pelo vocalista / teclista Gary Daly e o guitarrista Eddie Lundon. Os China Crisis foram, no princípio, assimilados no lote de bandas new wave de Liverpool no final de 70 princípio de 80, lideradas pelos OMD, e que incluíam também os Echo and the Bunnymen, The Teardrop Explodes, A Flock of Seagulls e Frankie Goes To Hollywood. (…). Compartilhando um gosto por Stevie Wonder, Steely Dan, David Bowie e Brian Eno, Daly e Lundon tocaram em vários grupos pós-punk de Knowsley. Daly passava o tempo então mexendo em sintetizadores e numa caixa de ritmos. Junto com Lundon, Daly começou a escrever canções. O duo finalmente pediu ao baterista e percussionista Dave Reilly para se lhes juntar, e, e, 1982 lançaram o single de estreia ‘African and White’, como China Crisis na etiqueta independente Inevitable.”Hey Little Girl” (1982), p/ Icehouse. “É uma banda de rock australiana formada em 1977 como Flowers em Sydney. Inicialmente conhecidos na Austrália pelo seu estilo rock pub, mais tarde atingiram o sucesso mainstream tocando new wave e synthpop. (…). A base de ambas as formações, Flowers e Icehouse, tem sido Iva Davies (cantor, compositor, produtor musical, guitarrista, baixista, teclista, oboísta), contratando músicos adicionais conforme necessário. O nome Icehouse, que foi adotado em 1981, vem de um velho e frio apartamento onde Davies vivia e o estranho edifício do outro lado da estrada povoado de pessoas itinerantes.”
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[1] Os corações falaram das playmates mais pequenas. Karla Conway, 1,50 m, 45 kg, 88-56-91, olhos e cabelos castanhos. “Encantadora, petite e adorável Karla Conway nasceu Karla Jo Musacchia a 5 de julho de 1946, em Pasadena, Califórnia. Uma ávida surfista, Karla foi criada em Malibu e formou-se na Canoga Park High School. Foi descoberta pela revista Playboy na praia de Malibu em 1965. Karla apareceu a dançar no vídeo promocional de ‘Sea Cruise’, versão dos Hondells. Conway foi playmate do mês de abril 1966. Com 1,50 m tem a honra de ser uma das mulheres mais baixas a posar para a Playboy. (…). Em 1978, Conway instalou-se no Havai, e tornou-se uma artista de grande sucesso sob o pseudónimo de Sachi.” “Atualmente, Sachi vive no seu chalé de montanha em Holualoa, uma comunidade artística nas enevoadas colinas tropicais com vista para a cidade de Kona, na ilha Havai.” Karla integrou o elenco do profético filme de ficção científica “Space Thing” (1968), real. Byron Mabe. “Uma beldade ruiva estilo Diane Lane está deitada na cama ao lado do seu preguiçoso marido de meia-idade, Jim (Steve Vincent), que está absorvido nas suas revistas de ficção científica. Ele adora-as, não se cansa delas, gasta a maior parte do seu tempo a pensar em viagens no espaço e a balbuciar sobre dimensões alternativas. Ela está farta e diz-lhe se ele não lhe prestar atenção, ela vai atirar toda a treta da ficção científica no lixo. Ele fode-a para a calar. Ela aprecia, mas mesmo enquanto eles mergulham no vai e vem das ondas do amor, ele encontra-se distraído pelas suas coisas do espaço exterior.”
A outra meia-leca a posar para a Playboy: Sue Williams, 1,50 m, 45 kg, 86-51-86, olhos azuis, cabelos loiros, nascida Karen Susan Hamilton, em Glendale, Califórnia, no dia 14 de novembro de 1945. Em criança queria ser agricultora, jogava basebol, foi a primeira playmate a colocar implantes mamários, nas suas noites caseiras os seus gostos percorrem livros de Ian Fleming, jazz estereofónico (Thelonious Monk e Charles Mingus são os seus favoritos) e filmes série B a altas horas. “Sue Williams posou como playmate do mês de abril de 1965. A petite de 23 anos, que apareceu num punhado de filmes de praia da American International Pictures, sob o seu nome verdadeiro de Sue Hamilton – ‘How To Stuff a Wild Bikini’ (1965), ‘Dr. Goldfoot and the Bikini Machine’ (1965), ‘The Ghost in the Invisible Bikini’ (1966), etc. – suicidou-se com um tiro no peito em Los Angeles, no dia 2 de setembro de 1969.”
[2] Liliana Campos, 1,70 m, 87-63-90, olhos castanhos, cabelos castanhos-escuros, nascida a 27 de abril de 1971 em Sá da Bandeira, Angola. Gosta de nadar nua, de musse de chocolate, U2, Frank Sinatra e Mary J. Blige. “Gosto muito de ser dona de casa – arrumar a casa, aspirar, pôr as máquinas a lavar, cozinhar…”
[3] “‘Em situações de perigo iminente, aconselhamos as mulheres a sair de casa, ou então, a mudar fechaduras de forma a impedir a entrada do agressor’, explicou ao Sol o técnico da APAV, Daniel Cotrim. (…). Mas a juíza de instrução criminal que pronunciou a apresentadora – acusando-a de violência psicológica sobre Carrilho – considerou que não existem indícios de que a forma como Bárbara agiu fosse ‘o meio adequado e proporcional para os fins que ela visava acautelar’. A juíza defende que a apresentadora, que fez queixa na polícia no dia em que o marido regressou de Paris, atuou de ‘forma fria e calculista’, trocando as fechaduras da casa, empacotando mais de 10 mil livros de Carrilho [em 107 caixotes que enviou para uma quinta do marido em Viseu] e enviando uma terceira pessoa ao aeroporto com as chaves do seu carro para informá-lo que não podia voltar para casa. Alega também que Bárbara contratou seguranças e impediu Carrilho de ter contactos com os filhos durante três semanas, até por telefone – uma atitude de humilhação do antigo embaixador da UNESCO, que ‘configura maus tratos psicológicos, emocionais e sociais’”, em jornal Sol n.º 440. “Carrilho queixa-se de, no regresso de uma viagem a Paris, em 18 de outubro de 2013, ter sido surpreendido no aeroporto de Lisboa por um desconhecido que lhe entregou as chaves do carro. E de ter sido impedido de entrar em casa, além de não ter conseguido falar por telefone durante três semanas com os filhos. A juíza concluiu que ‘não se pode desvalorizar o que terá sentido e o que sofreu com o facto de não ver os filhos, de estar impedido de entrar em casa e ter acesso aos seus bens pessoais e de cariz profissional.’” “Carrilho diz que, após a separação, entrou num grande sofrimento e num estado de depressão, que o levou a uma abrupta perda de peso, atingindo os 56,5 kg”, em jornal Sol n.º 439
“No dia 21 de maio de 2014, o professor universitário entrou em casa da ex-mulher e ameaçou-a. Face à insistência de Bárbara para que Carrilho saísse de casa, o ex-ministro da Cultura ‘agarrou-a atirando-a contra a parede’. Em ‘pânico e aos gritos’, a apresentadora foi socorrida por Kiki Neves, que retirou Manuel Maria Carrilho do ‘interior da residência’. ‘Se não fora a reação do namorado (…) Bárbara teria sido brutalmente espancada’, pode ler-se no processo”, em Correio da Manhã 23/01/2015.
[4] “O vídeo foi filmado a preto e branco em redor da estância balnear inglesa de New Brighton, Wallasey perto da cidade natal de Black, Liverpool, e exibe o farol de New Brighton e o passeio público. Foi realizado por Gerard De Thame, marido da apresentadora de TV e jardineira Rachel De Thame, e venceu um prémio no Film Festival de Nova Iorque em 1988.”
[5] O sexo muito se aperfeiçoou em 30 anos. Em 2015 confinou a perfeição. “Retiros sexuais, o ‘sexo ecológico’ e a utilização de emoticons eróticos nas mensagens são algumas das tendências sexuais para 2015. (…). O futuro passa ainda pelo heart hunting sentimental (recrutamento de parceiros estáveis) e por encontros não focados na penetração. (…). Chamam-lhe eco sex. A tendência de tornar o sexo mais ecológico rege-se por alguns princípios como tomar banho a dois para economizar água e apagar as luzes ou usar velas. Mas há mais para quem quiser tornar a vida sexual mais verde: vibradores a energia solar ou brinquedos eróticos sem PVC. Em Berlim, na Alemanha, já há, inclusive, uma sex shop ecológica - Other Nature - que, além de lubrificantes ecológicos, vende, por exemplo, chicotes feitos de pneus de bicicletas, ao invés do couro. (…). A ‘focalização sensorial’ deve ser uma tendência para o ano 2015. Muitas vezes usada como indicação terapêutica para as disfunções sexuais masculinas e femininas, é uma técnica que proíbe o coito e que se concentra, essencialmente, na massagem corporal. (…). Outra das tendências para este ano é a utilização de flirtmojis, uma reinvenção dos emoticons, bonecos que ganharam uma dimensão erótica com esta invenção. Nesta nova coleção, estão representadas as várias partes do corpo, preservativos, bonecas insufláveis, algemas e muito, muito mais. (…). Começa a ganhar adeptos lá fora, nomeadamente nos Estados Unidos: alguém que usa as técnicas dos headhunters (seleção de executivos talentosos) para encontrar parceiros para relações estáveis. Por 3500 euros, há apresentação de candidatos e sessões com um coach para o cliente ao longo de seis meses, prazo que pode ser alargado para doze. Para as mulheres que sintam que este é o ano para recuperarem a sua sensualidade, a sugestão passa por um retiro sexual. No ano passado, abriu no Reino Unido o Shh, um spa só para mulheres com esse propósito. ‘É uma viagem física e emocional conduzida por uma equipa de profissionais do sexo feminino, projetado para ajudá-la a conectar-se com a sua feminilidade, a recuperar a sua sexualidade, curar feridas emocionais e ganhar confiança’, lê-se no site. Terapia sexual, acupunctura e massagens são algumas das propostas do programa que, a estender-se por uma semana, custa cerca de sete mil euros”, em Diário de Notícias n.º 53 231.