The
Courtyard of the Ballads (tl;dr)
A cabeça
certa no lugar certo arrabeirou um país hoje a viver mais de acordo com aquilo
que são as possibilidades da sua economia [1]. Ca
os que troban e que ss’ alegrar [2], cabeças
arrumadas, pensadoiras, charlam só louças finas. “Eu creio que todas as pessoas
que vivem em Lisboa e no Porto, e que são utilizadores dos transportes públicos
em Lisboa e no Porto, não têm medo nenhum da concessão a privados, desses
transportes, e podem aliás perceber que, provavelmente, com essas concessões a
privados vão ter transportes mais previsíveis, mais regulares, com menos
conflitualidade social, com maior paz social. Também os contribuintes aspiram a
que essas concessões vão p’a frente, porque vão poder poupar, já em 2015 e 16,
mais de 80 milhões de euros por ano. E relativamente às pessoas que trabalham
nessas empresas, eu creio que não não há nada, quem não deve não teme, e eu
acho que quem é bom trabalhador não teme, e eu acho que não há nenhum
elemento que eeeh indicie que eeeh possam existir despedimentos nessas
empresas”, Pires de Lima, (ex)ministro da Economia com ADN empresarial, (maio
2015). É a loiça casada, o pires e a xicara, a travessa e o prato, a
azeitoneira e a molheira, o aparador que guarda futuros brilhantes, passados
heroicos, presentes no sapatinho.
1984.
Terça-feira, 31 de janeiro. “Por terem sido surpreendidas por uma brigada da
Direção-Geral de Fiscalização Económica a venderem solhas congeladas com uma
margem de lucro superior, que é fixada por lei, foram detidas e julgadas no
Tribunal de Polícia do Porto, as peixeiras Maria Celeste do Carmo Moreira, de
50 anos, e a sua filha Felisbela Fátima do Carmo Moreira, de 23 aos, ambas residentes
na rua Padre António Vieira, 135-1.º, no Porto. De acordo com a acusação, por
volta das 10 horas, na rua de Justino Teixeira, mãe e filha procediam à venda
de diversas espécies de peixe fresco e congelado, que se encontravam numa carrinha sem a respetiva
tabela de preços afixada. A brigada da DGFE aproximou-se e verificou que uma
senhora, Maria Isabel Alves, havia pago 97$50 por 620 gramas de solha. Os
agentes intervieram e exigiram às comerciantes que mostrassem os documentos
comprovativos de compra, através dos quais se verificou que o peixe em questão
só podia ser vendido pelo preço máximo de 132$00 o quilo, e não por 157$25,
conforme havia sido praticado pelas referidas peixeiras. Ao auferirem um lucro
ilícito de 15$60 as duas peixeiras incorreram num crime de especulação, que
motivou a sua prisão imediata.”
Nesse mesmo
dia em Roma. “Os europeus gastam menos dinheiro, atualmente, nas louças sanitárias,
designadamente banheiras, bidés e lavatórios, que na década de 60 e nos
princípios de 70. É isto que diz um estudo da CEE (Comunidade Económica
Europeia) tornado público em Roma sobre o mercado de louças sanitárias, em
decadência desde 1978. (…). O motivo, embora o relatório não o especifique,
poderá estar na recessão económica, nos elevados preços desses artigos, na
saturação do mercado ou, simplesmente, na diminuição do interesse dos
habitantes do velho continente pelo asseio. Números divulgados pela Comissão
Europeia revelam que a produção comunitária de louças sanitárias baixou de
428 803 toneladas em 1978 para 381 693 em 1982. E contudo, nesse
período, duplicaram as importações das louças provenientes da Hungria e da
Checoslováquia, a preços mais baratos e de qualidade inferior. Perante o
protesto dos produtores de países da CEE e seus representantes junto da
Comunidade, a Comissão Europeia teve de intervir de modo a travar o próspero
‘negócio húngaro e checo’. As conversações conduziram a um acordo: não baixar o
preço dos artigos comunitários, mas aumentar os dos países do Leste, de modo a
equilibrar a procura. A inundação parou e produtores de banheiras, bidés,
lavatórios e sanitas dos países da CEE, mas sobretudo os da Holanda, (onde a
quota de importações checas e húngaras aumentara de 5,7 % para 16,2 %) puderam
respirar aliviados.”
Quinta-feira,
2 de fevereiro. “As novas taxas de televisão entravam hoje em vigor e seriam de
3250 e 1625 escudos por ano, respetivamente, para recetores a cores e a preto e branco. O aumento das taxas tem que ser
previamente fixado por portaria publicada no Diário da República e o DR de hoje
não faz qualquer referência ao assunto. Para que o aumento tenha efeitos a
partir de hoje a portaria poderá no entanto ser publicada num suplemento do DR
de um dos próximos dias, com data de hoje. (…). As taxas atualmente em vigor
são de 2500 (cor) e de 1300 escudos (preto e branco). A serem exatos
os números citados pela ANOP, o aumento seria de 30 e 25 %, respetivamente. O
último aumento das taxas teve lugar em 21 de janeiro de 1983 e deu lugar à
passagem das taxas de 1125 para 1300 (preto e branco) e de 2250 para 2500 (cor), o que significou uma subida de 15 e 16 %.” As taxas de televisão cresciam como o bonacheirão “Dinky Dog”, (desenhos animados transmitidos às quintas-feiras
pelas 19h32 na abertura da RPT 2, de 19 de janeiro / 1 de março de 1984),
todavia, na época, ofereciam contrapartidas submarinas proveitosas ao
telespetador quais tais: “collants DIM, um escândalo nas tuas pernas” (collants DIM avec Carla Bruni) ou “Dê mais tempo a quem precisa”.
Sexta-feira,
3 de fevereiro. “Os autores de uma das canções apuradas para o Festival da Canção
de 1984 anunciaram ter decidido retirá-la daquele concurso. Miguel Esteves
Cardoso, autor da letra, e Pedro Ayres de Magalhães, autor da música da canção
‘O barquinho da esperança’ a interpretar pelas Doce, uma das 16 concorrentes à
próxima edição do festival da RTP, justificaram a sua desistência por falta de
‘condições de trabalho’. ‘As condições de trabalho oferecidas pela RTP
interditam qualquer esforço no sentido de se poder apresentar uma canção com um
mínimo de qualidade’ – alegam letrista e compositor de ‘O barquinho da
esperança’, num texto hoje difundido. (…). Esteves Cardoso e Pedro Magalhães
acentuam a impressibilidade de gravações cuidadas, portanto morosas, acentuando
que o sistema escolhido para o festival é hibrido entre o playback e o ao vivo, ‘recolhendo as piores desvantagens de ambos
os métodos de apresentação’. Outro motivo de reparo é a presença de José Cid no
júri do festival, uma vez ter ele já, revelado estar ligado à autoria
de uma das canções concorrentes.” [3] “O
futebolista Humberto Coelho foi o nome mais votado entre os 16 autores de canções
que estão na corrida para o Festival RTP da Canção, que terá lugar
quarta-feira, 7 de março, com apresentação de Manuela Moura Guedes e Fialho
Gouveia, no cinema Europa. Um óbice: nesse mesmo dia, o Benfica atua em
Liverpool, para a Taça dos Clubes Campeões Europeus [4]
e o jogador, que recupera rapidamente da lesão que o obrigou a intervenção
cirúrgica na Alemanha Federal, poderá não encabeçar o júri nacional, que é
constituído por João David Nunes, Luís Villas-Boas, Henrique Mendes, José Cid,
Carlos Cruz, António Macedo, Carlos Ventura Martins, e António Vitorino de
Almeida, todos escolhidos (em votação secreta) pelos autores das composições
apuradas para a final e nove outros elementos a designar pela administração da
RTP. Entretanto (já depois de as Doce anunciarem que não vão defender a canção
que lhes foi entregue, por Miguel Esteves Cardoso e Pedro Ayres de Magalhães e
que se denomina ‘O barquinho da esperança’) novas broncas aquecem os
preliminares do festival: José Cid anuncia que leva a tribunal a dupla que
escreveu a composição para as Doce por ter afirmado que o cantor é responsável
principal pela composição ‘A padeirinha de Aljubarrota’, [atribuída à sua filha Ana Sofia Cid, Fernando
Amaral Gomes, José Gonçalo Amaral Gomes, José Ferreira de Oliveira, Mário Jorge
da Silva e João Paulo de Oliveira)], que será interpretada pelo conjunto Banda
Tribo (…). Por último, cresce a relutância de alguns artistas face ao exíguo
cachet que lhes é proposto pela RTP: 10 contos a cada intérprete.” “Os músicos
pretendem ‘o aumento dos cachets pagos pela Radiotelevisão Portuguesa e o
respetivo pagamento em prazos aceitáveis (porque atualmente tem chegado a
demorar 8 meses), a utilização dos recibos verdes dos músicos e não os da RTP
(que implicam maiores descontos) e a regularização da utilização de playback, que a televisão utiliza
indevida e exageradamente’. Depois, os dirigentes do sindicato afirmaram que ‘a
RTP não respondeu positivamente nem aos pontos em que os músicos exigiam o
cumprimento da lei, apenas contrapondo um aumento de 170 escudos (mais tarde
200 escudos) nos cachets.” Nem Cid nem Humberto Coelho entraram no júri, entrou o arquiteto
que colmatou buracos incabíveis na arquitetura portuguesa, Tomás Taveira.
Sábado, 4 de
fevereiro. “Seis caças-bombardeiros provenientes das Honduras atacaram uma base
do exército da Nicarágua em Manzanillo, zona fronteiriça situada no
departamento de Chinandega. Trata-se do segundo ataque aéreo a território
nicaraguense, em menos de 24 horas, por aviões que descolam das Honduras. A
estação de rádio oficial, Voz da Nicarágua, disse que o primeiro ataque tinha
visado a antena de um centro de comunicações na encosta do vulcão Casitas, no
mesmo departamento do nordeste do país. (…). A nota de protesto endereçada pela
Junta de Governo da Nicarágua ao governo hondurenho, afirma-se ser ‘conhecido
que o tipo de aviões participantes nos ataques, particularmente os
caças-bombardeiros de fabrico norte-americano A-37 são aeronaves que fazem
parte da Força Aérea das Honduras’.” [5]
Segunda-feira,
6 de fevereiro. “A introdução do princípio do poluidor-pagador no programa de
atuação do ministério da Qualidade de Vida para o corrente ano, foi esta manhã
anunciado pelo ministro António Capucho (…). ‘A responsabilidade das disfunções
ambientais deverá ser imputada àqueles que as provocam’, afirmou António
Capucho. Este princípio, acrescentou, ‘traduz-se por exemplo no pagamento de
taxas variáveis conforme a quantidade e a qualidade dos efluentes emitidos’.
(…). Revelou António Capucho, será apresentada legislação sobre matérias tão
importantes como o ruído, resíduos, carta europeia de ordenamento do
território, áreas classificadas, reserva ecológica nacional, impactos
ambientais, comércio de espécies animais e vegetais e substâncias tóxicas perigosas.
(…). Outra área que mereceu referência mais detalhada, prendeu-se com o
programa de atuação para a prevenção do tabagismo, a desenvolver no corrente
ano pelo Conselho de Prevenção do Tabagismo. A instituição do Dia do Não-Fumador
é uma das medidas legislativas que se procurará concretizar, mas é na área da
informação e educação que serão perseguidos os objetivos essenciais do programa
anunciado: redução dos efeitos do tabaco junto das populações, defesa dos
direitos dos não-fumadores e fomento do aparecimento de uma geração de
não-fumadores.”
Segunda-feira,
6 de fevereiro. “Um novo inquérito por amostragem a 32 600 famílias no
continente e nas regiões autónomas, iniciado no ano passado e mais rigoroso que
o praticado tradicionalmente no Instituto Nacional de Estatística, revelou
haver em Portugal, no segundo semestre de 1983, um volume de desemprego
sensivelmente de 10 % da população ativa, o que corresponde a 450 mil
desempregados. A maior percentagem de desemprego atinge a população feminina
pois, ainda segundo os dados do mesmo inquérito já disponíveis, havia, no
período abril / junho, 313 mil mulheres desempregadas (16,25 %) contra 135 mil
homens (5,12 %).”
Terça-feira,
7 de fevereiro. “Francisco Ribeiro (Ribeirinho, cena do filme ‘The Courtyard of the Ballads’ (1942),
estreado sexta-feira, 23 de janeiro de 1942 no cinema Éden) faleceu esta manhã,
na sua casa, em Lisboa, após um prolongado período de doença e de intervenções
cirúrgicas. Contava 73 anos e (pode afirmar-se) era dos últimos descendentes de
um famoso bloco de atores cómicos que, no teatro como no cinema, definiram um
período da cena portuguesa: casos de Vasco Santana, António Silva, Costinha,
Humberto Madeira, Maria Matos, Luísa Durão e Teresa Gomes, que personificaram
personagens que fazem ainda hoje as delícias do espetador que acorre aos ciclos
de cinema dessa época 40-65. Ribeirinho era irmão do realizador cinematográfico
António Lopes Ribeiro e foi autor de argumentos e textos, encenador de primeiro
plano e figura intelectual de relevo no campo artístico.” Ribeirinho foi o
motorista de táxi, o Chico do Austin, no filme “Feitiço do Império” (1940), real. António Lopes Ribeiro, estreado
quinta-feira, 23 de maio de 1940 no Éden, às 21h45, numa récita de gala a que
se digna assistir S. Ex.ª o Presidente da República general Óscar Carmona, “às
21h30 amanhã sexta-feira estreia para o público”. Enredo: “Francisco Morais, emigrante português nos EUA, não
esquece o amor à terra natal, o que não sucede com o filho, que pretende
naturalizar-se americano. Antes de tal ocorrer, e apesar do seu noivado com Fay
Gordon, uma rica herdeira de Filadélfia, o pai convence Luís Morais a
participar numa caçada em Angola, o que lhe dá ensejo de visitar Lisboa, Guiné,
São Tomé, Moçambique.” “Porque a realização de ‘Feitiço do Império’, que
propunha problemas da maior dificuldade técnica e artística, começou exatamente
há dois anos, na Guiné Portuguesa, onde António Lopes Ribeiro, por determinação
do sr. ministro das Colónias (Francisco Vieira Machado) se deslocou, como
diretor técnico da Missão Cinegráfica às Colónias de África, chefiada por
Carlos Selvagem, na companhia de outros técnicos, dos intérpretes principais e
da aparelhagem sonora necessária. Na Guiné, em Cabo Verde, em S. Tomé, em
Angola e Moçambique, prolongaram-se durante oito meses as filmagens originais.
Uma das grandes preocupações de Lopes Ribeiro é conciliar a verdade e a ficção,
associando o documentário autêntico com a fantasia dum entrecho, que o seu
espirito aventureiro decerto não consente que seja monótono, e muito menos
banal. O realizador que conseguiu solucionar o problema d’ ‘A
Revolução de Maio’ (1937) [6], deve ter
sabido resolver o problema, ainda mais avançado do ‘Feitiço do Império’, que
hoje vamos ver, e em que aparecem, reunidos pela primeira vez num filme nosso,
os nomes de Alves da Cunha, Estêvão Amarante, António Silva, Ribeirinho, Emília
de Oliveira, Alfredo Ruas, e Madalena Sotto. Luiz de Campos e Isabela Tovar,
uma estreante que Lopes Ribeiro descobriu em África, são os protagonistas. O
sr. Presidente da República, membros do governo, os srs. embaixadores do Brasil
e da Espanha, e numerosos convidados vão ser hoje os primeiros a assistir a um
obra cinematográfica que é aguardada com a maior curiosidade.” [7]
Terça-feira,
7 de fevereiro. “De cara descoberta, quatro ou cinco homens ainda jovens
(idades, aparentemente, entre 25 e 30 anos) assaltaram esta manhã, cerca das
8h35, uma carrinha Renault 4 do Grupo 8 (empresa de vigilância e prevenção
eletrónica), que saía do parque de estacionamento do Banco Fonsecas &
Burnay, na rua Camilo Castelo Branco, no Marquês de Pombal, apoderando-se de
108 275 contos que seguiam para o Banco de Portugal. Chegaram num Toyota
de cor branca, obrigaram os dois funcionários do Grupo 8 a abandonar o veículo
e desapareceram nele, tudo em poucos instantes, e com tiros de intimidação à
mistura. A Judiciária diz que as armas utilizadas no assalto são duas
pistolas-metralhadoras Starling e um revólver de elevado calibre. (…). O
dinheiro, a partir do momento em que entrou na carrinha, passou a ser
propriedade do Grupo 8, isto de acordo com a legislação em vigor no âmbito da
atividade relacionada com o transporte de valores. Entanto um porta-voz do
Grupo 8, cujos serviços centrais funcionam na avenida dos Estados Unidos da América
23, 1.º D, afirmou que o dinheiro roubado, à semelhança do que acontece com
todos os valores transportados pela empresa, estava no seguro.” Quarta-feira, 8
a carrinha do Grupo 8 “apareceu completamente vazia no parque de estacionamento
da alameda Afonso Henriques. O dinheiro roubado estava seguro apenas até à
quantia de 100 mil contos na companhia estatizada Fidelidade. Entretanto, o
golpe naquilo que a PJ admite ser apenas uma possível manobra de diversão, já
foi reivindicado por uma autodeterminada Frente de Libertação Nacional, que
reclamando-se de antimarxista, se afirmou ainda autora dos assaltos a um banco
em Leiria (3500 contos), ao Casino de Vilamoura, a uma fábrica de confeções e a
dois prospetores bancários na Estrada Nacional perto da Marinha Grande (5000
contos). Naquele que foi o mais vultuoso golpe a agências bancárias registado
no pós-25 de abril (antes dessa data há a realçar o assalto de Palma Inácio ao
Banco de Portugal em que teriam sido levados cerca de 25 mil contos), (…), os
assaltantes teriam utilizado para além do Toyota branco abandonado no local, um
Alfa Romeo. (…). A distância que separa o Marquês de Pombal e a Praça do
Comércio. Um quilómetro, um quilómetro e meio no máximo, partindo do princípio
de que o trajeto não seria feito em direto, avenida da Liberdade abaixo. Como
entender então que para uma tão curta distância se tornasse necessário
atafulhar uma simples carrinha com uma montanha de notas de mil e de cinco mil.
Uma carrinha que ainda por cima não era blindada. E ainda por cima guarnecida
apenas de com dois elementos, o condutor e o seu guarda-costas, Luís Filipe
Serra e António Gonçalves Pinto, de seus nomes. Que (pasme-se) ainda por cima
não estavam armados.”
Quinta-feira,
16 de fevereiro. “Um homem que se identificou como porta-voz das
autodenominadas FP-25 reivindicou para aquela organização, em telefonemas para a
Rádio Comercial, ANOP e agência France Press, a autoria do assalto. (…). A mesma
voz que falava em tom calmo, (eram cerca das 20 horas), indicou ainda os locais
onde poderiam ser encontrados os subscritos ‘contendo documentos e fotografias
comprovativas da autenticidade da reivindicação’. No caso da ANOP, o subscrito,
embrulhado num vespertino da capital com a data do dia 10, estava num caixote
de lixo e tinha um panfleto reivindicativo da ação e uma fotografia mostrando ‘as
duas malas roubadas durante o assalto’ à segurança do Grupo 8, repletas de
maços de notas de cinco contos, jornais de 7 de fevereiro noticiando o assalto,
uma metralhadora e a sigla FP-25 composta com balas. No documento é referido
que o assalto, dito de ‘expropriação de fundos’, foi efetuado por dois comandos
da organização, só tendo agora sido reivindicado por ‘questões operacionais’. Quanto
às verbas levadas (108 200 contos) destinam-se a ser ‘aplicadas na luta
revolucionária’.
Sexta-feira,
17 de fevereiro. “Uma voz masculina negou em telefonema feito para a ANOP que
as Forças Populares 25 de abril tivessem assaltado a carrinha do Grupo 8 que
saía do Fonsecas & Burnay para o Banco de Portugal. (…). O homem ligou para
a Agência Noticiosa Portuguesa vinte minutos depois das 17 horas, lendo um
comunicado do seguinte teor: ‘A notícia vinda hoje nos órgãos de informação relativa
ao assalto à carrinha do Grupo 8 e vinda do Banco Fonsecas & Burnay é
falsa. As Forças Populares 25 de abril não cometeram nenhum assalto. O assalto
é obra de particulares’.”
Quarta-feira,
8 de fevereiro. “Segundo as informações de que dispomos e foram esta manhã
recolhidas em fonte relacionada com a Associação dos Industriais de Panificação
de Lisboa, a carcaça pequena, de 45 gramas, que hoje custa 2$75, passará para
3$50 se não houver inflexão nas intenções do governo. (…). O aumento dos preços
do pão – e antes deles os dos cereais e da farinha – resultam diretamente da
recente liberalização do comércio dos cereais e do desmembramento da EPAC (Empresa
Pública de Abastecimento e Cereais), a quem foi retirado o controlo da
importação e comercialização de cereais. (…). Atualmente consome-se cerca de 20
% menos pão do que há dois ou três anos, exatamente pela escalada dos preços no
setor.”
Quarta-feira,
8 de fevereiro, entrevistada a propósito do lançamento do seu livro “A Pécora”, peça em três atos, um prólogo e oito episódios –
“escrevi-a nos anos 60 e a PIDE impediu a sua publicação” – destapava Natália
Correia: “Dadas as dificuldades com que se debate a edição, os benefícios
colhidos pela autoria são cada vez mais reduzidos. Um escritor que disso faça
profissão está condenado, se tiver que viver do que escreve, a comer quando
muito um bife por mês e a viver numa penúria afrontosa para a sua dignidade
humana e intelectual. Sou consequentemente forçada, digamos, a outros
trabalhos que possam trazer proventos. (…). A nossa classe intelectual é
bastante chata e insossamente recolhida em snóbicas ridículas importâncias.
Pantufa mental e gargarejo literário uns para os outros. Com uma ou outra
exceção provoca sono em vez de sonho. E a esta, que só pensa no livreco que vai
sair e na crítica que o enterra ou promove em vez de dar um murro de subversão
vital nos adormecidos, responsabilizo mais que os políticos pela vileza do nada
acontecer que está a leprosar a nossa sociedade. Porquê bater só nos políticos?
Coitados, estão tão aflitos.”
Sexta-feira,
10 de fevereiro. “‘Viu fotografias de homens da GNR a atacar os manifestantes
com espingardas agarradas pelo cano? Olhe que não devem ser de ontem, isso deve
tratar-se de fotos antigas de outras coisas, fotos de arquivo… ontem isso não
aconteceu’. Esta a resposta que o oficial de operações ao Comando Geral da GNR
deu esta manhã a propósito da foto, [publicada na 1.ª página do Diário
de Lisboa], obtida
ontem durante a brutal intervenção da GNR contra trabalhadores da indústria
naval, nos acessos à Ponte 25 de Abril. (…). Chegados aos acessos à ponte, por
volta das 10h55, os mais de 4 mil trabalhadores presentes – entre os quais
muitos da Setenave, vindos de autocarro de Setúbal – interromperam a circulação
nos dois sentidos deixando apenas passar um ou outro veiculo, por motivos
urgentes. (…). ‘A difícil situação em que nos encontramos, traduz-se na
existência de mais de 14 mil trabalhadores com salários em atraso em todo o
distrito (só na indústria naval), e resulta da política do governo que pretende
pôr em causa milhares de postos de trabalho, manter os salários em atraso e
levar ao encerramento das empresas deste importante setor’, sublinhou Aranha
Figueiredo, da comissão de Trabalhadores da Setenave. Uma vez cortado o
trânsito, a uma centena de metros a sul das portagens, os manifestantes
mantiveram-se ali durante cerca de 45 minutos. (…). ‘A compreensão dos
automobilistas foi enorme e ninguém apitava’, garantiu Manuel Ferraz da
Comissão Intersindical da Lisnave. Ao longe via-se um magote de GNR equipados
com armas de guerra, viseiras de plástico, escudos, batões, etc. Por vezes
aproximavam-se da cabeça da manifestação e testemunhas várias afirmaram-nos que
muitos deles, com destaque para alguns graduados, insultavam os trabalhadores e
proferiam toda a espécie de ameaças. (…). Faltavam cerca de 15 minutos para o
meio-dia quando os objetivos da ação dos trabalhadores foi considerado atingido.
Manuel Ferraz é perentório: ‘Já tínhamos desocupado a faixa de circulação
Setúbal-Lisboa e o trânsito começava a avançar em direção à ponte. Nós passámos
para o outro lado e o nosso carro de som orientava o regresso a Almada. (…). A
cabeça do desfile começava a descer a autoestrada na faixa Lisboa-Setúbal com
as bandeiras negras e os panos quando eles desataram aos tiros. Tínhamos planeado
almoçar nas empresas. O nosso objetivo estava atingido. Ninguém podia ter
dúvidas de que estávamos a retirar. Os tiros não atingiram ninguém mas foram
numerosos, logo a seguir vieram as granadas de gás lacrimogéneo e as correrias
dos homens da GNR. Ao todo eram 125 (cinco pelotões) e vinham em filas
alternadas. Uns tinham escudos, viseiras e bastões e outros tinham viseiras e
G3.’” [8]
____________________
[1] Passos Coelho: “Ao contrário do que acontecia no passado, estamos hoje a viver mais de
acordo com aquilo que são as possibilidades da nossa economia”. “Queremos,
naturalmente, alargar a base da economia e obter, dentro de pouco tempo, uma
possibilidade de crescimento ainda mais intensa para que a economia remunere
melhor os seus fatores e a sociedade”, em 2014, numa visita
à fábrica da Mitsubishi, no Tramagal (Abrantes).
[2] D. Dinis: “Ca os que troban e que ss’ alegrar / van eno tempo
que ten a color / a frol consigu’ e, tanto que se fôr / aquel tempo, logu’ en
trobar razon, / non an, non viven [en] qual perdiçon / oj’ eu vyvo, que poys m’
á de matar.” (Os que trovam e alegres vejo estar / quando na flor
está derramada a cor / e que depois quando a estação se for, / de trovar não
mais se lembrarão, / esses, sei eu que nunca morrerão / de desventura que vejo
a mim matar.” Tradução Natália Correia).
[3] Bazofiaram apenas. “Entre a primeira (Joaquim Pessoa
e Fernando Tordo para Zélia Rodrigues) e a segunda (Carlos Castro e António
Sala para o próprio Sala) a diferença mostrou-se logo evidente. Simples mas
coerente e bem elaborada a cantada por Zélia, espampanante e agressivamente festivaleira a
defendida por António Sala. Depois, a desilusão (?) veio com as Doce. Da
publicitada montanha saiu aquela vesga ratazana.”
[4] Resultado: Liverpool, 1 - Benfica, 0. “Para o Benfica
a Europa continua de portas abertas, bastando que na noite de 21 a turma da
águia vença por dois tentos de vantagem um Liverpool que vai sofrer o impacte
do inferninho da Luz.” “Apenas meia plateia esteve preenchida em Anfield Road:
entre os 35 mil espetadores, uma ruidosa falange de apoio dos portugueses
assistiu à bela resistência benfiquista no resguardar das suas redes, sempre
com o olhar fito no jogo da 2.ª mão, que será para os britânicos extremamente
difícil, não apenas porque a turma de Eriksson já deverá poder contar com os
(agora) lesionados Pietra e Humberto Coelho mas, igualmente, porque o
inferninho da Luz, certamente com um terceiro anel em polvorosa, vai ajudar os
portugueses a atingirem as meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus.” Resultado
do jogo na Luz: Benfica, 1 - Liverpool, 4.
[5] “Em 1984, a Nicarágua recorreu à instância judicial
mais alta, o Tribunal Internacional de Justiça, criado em 1946 pelas Nações
Unidas, para se queixar que os Estados Unidos tinham: a) colocado minas em
todos os seus portos, a fim de impedir a sua utilização; b) canalizado
dinheiro, armas e informações para um pequeno grupo insurgente de milicianos
sem escrúpulos, conhecido como Contras (ex-membros do esquadrão policial do
ex-ditador Somoza); c) violou o direito soberano da Nicarágua de tomar as
políticas internas que o povo queria. Em resposta, Reagan disse coisas como: a)
mas os Contras eram ‘os equivalentes morais dos nossos Pais Fundadores’ (1985);
b) o governo democraticamente eleito da Nicarágua, na verdade, faz parte de
‘uma confederação de Estados terroristas’, que era ‘governada por um estranho
bando de desajustados, lunáticos e miseráveis criminosos desde o advento do
Terceiro Reich’; c) que os nobres Contras eram ‘combatentes da liberdade’ e
heróis que ‘merecem o nosso apoio’.”
[6] Estreado domingo, 6 de junho de 1937 no cinema
Tivoli. “Hoje no Tivoli, às 21h30, em récita de gala, exclusivamente por
convites e com a assistência dos srs. ministros, altas individualidades do
Estado, Marinha, Exército, escritores, jornalistas e artistas – trajo de
cerimónia. O primeiro filme de glorificação nacionalista contemporânea,
realizado por António Lopes Ribeiro. Uma produção espetacular de argumento
policial. A grandeza da epopeia, o ardor da aventura, uma comédia de amor, o
atrativo de realidade. Intérpretes: Maria Clara, António Martinez, Emília de
Oliveira, Alexandre de Azevedo, Clemente Pinto, Francisco Ribeiro, Luiz de
Campos, Eliezer Kamenesky, Ricardo Malheiro e José Gamboa. Música de Wenceslau
Pinto. Direção musical de Pedro de Freitas Branco. Som: engenheiro Paulo de
Brito Aranha. Imagens: Isy Goldberger. Decorações de António Soares.”
“O Tivoli
surgiu à noite como um palco feérico. Milhares de luzes constelavam a sua
cúpula, desenhando ainda em frisos doirados todos os caprichos arquiteturais da
fachada. Bandeiras portuguesas, bem como as insígnias da Legião e da Mocidade
nas suas cores vibrantes, acentuavam a nota festiva do acontecimento. Pela
primeira vez era apresentado ao público o filme ‘A Revolução de Maio’, de
António Lopes Ribeiro, edição do Secretariado de Propaganda Nacional. A linda
sala do cinema da avenida oferecia um aspeto desusado. Ministros, altos
funcionários, diplomatas, entidades militares, escritores, jornalistas,
misturavam as suas casacas e as suas fardas decoradas de condecorações, com as toilettes de noite das senhoras, que
dir-se-ia rivalizarem em graça e distinção. Plateia quente de entusiasmo,
um nadinha íntima, porque todos se conheciam. Trocavam-se
sorrisos e cumprimentos de frisa para frisa, e aguardava-se, com impaciência, a
chegada do sr. dr. Oliveira Salazar. Mas o seu camarote permaneceu durante
largo tempo vazio. No palco a orquestra da Emissora Nacional, sob a regência do
maestro Wenceslau Pinto, executava escolhidos números do nosso folclore.
Grandes bandeiras decoravam a moldura do palco, numa verdadeira apoteose de
cor. O chefe do governo entrou, no momento em que se exibia um filme de
desenhos animados. Uma força da Legião e da Brigada Naval fez-lhe a guarda de
honra, nas escadarias, com marcial aprumo. Logo que o sr. dr. Oliveira
Salazar penetrou no seu camarote, a sala iluminou-se imprevistamente.
A assistência, de pé, tributou-lhe uma calorosa manifestação,
que se prolongou durante largos minutos, num coro veemente de ‘vivas’.”
“A primeira
parte do filme é viva, dinâmica. As imagens mordem o ecrã, criando uma
atmosfera de palpitante interesse. Num cais, a polícia espera um
agitador, que volta à pátria para fomentar um movimento revolucionário. O
homem consegue escapar-se, e vai cair, de chofre, nas tercenas do Arsenal, onde
se vai lançar mais um navio de guerra ao mar. Adivinha-se nele um certo
embaraço, como que uma surpresa agradável, que não se revela com palavras. Por
acaso fica ao lado duma rapariguinha que decide do seu destino. Ele é o ator
António Martinez, que representa com admirável naturalidade, e ela, com
os seus olhos doces de portuguesa humilde, Maria Clara, que se pode
considerar uma revelação. O agitador hospeda-se em casa da rapariguinha.
Ambiente pobre, mas tranquilo de doçura familiar. (…). A assistência que,
frequentes vezes, cortara a exibição da ‘Revolução de Maio’, com frenéticos aplausos,
ao ver o Chefe do Estado e o Presidente do Conselho, vibrou numa prolongada
ovação. António Ribeiro aproveita algumas palavras do sr. dr. Oliveira Salazar,
ilustrando-as com imagens das realizações da Ditadura. Tocam clarins, desfilam
regimentos, um esquadrão de cavalaria à carga, atravessa num relâmpago, as ruas
da velha Braga, enquanto a multidão em delírio, aclama o Estado Novo, e os seus
principais realizadores. O filme podia acabar aqui, mas António Lopes Ribeiro
precisava ainda de reconciliar as suas personagens. A tal conspiração continua,
mas espiada pela polícia. Os seus agentes são presos, e o agitador, que
tinha por missão hastear uma bandeira vermelha num dos pontos mais altos da
cidade, sente que o não poderá fazer.”
[7] “O argumento, de Joaquim Mota Júnior, é de
interesse para o espetador e serve o superior interesse nacional de bem mostrar
a grandeza do nosso Império Colonial e os múltiplos aspetos do patriotismo dos
que trabalham em terras de África com permanente portuguesismo, em confronto
com os portugueses espalhados por outros continentes onde, naturalmente, são
mais apremiantes as solicitações de desnacionalização, às quais, aliás, também
resistem, como no filme se reconhece. António Lopes Ribeiro utilizou o
argumento, valorizando-o com inteligência, com espirito desempoeirado, com boa
graça, através duma acertada seleção da nossa África, da Guiné à costa
oriental, da beleza natural, dos costumes indígenas, dos seus bailados e
batuques, das caçadas, e focando sempre o esforço português expresso
episodicamente nas lutas contra certos rebeldes, como os papéis (etnia
originária da Guiné-Bissau), na pacificação civilizadora, nas empresas
agrícolas e industriais e na construção duma rede de estradas que deve ter
surpreendido os que supõem que tudo em África é ainda mato. Nada esqueceu
António Lopes Ribeiro, minucioso em todos os pormenores, fazendo o espetador
viajar no mar, no caminho-de-ferro de Benguela e depois em avião, e terminando
por recordar a triunfal passagem do Chefe do Estado.”
“Soube ainda
António Lopes Ribeiro escolher os intérpretes do filme: Alves da Cunha, uma
revelação como artista de cinema, sóbrio e com perfeita dicção; Estêvão
Amarante, que foi a África e ali estudou e compôs um bom tipo de colono,
admirável de verdade; António Silva, sempre natural no seu processo cómico;
Francisco Ribeiro, graciosíssimo num tipo lisboeta, bem observado; Emília de
Oliveira e Amélia Pereira, ambas dentro da sua categoria de excelentes atrizes;
Alfredo Ruas, que descreve bem a insurreição dos papéis (…). Nos protagonistas,
Luiz Campos, sempre correto, honesto na representação e arrojado a cavalo e na
caça, e Isabela Tovar, uma menina da melhor sociedade de Luanda, desportista,
familiarizada com a vida de África, ao ar livre. Os belos momentos cinegéticos
do filme devem-se ao grande caçador africano Teodósio
Cabral, (…). E não podemos esquecer outros
que tanto contribuíram para o êxito do filme, como Carlos Selvagem, o chefe da
missão, seu irmão Afonso e o dr. Salvador Lucerna.”
Ao
espetáculo assistiram o Chefe de Estado e os srs. ministros das Colónias, Francisco
Vieira Machado, da Marinha, Manuel Ortins de Bettencourt e da Educação
Nacional, António Carneiro Pacheco, e os srs. subsecretários das Obras Públicas
e Corporações e Previdência Nacional, além doutras personalidades oficiais. O
sr. general Carmona, juiz por todos os motivos e por haver visto como António
Lopes Ribeiro executou in loco a sua
missão, condecorou com o grau de oficial da ordem de S. Tiago o realizador de
tão belo e patriótico filme, obra certeira, perfeita, sem falha, espetáculo
aconselhável a todos os portugueses.”
[8] Para proteger o lado feminino dos polícias
metrossexuais. Um verdadeiro polícia brande outras armas. “White Witch” (2013), real Scott Allen, c/ Asphyxia
Noir, Bridgette B., Chanel
Preston, Skin Diamond, James Deen, Nick Manning, Ryan Driller. Enredo: “As
coisas certamente não são o que parecem em ‘White Witch’, uma excecionalmente
rude e alucinante fita de ação da Wicked Pictures e do realizador Scott
Allen. De facto, James Deen interpreta o
papel de um detetive particular rosqueiro que é contratado por Nick Manning, um
homem que é tão egoísta quanto é rico, para encontrar alguém chamado
simplesmente R. Morris. Tendo apenas 24 horas para fazê-lo, e
extraordinariamente pouco para avançar, James em último recurso procura os
serviços de Asphyxia Noir, uma suposta ‘bruxa branca’. O enredo absorvente e
sinuoso que se desenrola a partir daí, é nada menos que impressionante,
enquanto o público é deixado em suspense até ao final sobre o que está
realmente a acontecer.” O realizador: “Scott
Allen é um dos mais recentes realizadores
na Wicked Pictures, juntando-se às fileiras dos über talentos Brad
Armstrong e Jonathan
Morgan, como sangue novo que, alguns
(erradamente), sugeriram que a empresa necessita. O seu segundo filme, o
primeiro foi ‘Sexpionage The Drake Chronicles’ (2013), chama-se ‘White Witch’, uma película revivalista,
estilo filme negro policial, com apenas um toque de misticismo atirado como
bónus.”
Elenco: Asphyxia Noir, 1,70 m, 52 kg, 86-61-91, sapatos 38 ½, olhos verdes,
cabelo castanho, nascida Felicia Delahoya a 27 junho de 1989 em Methuen,
Massachusetts. Obra pictórica: {fotos} {fotos}. Alguma obra animatográfica: “Riot
Grrrls” (2009) ■
“Librarians” (2011) ■ “Ass On Noir” (2013), c/ Malena Morgan ■ “Beyond
Fucked: A Zombie Odyssey” (2013) ■ “POV
Punx # 9: Super
Star Edition” (2014) ■ “Foot
Fetish Daily # 15” (2014) ■ “Cock
Sucking Challenge # 26” (2015). – Bridgette B., 1,72 m, 59 kg, 86-66-86, sapatos 39, olhos castanhos, cabelo loiro, nascida Luz Abreu a
15 de outubro de 1983 em Barcelona, Espanha. Alguma obra animatográfica: “Young
Latinas Ass All Stars” (2009) ■ “Slut
Spill” (2010) ■
“Cum
in My Gaping Butthole” (2011) ■ “Big Tits at School #11” (2011) ■ “Titty
Sweat 3” (2011) ■ “Lady
Caca: Porn This Way” (2012) ■ “My
First Sex Teacher # 43” (2014) ■ “Whornitas
2” (2014). – Chanel Preston, 1,72 m, 59 kg, 81-66-81, olhos e cabelos castanhos,
sapatos 39, nascida Rachel Ann Taylor a 1 de dezembro de 1985 em Fairbanks,
Alasca. Obra pictórica: {fotos} {fotos}. Alguma obra animatográfica: “Assfucked
Sluts” (2011) ■
“Golden Decade of Cock” (2011), c/ Samantha Saint ■
“Flawless
Brunettes 1: I Don't Dance, I'm Just Dressed That Way” (2012), c/ Lea Lexis ■
“Xena XXX: An Exquisite Films Parody” (2012) ■ “The
Sexual Messiah # 2” (2012) ■ “Black and White Fourgy” (2013), c/ Abigail Mac, Ashli Ames ■ “Mandingo
Massacre # 8” (2013) ■ “Please
Eat My Pussy” (2014). – Skin Diamond, 1,65 m, 50
kg, 86-64-89, sapatos 37 ½, olhos castanhos, cabelo preto, nascida Raylin
Christensen a 18 de fevereiro de 1987 em Los Angeles. Obra pictórica: {fotos} {fotos}. Alguma obra animatográfica: “Ebony
Teen Gets Off” “Fantasy
Solos # 2” (2011) ■ “Weapons
of Ass Destruction # 7” (2013) ■ “Kiss
Me Girl” (2013) ■ “Lick
My Slit” (2013) ■ “Lexi
Belle Loves Girls” (2014) ■ “Trinity
St. Clair’s Sexual Odyssey” (2014) ■ “Oil Overload” (2014) ■ “Sloppy
Girl vol. 16” (2015).
na sala de cinema
“Viva Vanessa” (1984), título
local “Viva Vanessa Toda Nua”, real. Henri Pachard, c/ Vanessa del Rio, Tiffany
Clark, Renee
Summers, o
transexual Angelique
Richard, Eric
Edwards, Fred J. Lincoln, Jerry Butler, David Scott, George Payne, special appearance by Henri
Pachard, estreado em sessões contínuas a partir das 14h00, sábado, 5 de agosto
de 1989 no cinema Olímpia, rua dos Condes, 13, T. 325309 [1]. “A lenda porno Vanessa del Rio escancara-se para
um olhar privado sobre a sua vida e fantasias secretas. Penetrando mais fundo
que qualquer outro filme inside anterior,
‘Viva Vanessa’, transporta-o num tour de
force íntimo através da incrível vida da princesa do porno Vanessa del Rio [2]. Uma mistura de fantasia e realidade, este filme
leva-o ao cenário de um filme porno verdadeiro para testemunhar Vanessa no seu
escaldante melhor, depois mergulha na recriação das fantasias mais chocantes de
Vanessa.” “Lust Inferno” (1987), título
local “Inferno Sexual”, real. Carlos Tobalina (como Troy Benny), c/ William
Margold, Rita
Ricardo, Gayle
Sterling … estreado
segunda-feira, 25 de maio de 1987 no Olímpia. “Nos EUA, graças à garantia constitucional
de completa liberdade religiosa, as velhas Igrejas instituídas prosperaram tax free…
também os autodenominados mensageiros de Deus, controlam agora a televisão.
Esta é a história de um deles… Ele pôs as pessoas de joelhos, mas não para
rezar.” [3] “For Richier for Poorer” (1979), título
local “Sexo para Ricos e Pobres”, real. Gerard Damiano, c/ Georgina
Spelvin, Richard
Bolla, Bobby Astyr, Mary Margaret, Kasey Rogers, Molly Malone, Bill Berry … estreado
segunda-feira, 6 de agosto de 1990 no Olímpia. “A lenda porno Georgina Spelvin
aparece numa das suas melhores performances neste opus fumegante sobre divórcio, luxúria na meia-idade e desejos
ocultos. É outro clássico old school do realizador Gerard Damiano,
tornado mais potente pela atuação hipnótica de Spelvin. Ela interpreta uma
mulher cujo marido trocou-a por uma pita mais nova, e que se encontra sozinha e
sem ninguém para partilhar as suas paixões. Spelvin começa construindo uma vida
sexual imaginária, sonhando com tórridos encontros envolvendo o ex-marido, os
amigos dele e basicamente qualquer pessoa atraente que se lhe atravesse no
caminho. Enquanto a sua vida real desmorona, as fantasias inflamadas de Spelvin
ficam cada vez mais sexualmente escandalosas.” “Center Spread Girls” (1982),
título local “Guerra Sexual”, real. Gary Graver (como Robert McCulum), c/ Veronica Hart, Lisa De Leeuw, Frank Hollowell, Annette Heaven, Georgina Spelvin … estreado segunda-feira, 15 de setembro
de 1986 no Olímpia. “A editora da revista para adultos Panther, Sue Forbes,
está entaliscada quando uma organização de autodenominados guardiões da moral,
batizados Morality over Madness (MOM), decidiram dar um exemplo, fechando-a por
corrupção da decência pública. A maioria das antigas raparigas das páginas
centrais destrocou as suas fotos au naturel em lucrativas carreiras
profissionais, Jane Mohr, uma advogada de sucesso, reúne algumas delas para
mudarem a opinião da MOM (MOM knows what’s
good for you). Cada uma das raparigas, ou par delas, toma como missão um
membro da MOM, um juiz constrangido politicamente, um pregador leigo, um ator
porno secado por excesso de trabalho, um velho rico e um político promissor
(‘Sabes como foder toda a gente’ - exclama Tina, Victoria Slick, montando-o).” “Talk Dirty To Me” (1980), título
local “Violações Sexuais”, real. Anthony Spinelli, c/ Jessie
St. James, John
Leslie, Juliet
Anderson … estreado
segunda-feira, 3 de janeiro de 1983 no Olímpia. “Jack e Lenny são dois tipos
cujo objetivo é comer o maior número de gajas possível. Jack nunca falha em
faturar, enquanto o pobre Lenny chucha no dedo e acaba por ficar a ver navios.
Jack encontra na praia a rica e encantadora Marlene. Ele promete ao Lenny
metê-la na cama dentro de três dias, sabendo ele que tem o que ela anseia.”
“Girl from S.E.X.” (1982),
título local “A Espia Sexy”, real. Paul G. Vatelli, genérico Joan Wilson, c/ Lisa
De Leeuw, Bridgette
Monet [4], Don Hart, Tara Aire [5], David Smith … estreado segunda-feira, 11 de fevereiro
de 1985 no Olímpia. “38 DD retoma onde 007 parou… na cama.” “A suculenta Lisa
De Leeuw interpreta a agente 38 DD (99 cm) nesta explosiva paródia de
espionagem. Ela é, em cada célula do seu corpo, a aventureira sexual que o
James Bond é, só que passa ainda mais tempo entre os lençóis. Ela desafia o
perigo, escapa tentativas de assassinato e utiliza as suas mais potentes armas
para apanhar o seu homem – a saber, o seu incrivelmente mamalhudo corpo e a sua
igualmente talentosa língua. Ela segue a pista de uns ignóbeis falsificadores de
dinheiro que são liderados por um certo Mr. Big – e não lhe chamam isso por
causa dos seus poderosos contactos! Lisa mete as mãos na massa e suja-se num
trajeto escaldante pelo mundo, Estocolmo, Zurique, Londres até Bugala Island na
peugada de Mr. Big.”
Outros
cinemas da capital também dispensando exibições animatográficas de alta qualidade.
“Dirty Love / Amore sporco” (1988), título local “Amor Chocante”,
real. Joe D’Amato, c/ Valentine Demy [6], Cully
Holland, Lisa Lowenstein … estreia sexta-feira, 4 de agosto de 1989 no cinema
Xenon, av. da Liberdade, 9, T. 368480. “A jovem Terry Jones decidiu deixar os
subúrbios de Nova Iorque para se matricular numa escola de dança e realizar o
seu sonho de se tornar bailarina, mas logo percebe que a vida não é tão fácil
como pensava. No final, graças à sua força de vontade e determinação, conseguirá
atingir o objetivo, classificando-se no primeiro lugar do último ensaio da
escola, ganhando assim um papel num musical da Broadway.” “Girls U.S.A.” (1980),
título local “Miúdas da Alta”, real. Joe Davian, c/ Barbara Moose [7], Vanessa del Rio, introducing Patricia Mason … estreia segunda-feira, 8 de março de
1982 no Capitólio, parque Mayer, T. 372358. “Um agente federal é assassinado enquanto
vigiava o iate de um chulo. A namorada do agente é raptada para encobrir
qualquer pista que leve a uma rede internacional de catering prostibular para embaixadores estrangeiros. Sempre um
passo atrás, o detetive encarregado da investigação tem de recorrer aos
serviços de uma antiga acompanhante para resgatar a mulher raptada e prender a
rede.” “Blonds Have More Fun” (1979), título
local “Sexo Louco das Loiras” real. John Seeman, c/ Jack Wright, Dorothy LeMay, John Leslie, Jessie St. James, Suzanna French, Seka,
Lisa Loring … estreado sábado, 2 de maio de 1981 no Cinebolso, rua Ator
Taborda, 27-B, T. 573407. “Herb Abernathy, um pequeno vigarista, com o seu
sócio Brains e a sua jovem e inocente assistente, a Dra. Wendy Wilson, entra no
mercado da saúde abrindo a loja Magical Health Market. Brains cria uma nova
poção mágica para todas as doenças chamada PQM-2. Mas quando as vendas
disparam, Herb não esperava que os resultados fossem tão gratificantes, por
toda a cidade de San Francisco, quem bebe a poção, sente uma vontade imparável de
praticar sexo, desde o maluquinho que ouve pássaros, os amantes zangados, o
preto com ejaculação precoce, à velhinha que se queixava das dores de cabeça do
cão.” “Beyond Desire” (1986),
título local “Desejo Incontornável”, real. Tim McDonald, c/ Vanessa del Rio,
Seka, Kristara Barrington, Gina
Carrera, John
Leslie, Little Oral Annie … estreado segunda-feira, 26 de setembro de 1988 no
Cinebolso. “A maior parte dos gajos apenas sonha estar fechado num bordel cheio
de babes deslumbrantes como Seka e
Vanessa del Rio mas, para um detetive privado como eu, Mark Lowe, é um dia de
trabalho (ou deveria ser noite de trabalho?). Sabem, Carla receia que a sua
pequena casa de prazer seja tomada pelo seu amigo Howie Mann, é aí que eu
entro. Enquanto eu vigiar o lugar, Howie passará um mau bocado tentando alguma
gracinha. Claro, a minha relação com as raparigas é ‘estritamente
profissional’, mas as coisas nem sempre funcionam da forma como planeamos, se é
que me entendem?” [8]
___________________
[1] “Quem desce a rua dos Condes, dos Restauradores em
direção às Portas de Santo Antão, descobre do seu lado direito, emoldurado por
dois ‘restaurantes e cervejarias’, o tradicional Restaurador à direita, o
modernaço Derby á esquerda, uma velha sala de cinema, com a porta enquadrada
por vitrines que anunciam filmes com títulos bem ‘sugestivos’. Esta semana pode
lá estar ‘Desejos Escaldantes’ ou ‘A Casa dos Prazeres’, mas ‘Viva Vanessa,
Toda Nua’, ‘A Taberna dos Mil Pecados’, ‘O Bem Bom da Insaciável’ ou ‘Orgias
Fora de Horas’ já por lá passaram certamente, bem como muitos outros títulos
menos suaves na sua designação. Estamos nos domínios do cinema porno, 1º escalão,
hardcore. Com sessões continuas, a
partir das 13H30 de todos os dias.
Olhando para esta sala nalguns
aspetos algo degradada, apesar de recentemente restaurada, não suspeitará
decerto que este já foi um dos grandes cinemas de Lisboa do início do século
XX. Na imprensa da época podia ler-se, uma local referindo a abertura de uma
nova sala de espetáculos em Lisboa, ‘composta de salões para concertos, salões
para exibições animatográficas, gabinete de leitura, restaurante, etc.’,
ficando ‘esta casa de espetáculos como a primeira da capital’. Foi assim na sua
inauguração oficial a 22 de abril de 1911. O Olympia foi mandado construir por
Leopoldo O’Donnell, filho de irlandeses que se fixaram em Portugal. Nascera em
Lisboa, a 4 de abril de 1870, fora chefe de repartição da Real Companhia dos
Caminhos-de-Ferro Portugueses, era um homem culto, que mantinha uma forte
amizade com Sabino Correia, empresário do Chiado Terrasse, uma das grandes
salas de Lisboa, situada na rua António Maria Cardoso, e que hoje é uma
delegação de um banco. (…). Referem-se várias iniciativas, então inéditas em
Portugal, e que demonstram um profundo conhecimento de algumas das regras
básicas da publicidade e do marketing (avant
la lettre). Por exemplo, a criação de matinées infantis, ‘um verdadeiro
oásis para os espectadores mais pequenos’ com os quais, antes, ninguém contara
e com ‘programas apropriados tanto de écran como musical’, como acentuava a
propósito um prospeto. Ou então os sorteios de brindes entre o seu público. Com
a compra do bilhete, o espetador recebia uma senha que lhe dava direito a
participar num sorteio mensal, em que os brindes mais diversos eram sorteados.
Em junho de 1917, um burro era o brinde a sortear, um burrico de carne e osso
que se ‘passeou por Lisboa, reclamando o acontecimento!...’. M. Félix Ribeiro
faz ainda referência a uma conferência de António Ferro, realizada a 1 de junho
de 1917, na respetiva Matinée de Arte, ‘As Grandes Trágicas do Silêncio’, ‘que
daria brado na calma Lisboa literária de então’. A conferência começava assim:
‘Por iniciativa do Exmo. Sr. O’Donnell, ilustre empresário deste animatógrafo,
realiza-se hoje aqui uma matinée que tem principalmente a valorizá-la o seu
completo ineditismo entre nós. Trata-se de consagrar pelo écran, pela palavra e
pela música as três grandes trágicas do animatógrafo, Francesca Bertini, Pina Menichelli e Lyda Borelli. Talvez pelo grande culto, pelo quase fanatismo que
tenho há muito tempo por essas grandes artistas, eu fui amavelmente encarregado
de as apresentar, numa curta conferência, ao numeroso público que me escuta”,
em Olímpia, Lauro António.
[2] Vanessa
del Rio, 1,68 m, 61
kg, 107-66-91, sapatos 41, olhos castanhos, cabelo preto, nascida Ana Maria Sanchez
a 31 de março de 1952 no Harlem, Nova Iorque, t.c.c. Vanesa Del Rio, Nessa,
Ursula Pasarell. Entrevista: “Qual foi o momento mais louco?” V: “Bem, uma vez
engatei cinco ciganos numa discoteca!” P: “Desculpa?” V: “Eles eram umas
brasas! Rapazes escuros e elegantes com um Rolls-Royce. Eram tipo tios e
sobrinhos - eram ciganos! Eu costumava sair sozinha, começava a preparar-me à
meia-noite para ir ao after hours dos clubes. E um gajo pôs-se atrás
de mim e disse: E que tal teres cinco ciganos? Ele estava a dançar atrás de
mim, quer dizer, vamos lá, o que é que eu devia dizer? Estava eu na discoteca,
as luzes apagavam e eu dançava. Fui tipo, tudo bem, vamos – sabe? todos ao
mesmo tempo.” P: “Ao mesmo tempo?” V: “O que é suposto fazer? Fica-se meio com
sede se é o próximo, o próximo, o próximo. É como um grande monte de carne.
Acho que é a grande fantasia feminina.”
[3] Não há alternativa à educação das almas nas
meritocracias. “La puberté
sensuelle” (1983),
real. Michel Ricaud, c/ Jacques Marbeuf, Sandy Wilson, Christine Verger, Sylvain
Ray, Anna Lombardi, Lydie Marlene, Corado Martini, Geremy Teel, Bob Oroff. “A
esposa loira (Sandy Wilson) acorda um pouco galdéria e tenta provocar o marido.
Ela desliza debaixo dos lençóis e chupa-o (ao longo desta cena Marbeuf é
dobrado por outro homem). Ela faz reverse
cowgirl. (Ela tem cabelo loiro mel
comprido, aparência normal, seios de tamanho médio com mamilos grossos, ao
menos parece ‘madura’ para o papel de mãe). Geme muito alto. O marido
admoesta-a para ficar calada, para que não acordem a filha. Toca o despertador
e a filha (Christine Verger) acorda (ela veste um casaco de pijama azul e
cuecas, tem cabelo castanho de comprimento médio, tetas pequenas, aparência
bastante simples, cara muito inexpressiva ao longo do filme). Enquanto os pais
continuam a foder para o clímax, Marie-Christine vai tomar um duche. Ela
acaricia o corpo, ensaboa bem a sua peluda vagina e esguicha-lhe jatos de água
com o chuveiro. Marie-Christine veste o uniforme da escola (blusa branca, saia
e casaco comprido azul escuro) e vê os pais a fazer sexo (à canzana e
conchinha) através da porta parcialmente aberta. Marie-Christine viu o
suficiente, regressa ao seu quarto, arruma a mala da escola (com a cara do rato
Mickey) e diz adeus aos pais (não há esporradela). No caminho para a escola é
apalpada por um tarado, aprende pelas colegas que está suspensa por dois dias, vai
para casa do seu amado, que lhe testa a idoneidade enfiando-lhe o dedo no cu, e
pune-a rapando-lhe a pentelheira. Depois, Marie-Christine chupa-o para
consolidar a ação educativa.” – Anna
Lombardi também participou
noutras cartilhas construtoras de uma Europa a viver na esfera da paz e
estabilidade, unida, próspera, country
club: “Orgies
en cuir noir” (1984),
real. Michel Berkowitch (como Youri Berko) ⱷ “L'Éducation
a la soumission” (1985),
real. Pierre B. Reinhard ⱷ “Enfer
Anal / Petits trous déchirés, salopes
par-derrière” (1985), real. Pierre B. Reinhard.
[4] Bridgette Monet, 1,78 m, 65 kg, 96-66-94, olhos castanhos, cabelos
pretos, nascida Dana Kunath a 28 de junho de 1959 em Huntington Beach,
Califórnia, t.c.c. Sarah Hampshire, Dana Cannon, Diana Diamond, Kathleen
Cameron, Bridgette Money, Bridget Monet, Natalie, Lorna, Joy, Liza, Shelly. “A
vedeta porno Bridgette Monet é uma beldade de cabelo azeviche que foi uma das mais
populares estrelas do hardcore nos
finais de 70 inícios de 80. Um relance na estrela porno Bridgette
Monet dirá instantaneamente porquê.
Simples e curto, Bridgette era uma das mulheres mais bonitas na indústria
naquela época. Era alta e magra, com pernas indutoras de luxúria e fartos seios
naturais. A boca madura de Bridgette e devastadores olhos castanhos eram um testamento
latente ao seu absoluto fascínio físico. Quanto às suas capacidades
interpretativas, bem, digamos que ela era melhor que Amber Lynn e fiquemos por
aí. Quando as câmaras rodavam, ela não ignificava até a ação começar a aquecer.
E então tornava-se nuclear.” Bridgette interpretou a intelectual perfeita em “Suze’s
Centerfolds 3” (1981). Antes
dos finlandeses, aprendeu por fenómenos em “Sorority
Sweethearts” (1983). Deu
bom nome à amizade feminina em “Girls
That Love Girls” (1984). Salvou
o Ocidente Livre da praga do comunismo em “For
Services Rendered” (1985). Estabeleceu
o design e substância dos nightclubes
portugueses em “Bodacious
Ta’ Ta’s” (1985),
título local “Tatás Audaciosas”, estreado segunda-feira, 27 de março de 1989 no
Olímpia. Viajou numa companhia aérea de bandeira privatizada em “Up Up
and Away” (1989),
título local “As Hospedeiras do Deboche”, estreado segunda-feira, 13 de março
de 1989 no Olímpia. Na revista Cinema Blue desverdeceu o aventureirismo de
Indiana Jones na produção fotográfica “Idaho
Jones and the Temple of Poon”. Entrevista: “Consideras ter uma especialidade sexual particular,
no ecrã?” B: “Não, realmente não. As pessoas têm dito que faço um bico bastante bom” [clip do filme “Stiff
Competition” (1984)]. P:
“Tentas fazer um bom bico?” B: “Sim, penso nisso.” P: “Consegues ter um orgasmo
quando filmas?” B: “Infelizmente, isso é uma coisa que nunca fui capaz de
alcançar.” P: “Queres dizer no ecrã?” B: “Uh huh, faço-o em casa com certa
regularidade.” P: “Qual é a tua maneira favorita de te vires?” B: “Provavelmente
com sexo oral ou por trás, é fácil.” P: “Vaginal? Fazes anal?” B: Não. Tentei
mas nunca fui capaz de chegar muito longe. Não sou mesmo capaz de fazê-lo.”
[5] Tara Aire, olhos cor de avelã, cabelos castanhos, nascida a 8
de fevereiro de 1958, t.c.c. Tara Air, Tara, Bobbi Jackson, Bobby Jackson, Tara
Hupp, frequentou a Southwest Missouri State licenciando-se em Ciência Política,
adora jazz e toca saxofone. “A
estrela porno Tara
Aire é uma preponderante performer sexual cujo estilo rude-e-pronto
está em vívido contraste com a sua aparência jovem e inocente. Tara
Aire era uma das escolhas favoritas dos
produtores porno dos anos 80 quando se tratava de filmes sobre a entrada na
idade adulta ou papéis que requeriam uma jovem rameira cheia de tesão para os
interpretar. Ela era uma morena desavergonhada com uma cara bonita, nariz
ligeiramente arrebitado e figura magra que estaria nas sete quintas no look magricela dos anos 90.” Entrevista: “Fantasia ideal?” T: “Aprecio realmente o poder e a
sensação de controlo” P: “Ah, controlo, em que sentido?” T: “Digamos que estou
a fazer uma cena, por exemplo, em que um homem tem que se vir na minha boca,
bem, sinto que estou em controlo do seu êxtase, do meu, sinto como se a cena
fosse minha, e desfruto o sentimento de poder.” No animatógrafo, Tara Aire contribuiu para a educação lato sensu,
para, stricto sensu, políticos destapados não metam os Helvétius pelos Leibniz - citava
este, o desacertado Fernando Seara: “A educação pode tudo: ela faz dançar os
ursos”: “Dallas
Schoolgirls” (1981) ⱷ “Tight Assets” (1982) ⱷ “Society
Affairs” (1982) ⱷ “Campus
Capers” (1982) ⱷ
“Private
Schoolgirls” (1983) ⱷ “Fox
Holes” (1983) ⱷ
“Summer
Camp Girls” (1983), título
local “Beldades Selvagens em Férias”, estreado segunda-feira, 24 de outubro de
1988 no Olímpia ⱷ “Suzie Superstar” (1983), título local “Sexo ao Vivo”, real. Gary
Craver (como Robert McCallum), c/ Shauna Grant, estreado quinta-feira, 3 de julho
de 1986 no Cinebolso ⱷ “Suzie Superstar II” (1986), real. Gary Craver (como Robert McCallum), c/
Traci Lords ⱷ “Nasty
Lady” (1984).
[6] Valentine Demy, 1,70 m, 62 kg, 91-61-91, sapatos 38 ½, olhos e
cabelos negros, nascida Marisa Parra a 24 de janeiro de 1963 em Pisa, Itália,
t.c.c. Valentin Demì, Valentine Demy, Valentina Demi, Marisa Parra. No animatógrafo, Valentine Demy como que queria demonstrar Durão
Barroso: “A Europa mostrou a sua extraordinária resiliência, uma qualidade
importante. É uma palavra que vem da Física: é a capacidade dos materiais
recuperarem a sua forma original após um grande stress. E da psicologia: quando
uma pessoa acaba por recuperar a sua capacidade e a sua vida a seguir a um
grande trauma. A Europa mostrou a sua resiliência contra os profetas do
pessimismo, o Glamour Intelectual do Pessimismo”: “Hard
Car - Desiderio sfrenato del piacere” (1989) ⱷ “Francesca:
Sinfonia anale” (1997) ⱷ “La
puttana dello spazio” (1998) ⱷ “Euro
Sluts 4 - Caos” (2005).
[7] Barbara Moose t.c.c. Barbara Moosse, Barbara Moser, Barbara Semo,
Elsa Pime, Eva Nil, Eva Nill, Martine Lavielle, Martine Mercier, Martine Semo,
Martine Semot. No animatógrafo, Barbara Moose demonstrou Durão Barroso: “Há
europeístas hoje em Bruxelas que dizem que antes é que era a idade de ouro na
Europa: a pequena europa dos seis países fundadores, que era mais confortável.
Mas essa Europa era mais importante do que a de hoje? Nem pensar”: “Je
suis une belle salope” (1977) ⱷ “Perversités suédoises” (1977) ⱷ “Sexluesterne
Verfuehrerinnen / Suce-moi,
salope” (1977), real. Claude Pierson (como Paul Martin) ⱷ “Un
peu beau cul passionnement” (1978) ⱷ “Remplissez-moi...
les 3 trous” (1978), real.
Jean Rollin (como Robert Xavier) ⱷ “Gamines
en chaleur” (1979),
real. Jean Rollin (como Robert Xavier) ⱷ “Secrétaires sans coulottes / Cette malicieuse Martine / Martine,
Venus der Wollust” (1979) ⱷ “Histoires
de cul” (1980) ⱷ
“Julchen und Jettchen, die verliebten
Apothekerstöchter” (1982).
[8] A melhor casa de putas do Texas é europeia. “Miguel
Poiares Maduro, ministro-adjunto e especialista em questões europeias, ajuda a manter
a pressão sobre Atenas: ‘Isto não é um workshop
entre académicos. As várias democracias têm o mesmo direito a ser respeitadas’.” O portuga é especialista de coisa nenhuma, todavia,
no seu país é rei, porque esteve no estrangeiro, está tocado pelo milagre mala
de cartão, é venerado, nas suas perorações. Entretanto, os alemães são
solidários. “Numa entrevista ao programa infantil de TV ‘Logo’ no canal ZDF, uma miúda repórter deu a Schäuble um
punhado de moedas de euro de chocolate. ‘Vou levar algumas para o meu colega
grego, ele também precisa de nervos fortes’, replicou Schäuble.” – Nos anos 80, a economia grega sustentabilizava-se
comendo turistas alemãs - “Töchter
der Venus / Orgia
stin Kerkyra” (1983), real. Ilias Mylonakos (como Irvin Miles) ⱷ “Griechische
Liebesnaechte / Diakopes
stin Ydra” (1986), real. Stratos Markidis (como Thanasis Mihailidis).
no aparelho de televisão
“Ai... Life” (1989), real. Herlânder Peyroteo c/ Benjamin Falcão,
Catarina Avelar, Pedro Pinheiro, Vanda Pereira, Ana de Sá, António Anjos e
Octávio de Matos, série transmitida na RTP 1, pelas 18h20 aos sábados, de 20 de
maio / 24 junho de 1989. “É uma série de comédia de 6 episódios, estreada em
1989 e com guião e realização de Herlânder Peyroteo. Segundo o próprio
realizador ‘a mistura do português com o inglês do título é porque a história
passa-se entre gente da pequena-burguesia alfacinha, pretensiosa, com umas senhoras
que aprenderam a dizer oui e yes nas madres e julgam que falam
inglês. Então, enquanto andam a esfregar o chão da casa, em vez de suspirarem e
dizerem ai...vida, dizem ai... life’”. 1.º Episódio: “Adão Patriarca,
ex-motorista do ministro do Interior do antigo regime, tem duas filhas que
aprenderam a falar línguas num colégio de freiras. Uma delas casou com um
violinista da orquestra da Ópera e tem um filho que, embora não tenha ainda
passado do segundo ano de Economia, aspira a ser alguém no mundo da política. A
outra casou com um operário metalúrgico e é anarca.” “The Detective” (1985), real. Don Leaver, minissérie inglesa transmitida
na RTP 1, pelas 22h20 às terças-feiras, de 16 de junho / 14 de julho de 1987. 1.º
Episódio: “a carreira profissional do comandante Ken Crocker (Tom Bell) dos
Serviços Secretos Ingleses debate-se com algumas contrariedades. No entanto,
ele está disposto a superá-las. A investigação que está a realizar com a ajuda
de Wilf Penfield (Mark Eden) e Vera Harris (Vivienne Ritchie) poderá ser
incómoda para muitos. Até mesmo para aqueles que, por ocuparem importantes
cargos de chefia, se consideravam a salvo de qualquer suspeita.” 2.º Episódio:
“Crocker dá a conhecer as suas recentes e chocantes informações dos seus
superiores e, em nome da segurança nacional, recebe ordens para aguardar novas
instruções. O MI5 encarrega-se da operação de vigilância e os serviços de
Crocker são dispensados. Ao seu colega Wilf, que entretanto iniciara um caso
com Vera Harris, fora dado um outro trabalho. Reunindo todos estes dados,
Crocker chega rapidamente à conclusão de que alguém quer esconder alguma coisa
e decide descobrir Rosemary (Louise Seacombe), a menor prostituta que
Blankenall (Terence Harvey) visitava.” 3.º Episódio: “apesar de a dona do
bordel, Mrs. Burton (Jo Rowbottom), se recusar a divulgar o paradeiro de
Rosemary, Penfield consegue arranjar um encontro com ela e fica a saber que
Blankenall tem um sinal na anca. Crocker decide enfrentar Blankenall, mas antes
Penfield informa-o de que a sua unidade está a ser vigiada pela brigada
especial.” 4.º Episódio: “a visita de Crocker a Blankenall revela algumas
provas circunstanciais contra o ministro, mas o grupo de investigação da
Scotland Yard tem os olhos postos em Crocker e Wilf. Quando este,
repentinamente, se afasta por doença, Rosemary, a principal testemunha,
desaparece e o major Naughton (Struan Rodger) do MI5 dirige-se para a casa de
Mrs. Burton.” 5.º Episódio: “Rosemary tenta contactar o gabinete de Defesa dos
Direitos dos Cidadãos dirigido pelo genro de Crocker. Apesar de ter sido vítima
de um atentado contra a sua vida, Rosemary acaba por aceitar prestar
declarações contra o ministro. No entanto, quando a história se começa a
desvendar, Sir Henry Blankenall suicida-se e, imediatamente, se espalha a
notícia de que o caso Blankenall não era mais do que uma conspiração do MI5
para eliminar um ministro liberal e que Crocker fora utilizado nesse sentido.
Apesar disso, Crocker insiste em que o caso seja revelado e explicado na
íntegra, mas a notícia da morte de Wilf é, obviamente, um último aviso.” “Jewel in the Crown” (1984), real. Christopher McRahan e Jim O’Brien, c/ Susan
Wooldridge (Daphne Manners), Tim Pigott-Smith (Ronald Merrick), Art Malik (Hari
Kumar), Geraldine James (Sarah Layton), Charles Dance (Guy Perron), Wendy Morgan (Susan Layton) … Série
inglesa transmitida na RTP 1, pelas 20h30 aos sábados, de 31 de março / 7 de
julho de 1984. “Baseada no aclamado Quarteto Raj de Paul Scott – quarto
volumes: ‘The Jewel in the Crown’ (1966),
‘The Day of the Scorpion’ (1968), ‘The Towers of Silence’ (1971) e ‘A Division
of the Spoils’ (1975), sobre os últimos anos do Raj Britânico (império
britânico na Índia) – ‘A joia da coroa’ aproxima-se o mais perto de capturar o
estado de espirito dos dias finais do Raj
do que qualquer outro dos vários filmes ou séries de TV feitos sobre o tema no
início dos anos 80. Consegue isto, escolhendo concentrar-se na política da
época e em complexas e bem talhadas personagens, em vez de simplesmente lançar
um olhar nostálgico sobre os dias de glória do Raj. Além disso, evitando criticismo ostensivo da política
britânica na Índia, e deixando os acontecimentos falar por si próprios, a
narrativa consegue criar um retrato convincente de um período turbulento.” 1.º Episódio: “em fevereiro de 1942, Daphne
Manners, a sobrinha de um antigo governador de distrito, chega cheia de
entusiasmo a Mayapore, Índia. Ela fica com a ‘tia’ Lili, uma amiga íntima da
sua tia. Logo é introduzida na dualidade da sociedade e no facto que indianos e
ingleses só raramente se encontram e ainda mais raramente socializam juntos. Cada
qual tem os seus próprios clubes e ambos os grupos são separados
geograficamente, vivendo em margens opostas do rio. Em breve, contudo, ela
conhece Hari Kumar, um jovem jornalista que recentemente se mudou da Inglaterra
para a Índia.” “V” (1984-1985), c/ Jane
Badle (Diana), June Chadwick (Lydia), Robert Englund (Willie), Faye Grant (Dra.
Julie Parrish) … Série americana transmitida na RTP 1, pelas 18h40 aos sábados,
de 16 de maio / 4 de julho de 1987. “Série de ficção científica, realizada por
Richard Heffron, com base num script
da autoria de Brian Taggert e Faustus Buck, ‘V - A batalha final’ conta-nos um
episódio da chamada Guerra do Espaço, quando uma força espacial invasora surge
na Terra transportando milhares de extraterrestres que oferecem conhecimentos
científicos e auxílio médico, em troca da fabricação de um composto químico,
necessário à manutenção do seu planeta. Embora cooperando, a dúvida instala-se
entre os terráqueos. Um operador de câmara consegue filmar a verdadeira
aparência dos invasores e descobrir a sua real missão na Terra.” “Chobotnice z II.
patra” (1986), título português “O ano das bestinhas”, c/ Milan
Simácek (Honzík Holan), Zaneta
Fuchsová (Eva Holan), Dagmar
Havlová (Andrea Holan), Pavel Zednícek (Honza Holan) … Transmitida na RTP 1,
pelas 18h00 aos sábados, de 30 de maio / 1 de agosto de 1987. “Série infantil
checoslovaca de dez episódios. O argumento é dos checoslovacos Ota Hofman e Jindrich
Polák, este também, responsável pela realização. Manuel Petróneo e Luís Avelar,
da RTP, são, respetivamente, o diretor de produção e produtor executivo.
Descrita pelos seus autores como ‘um conto de fadas moderno’, a série toca
problemas que vão da ecologia, às relações entre pais e filhos e ao choque
entre o mundo de fantasia das crianças e o mundo real.” “Honzík de sete anos, e
a sua irmã Eva, dois anos mais velha, vão com os pais numas férias muito
divertidas a Portugal. Quando acampam numa praia proibida, afetada por derrames
de petróleo são levados para a esquadra ameaçados de ‘muitos escudos’.
Entretanto, dois misteriosos pedaços de matéria, que adquirem vida num barco de
investigação científica, fogem para o mar, e na praia são encontrados pelas
crianças, que moldam dois polvos que se trancam na caravana dos Holan:” “Veselé Vánoce přejí chobotnice” (1986) “é a continuação direta de Chobotnice z II.
patra. A história é precedida por uma breve recapitulação dos eventos nas
férias de verão dos Holan em Portugal, de onde as crianças trouxeram dois polvos, um azul e outro verde, moldados a partir de uma
massa até então desconhecida.”
na aparelhagem stereo
A grei
portuguesa em via de arco-íris moderniza o sebastianismo. Em vez do rei
encoberto pelo nevoeiro, espera o Sheikh Al Arab encavalitado num camelo em dia desnevoado. Embasbaca montado
o 2.º primeiro-ministro, Paulo Portas: “O governo não só foi obrigado a… tratar
da bancarrota, como, foi conseguindo que o ciclo económico mudasse, nós hoje
temos: crescimento acima da média euro, felizmente maior criação de emprego,
embora seja necessário acelerar, exportações a bombar, investimento a
disparar, e sobretudo confiança na nossa economia. Se assim é, porque é que
eu hei de correr o risco de voltar atrás e voltar ao problema com o Partido Socialista.
(…). Ontem [05-06-2015] o líder do Partido Socialista dizia parar tudo ou nada
pela criação de emprego, e eu sobrescrevo inteiramente, vamos é perguntar como?
Para criar emprego é preciso descer o IRC, vem investimento, há postos de
trabalho, o PS é contra. Para criar emprego, dar estabilidade às leis laborais,
o PS hesita, nós sabemos para onde queremos ir. Para criar emprego, é preciso
ter confiança no país, país de contas certas, com o Partido Socialista
há sempre o risco das contas deixarem de ser certas.” Nas sociedades bem-fadadas
a economia cresce robustecida e assente no investimento reprodutivo, credibilidade,
estabilidade e certeza, isto é garantia de base que, o mérito, rebuçado com o
lema de Wall Street e da City londrina: pussy
is money, verterá proventos, lucros, rendimentos, socialização, sucesso,
futuro. Exigindo pouco coaching, o
pleno emprego para as famílias está à distância média de 15 cm, matéria-prima
há abundante: “o amor
dos jovens em Portugal”, com mentoring técnico especializado, os
dirigentes políticos somente têm de deixar funcionar a principal lei da Economia:
girlfriend’s pussy brings
cash, (traduzido na língua do economista
das Neves: “o papovski - latim cunnus
- da namorada traz dinheiro vivo”); provando que a Economia é uma ciência exata
[1], no vídeo, a excelente atriz russa Demida [2].
No Festival
da Eurovisão da Canção 2015, a encenação da canção alemã apontava também na
direção da economia, qual é o ativo mais valioso dos povos? A resposta é evidente:
Der Hintern, das Gesäß, o caga-bolos, a peida, “Because
the face I see is not the one I know”, “Black Smoke”, p/ Ann Sophie. O menear dessa zona pela cantora,
absorvido nas culturas locais, pujará resultados positivos. Uns povos terão que
reajustar mais que outros. “Os portugueses gostam de um homem que não
muda de rumo, de um homem que não se deixa afetar pelas críticas e sobretudo de
um homem que foi capaz de pôr o seu parceiro no bolso, apesar de Portas ser
considerado o grande génio da política portuguesa e Passos Coelho o líder com
pouca sabedoria política” [3], da autora Raquel
Abecasis. “É verdade. Eu não tenho nenhum receio em assumir o meu lado
lamechas. Há muito isso de dizer que os homens são todos uns brutos, que não
gostam de textos sentimentalões, que não gostam de comédias românticas. Eu não
tenho receio de assumir que gosto”, do autor Pedro Chagas Freitas. A baixa
virilidade dos portugueses contrabalança-se na alta feminilidade das
portuguesas, sobretudo na mamata da política. Um estudo de uma universidade
estrangeira concluiu que foram as mulheres do PSD, inspiradas nos dois dedos de
conversa abeirada do watercooler, as
introdutoras dos dois
dedos na morfologia feminina, que tanto
se globalizou [4]. Exportando cultura, para fora,
arrumando a casa, domesticamente, a mulher esclarecida, dinâmica, da classe
média, lança âncoras de sucesso. O distintivo da esposa não está na geração de
ideias, mas na capacidade de executá-las, prática, gesta riqueza, enquanto o
marido moderno vê bola, bate uma bisca ou come caracóis. Se portas se fecharam
por os homens portugueses preferirem homens, à descida de rentabilidade da
patareca, os agentes políticos europeus abriram uma janela de oportunidades com
os PEC (Plano de Entrada na Crica) para os povos com dívidas insustentáveis:
vender o pito. Depois, lavado, com água privatizada, fica novo e pronto para
voltar ao mercado. É a commodity
perfeita, alto rendimento, baixo custo de produção. [5]
“Looking for
relief in your miserable life / You need some rock and roll”: “Shake Your Blood” (2004), p/ Probot. Graças à beleza divina dos
mercados, a natureza das autoridades administrativas independentes: as
autoridades reguladoras, esfoliaram uma nova mindset feminina portuguesa entre a mulher independente da classe
média, à qual, por imposição da troika, casa, supermercado, dinheiro, se
aplica, permutando “robot” por “mulher”, as leis de Asimov: 0) um robot não
pode prejudicar a humanidade ou, por inação, permitir que a humanidade sofra
algum mal; 1) um robot não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir
que um ser humano sofra algum mal; 2) um robot deve obedecer às ordens que lhe são
dadas pelos seres humanos, exceto quando tais ordens entrem em conflito com a
Primeira Lei; 3) um robot deve proteger a sua própria existência desde que essa
proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Lei. A neo-dona de
casa portuguesa submete-se ao bem superior do lar [6].
Pisteira a ministra da Agricultura Assunção Cristas: “Há uma questão muito relevante
que é a cara do CDS: a forma como as pessoas mais velhas podem ser valorizadas.
Os idosos devem ser vistos como uma oportunidade de termos uma sociedade mais
equilibrada e rica. Essa pode ser uma área inovadora nas nossas propostas de
dimensão social” (2015). O velhinho, e a sua pensão, seria o beneficiário final
das default providers, de serviços não mais proporcionados pela legítima,
envelhecida e caturra. Valorizavam-se os jarretas como motores de economia e
não como como targets de canais de
televisão: mousse de chocolate “Nunca mais é sábado” Totoloto |
pudim Boca Doce | “O que é preciso fazer para
que nasçam mais crianças em Portugal?” c/ Cavaco Silva | gelados Olá c/ Zezé Camarinha | Frisumo c/ Rui Veloso.
Trabalho,
uma visão de mercado:
█ “Hold On” (1990), p/ Wilson Phillips.
“Wilson Phillips é um trio de cantoras originárias de proeminentes famílias
musicais. Chynna Phillips é filha de John Phillips [7]
e Michelle Phillips dos Mamas & The Papas, enquanto Carnie Wilson e Wendy
Wilson são filhas de Brian Wilson dos Beach Boys e Marilyn Rovell do grupo feminino dos
anos 60 The Honeys (com a irmã Diane Rovell e a prima Ginger Blake,
encurtado, apenas com a duas irmãs, para o duo American Spring ou Spring, nos anos
70). Esta canção foi o seu sucesso de lançamento, e foi enorme, chegando a
número um no Billboard Hot 100, em 9 de junho de 1990. É uma canção de ‘caga nisso
e segue em frente’ dirigida a uma mulher que está a ter problemas românticos,
muitos deles (embora não todos) culpa dela própria.” █ “The Mole from the Ministry”
(1985), p/ The Dukes of Stratosphear. “Em 1985, a banda pop britânica XTC gravou um EP de malgáveis paródias ao psicadelismo e pop guitarreado dos anos 60 chamado ‘25
O’Clock’. Em vez de lançar o EP em seu nome próprio, editaram o disco sob um
novo apelido: The Dukes of Stratosphear. Trabalhando com o produtor John
Leckie, os três membros do grupo adotaram pseudónimos – Andy Partridge era Sir
John Johns, Colin Moulding era Red Curtain e David Gregory era Lord Cornelius
Plum. Para este projeto, o irmão de Gregory, Ian, juntou-se à banda com o nome
E.I.E.I. Owen. O EP foi lançado sem menção ao nome XTC em parte alguma do
disco, e os membros do grupo alegavam que nada tinham a ver com o projeto.” Andy Partridge disse sobre o vídeo: “E enfarpelámo-nos
no equipamento, e tínhamos um piano de brincar pintado com espirais
psicadélicas, e metemos cada um dos filmes pop
promocionais de 1967 juntos num só. Incluindo este falso noticiário da Pathe
News, no início, que diz: Aqui vemos Chittingfold House, lar dos Frobisher-Harrises
desde 1667. Trezentos anos depois, o grupo pop
inglês The Dukes of Stratosphear decidiu tocar a sua última gravação pop, ‘The Mole From The Ministry’. E
então passou para esta paródia. E nós estávamos muito contentes com ela, porque
foi o único vídeo até essa data, no qual tivemos criação total e estávamos
selecionados, em vez de, ó não, vamos mas é fazê-lo à minha maneira. Porque
isso acontecia sempre nos nossos vídeos, tínhamos de calar e fazer como nos
diziam. Mas aquele saiu ótimo. E depois a Virgin disse não, não vamos gastar
dinheiro algum nele. Nós dissemos, oiçam, ele já existe! Só têm de pagar duas
mil libras à BBC e podem comprá-lo. E eles não o fizeram.” █ “Living Through Another Cuba” (1980) ♪ “Radios In Motion” (1978), p/ XTC. “A 2 de
abril de 1982, uma sexta à noite, estava programado os XTC tocarem no Hollywood
Palladium em Los Angeles, com Jools Holland na primeira parte, mas o lotado
clube foi informado que o espetáculo não se realizaria devido a ‘doença’ de um
dos membros da banda (mais tarde revelado no livro de Chris Tworney, ‘XTC:
Chalkhills and Children’ (1992),
que Andy Partridge lutava contra o medo do palco). (…). O colapso de Andy Partridge,
que se manifestou como um incontrolável medo do palco, diz-se que foi
precipitado pela sua mulher ter atirado fora a provisão de Valium dele. Segundo
a biografia da banda, o Valium era-lhe receitado desde a adolescência, mas ele
nunca foi desmamado da droga e tornou-se dependente. Preocupada com a
dependência do marido, a mulher de Partridge atirou fora os comprimidos, sem
procurar aconselhamento médico, pouco antes do concerto de Paris. Especificamente,
Partridge necessitava de Valium para lidar com a monotonia diária das tournées,
que ele sempre abominou, mas suportava para bem da banda. Para além de ‘perda
de memória e espasmos nos membros’, a retirada súbita da medicação trouxe
ataques de ansiedade de tal gravidade, que ele foi forçado a parar de tocar,
permanentemente. As datas europeias e britânicas foram canceladas, e após
completar apenas um espetáculo em San Diego, toda a tournée americana foi
também abandonada. Depois disto, os XTC tornaram-se numa banda exclusivamente
de estúdio (excluindo ocasionais espetáculos ao vivo em estações de rádio e um
punhado de aparições na TV).”
█ “No New Tale To Tell” (1987), p/ Love And Rockets.
“Os Love and Rockets são compostos pelo guitarrista / vocalista Daniel Ash e
pelos irmãos David J, baixista / vocalista e Kevin Haskins, baterista, todos
antigos membros da pioneira banda gótica Bauhaus. Contudo, o grupo não soava muito semelhante à sua primeira encarnação. Em
vez disso, os Love and Rockets realçavam as distorções de psicadelismo e glam rock
que aparecia debaixo do zumbido sombrio, acrescentado de elementos de
composição pop, folk e R&B, assim como letras crípticas e pessoais. Na maior
parte do final dos anos 80, o grupo teve um culto devotado, resultando num
inesperado single no Top Ten, ‘So Alive’, em 1989. Durante o início de 90, a audiência do
grupo diminuiu de forma constante, embora conservassem ainda um número leal de
fãs. Após a separação dos Bauhaus em 1983, David J gravou dois álbuns a solo, ‘Etiquette of Violence’ (1983) e “Crocodile Tears and the Velvet Cosh” (1985), em seguida tocou viola baixo em dois álbuns
do subestimado Tim Fish t.c.c. The Jazz Butcher, ‘A
Scandal in Bohemia’ (1985) e ‘Sex And Travel’ (1985), enquanto Daniel Ash se concentrava no seu
projeto paralelo, Tones on Tail. Kevin Haskins, que também tocara com os Jazz
Butcher, logo se juntou aos Tones on Tail, mas o grupo desistiu em 1984.
Haskins e Ash então tentaram reunir os Bauhaus. David J concordou com o
projeto, mas o vocalista da banda, Peter Murphy, recusou. Em vez de procurarem
um reunião incompleta dos Bauhaus, Ash, J e Haskins formaram os Love and
Rockets, tirando o nome da banda
desenhada underground criada por Jaime e Gilbert
Hernández.” █ “If Only I Could” (1989), p/ Sydney Youngblood. “Na canção, Youngblood evoca ‘o mundo
de fraternidade e amor que ele gostaria de criar if only he could’. Este humanismo utópico é ‘muito raro em canções
destinadas aos clubes noturnos’. ‘If Only I Could’ usa a linha do baixo e o drumbeat da faixa house ‘Break
4 Love’ (1988), dos Raze, e alcançou o
número três na UK Singles Chart. O vídeo para o single apresenta Youngblood driblando uma bola que parece a Terra,
enquanto veste roupa urbana e traje tradicional sul-africano.” █ “Trapped” (1985), p/ Colonel Abrams.
“Colonel Abrams (seu nome verdadeiro) mudou-se com a
família de Detroit para Nova Iorque, quanto tinha 10 anos, devido ao seu pai
(um trabalhador da construção civil) ter conseguido trabalho lá. A família
mudou-se para o East Village, em Manhattan, para a East 13 Street. Desde tenra
idade, começou a tocar guitarra e piano. Esteve em várias bandas. Entre elas
estava Heavy Impact, na qual tocava guitarra e teclados ao lado de Joe Webb
(guitarra), Lemar Washington (guitarra, que substituiu Webb), Marston ‘Buffy’ Freedman
(baixo), Ronald Simmons (bateria), Harry Jones (trompete) e Barbara Mills
(saxofone alto). Esteve no grupo Conservative Manor com o seu irmão Morris em
meados de 1970, em seguida foi vocalista principal em ‘Fortune Teller’, dos 94 East (banda com Prince na guitarra solo), em
1976. Mais tarde juntou-se ao grupo de New Jersey, Surprise Package. Em 1984,
alcançou um relativo sucesso com a balada ‘Leave
the Message Behind the Door’, para a
etiqueta nova-iorquina Street Wise Records. O seguinte, ‘Music Is The Answer’, foi um sucesso de dança internacional, estabelecendo-o
como artista a solo, primeiro na Europa, onde os seus discos venderam 1.25
milhões, e depois nos Estados Unidos. Em 1985, assinou um contrato com a
gravadora e produtora de Steven Machat, AMI. Machat, que estava a trabalhar com
o produtor inglês Richard James Burgess, contratou-o para produzir o álbum de
estreia de Abrams. Machat providenciou que a MCA assinasse Abrams para os
lançamentos em todo o mundo. A colaboração com Richard James Burgess produziu
os êxitos ‘Trapped’, ‘I’m Not Gonna Let You’ e ‘Table for Two’.”
█ “Crush on You” (1986), p/ The Jets.
“Os Jets são uma banda familiar americana de Minneapolis, Minesota, composta
por irmãos e irmãs que se especializou em pop,
R&B e música de dança, especialmente freestyle
latino. O grupo formou-se oficialmente em 1985, com o alinhamento original a
esfumar-se em 1990. Alguns membros da família ficaram ao longo dos anos 90, não
oficialmente reavivando o grupo entre meados e finais de 90 como uma formação
de gospel, com a maior parte dos
membros originais presente. (…). A banda original era composta pelas oito
crianças mais velhas de Maikeli ‘Mike’ e Vaké Wolfgramm, que tiveram 17 filhos
no total, quinze por nascimento e dois (Eddie e Eugene) por adoção, e eram originários
do reino do Tonga, uma ilha no pacífico sul. A família é de ascendência
tonganesa, britânica e germânica. São membros da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias (mórmons).” █ “Slow Hand” (1981) ♪ “Automatic” (1983) ♪ “Neutron
Dance” (1984), p/ Pointer Sisters. “No início dos anos 80, Karen Carpenter queria que
o seu adorador lhe ‘Touch Me When We’re Dancing’ (1981) e Olivia Newton-John queria tornar-se ‘Physical’ (1981), mas as Pointer Sisters deixaram bem claro
que amor lento e sensual era a sua prioridade [8].
As canções foram todas escritas por homens – a das Pointer Sisters por John
Bettis e Michael Clark.” “Allee Willis, que escreveu os sucessos dos Earth,
Wind & Fire, ‘September’ (1978) e ‘Boogie Wonderland’ (1979), escreveu a
letra de ‘Neutron Dance’. Willis resumiu a canção dizendo: É basicamente, se a
sua vida não está a funcionar, levanta o cu da cadeira e muda-a. Porque depende
realmente de ti. Foi incluída no filme de Eddie Murphy, ‘Beverly Hills Cop’ (1984) [estreado sexta-feira, 1 de março de 1985 nos
cinemas Mundial e Éden], mas não foi escrita para o filme. Willis explica: Foi
escrita para um filme chamado ‘Streets of Fire’ (1984)
[estreado sexta-feira, 25 de janeiro
de 1985 nos cinemas Alfa 1, Tivoli e Mundial. No Porto nos cinemas Passos
Manuel e Foco]. Este foi um filme que veio e foi. E disseram-nos que tinha uma
cena num autocarro, que estava a sair da cidade depois de um holocausto
nuclear, e que um grupo preto de doo-wop
dos anos 50 ia estar na parte detrás do autocarro em que a dupla protagonista
escapava. E assim, eu e Danny Sambello encontrámo-nos nesse dia, ele era o
irmão mais novo de Michael Sambello, que tinha um êxito naquela altura chamado
‘Maniac’ (1983). Não me interessava muito escrever canções naquela
época, e estava a escrever com este puto que nunca tinha feito um disco antes,
e eu apenas queria tocar e fugir. Ele era um teclista sensacional, e eu só lhe
disse: Toca a mais vulgar linha de baixo da música preta dos anos 50 que te
venha à cabeça. E ele simplesmente começou a fazer o (canta o ritmo de Neutron
Dance). E eu sou uma pessoa que conseguia escrever uma melodia para uma colher
a cair sobre a mesa. Então, literalmente cantei aquela melodia. Seguidamente,
ele como que acompanhou e foi para os lugares certos. E então eu disse: Vamos
escreve uma letra rápida. Porque eu sabia que toda a gente na cidade estava a
competir para estar neste filme, assim eu não tinha muita confiança que o
conseguíramos. E era uma letra muito autobiográfica para o que se passava
comigo na altura. Eu estava muito insatisfeito com a composição, sentindo que
não era capaz de expressar-me plenamente através dela, porque estava a escrever
para outras pessoas, em última análise, estamos a dizer o que eles querem dizer.” [9]
___________________
[1] A Economia nunca se engana. “Sex
for Money Is the Only Choice”, sobretudo se a esposa é “Naive
Teeny Fucks Like a Woman” - presta o
seu irrepreensível desempenho artístico neste trendy de mercado, a magnífica atriz russa Lil
Maya, 1,55 m, 81-61-86, sapatos 36, olhos
azuis, cabelo castanho, nascida em 15 de fevereiro de 1991, t.c.c. Julia Sweet,
Julie Sweet, July, Lil Maya, Maggie D, Margarita, Pamela D, Phaidra, Velvet
Flower. Maya sonha fazer amor com uma mulher em Goa. Bio & info: {Site oficial} ∙ {Site} ∙ {Euro
Babe Index} ∙ {Indexxx} ∙ {Nude
Reviews} ∙ {Define Babe}. Obra fotográfica: {fotos1} ∙ {fotos2} ∙ {fotos3} ∙ {fotos4} ∙ {fotos5} ∙ {fotos6} ∙ {fotos7} ∙ {fotos8} ∙ {fotos10} ∙ {fotos11} ∙ {fotos12}. Obra cinematográfica: {“Young Touch”} ⱷ {Only
Cuties} ⱷ {Teen Dreams} ⱷ {Lil Maya} ⱷ {Lil
Maya Kitchen} ⱷ {Lil
Maya With Friend} ⱷ {Lil
Maya} ⱷ {Lil
Maya & Padre Damian} ⱷ {Woodman Casting (2009)} ⱷ {“Cute
and Perverted # 5” (2014)}.
[2] Demida, 1,65 m, 47 kg, 76-61-74, olhos e cabelos castanhos,
nascida a 5 de maio de 1991 na Rússia, t.c.c. Christina, Ina, Kitana, Melody ass size: XS (86 cm), Sindey, Sindy, Xania, Zeta D. Bio & info: {Porn Teen Girl} ∙ {Euro
Babe Index} ∙ {Indexxx} ∙ {Define Babe} ∙ {The Anal Princess from Russia}. Obra fotográfica: {fotos1} ∙ {fotos2} ∙ {fotos4} ∙ {fotos5} ∙ {fotos6} ∙ {fotos7} ∙ {fotos8} ∙ {fotos9} ∙ {fotos11} ∙ {fotos12}. Obra cinematográfica: {The
Life Erotic} ⱷ {The
Life Erotic} ⱷ {“Sugary
Sweetie Is Pressed Coarse”} ⱷ {“Cockriding Potential”} ⱷ {“Home
Teen Sex With a Mouthful”: “rapando
a sua rata pela manhã, esta miúda sabia que o namorado iria apreciá-la à noite,
e este tipo trouxe a artilharia pesada, fodendo a sua namorada galdéria como se
fosse a primeira vez. O seu pau grande deu àquela jovem e apertada greta a
perfuração que merecia, e depois de uma grande foda como aquela, receber uma
boca cheia de esporra parecia a coisa mais natural de se fazer, para uma
beldade totalmente satisfeita.” ⱷ {Teen
Mega World (2012)} ⱷ {“Butt Babies” (2012)} ⱷ
{“Russian
Schoolgirls - Oral Lessons” (2012)} ⱷ {“Teen Sluts Tongue - Polishing Cock” c/ Romana} ⱷ {“Anal
Teens From Russia # 6” (2012), c/ as performers:
Jade, Anfisa, Anjelica, Eleonora, Avina} ⱷ {“Deflowered
Teenagers # 4” (2013)} ⱷ {“Shaved
Teens From Russia # 8” (2013)} ⱷ {“Teenage
Sex Addicts” (2013)} ⱷ {“Really
Tight Teen Pussy # 2” (2013)} ⱷ {“Lesbian
Lust # 7” (2014), c/ Anjelica}.
[3] A fantasia pela grandiosidade à Camões espalhou o
delírio por portugueses que, no estrangeiro, são irrisórios e ninguém realmente
conhece, excetuando Zeinal Bava. “Pedro Portugal é o economista português mais
influente na investigação, segundo o ranking
RePEc (Research Papers in Economics) de maio, uma enorme base de dados que
contabiliza estudos académicos na área da economia. Quadro do Banco de Portugal
e professor na Universidade Nova de Lisboa, Pedro Portugal - especialista em
economia do trabalho - participa na elaboração do programa de governo da
coligação PSD/CDS-PP. Mário Centeno, quadro do Banco de Portugal, professor no
ISEG, e coordenador do relatório de peritos encomendado pelo PS também está o top
(19º). No top 25 dos economistas que
lideram a investigação na área económica aparecem outros nomes conhecidos como
Pedro Pita Barros, especialista em Economia da Saúde (5º lugar), José Tavares,
ex-diretor do Plano Tecnológico (6º), José Ferreira Machado, ex-diretor da Nova
School of Business and Economics (10º) e o ex-ministro das Finanças José Braga
de Macedo (15º). No top five dos economistas estão alguns nomes
menos conhecidos fora das suas instituições, mas cuja investigação académica
tem impacto, como António Afonso (ISEG), José Mata (Universidade Nova) e Isabel
Correia (Banco de Portugal).”
[4] Lily Rei, 1,65 m, 52 kg,
81-66-76, olhos e cabelos castanhos, nascida a 1 de janeiro de 1993 em
Victoria, Austrália. About Me: não fumadora, bebe ocasionalmente, tem dois gatos, Ginger e
Milo. Interesses e hobbies. Cinco
coisas sem as quais não posso viver: sexo, beleza, arte, honestidade e comida deliciosa
saborosa. Livros favoritos: ‘1984’, ‘Role Models’, ‘The Real Frank Zappa Book’,
‘Dharma Bums’, ‘Rebecca’, ‘The Shadow of the Wind’… Canções favoritas: Red Hot
Chili Peppers, Muse, Frank Zappa, Depeche Mode, King Crimson, Kraftwerk… Filmes
favoritos: ‘Moulin Rouge’, ‘Star Wars’, ‘Silence of the Lambs’, ‘Kill Bill’,
‘Taxi Driver’… Hobbies: ver filmes o
dia todo, cantar aleatoriamente e rir muito! Talentos: fingir que sei dançar.”
Obra fotográfica: {fotos1} ∙ {fotos2} ∙ {fotos3} ∙ {fotos4} ∙ {fotos5} ∙ {fotos6} ∙ {fotos7} ∙ {fotos9} ∙ {fotos11} ∙ {fotos12}. Obra cinematográfica: {“Masturbating
Her Pussy”, para o
Yanks, “Lily Rei tem se masturbado praticamente desde que nasceu. Vendo esta
adolescente sexy e de aparência
exótica vir-se é um sonho tornado realidade. Lily adora prestar especial atenção
ao seu grelo. Com uma rata tão bonita, também gostaríamos de prestar atenção
especial ao grelo da Lily.”}
ⱷ {Nubiles} ⱷ {Nubiles:
“Lily Rei é um anjo petite da Austrália.
Não é apenas o seu sotaque sensual que o fará almejar pelo que está lá em
baixo! Esta deusa de empertigadas tetas tem uma rata aparada que é fofa,
suculenta e doce ao palato. Veja Lily satisfazer a sua voraz bichana.”} ⱷ {“Lily
Rei Flashes”} ⱷ {“Lily
Rei desfruta o seu café da manhã. O café é tão bom, que a deixa com tesão,
assim ela levanta a saia e esfrega a sua barbeada rata para gozar”} ⱷ {“ATK
solo
Sentations
4”
(2013), com as performers: Celeste Star, Macy Cartel, Emily Austin, Cassie Laine,
Shae Snow, Cali Hayes, Daisy Dalton, Lily Rei, Jeanie Marie, Eufrat, Tenka,
Sierra Miller} ⱷ {“Momentum
Vol
1”, (2013), real. Michelle
Flynn, com as
artistas: Kara D, Lily
Rei, Kenji, Chloe B e Devon} ⱷ {“ATK
Solo Sensations Vol. 6” (2014),
com as performers: Alexia Gold,
Anissa Kate, Cali Hayes, Cassie Laine, Jeanie Marie, Jessica Ryan, Jillian
Janson, Natasha, Nikki Chase, Rene Star}.
[5] O chamariz de fodilhões estrangeiros. “A notícia do
alegado relacionamento entre Irina Shayk e Joseph Blatter está a dar que falar.
O jornal El Mundo fez um artigo sobre 'todas as mulheres da vida de Blatter' e
a manequim russa surge na lista de conquistas do ex-dirigente suíço. Segundo o
referido diário, Irina Shayk e Joseph Blatter envolveram-se antes da manequim russa começar a
namorar com internacional português.
(…) ‘O seu êxito com as mulheres
explica-se porque é um homem encantador, que sabe como aproximar-se e sabe
calcular. Mas quando se trata de mulheres, não procura exatamente mentes
brilhantes. Interessa-lhe sobretudo o brilho’, explicou o jornalista Bruno
Affentranger, autor do livro ‘Sepp, o rei do mundo do futebol’.”
[6] O pai de família já não ganha para o pão-de-ló. “Depois
de as autoridades britânicas aplicarem ao Lloyds uma multa de 160 milhões de
euros por falha na resolução de queixas dos clientes relacionadas com seguros
de proteção de pagamentos (PPI), o banco britânico decidiu reduzir os bónus
deste ano em cerca de 40 milhões de euros, ou seja, menos 8% face ao valor
distribuído em 2014. O corte, anunciado pelo banco nesta sexta-feira, também
atingirá altos quadros, que deixarão de receber 3,6 milhões de euros. No caso
do presidente do banco, o português Horta-Osório, o seu bónus será cortado em
350 mil libras (476 mil euros), segundo avança o The Guardian. O banqueiro
pediu desculpa. ‘Ainda que as nossas intenções estivessem corretas, cometemos
erros na forma como lidámos com as queixas de alguns PPI. Lamento imenso isto’,
afirmou Horta-Osório, que admitiu ter havido falhas no tratamento de queixas de
clientes entre 5 de Março de 2012 e 28 de Maio de 2013.”
[7] “Escandalosas alegações de violação e incesto feitas
esta semana [setembro 2009] por Mackenzie Phillips contra o seu pai, o ícone dos anos 60 John Phillips, puseram outra vez as atenções num homem, cuja
depravada reputação, há muito tem ofuscado a suas brilhantes contribuições para
a música, como outrora líder dos Mamas and the Papas. Enquanto promovia a sua nova memoir, ‘High
On Arrival’, no programa
da Oprah Winfrey, Mackenzie Phillips afirmou que aos 19 anos foi violada pelo
pai e posteriormente envolvida numa relação incestuosa, todavia consentida, de
10 anos.”
[8] Com a autonomia da mulher o ritmo do amor acertou-se:
“Music Touch”. Um manólogo da exímia atriz Grace, 1,75 m, 59 kg,
86-68-96, olhos e cabelos castanhos, nascida a 12 de fevereiro de 1987 na
Escócia, t.c.c Lindsay Kay, Valerie Jackson, Lindsey Kay, Lindsay, Valerie,
Lindsey. Bio & info: {Pornstar
Q} ∙ {Babes and Stars} ∙ {Indexxx} ∙ {Define
Babe} ∙ {Adult
Film Database} ∙ {21
Naturals} ∙ {CD Universe}. Obra fotográfica: {fotos1} ∙ {fotos2} ∙ {fotos3} ∙ {fotos4} ∙ {fotos5} ∙ {fotos6}. Obra cinematográfica: {“Smokin Hot” (2006)} ⱷ {Nubiles (2007)} ⱷ {“The
Good the Bad and the Slutty” (2006)} ⱷ {“Interracial
Hole Stretchers # 6” (2006) ou “Your Sister Loves Black Cock # 2” (2010) ou “Addicted To Big Black Dick #3” (2010)} ⱷ
{“Take
it Black # 7” (2008)} ⱷ {“3 Blowin' Me # 2” (2008)} ⱷ {“Dark
Meat Lovers” (2008)} ⱷ {“Sperm
Splattered # 2” (2008) ou “3
Cock Conquest # 2” (2011)} ⱷ {“18
and Loves BJ's” (2009)} ⱷ {“Big
Bottoms Up” (2005) ou
“Asshole Virgins” (2010)} ⱷ {“No
Man's Land - Girls In Love # 5” (2010)} ⱷ {“A
Cups and Airtight” (2011)} ⱷ {“Teens
Cumming of Age # 4” (2011)} ⱷ {Ass
Parade} ⱷ {MILF Lessons} ⱷ {Throated}. – Lindsay
Kay é uma reputada blowjobista, uma
especialização específica de lobismo. Uma universidade de verão de referência provou,
cientificamente, ser este papel social, um modelo exemplar, para as jovens das
jotas que querem trazer a água ao seu moinho. “‘O XIX Governo Constitucional
entende que devem ser adotadas medidas eficazes de promoção de maior
transparência e progressiva abertura na participação dos interessados nos
processos decisórios estruturantes da administração direta do Estado, mediante
o estabelecimento de regras claras que regulem a atividade das entidades e
organizações que representam os interesses daqueles, estimulando a interação
entre todas as partes interessadas num quadro determinado e fiável’, justifica
o documento da autoria de Pedro Lomba, secretário de Estado-adjunto de Poiares
Maduro. Há vários meses que Pedro Lomba andava a reunir com especialistas -
empresas de comunicação, académicos, advogados, peritos no fenómeno da
corrupção e organizações - para encontrar uma forma de regulamentar a atividade
lobista em Portugal.”
[9] A evolução do homem. “Estatísticas assustadoras sobre
a vida sexual dos estudantes universitários britânicos. Uma em quatro alunas
foi vítima de piropos, apalpões e ataques sexuais, revelou a associação
nacional de estudantes. (…). Algumas contaram o que viveram aos jornais. ‘Lembro-me
de acordar e de o ver em cima de mim. As minhas calças estavam descidas até aos
tornozelos e tinha a camisola vestida. Afastei-me dele e ouvi-o dizer: Oh não,
caiu. Depois desmaiei outra vez. Presumo que ele tenha continuado a violar-me’,
contou Maria Marcello, estudante da Universidade de Oxford. (…). Tudo isto
levou as universidades mais prestigiadas a agir. Os caloiros de Cambridge e
Oxford são obrigados a assistir a uma aula sobre consentimento sexual. (…). [Em
Cambridge são reveladas mais estatísticas graves. No início dos workshops é dito que 80 mil mulheres são
violadas todos anos no Reino Unido. Nas faculdades, 52 % das alunas foram
vítimas de agressão. Os rapazes também são vítimas, 11 % foram alvo de abusos].
Há consentimento quando uma rapariga é apalpada numa discoteca? E se durante o
sexo, um namorado decide fazer sexo anal sem dizer nada? Será que o
consentimento se mantém quando uma pessoa alcoolizada desmaia durante o sexo e
o parceiro não para? (…). Nestas aulas são desmistificadas ideias como a de que
um homem excitado não tem controlo sobre si mesmo e os violadores estão
escondidos em arbustos. A universidade define consentimento como a ‘participação
ativa e consentida em atividades sexuais em que as duas partes têm a liberdade
e a capacidade de fazer uma escolha’. (…). Em Oxford, alguns rapazes querem
fazer parte da solução e criaram o Good Lad Workshop (o workshop do bom rapaz). Aqui, realizam-se encontros entre alunos de
clubes desportivos universitários e incentiva-se a masculinidade positiva”, na
revista Sábado nº 549.